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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

O Primeiro-Ministro de Cabo Verde está de parabéns por estar a executar alguns conteúdos que propus nos meus trabalhos. Enquanto isso, o Estado da Guiné-Bissau retrocede e debruça-se sobre problemas banais


«[…] A China financia projecto de Campus Universitário da Universidade de Cabo Verde «Uni-CV». O Primeiro-Ministro «PM», José Maria Neves, recebeu nesta quarta-feira (23-12-2015), da boca do embaixador chinês em Cabo Verde, Du Xiao-Cong, a confirmação oficial da aprovação por parte do Governo da China, do projecto de construção do novo Campus Universitário da Uni-CV. O novo Campus Universitário da Universidade de Cabo Verde, sublinha José Maria Neves, irá ajudar a desenvolver ainda mais o ensino superior, na consolidação da Uni-CV enquanto uma universidade de excelência e, consequentemente, no desenvolvimento do capital humano do país.   As obras, de acordo com as previsões, deverão iniciar-se já em Fevereiro de 2016 […] (Inforpress, 23-12-2015)».

Caros leitores reparem nesta ideia, que vos apresentei num post anterior: o Estado da Guiné-Bissau deve lutar para combater o afro-pessimismo e afro-conformismo dos guineenses em todas as facetas. Através da boa governação e liderança, deve aproveitar para pôr um conjunto de medidas em andamento, por exemplo, criação de universidades e pontos de investigação nas diferentes províncias da Guiné-Bissau, criação de residências estudantis a nível nacional, etc.
Ainda retomando este post anterior, acrescentei que tenho a profunda convicção que muitas das minhas propostas  estão a ser implementadas actualmente, embora sem me citarem ou referenciarem, e que um bom exemplo disto era o Governo caboverdiano de José Maria Neves.
Seguindo a mesma linha de raciocínio da minha obra, defendo que se a Guiné-Bissau quer escapar dos efeitos negativos das ajudas internacionais e investimentos estrangeiros, a sua política de cooperação para o desenvolvimento do país deve deixar de centrar-se só no envio de dinheiro, géneros e técnicos [ou tecnologias], que actuam de forma pontual, que acabam por desaparecer e não oferecem assistência nem manutenção. O objectivo desta cooperação deve passar a ser, pelo contrário, a formação de técnicos locais na agricultura e indústria; o incentivo ao desenvolvimento de universidades e pontos de investigação na Guiné-Bissau, para que os guineenses possam criar as suas próprias tecnologias, e formar os seus próprios técnicos. Nas palavras de Confúcio: “É mais importante ensinar a pescar do que oferecer o peixe” (551 a.C. – 479 a.C.). E isto tem também o seu enquadramento nas palavras de James Shikwati: “quando damos a esmola a um mendigo e voltamos a vê-lo na rua no dia seguinte, não podemos dizer que ajudámo-lo. Ele continua a mendigar […]. Precisamos de tirar o mendigo da rua […]. Temos de descobrir as potencialidades desse mendigo […], pois, isso sim estaremos a melhorar a sua vida”. O que implica que a Guiné-Bissau necessita é de uma chance para ser capaz de administrar e canalizar a sua própria riqueza. Mas isto não significa que a Guiné-Bissau deve deixar de cooperar com outros Estados, bem pelo contrário (Mendes, 2010: 93; Schelp, 10-08-2005).
Por tudo que foi dito até agora resta-me elogiar o Governo do PM José Maria Neves, pelo bom serviço que está prestar ao Estado e Povo caboverdiano. E Cabo Verde está de parabéns, ao contrário das autoridades da Guiné-Bissau, que não dão ouvidos aos seus intelectuais nem os valorizam.

Para mais informações, consultar o meu livro: Mendes, Livonildo Francisco (2015). Modelo Político Unificador – Novo Paradigma de Governação na Guiné-Bissau (pp. 200-201). Lisboa: Chiado Editora.

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