Caros leitores do meu
blog e da minha página do facebook, um especial cumprimento a todos. Quero
deixar o meu respeito e reconhecimento pela vossa postura que dignifica a nossa
amizade. Por vários obstáculos, pondero encerrar o blog e dar prosseguimento ao
meu projecto académico a partir do segundo semestre. Infelizmente, descartei a
possibilidade de publicar os quatro posts que tinha anunciado, não só por
motivos de ordem ético-moral, mas atendendo à minha postura de honestidade
intelectual e humildade científica, a gravidade do impacto dos quatro posts poderia
ser imperdoável!
Eu e os meus assistentes
de marketing, chegamos a algumas conclusões: 1ª. O clima de tensão e de alto
risco político-militar, faz com que a Guiné-Bissau seja um ‘barril de pólvora’ –
neste momento basta uma pequena faísca, e haverá explosão; 2ª. Uma vez que não
trabalho e não ganho nada com nenhum dos partidos políticos, candidatos e
nenhuma organização, os quatro posts beneficiarão apenas os directores de
campanha, conselheiros e fãs dos candidatos presidenciais; 3ª. Se forem
publicados, poderão ter reflexos ou implicações no desenvolvimento de algumas
situações pendentes (análise de candidaturas, aprovação do Programa do Governo
e do Orçamento Geral do Estado, continuidade do Governo), além de que alguns candidatos
poderão ficar mal na fotografia.
Com base nestes
argumentos, chego à conclusão que este é o pior momento da minha vida
profissional para avançar com estes posts. Para além de ser um momento muito
duro para o próprio país. É muito difícil trabalhar na Guiné como intelectual,
principalmente quando queremos manter a nossa independência no meio de tantos
que não são independentes (e que nem procuram perceber o que significa ser
independente). Quando chegamos ao ponto de colocar obstáculos a um Doutor para
dar aulas depois de vários anos de casa, o sentimento de revolta e frustração
atinge níveis incomparáveis.
Aos meus fiéis leitores
peço compreensão. Melhores dias virão e, quem sabe, a minha Academia de Ciência
Política poderá voltar a ver a luz do dia. Aos políticos guineenses e à
Guiné-Bissau desejo boa sorte. Ansiamos todos por um futuro PR que corresponda
às nossas expectativas e permita, finalmente, um avanço significativo em todas
as vertentes da sociedade guineense. Até um dia destes.
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