tag:blogger.com,1999:blog-56956828014617343372024-03-06T06:09:45.092+00:00Academia de Ciência Política para a Guiné-BissauNeste blogue, sobre a política e sobre os políticos, procuro fazer uma análise atenta, crítica e construtiva, tanto quanto possível, imparcial, dos fenómenos políticos na Guiné-Bissau, mas também em outros países.
Como dizia De Gaulle: a Política, como a vida, é um combate ao serviço dos outros.Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.comBlogger87125tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-7871553899972796052020-04-21T08:39:00.002+01:002020-04-22T22:07:02.903+01:00Agradecimento ao Dr. José Luís Hopffer Almada<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">Caros leitores das minhas
páginas de Facebook e do meu Blog, cumprimento a todos com elevado respeito e
considerações. Faço votos para que a ‘Pandemia de Coronavírus - Covid-19’ seja
combatida com eficácia, para que humanidade se livre desta maldição. Aproveito
o post de hoje para agradecer ao intelectual cabo-verdiano, Dr. José Luís
Hopffer Almada do programa de Debate Africano na RDP África, pelo seu elogio ao
meu livro no programa passado (na sexta feira e domingo da semana passada, 10 e
12-04-2020). Faço isso, na mesma lógica que tenho feito com todos os
intervenientes do mesmo programa, quando falaram pela primeira vez do meu livro,
com o Prof. Doutor Viriato Soromenho-Marques, solidariedade que estendo a várias individualidades,
tais como – Dr. Fernando Casimiro «vulgo Didinho», Prof. Doutor Ricardino
Teixeira, etc. – uma lista infindável de pessoas com várias referências
académicas dos meus trabalhos científicos entre a Dissertação de Mestrado e o
meu Livro (que é produto da minha Tese do Doutoramento).</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2FSLN9eg-sro5DOkFd_rGMnVaY7ieUcbQHDfkK9oYlED0SmYkxDUCNCmDO3btFjUrAARTgy0ExHNCxTUio66lN9fCMDWlcPkal0Hb47j4JmCgR1-fMzC4eOWjqZszAeGinCgjrmC8poE_/s1600/1-Sem+t%25C3%25ADtulo.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="558" data-original-width="1322" height="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2FSLN9eg-sro5DOkFd_rGMnVaY7ieUcbQHDfkK9oYlED0SmYkxDUCNCmDO3btFjUrAARTgy0ExHNCxTUio66lN9fCMDWlcPkal0Hb47j4JmCgR1-fMzC4eOWjqZszAeGinCgjrmC8poE_/s640/1-Sem+t%25C3%25ADtulo.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Quebrei
o silêncio, mas depois remeto-me de novo ao silêncio! Há muitos anos que tenho
acompanhado de perto o programa Debate Africano na RDP África.
Independentemente de concordar ou não com alguns comentários, concentro a minha
atenção em reter o essencial para enriquecer os meus conhecimentos. Ainda
utilizo as mesmas técnicas, antes da minha partida e depois do meu regresso para
Guiné-Bissau, com diferentes Rádios/Emissoras, Televisão, Jornais, Revistas,
Blogs, Facebook, Conferências, diálogo com os Alunos, Pessoas, etc. Hoje em
dia, mesmo com os limites impostos, esforço-me em escutar, ver, sentir e
comunicar com a sociedade!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Confesso
que gostei de ouvir a recomendação da leitura do meu livro pela voz do Dr. José
Luís Hopffer Almada, alguém com elevado respeito na comunicação social, na
política, na academia e no continente africano. Mas, gostei ainda mais de ter
ouvido a parte em que Dr. José Luís não concordava comigo «por eu ter
responsabilizado o Engenheiro Dr. Amílcar Lopes Cabral, ‘pela boa parte’ dos males
que assolam a Guiné-Bissau até hoje». Os mais novos aprendem com os mais velhos
- o próprio Amílcar Cabral, além de ter dito “os que sabem, devem ensinar aos
que não sabem”, incentivava “a crítica como força motora do desenvolvimento e
de liberdade de pensamento”. São enriquecedoras as críticas construtivas feitas
pelos comentadores do Debate Africano. Admito ter uma prenda para os [Neo]cabralistas
no meu futuro projecto, num Capítulo intitulado ‘O Pensamento Político de
Amílcar Cabral’ e Subtítulo ‘O Impacto do Seu Modelo de Governação’. Talvez
nessa altura o ilustre Dr. José Luís venha a perceber que as minhas críticas construtivas
estão a moldar os comportamentos de muitos [Neo]cabralistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Eu
abracei a corrente da crítica construtiva ao longo do meu percurso académico,
mas admito que a par das críticas feitas, existem reconhecimentos plausíveis no
meu livro referente a Amílcar Cabral. Um dos reconhecimentos, por exemplo, é o
facto de eu ter considerado que Amílcar Cabral (A. Neto, E. Mondlane, etc.)
deveria figurar na lista dos pais fundadores da Democracia Portuguesa (Mendes,
2015: 135, Nota Rodapé nº 27), apesar de Amílcar Cabral ser um crítico
declarado da Democracia (Cabral, 1983: 111; Oramas, 1998:143; Mendes, 2015:
269, Nota Rodapé nº 100). Mas, o facto da sua acção ter contribuído para o
nascimento da Democracia portuguesa (mais tarde para os PALOP e a CPLP) é algo
que diz muita coisa. Amílcar Cabral valorizou e apelou à conservação da Língua
Portuguesa quando disse que <i style="mso-bidi-font-style: normal;">«o idioma
português é uma das melhores coisas que os portugueses nos deixaram»</i>
(Palmeira, 2006: 169-170, Citado por Mendes, 2015: 267-268)<span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span><!--[endif]--></span></span>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Para
terminar este post, o Dr. José Luís Hopffer Almada fez bem em recomendar o meu
livro como um dos manuais de leitura indispensável no período de Páscoa e num
contexto político que exige a ‘mudança de paradigma de governação’ na
Guiné-Bissau. Mas, ao complementar o seu ponto de discordância por «eu ter
responsabilizado a Amílcar Cabral ‘pela boa parte’ dos males que assolam a
Guiné-Bissau até hoje», acabou por lançar-me à fogueira para ser queimado vivo
pelos seguidores de Cabral, que constituem a esmagadora maioria da população
guineense e da sua classe política. Já fui alvo de perseguição por parte de
muitos [Neo]cabralistas, por exemplo, no meu contexto de trabalho, com um
episódio de expulsão da sala de videoconferência, ameaças de agressão física, e
afirmações de que o meu Doutoramento vale zero na Guiné-Bissau (são provas
destas que os guineenses precisam de conhecer antes de elogiarem certas pessoas
que aparecem nas redes sociais como santos). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Caros leitores, leiam o meu livro e outros
bons que por aí andam, e abram bem os vossos olhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Um grande abraço a todos,
em especial, aos ouvintes do Debate Africano. Protejam-se.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdQu9iAAM9uEoWUAN1yeT243FaC8lse-ehWBiEoYoIpyHrbBetApfmb1bR4xcyBDiBmFrP9hpq5f41RwrZ8UFrPO7wFfljhI5N3ql0KCpK1MLt0MhY1n8AEsMDbJCJ-tnT5myamCBQeUEA/s1600/2-Sem+t%25C3%25ADtulo.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="591" data-original-width="1327" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdQu9iAAM9uEoWUAN1yeT243FaC8lse-ehWBiEoYoIpyHrbBetApfmb1bR4xcyBDiBmFrP9hpq5f41RwrZ8UFrPO7wFfljhI5N3ql0KCpK1MLt0MhY1n8AEsMDbJCJ-tnT5myamCBQeUEA/s640/2-Sem+t%25C3%25ADtulo.png" width="640" /></a></div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span><!--[endif]--></span></span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> Esta afirmação de Amílcar Cabral é
reciclada e actualizada pelo grande Cientista Político norte-americano Joseph
Nye ao dizer que <i style="mso-bidi-font-style: normal;">«Portugal deve usar o
“soft power” (Poder suave) da sua língua e cultura para desenvolver relações
com o Brasil e com os países africanos de língua oficial portuguesa (…)
Portugal deverá beneficiar das ligações históricas e linguísticas»</i>
(Económico, 18-03-2012; Mendes, 2015: 268). Bem interpretada, Amílcar Cabral
estava a considerar a Língua Portuguesa como riqueza inquestionável para o
futuro relacionamento de Portugal com as suas antigas colónias etc.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<br />Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-17844284157976969262019-10-13T15:54:00.000+01:002019-10-13T15:54:09.863+01:00Nota de esclarecimento: imprevistos, obstáculos e precauções<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB0FFZe01lo1MHS6MqZhhxjowEfMR2nr4wwuUAC7_00IkrRR6Xa4tsRpqA0JDoKQkQlxCoE3zUMDm2z9_4jzMoSG7Zr46HNjZTFqIt-zG7gEv28MRIjy8MZu-qes9R6wrt0zy9B6eKmhZM/s1600/42627579_491608477986340_6747536674491727872_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB0FFZe01lo1MHS6MqZhhxjowEfMR2nr4wwuUAC7_00IkrRR6Xa4tsRpqA0JDoKQkQlxCoE3zUMDm2z9_4jzMoSG7Zr46HNjZTFqIt-zG7gEv28MRIjy8MZu-qes9R6wrt0zy9B6eKmhZM/s320/42627579_491608477986340_6747536674491727872_n.jpg" width="240" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Caros leitores do meu
blog e da minha página do facebook, um especial cumprimento a todos. Quero
deixar o meu respeito e reconhecimento pela vossa postura que dignifica a nossa
amizade. Por vários obstáculos, pondero encerrar o blog e dar prosseguimento ao
meu projecto académico a partir do segundo semestre. Infelizmente, descartei a
possibilidade de publicar os quatro posts que tinha anunciado, não só por
motivos de ordem ético-moral, mas atendendo à minha postura de honestidade
intelectual e humildade científica, a gravidade do impacto dos quatro posts poderia
ser imperdoável!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Eu e os meus assistentes
de marketing, chegamos a algumas conclusões: 1ª. O clima de tensão e de alto
risco político-militar, faz com que a Guiné-Bissau seja um ‘barril de pólvora’ –
neste momento basta uma pequena faísca, e haverá explosão; 2ª. Uma vez que não
trabalho e não ganho nada com nenhum dos partidos políticos, candidatos e
nenhuma organização, os quatro posts beneficiarão apenas os directores de
campanha, conselheiros e fãs dos candidatos presidenciais; 3ª. Se forem
publicados, poderão ter reflexos ou implicações no desenvolvimento de algumas
situações pendentes (análise de candidaturas, aprovação do Programa do Governo
e do Orçamento Geral do Estado, continuidade do Governo), além de que alguns candidatos
poderão ficar mal na fotografia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com base nestes
argumentos, chego à conclusão que este é o pior momento da minha vida
profissional para avançar com estes posts. Para além de ser um momento muito
duro para o próprio país. É muito difícil trabalhar na Guiné como intelectual,
principalmente quando queremos manter a nossa independência no meio de tantos
que não são independentes (e que nem procuram perceber o que significa ser
independente). Quando chegamos ao ponto de colocar obstáculos a um Doutor para
dar aulas depois de vários anos de casa, o sentimento de revolta e frustração
atinge níveis incomparáveis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Aos meus fiéis leitores
peço compreensão. Melhores dias virão e, quem sabe, a minha Academia de Ciência
Política poderá voltar a ver a luz do dia. Aos políticos guineenses e à
Guiné-Bissau desejo boa sorte. Ansiamos todos por um futuro PR que corresponda
às nossas expectativas e permita, finalmente, um avanço significativo em todas
as vertentes da sociedade guineense. Até um dia destes.<o:p></o:p></span></div>
<br />Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-46651297879925025762019-03-04T12:17:00.002+00:002019-03-11T08:49:34.357+00:00Max Weber Está Triste Com Os Partidos Políticos Guineenses<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Prezados leitores, desejo-vos
um bom carnaval. Também faço votos para que a campanha eleitoral corra com
normalidade. Meus amigos, improvisei esta pequena síntese da actualidade com
base da análise de Max Weber em relação aos Partidos Políticos, apesar de estas
ideias terem sido proferidas numa palestra em 1918/19 – há um século. Aconselho
os meus queridos leitores que leiam o post de hoje, em primeiro lugar, em
articulação com o post «<a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2016/04/max-weber-em-3-minutos-para-os.html" target="_blank">Max Weber em 3 minutos para os politiqueiros guineenses</a>»;
em segundo lugar, deve ser articulado também com o post «<a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2016/04/a-anulacao-da-expulsao-dos-15-deputados.html" target="_blank">A anulação da expulsão dos 15 deputados do PAIGC e a ética Weberiana</a>»;
em terceiro lugar, pode ser articulado ainda com o post «<a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2016/02/sobre-relacao-entre-os-interesses-dos.html" target="_blank">Sobre a relação entre os interesses dos politiqueiros [1] guineenses com a realpolitik</a>».<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjACGZNqakUQr3vbshpsQZTvfpaznjw1VzvinOSCLaLMlPA5HOTq9h7cOxx-BUAJg_TxCEdqgwWwbppY_uu0GP5q4p1a8hEMW_jLGg63UlS5gi_xP-_gjp_iqOy-03NlA4y3fZ-kAyFYDSl/s1600/1.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="495" data-original-width="1167" height="270" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjACGZNqakUQr3vbshpsQZTvfpaznjw1VzvinOSCLaLMlPA5HOTq9h7cOxx-BUAJg_TxCEdqgwWwbppY_uu0GP5q4p1a8hEMW_jLGg63UlS5gi_xP-_gjp_iqOy-03NlA4y3fZ-kAyFYDSl/s640/1.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como vos disse, numa
Conferência pronunciada no Inverno de 1918/1919, o intelectual alemão <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Max Weber</b> «1864-1920», descreveu, em
síntese, as principais características dos Partidos Políticos, que se
enquadram, em especial, nas actuais características dos Partidos da
Guiné-Bissau.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgALGGefhfzNBL2UP4ADP0JzlhRSOjx3kyfAZp9W_c47L8FT8-QzbJN68zimmRgEw8UmGva_7eKnW6KE4zlacJRnWWF_WZfhQN_b8wxZHXqCrF28SrXKB0coc2DoYnKD5jqxFcBMkz2fodz/s1600/2.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1366" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgALGGefhfzNBL2UP4ADP0JzlhRSOjx3kyfAZp9W_c47L8FT8-QzbJN68zimmRgEw8UmGva_7eKnW6KE4zlacJRnWWF_WZfhQN_b8wxZHXqCrF28SrXKB0coc2DoYnKD5jqxFcBMkz2fodz/s640/2.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Perante a constatação
de que muitos políticos apenas utilizam a política como um meio para obter
benefícios, Weber traça um retrato da situação no que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">diz respeito aos Partidos Políticos</b>. Weber refere que, naquela
época (no final da década de 1910), as <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">lutas</b>
entre Partidos Políticos visavam sobretudo o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">controlo da distribuição/repartição de cargos/tachos</b>, chamando os Partidos
Políticos de verdadeiras “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">manjedouras</b>/comedouras
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">estatais</b>” (ou seja, o local onde os
animais comem). Os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partidos Políticos transformaram-se</b>,
para os seus seguidores, em meios de realizar o fim de alcançar um cargo/tacho,
sendo que, muitas vezes, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">os funcionários
estão mal preparados para o cargo que ocupam</b>, funcionando como “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">representantes da política do Governo</b>”
(Weber, 2005: 63, 73-76).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Max Weber diz-nos que o
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">político deve lutar </b>com<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> paixão </b>e basear-se na<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> auto-responsabilização</b>, assumindo a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">política</b> como uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">vocação pessoal</b>. Pelo contrário, o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">funcionário </b>não deve fazer<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">
política</b>, mas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">administrar</b> de
modo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">não partidário</b>. Quando os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">funcionários </b>ocupam cargos dirigentes,
estamos perante “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Governos de
funcionários</b>”, eticamente detestáveis e irresponsáveis – no <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sentido político do termo são maus
políticos</b> (Cardoso, 2010:19; Cícero, 2013: 15; Weber, 2005: 81-82).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em todas as associações
medianamente extensas, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a função política
é uma função de interessados</b>, restrita a um pequeno número de pessoas
activas, que se opõem aos elementos passivos. Os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partidos Políticos recorrem à liderança e militância</b> como elementos
activos do recrutamento livre, procurando mobilizar o eleitorado passivo para a
eleição do líder (chefe). Neste sentido, os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">políticos profissionais</b> tentam conquistar o Poder «através do
prosaico e “pacífico” recrutamento de Partido no mercado eleitoral». <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">No passado, a política era sobretudo uma
profissão secundária</b>, resumindo-se os políticos profissionais a um pequeno
número de pessoas. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Com a Democracia</b>,
surgiu o direito das massas ao sufrágio, e as organizações de massas, acabando com
a dominação dos notáveis e o Governo dos parlamentares. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A empresa política</b> ficou nas mãos de “profissionais” <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a tempo inteiro</b>, funcionários com
salário fixo que se encontram fora do Parlamento. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O Poder encontra-se</b> nas mãos dos que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">realizam continuamente</b> o trabalho dentro da “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">máquina</b>” dos Partidos, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sendo
o líder/chefe</b> aquele que é seguido pela máquina, passando por cima do Parlamento,
e instaurando uma Democracia plebiscitária. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Os militantes</b> esperam que o efeito demagógico da personalidade do
chefe conquiste votos e mandatos na fase eleitoral, dando-lhes Poder e
aumentando o seu acesso a retribuições pessoais em cargos e outras vantagens
(Weber, 2005: 82-89).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Dentro
dos Partidos</span></b><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">existe</b>,
com frequência, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">tensão</b> entre os “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">funcionários</b>” e alguns “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">notáveis</b>” influentes, com “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">experiência partidária</b>”. Estes <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">notáveis</b> são facilmente seguidos pelo
eleitor pequeno-burguês e rural, que apoia e lhe é mais conhecido e familiar.
Na Inglaterra, até 1868, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a organização
dos Partidos</b> era quase unicamente constituída por notáveis. A partir dessa
data, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">com a democratização do voto</b>,
tornou-se necessário <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">criar um enorme
aparelho</b> de associações <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">aparentemente
democráticas</b>, numa rede profundamente burocratizada, onde, rapidamente, se
enquadra 10% do eleitorado. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Os Partidos
alimentam assim um aparelho de pessoal considerável</b>, abarcando centenas de
pessoas, que vivem directamente “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">da</b>”
política dos Partidos, sem contar com os inúmeros colaboradores interessados ou
caçadores de cargos. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Quando existe um
líder forte</b>, esta máquina disciplinada mantém-se «no país, quase sem
consciência própria e inteiramente nas mãos do chefe. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Por cima do Parlamento está, pois, o ditador plebiscitário</b> que, por
meio da máquina, arrasta atrás de si a massa e para o qual os parlamentares são
apenas prebendados políticos inseridos no seu séquito/comitiva». <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Nestas condições, o líder deve ter</b>,
além de vontade, o Poder do discurso demagógico, que lhe permitirá criar uma
ditadura baseada na emotividade das massas (Marina, 2009: 82-83; Weber, 2005:
93-95).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">EUA, </b>a “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">máquina plebiscitária</b>” cresceu também rapidamente, substituindo a
inicial administração dos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">gentleman</i>
por máquinas partidárias fortíssimas. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O
facto de o chefe do Poder executivo</b>, e patrono que dispõe de todos os
cargos, ser um presidente eleito por plebiscito, faz com que actue com total
independência face ao parlamento, na distribuição de vantagens e cargos. Em
suma, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">os Partidos são organizações
desprovidas de convicções</b>, moldadas pelas lutas eleitorais mais relevantes
para a distribuição dos cargos. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Isto
remete-nos para a política realista de Maquiavel</b> que, nos seus conselhos ao
príncipe, defende a estratégia “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">os fins
justificam os meios</b>”, devendo o líder adaptar-se de acordo com o vento –
neste caso falamos de Partidos mas a lógica parece ser a mesma. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Nos EUA, por detrás desta máquina partidária
estão os <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2015/12/os-bosses-tambem-existem-na-guine.html" target="_blank">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">bosses</i>”</a></b>,
que, na sombra, angariam votos e financiamentos, e determinam o jogo do Poder (Weber,
1979: 63-66; 2005: 95-96, 99-100).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em jeito de conclusão, recordo
os meus leitores que tenho defendido a despartidarização e despolitização do
sector privado e da administração pública guineenses, ou seja, é necessário
terminar com acumulações de cargos. A este propósito, recordo a classificação
de Fernandes (2010: 107-118), que distingue entre funções políticas e funções
técnicas. As funções políticas incluem a função governativa e a função
legislativa. As funções técnicas incluem a função administrativa e a função
jurisdicional (Mendes, 2015: 298-302). Portanto, é urgente evitar as nomeações
políticas nas áreas que dizem respeito às funções técnicas, que devem ser ocupadas por
concursos públicos & ou por carreira profissional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Afinal quem é que
beneficia com as nossas eleições<span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 106%;"><span style="color: blue;">[2]</span></span></span><!--[endif]--></span></span>?</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHuc74UpJF5UHl6TOADSlnnv8wsPWP398C8AlA2Bc7d3uPdNdgdR7NiPKY7Hr8gaecgxWmAfJhIv0FWIAY96giF9bDUVBCDnQZ_aF1oJTJP4gyQky8vOsF72TGzgHSXPm11MTBgOFs8fd7/s1600/3.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1366" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHuc74UpJF5UHl6TOADSlnnv8wsPWP398C8AlA2Bc7d3uPdNdgdR7NiPKY7Hr8gaecgxWmAfJhIv0FWIAY96giF9bDUVBCDnQZ_aF1oJTJP4gyQky8vOsF72TGzgHSXPm11MTBgOFs8fd7/s640/3.png" width="640" /></a></div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 106%;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span><!--[endif]--></span></span></span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> Politiqueiro designa alguém que
recorre a intriga para conseguir o Poder ou Cargos Públicos.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><span style="mso-special-character: footnote;"><span style="color: blue;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 106%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></span><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><span style="color: blue;"> </span><span style="background: white; color: #333333;">O <b>defeito do sistema eleitoral da representação
proporcional segundo o método de Hondt</b> dá-nos a entender que o <b>sistema
eleitoral guineense</b> é, no fundo, um sistema de <b>endividamento</b> e
de <b>estagnação</b> do país. Por estas razões <b>concordo </b>com
a <b>preocupação</b> do Prof. Doutor <b>Kafft Kosta</b>, na
medida em que <b>quem ganha </b>com este endividamento é o <b>credor</b> (comunidade
internacional) e <b>quem perde</b> é o <b>devedor</b> (Guiné-Bissau).
Ou seja: «<b>não há dinheiro</b> e andamos a fazer <b>todos os
esforços</b> para a <b>angariação dos recursos necessários</b> para
a realização das <b>eleições presidenciais</b> de 5 em 5 anos e <b>legislativas</b> de
4 em 4 anos (e/ou com quedas constantes de Governos) na data marcada; <b>solicitamos</b> à
comunidade internacional que <b>disponibilize os recursos</b> (financeiros,
materiais e humanos) necessários», sabendo que <i>«<a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2016/04/sobre-as-eleicoes-antecipadas-e.html?m=1" target="_blank">os <b>países
doadores</b> se envolvem nestes gestos de modo a <b>obterem
mais-valias</b> para os <b>seus bolsos</b>». </a></i><a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2016/04/sobre-as-eleicoes-antecipadas-e.html?m=1" target="_blank">Ou melhor,
a <b>comunidade internacional</b> <i>«actua, às vezes, sob <b>capa
de cooperante</b>, fazendo lembrar aqueles <b>bombeiros</b></i> </a><i><a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2016/04/sobre-as-eleicoes-antecipadas-e.html?m=1" target="_blank">que apagam o fogo com gasolina</a>»</i><span style="mso-bidi-font-style: italic;"> (</span>Kosta,
2007: 277-281, 467, 654<a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a><span style="mso-bidi-font-style: italic;">).</span></span></span></div>
</div>
</div>
Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-65839962992070457362019-01-23T18:11:00.000+00:002020-05-13T10:05:11.988+01:00O Futuro Político da Guiné-Bissau Está no Federalismo Perfeito [Segunda Parte]<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ilustres leitores, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">um especial cumprimento a todos</b>. O post de hoje vai constituir a
segunda parte do <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2019/01/federalismo-como-solucao-politica-para.html" target="_blank">post anterior</a>.
Vou começar por reforçar algumas ideias-chave do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federalismo Perfeito</b> debatidas pelos construtores do Modelo Político
dos EUA. O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">objectivo central do título
deste post</b> – o Futuro Político da Guiné-Bissau Está no Federalismo Perfeito
– é <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">convidar os intelectuais</b>
guineenses e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">amigos</b> da Guiné-Bissau <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a reflectirem</b> sobre uma das soluções <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">políticas estáveis e duradouras</b> para o
bem-estar da Nação Guineense. É um post que facilita a compreensão de que um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Bom Modelo Político</b> precisa de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Políticos de Virtudes</b> & <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Governantes com Prudência</b>.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK_l23FbNcWVw0g2G1-JkZjTy5EDBCDoVa0YCRxP8S2i4bbMVrDRhRWTTWW1ivEXJB1CaPRUSJrs9ar07GLU6yVuhHAchwBJK3WO8SheF8giqK0Rh31ON-zWs1y6iedinO6fjV8zX9HsmS/s1600/23-01_1.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1366" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK_l23FbNcWVw0g2G1-JkZjTy5EDBCDoVa0YCRxP8S2i4bbMVrDRhRWTTWW1ivEXJB1CaPRUSJrs9ar07GLU6yVuhHAchwBJK3WO8SheF8giqK0Rh31ON-zWs1y6iedinO6fjV8zX9HsmS/s640/23-01_1.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">primeira inovação</b> da experiência
norte-americana – no domínio do Federalismo Perfeito – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">reside</b> na própria ideia de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Constituição</b>
como <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">lei fundamental</b>, que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">deveria regular</b> as relações entre G<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">overnantes e Governados</b> na base dos conceitos
fundamentais de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">soberania popular</b> e
de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">igualdade de todos os Cidadãos</b>
perante a lei. A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Constituição Federal</b>
implicava, no dizer de<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> Hamilton</b>, uma
mudança radical no ponto de vista que presidia à sua construção. O centro de
gravidade assentava numa concepção prospectiva, visando prever e satisfazer
necessidades de um futuro longínquo e estratégico. Era uma Constituição que
vivia a expectativa do porvir e que procurava responder às necessidades e aos
desafios que aguardavam no presente o seu momento de aparecimento. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Hamilton dizia</b> «as Constituições de
Governo Civil, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">não devem</b> ser estruturadas
apenas com base numa avaliação das exigências existentes, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mas sim</b> com base numa combinação destas com as exigências prováveis
dos séculos, em conformidade com o curso natural e experimentado dos assuntos
humanos (…)». Deve existir uma capacidade para providenciar as contingências
futuras à medida que ocorram. A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Constituição
Federal</b> americana rompia com o passado e com o presente para entrar nos
terrenos inéditos do futuro. Esta <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Constituição</b>
coincidia com o próprio nascimento da ordem política, jurídica e administrativa
da nova nação (Soromenho-Marques, 2011: 79-81; Mendes, 2015: 511).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Nesta
ordem de ideias, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Thomas Paine</b> propôs
que a Revolução Americana marcasse o início de uma nova era na história do
mundo, tornando-se o paradigma do contrato social, já não como ficção reguladora
ou ideia racional, mas como referência factual e concreta. A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">melhor Constituição para Madison</b> é
aquela que melhor <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">protege os direitos das
minorias</b>, e dessa minoria mínima que é o indivíduo. É aquela [<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Constituição</b>] que garante os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">direitos dos derrotados em actos eleitorais</b>,
protegendo-os da ignóbil/vergonhosa tentação para os forçar a confundir
liberdade com obediência à vontade da maioria. O que significa que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">um dos motivos pelos quais se deve
respeitar a minoria</b>, em vez de “a obrigar a ser livre”, é porque <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a minoria pode estar certa, e a maioria
errada</b>. É por isso que a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">política se
manifesta, para Madison</b>, como uma actividade que implica uma forte
componente científica. Neste sentido, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a
grande novidade da Constituição norte-americana</b> consiste na sua dupla
natureza. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Por um lado</b>, a Constituição
norte-americana é <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Republicana</b>,
quanto à organização em departamentos distintos do Sistema de Governo, e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">por outro lado</b>, a Constituição
norte-americana é <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federal</b>, no que
concerne à fragmentação pelo espaço geográfico dos diversos dispositivos e
competências governamentais. O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">republicanismo
significa</b> a constituição de um Estado fundado na soberania popular, no
império das leis, na separação de Poderes, no respeito pelas minorias e pelos
indivíduos (Soromenho-Marques, 2011: 81, 84, 86-87; Mendes, 2015: 511-512).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> O</span> republicanismo, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">fundado no princípio</b>
de que o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Povo elege</b> de entre si os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">melhores representantes</b> – Governantes
& Decisores – para as <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mais altas
esferas da governação</b>, poderia permitir a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">selecção dos Cidadãos</b> com maior preparação <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">académica e científica</b>, aliadas à dedicação <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">à causa pública</b>, para o desempenho das tarefas de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">gestão política</b>. O uso da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">política</b> ligada à forte componente <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">científica</b> é adequado, contudo, ligado a
uma dimensão de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">dignidade ética</b> e de
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">elevação intelectual</b> dos representantes,
sobretudo daqueles escolhidos para <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">altos
cargos</b> na <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Administração Federal</b>.
Esse <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">republicanismo</b> patente na <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Constituição Federal</b> aprofunda “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">o princípio da representação</b>” que os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Antigos</b> apenas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">imperfeitamente</b> conheciam. Nas palavras de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Madison</b> «a verdadeira distinção entre estes Governos [os Regimes Políticos
de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Democracia da antiguidade</b>] e os
americanos [tanto <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">o da União como o dos
Estados</b>] reside na total <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">exclusão do
Povo</b> da administração, na sua capacidade colectiva, de qualquer <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">participação nos últimos</b> [EUA], e não
na total exclusão dos representantes do Povo da administração dos primeiros
[Democracias antigas]». A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Constituição Federal</b>
não é só um texto incompleto, como é um texto aberto, um texto seminal contendo
possibilidades adormecidas, aguardando o melhor momento para germinar
(Soromenho-Marques, 2011: 86-87, 89; Mendes, 2015: 512).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> V</span>erificamos
aqui fortes semelhanças com a estrutura do meu Modelo Político de Governação
para a Guiné-Bissau, com os seus respectivos três blocos. <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">Ao contrário do Federalismo
Clássico/Antigo</span>, que era essencialmente construído <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a partir de fora</b>, isto é, em função das exigências de coordenação
defensiva contra ameaças militares externas, e a partir de cima, pela
articulação dos órgãos de cúpula das diversas unidades, o <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">Federalismo Americano/Contemporâneo</span>
era determinado <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a partir de dentro</b>,
pelas necessidades de manutenção das liberdades e direitos republicanos, e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a partir da base</b>, na medida em que os Cidadãos constituíam a única e mais radical fonte de Poder para ambas as séries
de Sistemas Políticos (da União e dos Estados). <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">Essa viragem fundamental que Hamilton expressa do
seguinte modo:</span> «(…) temos de alargar a autoridade da União às pessoas
dos Cidadãos – os únicos objectos próprios de governação»; também se pode
designar sinteticamente por dupla cidadania, e conduz à constituição de um
Sistema Político geral ou comum que assegura as tarefas da governação, no
âmbito de toda a União, em torno do núcleo reduzido, mas fundamental de
competências. Essas competências permitem o estabelecimento de uma relação
directa entre o Cidadão e o Sistema Político da União, quer em matéria de
direitos, quer no tocante a deveres, sem ser necessária a mediação dos Governos
Estaduais. Desta forma, é o Cidadão que se situa no centro do Sistema Político,
a igual distância e com idênticas prerrogativas, tanto perante o seu Governo
Estadual como face ao Sistema Político propriamente Federal (Soromenho-Marques,
2011: 91-92; Mendes, 2015: 513).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Na
verdade, os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Pais Fundadores</b> do Modelo americano tinham <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">perfeita consciência</b>
da necessidade de agilizar as relações entre os diversos Poderes no quadro Federal.
O <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">Poder legislativo</span>,
através das duas câmaras, a dos Representantes e o Senado, o <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">Poder executivo</span>, cujo
rosto é o <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">Presidente Federal</span>
eleito, e o <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">Poder
judicial</span>, cujo cume é constituído pelos juízes do Supremo Tribunal, <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">estabelecem entre si
diferentes relações de controlo e vigilância mútuas</span>, permitindo a
criação de um autêntico sistema de <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">checks and balances</span></i>
ou “<span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">freios e
contrapesos</span>”. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Para Hamilton</b>, <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">numa República Simples</span>,
todo o Poder entregue pelo Povo é submetido à administração de um único Governo,
e as usurpações são prevenidas por uma divisão do Governo em departamentos
distintos e separados. <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">Na
República Composta de América</span> [e, eventualmente, da <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">Guiné-Bissau</span>], o
Poder entregue pelo Povo é, <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">primeiramente</span>, dividido por dois Governos distintos, e, <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">depois</span>, a parte
atribuída a cada um deles é subdividida entre departamentos distintos e
separados. Surge deste modo uma dupla segurança para os direitos do Povo. Os
diferentes Governos controlar-se-ão mutuamente ao mesmo tempo que cada um deles
será controlado por si próprio (Soromenho-Marques, 2011: 93, 96-97; Mendes, 2015: 513-514).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Numa
<span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">República</span> é de
grande importância não só <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">defender
a sociedade</span> contra a <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">opressão dos seus Governantes</span>, mas <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">defender cada parte</span> da sociedade contra
a <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">injustiça da outra
parte</span>. Existem necessariamente diferentes interesses em diferentes
classes de Cidadãos. Se uma <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">maioria estiver unida</span> por um interesse comum, os <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">direitos da minoria</span>
ficarão pouco seguros. Embora toda a sua autoridade deva ser derivada e
depender da sociedade, <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">a
própria sociedade será fragmentada</span> em tantas partes, interesses e
classes de Cidadãos, que os <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">direitos dos indivíduos</span>, ou da minoria, <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">correrão pouco perigo</span>
de quaisquer <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">conluios
de interesses da maioria</span>. Num <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">Governo livre</span>, a <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">segurança</span> para os <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">direitos civis</span> deve ser a mesma que para os <span style="background: darkcyan; mso-highlight: darkcyan;">direitos religiosos</span>
(Soromenho-Marques, 2011: 97; Mendes, 2015: 514).</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfCy8Ai_TNPaMoqTqJ4Os8j-492HGJaWyQBL5CR6ZJw5t-Mx5StF7BQCUTAswHVLXm1hT5kxNVdXaQHK-6gN6ugOZmrQm0lBzPqyCDJuxoBFN8ZQ7TA4MPg5k7oMQzmD3krcoVI6x4TFWa/s1600/23-01_2.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="668" data-original-width="1366" height="312" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfCy8Ai_TNPaMoqTqJ4Os8j-492HGJaWyQBL5CR6ZJw5t-Mx5StF7BQCUTAswHVLXm1hT5kxNVdXaQHK-6gN6ugOZmrQm0lBzPqyCDJuxoBFN8ZQ7TA4MPg5k7oMQzmD3krcoVI6x4TFWa/s640/23-01_2.png" width="640" /></a></div>
Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-8722371659272174252019-01-01T19:04:00.000+00:002019-01-04T21:32:57.312+00:00Federalismo Como Solução Política Para a Guiné-Bissau [Primeira Parte]<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Magníficos leitores, desejo-vos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Boas Entradas</b>. Faço votos para que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">2019 seja o melhor</b> de todos os anos. No post de hoje, vou falar (na
Primeira Parte) do ‘<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federalismo Como
Solução Política</b>’ para a Guiné-Bissau. Vou dividir este post em dois
pontos: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: teal; mso-highlight: teal;">No primeiro ponto</span></b>, vou descrever, em síntese, os
aspectos esclarecedores do Federalismo. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Neste
ponto</b>, vou aproveitar a oportunidade para alertar aos meus leitores para
apreciarem, na nota de rodapé n.º 2, os comentários do Presidente da República
«PR», <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">José Mário Vaz</span>
«<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Jomav</b>», vulgo de ‘<span style="background: olive; mso-highlight: olive;">Zeca</span>’; e do Presidente do
PAIGC, <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">Domingos Simões
Pereira</span> «<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">DSP</b>», vulgo de ‘<span style="background: olive; mso-highlight: olive;">Matchú</span>’. Ainda sobre a Revisão
da CRGB, pode ser encontrada no meu livro (<span style="color: #c00000;"><a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015: 448, 505</a></span>) e no livro de Kafft Kosta (</span><span style="font-size: 18.6667px; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif;">2007: 35, </span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 18.6667px; text-indent: 35.4pt;">245-246, 255-261, 527</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14pt; text-indent: 35.4pt;">). </span><b style="font-family: "times new roman", serif; font-size: 14pt; text-indent: 35.4pt;"><span style="background: teal; mso-highlight: teal;">No segundo ponto</span></b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14pt; text-indent: 35.4pt;">,
vou falar da pequena diferença que existe entre Federalismo Perfeito e
Imperfeito. </span><b style="font-family: "times new roman", serif; font-size: 14pt; text-indent: 35.4pt;"><span style="background: teal; mso-highlight: teal;">Em jeito de conclusão</span></b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14pt; text-indent: 35.4pt;">, deixarei (como é
habitual) algumas provocações para reflexão.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigljx5wMbVBRQJq9LwhRdrTQcMwc4EbYCai9XO5FFJTJdBdM3LwbVQ50FIszarnyAv48B_u8VAhbCMPt_ikldOtvS_HuQMxgEX7i3gc1ttD3eZxt5jUok7VwnxfDodKue6GAYMi6CNaAN5/s1600/1+popper.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="661" data-original-width="1249" height="338" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigljx5wMbVBRQJq9LwhRdrTQcMwc4EbYCai9XO5FFJTJdBdM3LwbVQ50FIszarnyAv48B_u8VAhbCMPt_ikldOtvS_HuQMxgEX7i3gc1ttD3eZxt5jUok7VwnxfDodKue6GAYMi6CNaAN5/s640/1+popper.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: darkcyan; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Primeiro Ponto.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Quer pela história
recente, quer pela hierarquia dos Poderes dominante no Ocidente no século XX, o
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federalismo</b> é sempre avaliado em
relação ao modelo que rege os EUA: trata-se de um sistema político [ou melhor, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">forma de Estado</b>] em que o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">governo (Federal)</b> tem e exerce um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Poder central</b>, incluindo o legislativo,
o executivo, e judicial, enquadrando uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">base
de Estados</b>, com estatuto de igualdade, submissos a uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Constituição</b><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span><!--[endif]--></span></span> comum que lhe respeita as
especificidades (Moreira, 2011: 16, prefácio). O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federalismo</b> não resulta necessariamente da proximidade ou da
afinidade, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mas do perigo</b> que se
adivinha na manutenção de uma eventual completa independência das partes que
são convidadas ao compromisso Federal. Os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">laços
Federais</b> estabelecem-se entre <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">unidades
políticas</b> que ou <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">foram inimigas</b>,
ou poderão vir a sê-lo. Mas a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">tensão é
difícil</b>, requer <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">energia</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">perseverança</b>, exige uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">liderança responsável</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">atenta</b> (Soromenho-Marques, 2011: 26; <span style="color: #c00000;"><a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015: 506</a></span>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">força do Federalismo</b> como <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">solução
política</b> reside no seu <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">universalismo</b>
e o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">verdadeiro alcance</b> da
experiência americana <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">consiste no facto</b>
de ela ser uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sementeira</b> de novos
tempos. A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">palavra Federalismo</b> deriva
do conceito latino “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Foedus</i></b>”, que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">significa</b>
Tratado, Contrato, União, Aliança, entre outros sentidos possíveis, localizáveis
no mesmo campo semântico. A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ideia de Federalismo
sugere</b>, assim, um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">acordo</b> entre<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> entidades políticas</b> soberanas, gozando
de um estatuto formalmente idêntico, visando <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">prosseguir em conjunto objectivos</b> que a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cada um dos membros da aliança</b>, possibilitada pelo acordo, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">seria impossível de atingir</b>. A
experiência histórica é fértil nesse tipo de fenómenos, de ligas e uniões entre
diversos tipos de Estado (de Cidades autónomas a Reinos e Repúblicas), <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">visando enfrentar em conjunto ameaças</b> à
sua <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">integridade e sobrevivência</b>. Independentemente
do maior ou menor peso conferido ao soberano ou ao cidadão, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">à segurança</b> ou à <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">liberdade</b>
(vejam-se os casos de Hobbes e Locke), <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a
verdade</b> é que a simples <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">dominância
da matriz contratualista</b> colocava de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">modo
incontornável o papel do indivíduo</b><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[2]</span></span></span><!--[endif]--></span></span> no <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">centro da construção do corpo político</b>. Daqui se infere a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">importância</b> da categoria de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">consentimento</b>, que é um dos fundamentos
de qualquer teoria da cidadania (Soromenho-Marques, 2011: 27-28;</span> <span style="color: #c00000; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015: 506-507</a></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">No que toca a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cidadania</b> no posto de comando, o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federalismo contemporâneo</b> introduz uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">inversão</b> na lógica <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">política tradicional</b>. Em vez do tradicional “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">dividir para reinar</b>”, com que se traduzia a experiência de
afirmação de líderes poderosos sobre povos inteiros, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">no Federalismo são os governos</b> que são divididos e colocados ao
serviço dos cidadãos. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Na arquitectura
essencial do federalismo</b> encontramos dois sistemas políticos e de governo –
o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federal</b> e o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estadual</b> –, cujas competências e limites são reconhecidos e
articulados numa Lei Fundamental. O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">traço
comum essencial desses dois sistemas de Poder</b> é que ambos são controláveis
e responsabilizáveis pelos cidadãos. Com efeito, um dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">conceitos reitores do Federalismo</b> é o de dupla cidadania, que
significa que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cada cidadão singular</b>
acumula os atributos do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">exercício da
cidadania</b> tanto no plano Estadual como no plano Federal. O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cidadão intervém</b> nas duas esferas essenciais
da vida pública da Federação, a esfera do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estado</b>
e a esfera da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">União</b>. O cidadão <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">elege</b> os seus representantes, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">participa</b> no processo de elaboração das
leis, é <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">protegido</b> nos seus direitos,
e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">responsável</b> pelo cumprimento dos
seus deveres. O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federalismo constitui</b>
uma notável tentativa de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">resposta
política aos problemas</b> de um mundo cada vez <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mais globalizado</b>. Trata-se de encontrar uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">escala política</b> que seja <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">correspondente</b>
ao nível dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">problemas enfrentados</b>
(Soromenho-Marques, 2011: 30; <span style="color: #c00000;"><a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015: 508-509</a></span>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federalismo duplo</b><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[3]</span></span></span><!--[endif]--></span></span> implica a existência de
dois campos de Poder mutuamente exclusivos e demarcados, o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">governo geral</b> e o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">governo
dos Estados</b>, coexistentes no mesmo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">espaço
territorial</b>, mas com <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">soberanias
separadas e distintas</b>, atuando de forma independente <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">dentro da respectiva</b> esfera, restringindo a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">acção Federal</b> que pudesse invadir a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">autoridade regulamentadora Estadual</b> (Stobe, 2016: 40).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: darkcyan; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Segundo Ponto.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Nabais</b> (2010b: 13, citado por Stobe, 2016: 40, 47) chama de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federalismo Perfeito</b> ou propriamente
dito [<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">primeiro grau</b>] – <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">EUA, RFA, Suíça e Canadá</span> – aquele
que é <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">construído da base para o topo</b>,
no qual os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estados se associam</b> para
criar uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">nova entidade superior</b> a
eles, para a qual <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">transferem</b> uma
série de <b>P</b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">oderes</b>. Por fim, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">tem-se um dualismo</b> – dois centros de Poder: os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estados Membros</b>
(Federados) e o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estado Federal</b>
(União dos Estados Membros). Diz-se <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federalismo
Imperfeito</b> ou fictício [<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">segundo grau</b>]
– <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">Brasil, Austrália, etc.</span>
–, aquele que é <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">construído de cima para
baixo</b>, decorrente da descentralização política de Estados que, devido à <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">imensidão de seu território</b> ou à
acentuada <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">diversidade de suas gentes</b>,
constatam a impossibilidade de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">manter um
centro único de autoridade</b>, como é o caso brasileiro (Mendes, 2015:
290-291).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">No contexto
internacional, o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federalismo</b> é
indicado como solução para pacificação. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Hannah
Arendt</b> (2015: 198, citada por Stobe, 2016: 51), <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">põe em cheque</b> a questão da soberania e afirma que os rudimentos de
um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">novo conceito</b> de Estado –
Federalismo –, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cuja vantagem</b> é que o
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Poder</b> não vem nem de cima nem de
baixo, mas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">é dirigido horizontalmente</b>
de modo que as <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">unidades Federadas</b>
refreiam e controlam mutuamente seus Poderes. Nesta ordem de ideias, a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Juíza O’Connor</b> afirmou que o Federalismo
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">aumenta a oportunidade</b> dos cidadãos
participarem de um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">governo
representativo</b>, mais próximo, capaz de lidar melhor com os problemas locais
e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">oferece um controle</b> salutar sobre
o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Poder governamental</b> (Schwartz,
1984: 76, citado por Stobe, 2016: 51).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Após intenso debate
nacional – em 1787 na Convenção de Filadélfia<span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[4]</span></span></span><!--[endif]--></span></span>, a <b>Constituição</b> americana incorporou
o “<b>triunfo do centro sobre a periferia e o triunfo do princípio dos controles e
equilíbrios sobre o princípio da supremacia legislativa</b><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[5]</span></span></span><!--[endif]--></span></span>” e criou um executivo
nacional forte, um Senado poderoso e um judiciário nacional (Madison, Hamilton
& Jay, 1993: 24-27, citado por Stobe, 2016: 39). Pelas suas características,
a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federação</b> é um modelo de
organização do Estado que permite aproximar a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">vontade do cidadão</b> da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">decisão
do governo</b>, possibilitando que o “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">dono
do Poder</b>”, que é o povo, participe da gestão da “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">coisa pública</b>” (Stobe, 2016: 51).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">dinâmica Federal</b> traduz-se por uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">enorme capacidade</b> de atracção e inclusão. O Federalismo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">convoca os cidadãos</b> para a aventura de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">construir</b> uma<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> sociedade</b> que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">não está</b>
necessariamente <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">unida nem</b> por um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">passado</b> partilhado, nem pela <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">língua</b>, nem pela <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">unidade étnica</b> ou <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cultural</b>,
mas pelo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">projecto</b> de um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">futuro comum</b> com mais <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">liberdade e paz</b>. A Constituição,
segundo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Alexander Hamilton</b>, consiste
na extraordinária tarefa de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">responder à
questão</b> acerca da (im)possibilidade de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">estabelecer
sociedades</b> fundadas num <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">governo</b>
baseado na “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">reflexão e na escolha</b>”,
rompendo com o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">jugo milenar</b> de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">regimes políticos</b> radicados no mero “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">acidente</b>” ou na imposição da “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">força</b>” (Soromenho-Marques, 2011: 30-31,
44, citado por <span style="color: #c00000;"><a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015: 509</a></span>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJYaKvXeYW_KtXT4MBsp-7KRHH5Ro1srznyF7R__nn60VB_edYwlrZo7cCaFRzxd5E2-gqd7JfnBNh9GxGDuCx-YgQC2qkG-RjEaseBYUTTDHOpeY5ojzJ3c6QVHiM4VB8CGRtSj_SSTT3/s1600/2+maquiavel.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="687" data-original-width="1285" height="342" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJYaKvXeYW_KtXT4MBsp-7KRHH5Ro1srznyF7R__nn60VB_edYwlrZo7cCaFRzxd5E2-gqd7JfnBNh9GxGDuCx-YgQC2qkG-RjEaseBYUTTDHOpeY5ojzJ3c6QVHiM4VB8CGRtSj_SSTT3/s640/2+maquiavel.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: teal; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Em jeito de conclusão</span></b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">,
deixo-vos (como é habitual) com algumas provocações para reflexão. Será que o
Federalismo pode <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">servir a Guiné-Bissau</b>?
Uma vez que os cidadãos guineenses não estão unidos por uma língua única, nem
por uma unidade étnica e cultural, será que não podem <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">unir-se em torno de um projecto de um futuro comum</b> com mais
liberdade e paz? Apreciem a explicação e as imagens, e tirem as vossas ilações,
caros leitores.<o:p></o:p></span></div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span><!--[endif]--></span></span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"> Para que a
Guiné-Bissau seja um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estado Federal</b> é
preciso a existência de uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">verdadeira
Constituição</b> da República, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">diferente
da actual Constituição</b> da República da Guiné-Bissau «CRGB» que o<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> Estado tem apresentado</b>. Pois, tal como
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">tenho frisado várias vezes</b>, ao longo
dos meus estudos, a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">actual CRGB é um
produto da luta armada</b> de libertação nacional de um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partido-Estado PAIGC</b>, que, ao tentar <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">adaptar-se à Democracia de forma enganosa</b>, não libertou os
principais símbolos que são propriedades do Estado. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">As propriedades de um Estado democrático são do povo</b>, com o seu <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">território</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Aparelho do Poder</b> do Estado. Por estas razões, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">aconselho</b> aos governantes, dirigentes partidários, decisores,
sociedade civil e aos governados guineenses que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">abracem com urgência as principais propostas de mudança</b> que tenho
vindo apresentar (<span style="color: #c00000;"><a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015: 505</a></span>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"><br /></span></div>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/livon/Desktop/Blogue%20e%20Facebook%2003-08-2018/Federalismo%20Como%20Solu%C3%A7%C3%A3o%20Pol%C3%ADtica%20Para%20Guin%C3%A9.docx#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[2]</span></span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"> Aqui está uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">boa oportunidade</b> para <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">refutar as palavras do PR</b> da
Guiné-Bissau, <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">Jomav</span> (discurso
do fim do ano) e <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">DSP</span>
(conversa da ‘<i style="mso-bidi-font-style: normal;">guinendadi</i>’ na Rádio
Pindjiquiti), que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">trocaram ‘mimos’</b> sobre
onde reside o problema da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Instabilidade
Política</b> da Guiné-Bissau. <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">Para
um</span>, esse problema reside no <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sistema
Político de Governo</b> ou melhor, na <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Constituição
da República</b>, enquanto <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">para
outro</span>, essa Instabilidade Política depende da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mentalidade dos governantes políticos</b>. Na <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">minha maneira de ver</span>, essa troca de ‘mimos’
entre os dois principais protagonistas do cenário político actual guineense, <span style="color: #c00000;"><a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2018/12/a-importancia-da-uniao-politica-na.html" target="_blank">enquadra-se no meu post anterior</a> </span>[em que <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">Platão</span> opta pelo governo
dos melhores homens, enquanto <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: olive; mso-highlight: olive;">A</span></b><span style="background: olive; mso-highlight: olive;">ristótele<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">s</b></span> abraça o governo das melhores leis]. Mas, <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">há quem acrescente</span> que num <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">bom sistema</b> eleitoral, sistema político
de governo, sistema de partidos políticos e regime político, mesmo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">os homens maus</b> podem ser <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">impedidos</b> de fazer o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mal</b>. No entanto, quando se aposta nos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">maus sistemas</b> políticos e regimes
políticos, as <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">coisas ficam piores</b>: o
mal cresce de forma exuberante e os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">homens
bons</b> são <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">impedidos</b> de fazerem o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">bem</b>, e pode até acontecer que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sejam obrigados</b> a fazer o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mal</b>. Na verdade, esta <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">articulação de pensadores</b> – <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">Platão & Aristóteles</span> – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">complementa-se</b>, isto é, um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">bom regime</b> político e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sistema de governo</b> necessitam de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">boas leis</b> e principalmente de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">bons líderes</b>, porque, segundo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Platão</b> o regime político e sistema de
governo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">podem ser até bons</b>, mas tudo
vai depender de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">quem estiver no seu
comando</b>, o que pressupõe que, se o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">seu
líder/chefe</b> (governante) tiver a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mentalidade
de ditador</b>, o regime político será <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">conotado
com a ditadura</b> e o sistema partidário será <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">conotado de monopartidário</b> (<span style="color: #c00000;"><a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015: 530-531</a></span>). No mesmo post, deixei esta advertência: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Se os guineenses</b> levarem em
consideração que existem ‘boas leis na Guiné-Bissau’, então, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">o problema deve estar nos homens políticos</b>,
tal como argumenta <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">Platão</span>
– fiel à sua cidade ideal – que prefere o governo daqueles que são protegidos
pelas virtudes (verdadeiro saber e verdadeira razão), que muito naturalmente se
colocam num plano superior às leis. <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">Vou chamar a atenção a Jomav, DSP e aos Politólogos</span> (todos
aqueles que falam da política sem terem formação na área da Ciência Política)
para <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">terem contenção com o que dizem</b>,
porque tenho um extenso <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">capítulo sobre a
crise política </b>guineense de 2014 a 2019.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"><br /></span></div>
</div>
<div id="ftn3" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[3]</span></span></span><!--[endif]--></span></span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"> O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federalismo</b> dos EUA é<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> um Federalismo Perfeito</b> em que se
verificam, simultaneamente, uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">estrutura
de sobreposição</b> [cada cidadão sujeito simultaneamente a dois Poderes
Políticos e a dois Ordenamentos Constitucionais] e uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">estrutura de participação</b> [o Poder Político central como resultante
da agregação dos Poderes políticos dos Estados Federados] (Miranda, 2005: 57).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"><br /></span></div>
</div>
<div id="ftn4" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[4]</span></span></span><!--[endif]--></span></span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"> Os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Anti-Federalistas</b> afirmaram não se
tratar de uma mera ‘Convenção’, mas de um sistema completo para o governo
futuro dos Estados Unidos. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Richard Henry
Lee</b> afirmava que sob a alegação de crise, os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federalistas</b> queriam destruir por completo os governos estaduais e
fazer dos Estados Unidos um sistema consolidado (Madison, Hamilton & Jay,
1993: 33, citado por Stobe, 2016: 39).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn5" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><span style="color: blue;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"><span style="color: blue;"> </span>Dizem Madison,
Hamilton e Jay (1993: 338, citados por Stobe, 2016: 39) em O Federalista, p.
48: “em toda parte, o Legislativo estende a esfera de sua atividade e suga todo
Poder para seu vórtice impetuoso”.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<br />Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-39660189453727453062018-12-26T21:12:00.000+00:002018-12-27T07:57:06.660+00:00A Importância Da União Política Na Guiné-Bissau<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Caros leitores, antes de
mais, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Boas Festas a todos</b>. Uma vez
que me deparo com muitas dificuldades – de tempo, internet e energia - <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">transformo o post de hoje num cabaz</b> especial de Natal,
para os meus leitores. No post de hoje vou falar da importância que a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">União Política</b> pode ter para o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">bem-estar social</b>, para a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">paz</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">segurança</b> dos Guineenses e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">daqueles
que gostam e escolhem</b> a Guiné-Bissau como a sua <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">segunda pátria</b>. Nesta linha de reflexão, vou falar, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">em primeiro lugar</b>, de um pequeno
excerto de Alexis de Tocqueville em relação à importância da Ciência Política
para a consolidação da Democracia. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Em
segundo lugar</b>, vou apresentar uma pequena síntese de trilogia de debate
sobre a importância de sermos governados pelas melhores leis ou pelos melhores
homens ou ainda por um bom sistema/regime político. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Em terceiro lugar</b>, vou dar exemplo de um tipo de Homem com que
podemos contar. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Em quarto e último lugar</b>,
abro a possibilidade de os leitores se posicionarem para o lado que acharem
conveniente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxPiANqb96if7yL4JI6QpkQiAB60G8OsCLMGnUZTp1xFpInhKLfcKccOhRorMK1mGgTQ4z6AGCYmMXyPxPiZFM_Arw3B07yQXs8mpcPpnpnTyCTlRHOsh_HkW1MiZV2JocSAL7t4EPuclW/s1600/1.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="555" data-original-width="1245" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxPiANqb96if7yL4JI6QpkQiAB60G8OsCLMGnUZTp1xFpInhKLfcKccOhRorMK1mGgTQ4z6AGCYmMXyPxPiZFM_Arw3B07yQXs8mpcPpnpnTyCTlRHOsh_HkW1MiZV2JocSAL7t4EPuclW/s640/1.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: #b4c6e7; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em primeiro lugar</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">,
devo confessar que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">estou consciente</b>
de que as minhas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Propostas de Mudança</b>
podem abrir algumas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">frentes de combate</b>,
derivadas, principalmente do seu <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">carácter
inovador</b>. Possivelmente, pelos seus <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">aspectos
positivos</b>, porque trazem uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">visão/mentalidade</b>
completamente <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">nova da República</b> e da
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Democracia guineense</b>. Nesta ordem de
ideias, tal como <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Alexis de Tocqueville</b>
descobriu uma sociedade nova – “os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">EUA</b>”
– onde vigora um Regime Político Democrático, também <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">descobri e acredito</b> que a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Democracia
‘por Intermediação’</b>, como fenómeno social e político, existe; e vou
continuar a transmitir aos meus <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">contemporâneos/conterrâneos</b>
que esta Democracia <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">constitui
inevitavelmente</b> o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">presente e futuro
político</b> da Guiné-Bissau e do mundo, porque <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">veio mesmo para ficar</b>. E para combater a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">má governação</b> e a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">instabilidade
política</b> da Guiné-Bissau, é necessária uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">nova Ciência Política</b> para uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">nova
visão/mentalidade</b> da cultura política dos guineenses (Mendes, 2015: 550-551).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: #b4c6e7; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em segundo lugar</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">,
ilustres leitores, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">tudo o que estamos a
ver</b> até agora não se conquista de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sábado
para Domingo</b>, na medida em que é um processo que atravessa <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">vastos campos</b> – político, económico,
social e cultural – até <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">constituir uma
cadeia</b> de relações de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">confiança e
carisma</b> (desde a família, a escola, os amigos, etc.). No entanto, a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Democracia não é suficiente</b> – é preciso
perguntarmo-nos se é “preferível ser-se governado pelos melhores homens ou
pelas melhores leis”. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Platão</b><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">[<span style="color: blue;">1</span>]</span></span><!--[endif]--></span></span> opta pelo governo dos
melhores homens, enquanto <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Aristóteles</b>
abraça o governo das melhores leis. Mas, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">há
quem</b> acrescente que num <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">bom sistema</b>
eleitoral, sistema político de governo, sistema de partidos políticos e regime
político, mesmo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">os homens maus</b> podem
ser <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">impedidos</b> de fazer o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mal</b>. No entanto, quando se aposta nos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">maus sistemas</b> políticos e regimes
políticos, as <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">coisas ficam piores</b>: o
mal cresce de forma exuberante e os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">homens
bons</b> são <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">impedidos</b> de fazerem o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">bem</b>, e pode até acontecer que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sejam obrigados</b> a fazer o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mal</b>. Na verdade, esta <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">articulação de pensadores</b> – Platão
& Aristóteles – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">complementa-se</b>,
isto é, um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">bom regime</b> político e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sistema de governo</b> necessita de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">boas leis</b> e principalmente de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">bons líderes</b>, porque, segundo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Platão</b> o regime político e sistema de
governo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">podem ser até bons</b>, mas tudo
vai depender de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">quem estiver no seu
comando</b>, o que pressupõe que, se o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">seu
líder/chefe</b> (governante) tiver a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mentalidade
de ditador</b>, o regime político será <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">conotado
com a ditadura</b> e o sistema partidário será <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">conotado de monopartidário</b> (Mendes, 2015: 530-531).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Seguindo o mesmo raciocínio,
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">o desafio dos guineenses</b> consiste em
encontrar um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">líder</b> com os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">traços de carácter</b> que precisam de ser <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">trabalhados</b>. Eu sugeria que constassem
do Tratado Político de Governação «<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">TPG</b>»
da Guiné-Bissau, as <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">competências</b>
exclusivas dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">governantes</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">membros</b> de governo, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">líderes</b> partidários, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">decisores</b>, etc., que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">fossem avaliadas</b> pelas Áreas de Estudos
- Órgão Consultivo Multidisciplinar Imparcial «<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">AE-OCMI</b>» (Mendes, 2015: 531).<span style="background: yellow; mso-highlight: yellow;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: #b4c6e7; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em terceiro lugar</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">,
para a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">União Política</b> Na
Guiné-Bissau, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">atrevo-me</b> dizer que é
preciso ter em conta a máxima de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Jacques
Delors</b> acerca de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Jean Monnet</b>:
«Há duas categorias de homens: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">aqueles</b>
que querem <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ser alguém</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">os</b> que querem fazer <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">alguma coisa</b>». Para Jacques <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Delors</b>, Jean<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> Monnet </b>pertencia por inteiro à<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">
segunda espécie</b>, tal como os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">governantes</b>
e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">políticos</b> guineenses <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">deveriam fazer algo de bom</b> para a
Guiné-Bissau. À semelhança de Jean Monnet, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">parece-me</b>
também que uma das <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">formas viáveis</b> de
atingirmos esse fim é <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">abraçarmos</b> o
método dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">pequenos passos</b>, ou seja:
começar num <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sector-chave</b> da<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> União Política</b> dos Guineenses, ou
seja, a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">modernização do sector político</b>
como altamente <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">prioritária</b>; alargar
paulatinamente o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">projecto a outros
domínios</b> – educação, saúde, justiça, economia, defesa e segurança, energia,
cultura; e deixar para o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">fim a união</b>
e <b>modernização</b> dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">outros domínios</b>.
É esta que deve ser a nossa tarefa como <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Politicólogos</b>
[Cientistas Políticos] que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Alexis de
Tocqueville</b> referia: imaginar, convencer os mais reticentes, e trabalhar
para garantir a unidade, que poderá assegurar para o futuro a paz entre os
guineenses. É <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">preciso</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">trabalhar</b> o sistema eleitoral, o
sistema de partidos políticos, o sistema político de Governo, a forma do Governo
e do Estado, as mentalidades, os discursos e acções dos governantes, da classe
política, os decisores e governados guineenses, e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">colocá-los</b></span> <span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">sob a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">direcção</b>
e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">fiscalização</b> de um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Aparelho do Poder</b> do Estado – AE-OCMI –
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">nunca antes visto</b>. Acredito que,
desta forma, a longo prazo, a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Guiné-Bissau</b>
pode <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">transformar-se</b> numa das <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Nações</b> mais <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">bem-sucedidas</b> do planeta (Mendes, 2015: 477-478).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A Guiné-Bissau <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">não se construirá</b> de um só golpe por <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">acção</b> de um ‘<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">partido político’</b> com um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mandato</b>
de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">quatro anos</b>, nem por meio de uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">solução</b> de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">fanatismo ideológico</b> baseada nos principais ‘<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">partidos políticos</b>’ com a sua respectiva <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sede de apoio</b> de Poder, grupos de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">interesses/pressão</b> e grupos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">parapolíticos</b>:
a Guiné-Bissau há-de fazer-se com <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">passos
lentos e seguros</b>, através de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">realizações
concretas</b>, criando, antes de mais, uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">solidariedade
de facto</b>, desenvolvida num período de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">amadurecimento
político</b> com <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">dois</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mandatos</b> alargados, sob a tutela da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">alta autoridade</b> da AE-OCMI, na pessoa
de um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Pivô Político</b> Excelente – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">verdadeiro líder</b> – incumbido de uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">equipa composta</b> por personalidades
independentes, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">designadas de modo
paritário</b> de todas as facetas da sociedade guineense. A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">União Política</b> na Guiné-Bissau, deve
ser encarada como um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">projecto para
unificar</b> todos os cidadãos, políticos e militares guineenses, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sem passar</b> pela <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">força das armas</b>. Considero que poderá ser uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">oportunidade</b> para – pela primeira vez – os guineenses <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">se agruparem</b> em torno de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">objectivos comuns</b>, passando por <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cima das clivagens</b> da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">política interna</b> da Guiné-Bissau. O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">impulsionamento</b> dessa União Política de
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">grande envergadura</b> não será <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">tarefa fácil</b> para qualquer guineense;
será necessário <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ter e manter muita fé no
ideal</b> abraçado, muito <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">tacto
diplomático/político</b> e uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">infinita
paciência</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">humildade</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">discreta tenacidade</b> (Mendes, 2015: 478).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: #b4c6e7; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em quarto e último
lugar</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">,
caros leitores, para a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">vossa
consideração</b>, é frequente ver estes casos de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Jean Monnet</b> – antes e depois dele – com uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mentalidade e visão</b> de “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">longevidade</b>”
da União Política em diferentes <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cantos
do mundo</b>, por parte de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">partidos
políticos</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">líderes carismáticos</b>:
Esta realidade é mais <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">notória
nos EUA</span>, onde a esmagadora maioria dos Pais Fundadores da Carta da
Independência de 1776-1787 – George Washington, Thomas Jefferson, James
Madison, Alexander Hamilton, John Jay – governaram sucessivamente de forma
alternada até que a Constituição da República institucionalizasse, de forma
sólida, um conjunto de elementos-chave. Hoje em dia, os americanos estão a
desfrutar do brilhante trabalho, fruto da União Política dos seus melhores
homens. <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">Na Suécia</span>,</span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">um
partido político governou em coligação durante 40 anos. Hoje podemos dizer que
foi com base nas ideias de Ernest Wigforss que a Suécia conseguiu – ao longo do
séc. XX – tornar-se num dos países mais prósperos e desenvolvidos do mundo, em
termos de eficiência económica, justiça social e de qualidade de vida,
incluindo um elevado nível de protecção ambiental. O modelo político sueco<span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">[<span style="color: blue;">2</span>]</span></span><!--[endif]--></span></span> (ou nórdico) tem sido
muito elogiado, havendo evidências de que os nórdicos serão psicológica e
sociologicamente muito igualitários. <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">Em França</span>, Charles De Gaulle teve um papel na origem do Sistema
Político de Governo Misto Semipresidencialista – fez a «grande coligação para a
União Política dos Franceses», incluindo todos os principais partidos políticos
do país, do mais Conservador até ao Partido Comunista, para preparar a
reconstrução do país numa fase pós-guerra profundamente traumática; como chefe
do Governo, fez abortar o golpe; em três meses, obteve a aprovação de uma nova Constituição
e foi eleito Presidente da República «PR» em Dezembro, tendo desempenhado o
cargo durante mais de 10 anos seguidos. <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">No Botswana</span>, o Partido Democrático do Botswana
“BDP” governou o país desde 1965 até hoje com uma estabilidade política superior
à de muitos países europeus. <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">No
Senegal</span>, desde 1960 com Leopoldo Sédar Senghor até às actuais lideranças
senegalesas, há uma estabilidade política democrática, tal como em <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">Cabo Verde</span> desde a década de
1990 (Mendes, 2015: 474-479).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para terminar, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">convido os meus leitores</b> a reflectirem
sobre a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">União Política </b>dos <span style="background: olive; mso-highlight: olive;">Sul-Africanos</span> e sobre o efeito
indiscutível de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Nelson Mandela</b>, que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">teve</b> também a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">capacidade de unir o seu povo</b>, enquadrando-se na figura de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">verdadeiro líder</b><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">[<span style="color: blue;">3</span>]</span></span><!--[endif]--></span></span> político, algo que faz
muita falta na Guiné-Bissau (Mendes, 2015: 460-461).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><a href="livro: https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Para mais informações, podem consultar o meu Livro: Modelo Político Unificador – Novo Paradigma de Governação na Guiné-Bissau.</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBbq_NOv74kM3tAbZA-ibEIeghRs994B4eebM59veTSjggtxer3KjJo0o-ftpXMj3YIDQK7LPra8KyGmg3pCHM0ixbHo_iwUwqkhuJ-BC8Vb-1dPGt_zVcgO8Z4_ouQlcWMy7Kla9aDvKY/s1600/2.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="359" data-original-width="1361" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBbq_NOv74kM3tAbZA-ibEIeghRs994B4eebM59veTSjggtxer3KjJo0o-ftpXMj3YIDQK7LPra8KyGmg3pCHM0ixbHo_iwUwqkhuJ-BC8Vb-1dPGt_zVcgO8Z4_ouQlcWMy7Kla9aDvKY/s640/2.png" width="640" /></a></div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">[<span style="color: blue;">1</span>]</span></span><!--[endif]--></span></span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"> Se os guineenses
levarem em consideração que existem ‘boas leis na Guiné-Bissau’, então, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">o problema deve estar nos homens políticos</b>,
tal como argumenta Platão – fiel à sua cidade ideal – que prefere o governo
daqueles que são protegidos pelas virtudes (verdadeiro saber e verdadeira
razão), que muito naturalmente se colocam num plano superior às leis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"><br /></span></div>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">[<span style="color: blue;">2</span>]</span></span><!--[endif]--></span></span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"> Há, contudo,
factores eminentemente políticos que ajudam a explicar o êxito inegável do
PSDS: a aliança leal com um ou outro dos partidos ditos burgueses seduzidos
para programas de governo reformistas, honestamente negociados e cumpridos; a
aliança natural com a maior central sindical blue colar; o investimento maciço
do partido e dos sindicatos na comunicação social e no sector editorial. Esta
estratégia, muito perspicaz, resultou de forma inegável na Suécia (Mendes,
2015: 476-477).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">[<span style="color: blue;">3</span>]</span></span><!--[endif]--></span></span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"> No plano da
liderança política, daí decorre que o líder político terá uma virtude tal «que
convide os outros a imitá-lo, que, pelo esplendor da sua alma e da sua vida, se
apresente como espelho para os seus concidadãos» (Cícero, 2008: 43-44, 162-163,
255).<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<br />Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-5456259209787139342018-11-11T17:52:00.001+00:002018-11-19T08:41:22.351+00:00Propostas de Mudança Para a Convenção Nacional - Bipolarização Bipartidária Entre Republicanos & Democratas Guineenses<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Magníficos leitores, os meus respeitosos cumprimentos.
Peço a vossa compreensão por este compasso de espera. Chamo, antes de mais, a atenção
aos meus leitores de que a verdadeira Proposta de Mudança sobre a Política
guineense se encontra no meu livro (<a href="livro: https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015: 427-540</a>).
No post de hoje, vou apresentar uma pequena Proposta de Mudança para que haja
uma Convenção Nacional. Depois deste, tentarei fazer mais posts: sobre a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">União Política</b> dos Guineenses, sobre <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">o Federalismo</b> na Guiné-Bissau e, para <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">terminar a temporada</b>, farei um post sobre
a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Via Segura para Promover a Igualdade
de Género</b> (e se houver tempo, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">os
meus leitores terão</b> direito a um post como <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cabaz de Natal</b>). Para hoje, faço analogia aos posts sobre as Crises
Políticas Americanas e as Crises Internas do PAIGC, e coloco três questões: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">1ª.</b> É possível falar em Estados Unidos
da Guiné-Bissau? <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">2ª.</b> À semelhança
dos EUA, como surgiram os Partidos Políticos Guineenses? <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">3ª.</b> Quais serão os principais passos para a verdadeira Convenção
Nacional na Guiné-Bissau? <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVKb0DFmitTrmD_ftIJ8zaWcI-9RZl1N7IphL4T75x9EjnxdhqHBuiBZboTGw2z-ro2doZb3cYVxyEI0pgIXsY5i38vWGuLgyRBBTA8BOBa_k7M_mM3BfyPIRNGo3ZXMEYQph1VKQq0ZGy/s1600/Sem+T%25C3%25ADtulo.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="247" data-original-width="1242" height="126" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVKb0DFmitTrmD_ftIJ8zaWcI-9RZl1N7IphL4T75x9EjnxdhqHBuiBZboTGw2z-ro2doZb3cYVxyEI0pgIXsY5i38vWGuLgyRBBTA8BOBa_k7M_mM3BfyPIRNGo3ZXMEYQph1VKQq0ZGy/s640/Sem+T%25C3%25ADtulo.png" width="640" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É possível falar em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estados Unidos da Guiné-Bissau</b> «EUGB», se
eu levar em consideração o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mosaico Étnico</b>
guineense em correlação com as palavras de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">René
Pélissier</b> (1989: 31, vol. 1), quando diz que «<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a Guiné Costeira foi, ao longo dos tempos, um refúgio de numerosos Povos
recalcados por diferentes invasões</b>» (<a href="livro: https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015:105-106</a>). Bem interpretadas as palavras de Pélissier, posso dizer que, tal
como nos EUA que tinham Etnias Originárias – os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Índios</b> divididos em várias Tribos –, e mais tarde, os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Europeus</b> fizeram chegar outros Povos
por meio dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Colonos </b>que usaram na <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Escravatura</b>, como tentativa de exterminar/eliminar
os Índios ao longo de séculos, na <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Guiné-Bissau</b>,
ocorreu a vinda de outros Povos – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Felupes</b>,
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Balantas</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Beafadas</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mandingas</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Fulas</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Portugueses</b>, (surgimento e vinda dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Caboverdianos</b>), etc. –, contudo, não houve a tentativa, por parte
da Potência Colonizadora (<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Portugal</b>),
de exterminar/eliminar as Etnias Originárias – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Manjacos</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Papeis</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mancanhas</b> – da Guiné-Bissau, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">apesar da Guiné</b> ter sofrido muito com a
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Escravatura,</b> que levou os seus <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">melhores Homens</b> para outras partes do
mundo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No contexto da
Guiné-Bissau, os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partidos Políticos</b>
surgiram a partir da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">década de 90 </b>do
século XX, com a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">revisão do artigo-4º</b>
da CRGB de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">1973</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">1984</b>, que legitimava o PAIGC como <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Força Política</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Dirigente da Sociedade</b>, permitindo, assim, a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">formação</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">legalização</b> de
outras<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> Forças Políticas</b> guineenses.
Nessa fase da transição para a Democracia, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">teria
sido importante</b> que o Estado guineense <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">impedisse
o PAIGC</b> “Partido-Estado” de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">se
transformar</b> num Partido Político, levando consigo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">todas as propriedades do Estado</b>, por si criadas – a ‘Identidade Guineense’,
a Constituição da República da Guiné-Bissau «CRGB», a Assembleia Nacional
Popular «ANP», as Forças Armadas Revolucionárias do Povo «FARP» (Forças Armadas
da Guiné-Bissau «FAGB»), a Bandeira do Estado, o Hino Nacional, o facto de ter
dado a Independência ao País. Tendo em conta que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">o próprio PAIGC não passava</b> de um Movimento de Libertação Nacional
«<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">MLN</b>», as propriedades do Estado
deveriam permanecer, como parte do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Património
do Povo</b> guineense, independentemente de um eventual desaparecimento do
Partido Político. Por <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">estas razões</b>,
elas deveriam ser totalmente independentes de qualquer relação com <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Organizações Partidárias</b> (<a href="https://estudogeral.uc.pt/handle/10316/14471" target="_blank">Mendes, 2010: 70-89</a>; <a href="livro: https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">2015: 381-382</a>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Tendo em conta tudo o que foi dito até agora,
torna-se um pouco difícil dizer, em termos de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sistemas Políticos Comparados</b> e da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ciência Política</b> “pura-&-dura”, que existem de facto <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partidos Políticos</b> no contexto da
Guiné-Bissau. Isto é, atendendo ao facto de existir um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partido-Estado</b> “PAIGC”, que me leva a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">denominar as outras</b> Forças Políticas Partidárias (mais de 43) de “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partidos-Clones</b>”. E são chamados de
Partidos-Clones por terem sido “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">fabricados</b>”
pelo Partido-Estado “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">PAIGC</b>”. Ou seja,
são Partidos Políticos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cujo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">staff</i> </b>é – na sua esmagadora maioria
– <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">constituído por indivíduos</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">provenientes</b> do Partido-Estado “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">PAIGC</b>” [<a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2015/12/sera-que-existem-partidos-politicos-na.html" target="_blank">todos eles resultantes da “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Carta dos 121 Militantes</b>”</a>, com excepção de
FLING e RGB-Movimento Bafatá], <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">tendo-se
infiltrado</b> nesses Partidos-Clones ou nos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partidos Sazonais</b> (que são fundados para determinadas Eleições).
Estes <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">indivíduos </b>têm como<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> objectivo principal</b> a execução de
sabotagens e fornecimento de informações, acabando, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">na pior das hipóteses</b>, por funcionar como “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cláusula travão</b>” para a não existência de uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">verdadeira oposição política</b> na Guiné-Bissau. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Este facto é notório</b> quando verificamos que, quase todos, os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">dirigentes</b> e principais <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">figuras Partidárias</b> dos Partidos-Clones
ou dos Partidos Sazonais, acabaram por ser <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">promovidos</b>
para <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cargos Públicos</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Privados</b> (mesmo a nível <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sub-Regional</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Internacional</b>), ao longo das <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">duas
décadas de Democracia</b> guineense. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Muitos
deles estão</b>, aliás, a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">regressar hoje</b>
em dia para o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">PAIGC</b> (<a href="livro: https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015: 382-383</a>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">De acordo com a analogia
dos posts sobre as <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2018/09/das-crises-internas-na-politica-dos-eua.html" target="_blank">Crises Políticas Americanas </a>e as <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2018/09/a-ponte-entre-bipolarizacao.html" target="_blank">Crises Internas do PAIGC</a>, deveria existir, com urgência, a figura de um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">George Washington</b> Guineense que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">convocasse</b> uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Convenção
Nacional</b> para criar uma verdadeira <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Constituição
da República</b> para a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">União Política</b>
dos Guineenses. Neste caso, se <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">DSP</b>
não aproveitar esta possibilidade, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Jomav</b>
(ou <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">qualquer outra figura</b>) poderá
desempenhar este papel para «<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">lavar as
suas mãos à moda de Pilatos</b>». No post sobre as <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Crises Políticas Internas</b> no PAIGC – entre as duas Alas/Facções em
confronto – enquadramos a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">actual
Direcção</b> do PAIGC, liderada pelo DSP «vulgo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Matchu</b>», a Favor da Mudança, mais próxima dos Federalistas<span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span><!--[endif]--></span></span> Americanos e os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Dissidentes do MADEM G-15</b>, liderado por
Braima Camará «vulgo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Bá-Quekutó</b>»,
com as Alas Duras – «Conservadora e Liberal dentro do PAIGC» – que estavam
Contra as Mudanças no II Congresso Extraordinário do PAIGC, mais próximas dos
Anti-Federalistas Americanos, que eram contra a União dos Estados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Comparativamente ao
contexto da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">época Americana</b>, existem
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">quatro
requisitos</span></b> para cumprir na Guiné-Bissau: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">1.</span></b> A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ala Federalista</b><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[2]</span></span></span><!--[endif]--></span></span> de DSP, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">deve aceitar</b> transformar o PAIGC num <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estado</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federal</b> (Nacional), correspondendo à <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Forma de Estado</b> que a Guiné-Bissau irá ser e as <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Nove Regiões</b> do País passarão ser os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Nove Estados Federados</b></span> <span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">da
Guiné-Bissau (a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Capital</b> do País e o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Poder Central</b> ocuparão, até prova do contrário,
o papel de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estado Federal</b>); <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">2.</span></b> A
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ala Federalista</b> Guineense do PAIGC
de DSP/Matchu (e seus <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Aliados</b>) deve <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">criar Duas Câmaras</b> no Parlamento
(Assembleia Nacional Popular «ANP») que garantam a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Representação</b> dos referidos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estados
Federados</b>, sem eliminar as suas diferenças: a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Câmara dos</b> Deputados/<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Representantes</b>
será proporcional à <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">População</b> dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estados Federados</b> da Guiné-Bissau e a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Câmara do Senado</b> será formada por <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Dois Membros</b> de cada <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estado Federado</b> da Guiné-Bissau,
indicados pelos Deputados. E <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cada Estado
Federado</b> deve ter a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sua própria
Constituição</b> que respeitará a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Constituição</b>
do Estado Federal; <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">3.</span></b> Se a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ala
Anti-Federalista</b> Guineense do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">MADEM
G-15</b> de Braima Camará «<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Bá-Quekutó</b>»
(e seus <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Aliados</b>) tiver <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">vitória nas próximas</b> Eleições, a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ala Federalista</b> de DSP deve <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">aceitar o resultado</b> e a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">transição deve ser pacífica</b>, sem <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ódio</b> nem <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">perseguição</b> por parte dos<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">
Anti-Federalistas</b>. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #c00000;">4.</span></b><span style="color: #c00000;"> </span>O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">MADEM</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">G-15</b> (com seus Aliados), <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">se
ganhar</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">deve</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">aceitar transformar-se</b> no <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partido Republicano</b> Guineense, por ter <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a sua origem</b> na Ala Dura – «<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Conservadora</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Liberal </b>dentro do<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> PAIGC</b>»
– que estava Contra as Mudanças no II Congresso Extraordinário do PAIGC, daí a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">razão da sua aproximação</b> ao <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Conservadorismo Republicano dos EUA</b>.
Enquanto que, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ala Federalista</b>
Guineense do PAIGC <span style="mso-bidi-font-weight: normal;">de DSP</span>/<b>Matchu</b> (e
seus Aliados) <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">deve aceitar
transformar-se</b> directamente no <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partido
Democrata</b> Guineense, porque é a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Favor
da Mudança</b> tal como o actual <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partido
Democrata dos EUA</b>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Atendendo aos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">quatro requisitos</b> – entre centenas de
requisitos não mencionados – na <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Nova
Constituição do Estado Federal</b> Guineense, o Presidente da República «<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">PR</b>» <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">não terá Poderes</b> para <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">nomear</b>/<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">exonerar</b> o Primeiro-Ministro «<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">PM</b>» nem de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">dissolver</b> o Parlamento (<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ANP</b>)
e nem o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Parlamento</b> poderá <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">exonerar o PR</b>, pelo contrário, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">este Poder</b> de exonerar e dissolver <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">estará ao cargo</b> de um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Novo Órgão</b> que designei – na minha <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Dissertação</b> do Mestrado, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Tese</b> de Doutoramento e no meu <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Livro</b>, de “<a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2015/12/mais-um-contributo-para-estabilidade.html" target="_blank">Á</a></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 16px; text-indent: 47.2px;"><a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2015/12/mais-um-contributo-para-estabilidade.html" target="_blank">reas de Estudos – Órgão Consultivo Multidis</a></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"><a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2015/12/mais-um-contributo-para-estabilidade.html" target="_blank">ciplinar Imparcial «<b>AE-OCMI</b>»</a>”, <span style="background: lightgrey; mso-highlight: lightgrey;">por um lado</span>.</span><span style="text-indent: 35.4pt;">
</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">E
<b>para evitar</b> os mesmos <b>erros de sempre</b> por parte dos <b>Politiqueiros</b> Guineenses, <b>deve existir</b> uma espécie de “Governo de
Manutenção e Coordenação «<b>GMC</b>»”,
formado/estruturado pela “<b>Classe Média</b>
de Independentes <b>Tecnocratas</b> e <b>Meritocratas</b> Guineenses” <b>para servir</b> do “Pêndulo da Balança de
Governação «<b>PBG</b>»” entre <b>Republicanos</b> Guineenses e <b>Democratas</b> Guineenses, <span style="background: lightgrey; mso-highlight: lightgrey;">por outro lado</span>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com base neste
raciocínio, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">o meu ponto de vista </b>reside
na criação de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Dois Pilares Partidários</b><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[3]</span></span></span><!--[endif]--></span></span> – Democratas e
Republicanos – como a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">verdadeira etapa</b>
do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">presente</b> e para o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">futuro</b> de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Tipologia</b> do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sistema </b>de Partido
Político<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> Bipartidário e Bipolar</b> da Guiné-Bissau,
só com os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Dois Partidos Políticos</b>
que vão concorrer às Eleições <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Primárias</b>,
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Legislativas</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Presidenciais</b>, alternando com um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Terceiro Partido</b> – Governo de Manutenção e Coordenação «<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">GMC</b>» – que vai funcionar como o Pêndulo
da Balança de Governação «<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">PBG</b>» ou de
Guardião dos Valores Democráticos «<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">GVD</b>».
Sugiro que o GMC seja ocupado por uma equipa de Independentes Tecnocratas e Meritocratas,
o que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">permitiria a manutenção</b> de um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">grande número</b> de pessoas, tendencialmente
da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Classe Média</b>, e de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Especialistas</b> de diversas áreas em
contacto com a Política, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sem</b>,
contudo, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">tencionarem insuflar</b> a Política
e os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partidos Político</b>s que fazem
parte do Arco da Governação do Poder «<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">AGP</b>»
(<a href="livro: https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015: 487-490</a>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nesta linha de reflexão, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">uma crítica construtiva comu</b><b>m</b> a todos os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estados Democráticos</b> do mundo reside nas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Práticas Democráticas</b> dos órgãos do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Aparelho do Poder do Estado</b> de irem <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">permanentemente a Eleições</b> – Primárias, Legislativas,
Presidenciais, Regionais e Locais – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sem
que exista um órgão</b> preparado para <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">gerir
a situação</b> até ao <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">empossamento de
novos responsáveis</b>. É frequente ver comportamentos do género em todo o
mundo, e, em particular, na Guiné-Bissau, onde <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">PR</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">PM</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ANP</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Governo</b> cessante, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">além de
permanecerem</b> nestes cargos, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">concorrem
para as Eleições</b> seguintes, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">recorrendo</b>
aos<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> meios </b>e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">serviços</b> – viaturas e fundos – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">do
Estado</b>, dos quais deveriam abster-se. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Com
este GMC</b> vai ser possível que os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Dois
Partidos Políticos</b> – Democrata guineense e Republicano guineense – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">concorram em igualdade</b> de circunstâncias,
com base na <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">imparcialidade</b> e sob
forte <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">fiscalização</b> do Aparelho de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">AE-OCMI</b> (<a href="livro: https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes,2015: 491-492</a>).<span style="color: red;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">EUA</b> também <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">existiam muitos</b>
Partidos Políticos (tal como acontece na Guiné-Bissau), no entanto, o Sistema <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Eleitoral</b>, o Sistema <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Político de Governo</b> e a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mentalidade Política</b> Americana permitiram
a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">focalização</b> em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Dois Pólos</b> (Bipolarização) <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partidários</b> (Blake, 27-04-2016). Tal
como aconteceu nos EUA, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">é possível
combater a proliferação</b> dos Partidos Políticos guineenses <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">através destas propostas</b>, bem como
criar um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sistema Político de Governo</b>
onde o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Poder </b>será <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Equilibrado</b>, permitindo ao país (e aos
guineenses) <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">encontrar</b> a tão
necessária <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Paz</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estabilidade Política</b> (Mendes, 2015:
427-540).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para animar os meus
leitores, deixo-vos com algumas das minhas fotografias no Ghana, terra de Kwame
N’Krumah, onde tive a oportunidade de fazer uma formação, de 22 a 30 de Setembro passado. Até ao próximo post!<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWcJJQSqMU2yyZjdth3byeZ2Bw4-xiXBNUCjYIhGtaCyCvkavFHGioZ7AMpdnA9rJDtwURMn0rGAeRZZ6s7aZ6_AXSEaDXAfJhnCjj6Xoai3wNwarXj9qGggz8_O8X2k4hLSYjhDDrzGSf/s1600/Imagem1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="469" data-original-width="1600" height="187" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWcJJQSqMU2yyZjdth3byeZ2Bw4-xiXBNUCjYIhGtaCyCvkavFHGioZ7AMpdnA9rJDtwURMn0rGAeRZZ6s7aZ6_AXSEaDXAfJhnCjj6Xoai3wNwarXj9qGggz8_O8X2k4hLSYjhDDrzGSf/s640/Imagem1.png" width="640" /></a></div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/livon/Desktop/Blogue%20e%20Facebook%2003-08-2018/Propostas%20de%20Mudan%C3%A7a%20Para%20a%20Conven%C3%A7%C3%A3o%20Nacional%20-%20C%C3%B3pia.docx#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"> Esta analogia
encaixa bem, na medida em que os Dissidentes do MADEM G-15 foram Derrotados no
Congresso de Cacheu (o PAIGC ganhou as Eleições Legislativas/Presidenciais de
2014 com os elementos do MADEM-15, mas, estes elementos foram Expulsos do
PAIGC, sem participarem na Convenção, na Universidade de Verão e no último
Congresso do PAIGC em Bissau, DSP e seus aliados além de não cumprirem as
decisões dos Tribunais e do Acordo de Conacri, não foram sancionados pela
CEDEAO), tal como os Anti-Federalistas de Thomas Jefferson foram derrotados no
Primeira Eleição a Favor dos Federalistas de John Adams.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/livon/Desktop/Blogue%20e%20Facebook%2003-08-2018/Propostas%20de%20Mudan%C3%A7a%20Para%20a%20Conven%C3%A7%C3%A3o%20Nacional%20-%20C%C3%B3pia.docx#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"> Estas Duas Facções
deram origem, mais tarde ao Bipartidarismo ‘Bipolarizado’ Americano. Os
Federalistas venceram e os EUA foram criados, com Duas Câmaras que garantiam a
Representação dos Estados, sem eliminar as suas diferenças: a Câmara Baixa (dos
Deputados/Representantes) seria proporcional à População dos Estados e a Câmara
Alta (Senado) seria formada por Dois Membros de cada Estado, indicados pelos
Deputados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-top: 12.0pt; text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/livon/Desktop/Blogue%20e%20Facebook%2003-08-2018/Propostas%20de%20Mudan%C3%A7a%20Para%20a%20Conven%C3%A7%C3%A3o%20Nacional%20-%20C%C3%B3pia.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9.0pt;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 9pt; line-height: 107%;">[3]</span></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 9pt;"> Na minha Tese de
Doutoramento (2014) e no meu Livro (2015), <b>estes
Pilares Partidários</b>, que terão implantação a Nível Nacional, não podem ser
comparados com os <b>Dois Grandes Partidos</b>
Norte-Americanos que, pela sua história, <b>não
têm paralelo</b> com quaisquer outros Partidos Políticos. A <b>existência de muitos</b> Partidos Políticos
na Guiné-Bissau <b>não põe em causa</b> a
existência dos <b>Dois Pilares Partidários</b>
que proponho. Isto é, independentemente destes Dois Pilares Partidários, que
têm o direito de concorrer às Eleições Primárias para a escolha dos seus candidatos
nas Eleições Presidenciais, Legislativas, etc., <b>os restantes Partidos Políticos</b> guineenses poderão, <b>em função</b> dos seus <b>Estatutos</b> ou <b>Ideologias</b>,
associar-se a um dos <b>Dois Pilares</b> ou
<b>investir numa acção</b> mas focada a <b>Nível Local</b> ou <b>Regional</b> (Mendes, 2015: 487).</span></div>
</div>
</div>
Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-36717993622576363062018-09-09T11:31:00.000+01:002018-10-02T17:52:54.550+01:00A Ponte entre a Bipolarização Bipartidária dos EUA e as Crises Internas no PAIGC<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Caros leitores, mais uma
vez, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sejam bem-vindos</b>. Como
Sociólogo & Politicólogo Guineense, confesso que é difícil fazer uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">análise cronológica actual</b> da história do
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">P</b>artido <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A</b>fricano para <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">I</b>ndependência
da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">G</b>uiné-Bissau e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">C</b>abo Verde «<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">PAIGC</b>» – isso ocuparia mais de um Livro –, pelo que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">não cabe num simples post</b>. Ainda assim,
pretendo fazer no post de hoje um breve <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Enquadramento</b>
das <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Crises Internas</b> do PAIGC, com
destaque para um trabalho que considero muito actual, que é a Obra do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sociólogo</b> Guineense, Doutor <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Carlos Cardoso</b> (em correlação com Obras
de outros autores, em especial, <a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">o meu próprio Livro</a>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No <span style="background: #ED7D31; mso-shading-themecolor: accent2;">primeiro ponto</span>,
vou fazer quatro tipos de Enquadramento muito sintéticos, baseados em esquemas<span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span><!--[endif]--></span></span> que ajudam a compreender a
informação. No <span style="background: #ED7D31; mso-shading-themecolor: accent2;">segundo
ponto</span>, falarei do Núcleo Duro da Crise Política do PAIGC a partir da Abertura
Democrática. No <span style="background: #ED7D31; mso-shading-themecolor: accent2;">terceiro</span>,
farei a ligação com a Crise Política Americana, retratada no <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2018/09/das-crises-internas-na-politica-dos-eua.html" target="_blank">post anterior</a>. <span style="background: #ED7D31; mso-shading-themecolor: accent2;">No quarto e último ponto, </span>farei uma
actualização sobre a chegada dos três Dragões e da Gárgula.<span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;"> </span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqkPCa2MDjfsaYm9vovsXHL_vBBTddmUmRwxgjh9pN-QpC3NE0r-l7tI4Z9MmYG7KDcypgMorw3cpCQoJK1UIn75nbAVNduFupwSOoNFRcM5FNkyh5_SCAomA5ioOoo0c3gjKi9tzt2icq/s1600/Imagem+fed+paigc+madem.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="808" data-original-width="1600" height="322" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqkPCa2MDjfsaYm9vovsXHL_vBBTddmUmRwxgjh9pN-QpC3NE0r-l7tI4Z9MmYG7KDcypgMorw3cpCQoJK1UIn75nbAVNduFupwSOoNFRcM5FNkyh5_SCAomA5ioOoo0c3gjKi9tzt2icq/s640/Imagem+fed+paigc+madem.png" width="640" /></a></div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Antes de começar a minha
reflexão propriamente dita, quero deixar <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">duas
chamadas de atenção</b>: <span style="background: #4472C4; mso-shading-themecolor: accent1;">em primeiro lugar</span>, todos nós <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">pertencemos a uma ou várias</b> etnias e por isso estamos, de uma forma
ou outra, envolvidos nesta <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">complexa
dinâmica social</b> (leiam <a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">o meu livro</a><span style="color: red;"> </span>para
compreender melhor as implicações disto); <span style="background: #4472C4; mso-shading-themecolor: accent1;">em segundo lugar</span>, sempre que falo num
grupo em particular, estou a referir a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">posição
da uma maioria</b> dentro daquele grupo – isso não quer dizer que não há <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">dissidentes</b> ou <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">pessoas com opiniões contrárias</b> dentro daquele grupo. O meu
objectivo não é fazer generalizações, mas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">analisar
tendências</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: #ed7d31; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Primeiro ponto</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">. Em relação ao Primeiro
Enquadramento Histórico, começo por representar o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">PAIGC</b> como uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Miniatura do
Império de Mali e Gabú</b>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Povos Originários</b> da Guiné (<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Manjacos</b>,
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Papeis</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mancanhas</b>) ocupavam a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">zona
Norte</b> do País e uniam-se em torno do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Império
de Baceârel</b>. Estas Três Etnias<span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[2]</span></span></span><!--[endif]--></span></span>, de origem comum, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">compreendiam os dialectos umas das outras</b>.
Por outras palavras, é aquilo que o Professor Doutor, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Kafft Kosta</b> (2007: 169-255, 266-270, citado por<span style="color: red;"> </span><a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015</a>: 208) designa de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Triângulo Litoral</b> Papel-Manjaco-Mancanha por pertencerem ao mesmo
tronco comum – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Burâmos</b> (Genético;
Linguístico; Religioso; Cultural; Registo na Organização e Dinâmica do Poder Político;
Estrutura Jurídica e Económica). Quando <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">chegaram
outros Povos</b> ao Território da Antiga Guiné – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Balantas</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Beafadas</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mandingas</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Fulas</b> – aliaram-se e ocuparam as <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">zonas Leste</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sul</b>, e
também <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">algumas</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">zonas do Norte</b>. Os Mandingas e Fulas (estas etnias), aliás, tinham
já Alianças anteriores, desde os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Impérios
de Mali e Gabú</b>. Embora o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">PAIGC</b>
se apresente desde a sua criação, como um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partido
de todas as Etnias/Raças</b>, com base na <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Filosofia
Política</b> subjacente à figura do seu ‘criador, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Amílcar Lopes Cabral</b>’ (Nóbrega, 2003: 308-309, citado por Mendes, 2015:
494-495), mas, na verdade, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">havia (e
ainda há) Etnias</b> – Mandingas, Beafadas e Balantas – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">dominantes
no PAIGC</b>. Essas mesmas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Etnias</b>
representavam o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Núcleo Duro</b> do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Império de Mali</b> e do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Império de Gabú</b>.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> Esta mensagem</b> de Amílcar Cabral tinha como <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">objectivo principal</b> a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">coesão
do Partido</b>. Sendo “um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Guineense de
origem Caboverdiana</b>”, Amílcar Cabral tinha que proceder desta forma para
ser bem sucedido.<span style="color: red;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPLOPKvd3FXnwQfSXxftMq8XZV6z90KqX7xhSBOxxrFMnDlb8dpYiTxRpgkACFz8P257KjgFtfDL3SAfBSX_UQbhLpOqf6MEaB6ynKcSGi6EaUcueuBRBA8wSguYeLduf4CM2wzqBNBdSY/s1600/Esquema+1.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="764" data-original-width="1359" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPLOPKvd3FXnwQfSXxftMq8XZV6z90KqX7xhSBOxxrFMnDlb8dpYiTxRpgkACFz8P257KjgFtfDL3SAfBSX_UQbhLpOqf6MEaB6ynKcSGi6EaUcueuBRBA8wSguYeLduf4CM2wzqBNBdSY/s640/Esquema+1.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: #cccccc;">Esquema 1 (Adaptado de <a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Livonildo Francisco Mendes, 2015</a>: 101-109, 145-146). </span><span style="color: red;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 35.45pt; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>No
que toca ao <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Segundo Enquadramento
Histórico</b>, há dois fenómenos importantes: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">1.º</b> A chegada ‘oficial’ dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Portugueses</b>,
no Século XV (1444/46) e sua permanência até ao Século XX (1974); <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">2º.</b> O surgimento</span> <span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">dos
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Caboverdianos</b><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[3]</span></span></span><!--[endif]--></span></span> no Século XV (1455/56). Na
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sua chegada</b>, os Portugueses ocuparam
a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">zona Norte</b> da Guiné, onde os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mandingas</b> não exerciam muito <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Poder</b>. Esta era uma zona onde <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">predominavam</b> os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Grupos Étnicos</b> mais <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">antigos
da Guiné</b>, provenientes do mesmo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">tronco
comum</b> – “Burâmos” (Manjaco, Papel e Mancanha) –, com quem os Portugueses <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">se identificavam melhor</b>, por terem uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estrutura Política</b> mais próxima das <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sociedades Europeias</b>. Esta <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">estratégia</b> permitiu aos Portugueses o
estabelecimento de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Alianças</b> e a
exploração dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">pontos fracos</b> das
diferentes Etnias, em específico, da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Etnia
Mandinga</b> (Mendes, 2015: 108-117). Os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Fulas
reverteram o jogo de Poder</b> e, tendo recebido <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">armas de fogo dos Portugueses</b>, aproveitaram esta <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">nova Aliança</b> para derrotar, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">primeiro</b>, Balantas e Beafadas e, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">depois</b>, os Mandingas, na <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">famosa Batalha de Kansala</b> em 1867. Mais
uma vez, estamos perante <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Dois Blocos</b>
de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Alianças</b> que se olhavam com
desconfiança mútua.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDPZ8XH4v9Oak149LAN1m3Q1nsJjRTjKO2tS1Io0avOsheClRFnIQDV95m9cCqClRem4dtXQFYzJTgn9RFXSJgBzYZIqEWgGCAkGgAJfFbwUkjPHmYunLC5g7shGexdEWiHSfFg5nglKku/s1600/Esquema+2.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="766" data-original-width="1362" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDPZ8XH4v9Oak149LAN1m3Q1nsJjRTjKO2tS1Io0avOsheClRFnIQDV95m9cCqClRem4dtXQFYzJTgn9RFXSJgBzYZIqEWgGCAkGgAJfFbwUkjPHmYunLC5g7shGexdEWiHSfFg5nglKku/s640/Esquema+2.png" width="640" /></a></div>
<span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Esquema 2 (Adaptado de </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;"><a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Livonildo Francisco Mendes, 2015</a></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">: 108-117, 145-146)</span></span><span style="font-size: 12pt; text-align: left;"><span style="background-color: #cccccc;"> </span> </span></div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quando chegou a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Luta Armada</b>, verificamos que, de acordo
com as <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Alianças</b> estabelecidas, é
quase uma repetição das antigas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Alianças</b>,
em que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Portugal mantém</b> a maioria dos
seus <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Aliados</b> com a nova designação
de “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Comandos Africanos</b>” (Caboverdianos,
Mancanhas, Manjacos, Fulas e individualidades), contra a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Aliança do MLN</b> «<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">M</b>ovimento
de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">L</b>ibertação <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">N</b>acional» designado de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">PAIGC</b>
construído por uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">maioria de guineenses</b>
e uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">minoria de Caboverdianos</b>,
mantendo e reforçando a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">antiga Aliança</b>
do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Império de Gabú</b> com algumas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Etnias descontentes</b> com acções de
Portugal (Balantas, Beafadas, Mandingas, Bijagós, Felupes, Pepéis, etc.). As <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">únicas excepções</b> a este <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">paralelismo neste Xadrez Étnico</b> dizem
respeito aos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Fulas e Pepéis</b>. Os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Fulas</b>, como vimos, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mudaram</b> graças à posse das <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">armas
modernas</b>. Os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Pepéis</b>, por sua
vez, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ficaram desagradados</b> com a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ocupação efectiva de Bissau</b> e dos seus <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Reinos</b>, alinhando pelo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">PAIGC contra os colonizadores</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXe2szXa_7uvPS8pfGFDf3KWFbsvXcIfx-kfIYhev3qt0qq_eUWLza4ehbNidQU0shxyQmMryfkP-bs5OmKrSZK9DYbYCl7-1G5WXNembcZZ0iMA8o3IZ0KP7zuwjaNBw0ogVlZZN1Eaw7/s1600/Esquema+3.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="766" data-original-width="1363" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXe2szXa_7uvPS8pfGFDf3KWFbsvXcIfx-kfIYhev3qt0qq_eUWLza4ehbNidQU0shxyQmMryfkP-bs5OmKrSZK9DYbYCl7-1G5WXNembcZZ0iMA8o3IZ0KP7zuwjaNBw0ogVlZZN1Eaw7/s640/Esquema+3.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: #cccccc;">Esquema 3 (Adaptado de <a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Livonildo Francisco Mendes, 2015</a>: 140, 145-151)</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para o <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">contexto da<b> Abertura Democrática</b> na
Guiné-Bissau</span>, é importante ter em consideração o registo do <b>II
Congresso Extraordinário </b><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">do PAIGC
de<b> 20 de Janeiro a 1 de Fevereiro de 1991 </b></span>no qual, por ocasião da
realização da reunião do <b>Comité Central, em Junho </b>do mesmo ano, surgiu a
<b>Assinatura da Carta dos 121 Militantes com as seguintes reivindicações</b>:
Democratização Interna do PAIGC; diálogo com as Formações Políticas nascentes;
definição de uma Linha Política Clara que permitisse restaurar a confiança dos
Militantes, ‘Simpatizantes, Aderentes e Eleitores’. Esta <b>Carta dos 121 Militantes
dividiu nitidamente o Partido em Dois Grandes Grupos</b>: <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">os que são a Favor da
Mudança e os que, embora aceitando-a formalmente, tendem a Defender o S<i>tatu
Quo</i></span><span style="mso-bidi-font-style: italic;"> (manter as coisas como
estão)</span>. <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">Estes 121 Militantes<b> </b></span>“<b>Renovadores</b>”
ou “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">D<span style="mso-bidi-font-weight: bold;">escontentes</span></b>” viram as suas esperanças de uma mudança no seio
do PAIGC frustradas. <b>Há quem defenda que o II Congresso</b><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[4]</span></span></span><!--[endif]--></span></span></span>
<b>terá sido marcado por uma Luta entre Três Facções que coexistiam na Organização</b><span style="mso-bidi-font-weight: bold;"> [PAIGC]</span>: os <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Conservadores</span>, os <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Reformistas</span> e
os <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Liberais</span>.
Estes últimos [<span style="background: #FFC000; mso-bidi-font-weight: bold; mso-shading-themecolor: accent4;">os Liberais</span>], apesar de favoráveis à Abertura
Política e ao Pluralismo, preferiam a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Criação
de Tendências</b> dentro do PAIGC, num <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sistema
de Partido Único</b>, mas com uma prática mais Democrática, argumentando que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">não existia uma Oposição digna desse nome</b>
e que o ideal era melhorar o que existia, trocando as principais Figuras do
Quadro Político Guineense e renovando as estruturas e métodos de funcionamento.
<b>O seu esquema </b>previa que um tal <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">tipo
de Democracia Interna</b> permitiria ao País desenvolver-se, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mantendo a Estabilidade actual</b>
(Azevedo, 2009: 154-155; Cardoso, 1996: 27, 30-31; Nóbrega, 2003: 263-268; <a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015</a>: 380).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Na linha de debate, <span style="background: #FFC000; mso-bidi-font-weight: bold; mso-shading-themecolor: accent4;">os Reformadores</span><b> </b>achavam insuficiente a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Filosofia defendida </b>pelos Liberais; propunham ir mais além, ou
seja, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">era preciso ter a Coragem</b> de
se abrir a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Disputa Política</b> com
outras <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Formações Políticas</b> e aceitar
a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">alternância no Poder</b>. Os Reformadores
c<span style="mso-bidi-font-weight: bold;">onsideravam que somente uma<b>
Democracia de tipo Ocidental</b> </span>– mantendo, contudo, determinadas conquistas
do tempo da Luta pela Independência – era susceptível de fazer avançar o País. <b>Ao
seu lado, </b><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">estava toda a <b>Classe
de Jovens Tecnocratas</b> e a novíssima <b>Classe Empresarial e Comercial </b></span>–
sobretudo esta –, que queria participar na condução dos destinos do País. No
campo totalmente oposto, situavam-se <span style="background: #FFC000; mso-bidi-font-weight: bold; mso-shading-themecolor: accent4;">os Conservadores</span>,
que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">não desejavam ceder um milímetro que
fosse do Poder</b> de que dispunham, argumentando com a legitimidade
conquistada na Luta de Libertação Nacional e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">agitando como perigo o fantasma</b> do abandono dos Antigos Combatentes
da Liberdade da Pátria num Quadro Político diferente. <b>Muita gente esperava
que o PAIGC </b>desse provas da sua vontade de remodelar-se por dentro. <b>Mas
o que aconteceu neste II Congresso </b>foi um reforço <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">da Ala Dura</span>, que se traduziu na
ocupação de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Altos Postos</b> de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Direcção</b> do<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> Partido</b> e do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estado. </b><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">Os da <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Ala Dura</span> eram caracterizados </span>não
só pelo seu posicionamento <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">negativo em
relação à Mudança</b>, mas também pela sua posição “<b>Anti-Burmedju</b>”, ou <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">contra os <b>Mestiços </b>‘Caboverdianos’</span>,
posição que era <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">partilhada</b> por uma
esmagadora maioria de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partidos Políticos</b>
da Guiné-Bissau (Azevedo, 2009: 154-155; Cardoso, 1996: 31; <a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015</a>: 380-381).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sendo assim, <b>as
origens da Actual Oposição ao PAIGC </b>não podem ser procuradas só no período
da Liberalização. Ela data também dos primeiros anos após a Independência. <b>Podemos
dizer que ela se foi construindo</b>, pedra por pedra, à medida que os erros do
próprio Regime Político e Sistema Político do PAIGC se vinham transformando em
condições propícias ao seu aparecimento<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">.
<span style="mso-bidi-font-weight: bold;">Pela sua forma de surgimento,
distinguimos dois tipos de Oposição</span></b>: <span style="background: #8496B0; mso-shading-themecolor: text2; mso-shading-themetint: 153;">o <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">primeiro tipo</span></span>, para além de ter
um carácter mais histórico, por ter surgido ao longo da Trajectória Política
por que passou o País, é marcado por uma <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Certa Exterioridade</span> em relação ao
próprio Aparelho do PAIGC e às Estruturas do Poder. O <span style="background: #8496B0; mso-bidi-font-weight: bold; mso-shading-themecolor: text2; mso-shading-themetint: 153;">segundo tipo</span><b> </b>é de constituição mais recente e é, em grande
medida, <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Interno
ao próprio Aparelho</span>, tanto do <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">PAIGC</span> como do <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Estado</span> (Azevedo, 2009: 139-170;
Cardoso, 1996: 31-32; Kosta, 2007: 414; <a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015</a>:
381).</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitPxl5sK39lG_rR4LcpcBdII9MaC2qLfq-wrJjjAhI6wqRLZ84VE5WR5UyWe0ZMi4HbSp2F6LE9ZQu06QBSO5h8QkCRbe0uDyHQynZIpowjXZKp7-06Mj51z5_hz_0tH8AwMa1E_M71RLd/s1600/Esquema+4.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="771" data-original-width="1359" height="362" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitPxl5sK39lG_rR4LcpcBdII9MaC2qLfq-wrJjjAhI6wqRLZ84VE5WR5UyWe0ZMi4HbSp2F6LE9ZQu06QBSO5h8QkCRbe0uDyHQynZIpowjXZKp7-06Mj51z5_hz_0tH8AwMa1E_M71RLd/s640/Esquema+4.png" width="640" /></a></div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #cccccc;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="text-align: center; text-indent: 47.2px;">Esquema 4 </span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 16px; text-align: center; text-indent: 47.2px;"> (Adaptado de </span><a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 16px; text-align: center; text-indent: 47.2px;" target="_blank">Livonildo Francisco Mendes, 2015</a><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 16px; text-indent: 47.2px;">)</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Fazendo agora <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a ponte</b> com <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2018/09/das-crises-internas-na-politica-dos-eua.html" target="_blank">o post anterior </a>e a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">História dos
Partidos Políticos</b> nos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">EUA</b>,
podemos fazer um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">paralelismo</b> entre
os <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">anti-Federalistas</span>,
que eram <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">contra a União dos Estados</b>
e as <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Alas Duras</span>
– «<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Conservadora e Liberal dentro do PAIGC</b>»
–, que estavam <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Contra as Mudanças</b> no
II Congresso Extraordinário do PAIGC. No <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Quadro
Político actual</b>, podemos relacionar estas <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Alas Duras</span> com os <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Dissidentes do MADEM
G-15</span>. Esta <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">analogia encaixa bem</b>,
na medida em que os <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Dissidentes do MADEM G-15</span> foram Derrotados no Congresso de Cacheu
(o PAIGC ganhou as Eleições Legislativas/Presidenciais de 2014 com os elementos
do MADEM-15, mas, estes elementos foram Expulsos do PAIGC, sem participarem na
Convenção, na Universidade de Verão e no último Congresso do PAIGC em Bissau),
tal como os <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">anti-Federalistas
de Thomas Jefferson</span> foram derrotados no Primeira Eleição a Favor dos <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Federalistas de John
Adams</span>. Do lado contrário, temos a <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Ala Reformista do PAIGC</span> – a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Actual Direcção</b> do PAIGC –, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a Favor da Mudança</b>, mais próxima dos <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Federalistas Americanos</span>
que defendiam a União. No momento <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Político
Actual</b> podemos considerar que é a Actual Direcção do PAICG que se enquadra
nesta <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Ala
Reformista</span><a href="file:///G:/Blogue%20e%20Facebook%202018/Das%20Crises%20Internas%20no%20PAIGC.docx#_ftn5" name="_ftnref5" style="mso-footnote-id: ftn5;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>.
Nesta lógica o <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Presidente
do PAIGC</span> </span><span style="background-color: white; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 16px; text-indent: 47.2px;">Domingos Simões Pereira</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 16px; text-indent: 47.2px;"> «<span style="background-color: orange;">DSP</span>» </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">deve corresponder à <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Figura
Política</b> de John <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Adams</span> e <span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Braima </span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Camará</span> «<span style="background-color: orange;">Bá-Quekutó</span>» deve corresponder à <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Figura Política</b> de Thomas <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Jefferson</span>. Tendo em conta a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">História dos EUA</b>, os <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">anti-Federalistas</span>
(<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">MADEM G-15</b></span><b style="text-indent: 35.4pt;"> </b><b style="text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">mais
os seus Aliados</span></b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">) poderão, eventualmente, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">lançar um </b>“<span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Candidato</span>” (fazendo o papel de Thomas
<span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Jefferson</span>)
para concorrer às <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Eleições Legislativas</b>
contra um “<span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Candidato</span>”
dos <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Federalistas</span>
(<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">PAIGC mais os seus Aliados</b>),
fazendo papel de <span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Aaron
</span><span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Burr</span>. Seguindo a analogia, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">no
primeiro embate</b>, Thomas <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Jefferson</span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"> perdeu</span> contra John <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Adams</span>. Na <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">segunda eleição</b>, John <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Adams</span> não voltou a <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Candidatar-se</span>, sendo substituído por<span style="background-color: white;"> <span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Aaron </span></span><span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Burr</span>. Assim, não sabemos
se <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Domingos
Simões Pereira</span> «DSP» (John <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Adams</span>) voltará a ser o <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Candidato do PAIGC</span>, ou se optará por uma
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">outra Figura de Peso</b> (pode ser uma
surpresa…) que desempenhará o papel de <span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Aaron </span><span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Burr</span>. Ainda neste cenário, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">alguém poderá desempenhar o papel</b> de <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Alexander Hamilton
Guineense</span> entre os <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Federalistas</span> [<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">um </b>‘<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Amigo ou ex-Amigo</b>’] vindo a influenciar
claramente a Vitória do <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Thomas Jefferson Guineense</span> (<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">que também poderá ou não ser</b> <span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Braima </span><span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Camará</span>…quem sabe da surpresa<span style="background: white; mso-shading-themecolor: background1;">)! Ilustres
leitores, põe-se a questão de saber qual será o desfecho entre o Aaron </span><span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Burr Guineense</span><span style="background: white; mso-shading-themecolor: background1;"> e o Alexander </span><span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Hamilton Guineense</span>?
A Bola está do vosso lado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">De acordo com a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">História Política Americana</b> <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">alguém</span> de entre
<span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">os Federalistas</span>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">deve assumir o Papel</b> de <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">George Washington</span>
para convocar uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">verdadeira </b><span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Convenção Nacional</span>
para a <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">União
Política dos Guineenses</span> e da Guiné-Bissau. No próximo post, irei falar
desta <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">possível </b><span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Convenção</span> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">apresentar o Conteúdo</b> de uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Proposta de Mudança</b> daquilo que irá representar
a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Filosofia Política</b> dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Dois Pilares Partidários</b> entre <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Republicanos
Guineenses</span> & <span style="background: #FFC000; mso-shading-themecolor: accent4;">Democratas Guineenses</span>. Os Republicanos Guineenses e Democratas
Guineenses poderão inclinar-se para o lado quiserem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0TA0oVpiFTPxIeTePySfJ4fM5V2qF3jI0AKE2-iS_MC0jwr7GO5CilWPromPqi71HuAAVm6GNIjBFcFxceo5FY-E2ibvZrdQgFYRyFagbgJdsY-TC6idFV1N30izzANlbLIjWh69SDOWO/s1600/Esquema+5.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="770" data-original-width="1362" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0TA0oVpiFTPxIeTePySfJ4fM5V2qF3jI0AKE2-iS_MC0jwr7GO5CilWPromPqi71HuAAVm6GNIjBFcFxceo5FY-E2ibvZrdQgFYRyFagbgJdsY-TC6idFV1N30izzANlbLIjWh69SDOWO/s640/Esquema+5.png" width="640" /></a></div>
<span style="background-color: #cccccc; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="text-align: center; text-indent: 47.2px;">Esquema 5 (Adaptado de </span><a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" style="text-align: center; text-indent: 47.2px;" target="_blank">Livonildo Francisco Mendes, 2015</a>; ver também <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2016/05/mais-uma-cambalhota-politica-na-guine.html" target="_blank">este post</a>)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: #ed7d31; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No quarto e último ponto.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Finalmente,
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">chegaram a Bissau</b> os meus <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">três últimos Dragões</b> com uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Gárgula</b> e agora a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">minha equipa está completa</b>. Um dos Dragões entrou pela zona <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Norte</b>, outro pelo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sul</b> e outro ainda pelo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Leste</b>.
A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Gárgula está comigo </b>em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Bissau</b> para me proteger dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Politiqueiros Guineenses</b>. Voltarei a
dar notícias dos meus ajudantes muito em breve.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Boa leitura meus ilustres leitores!</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizjOhfHyA8WmJ9sLvGfTNsi3p7F3vthwgEC-ZrImH173_h59Cmewo4HgTa7xa6fcsbW8i384wj1_TWl5urvcCOdIP9CgNyiaBSkCIeoLPb6vtbHk-lyIfH-vB40LcieFl9XTpwR4vv4SBU/s1600/ultima.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="654" data-original-width="1600" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizjOhfHyA8WmJ9sLvGfTNsi3p7F3vthwgEC-ZrImH173_h59Cmewo4HgTa7xa6fcsbW8i384wj1_TWl5urvcCOdIP9CgNyiaBSkCIeoLPb6vtbHk-lyIfH-vB40LcieFl9XTpwR4vv4SBU/s640/ultima.png" width="640" /></a></span></div>
</div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span><!--[endif]--></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Estes esquemas apresentam
apenas algumas ideias gerais, não contemplam todas as partes envolvidas. Por
exemplo, no último esquema, não são incluídos os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sindicatos</b>, a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sociedade Civil</b>,
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Forças Armadas</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Universidades</b>, Grupos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Étnicos</b>,
Grupos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Religiosos</b>, Meios de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Comunicação Social</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ONG</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Régulos</b> e outras figuras do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Poder
Tradicional</b>, etc. Todos estes têm um papel a desempenhar nesta <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Bipartidarização/Bipolarização</b> Política
na Guiné-Bissau.</span><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[2]</span></span></span><!--[endif]--></span></span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> A originalidade do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Tronco Comum</b> das <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">três Etnias</b> da Guiné-Bissau, é notável nas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">três Capitais</b> da Guiné colonial – Cacheu [Manjacos], Bolama
[Mancanhas] e Bissau [Pepéis] –, localizam-se em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Regiões</b> predominantemente onde estas Etnias <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">exerceram mais Poder Político</b> (Mendes, 2015: 109).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></span></div>
</div>
<div id="ftn3" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><a href="file:///G:/Blogue%20e%20Facebook%202018/Das%20Crises%20Internas%20no%20PAIGC.docx#_ftnref3" name="_ftn3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: blue; font-family: "times new roman" , serif; line-height: 107%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> Face ao <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">contexto histórico dos Estados Africanos</b>,
verifica-se alguma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">falta de clareza</b>
nas suas relações. Quando olhamos para a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Guiné-Bissau</b>
e para <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cabo Verde</b>, apercebemo-nos
que estes <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Dois Países/Povos</b> da
África Ocidental <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">têm raízes submersas</b>,
que não permitem uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">clara compreensão
dos factos comuns</b> entre <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Guineenses</b>
e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Caboverdianos</b>. A hipótese de que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">não vivia ninguém no Arquipélago de Cabo
Verde</b> quando os Portugueses lá chegaram <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">é fraquíssima</b>. No entanto, existe a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">hipótese plausível</b> de que as <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ilhas
já teriam sido ocupadas</b> por habitantes da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Costa de África</b>, em especial pelos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Manjacos</b> (<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Papéis</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mancanhas</b>) da Guiné, Etnias que faziam
parte da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Trilogia do Poder de Baceârel</b>.
Não é por acaso que ainda hoje os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Caboverdianos</b>
consideram os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Guineenses</b>/Africanos
de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Manjacos</b>, tendo em conta a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Memória Colectiva dos Caboverdianos</b> transmitida
ao longo de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Gerações</b> (Mendes, 2015:
111-112).<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn4" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[4]</span></span></span><!--[endif]--></span></span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> <b>Cremos que o
melhor para a Guiné-Bissau</b><span style="mso-bidi-font-weight: bold;"> nessa
altura, </span>seria se este <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Movimento Opositor</b>
no seio do PAIGC tivesse aproveitado esta oportunidade para formar um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Novo Partido</b>, dissidente do “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partido-Pai</b>”, criando uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Força Política</b> de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Oposição</b> forte e consistente. <b>À semelhança do que aconteceu em
Cabo Verde </b>(Bipartidarismo Imperfeito), com a formação do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Movimento para a Democracia</b> “MpD”, a <b>Guiné-Bissau
ficaria </b><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">com a Tipologia de<b>
Bipartidarismo Perfeito</b></span>, contribuindo para a sua Paz e Estabilidade.
O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Bipartidarismo Perfeito</b> – sistema
em que os dois maiores Partidos Políticos se alternam na Governação do País; <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Bipartidarismo Imperfeito</b> – sistema em
que a Governação do País depende de um Terceiro Partido Político que se coliga
alternadamente com um dos Dois Partidos Políticos mais votados (Fernandes,
2010: 205; <a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015</a>: 379-380).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></span></div>
</div>
<div id="ftn5" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[5]</span></span></span><!--[endif]--></span></span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> Este argumento
pode até ser contrariado por alguém que entenda que a Actual Direcção do PAIGC
deveria pertencer à <b>Ala Dura</b> (Conservadores e Liberais) do próprio PAIGC,
devido ao <b>radicalismo </b>e <b>persistência </b>do Presidente e Direcção do PAIGC com os
seus Aliados, de <b>não aceitar de mudar de posições</b> perante algumas decisões tomadas.<o:p></o:p></span></span></div>
</div>
</div>
<br />Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-89107252269779713042018-09-01T23:01:00.000+01:002018-09-04T10:33:52.835+01:00Das Crises Internas na Política dos EUA ao Bipartidarismo/Bipolarização do Sistema Político Americano<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Caros
leitores, mais uma vez <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sejam bem-vindos</b>.
Este <i style="mso-bidi-font-style: normal;">post</i> serve de enquadramento para
a minha análise das C<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">rises Internas do
PAIGC</b> que pretendo analisar na próxima publicação deste blogue. Assim,
tentarei estabelecer uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ponte</b> entre
as crises internas na <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">política dos EUA</b>
que levaram ao <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Bipartidarismo/Bipolarização</b>
do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sistema Político Norte-Americano</b>
e a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">situação Guineense</b>. Apresentarei
uma proposta de mudança com base nos pressupostos aqui apresentados. Peço-vos
que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">leiam com muita atenção</b> para
poderem estar preparados para o meu próximo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">post.</i></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-sbaOCRaAkD6CHqnrnx2Deznnqy554F8W5yCpw4vxMYpds74u1__qkeFphJift-OTuCm30zCaIc2PDEpJ_fJTFJeNGn2U23zz0W51VmFmFkfcj-KKR_PbzYgPtEIl-N6jOkSIWsN04h4v/s1600/eua1.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="613" data-original-width="1600" height="244" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-sbaOCRaAkD6CHqnrnx2Deznnqy554F8W5yCpw4vxMYpds74u1__qkeFphJift-OTuCm30zCaIc2PDEpJ_fJTFJeNGn2U23zz0W51VmFmFkfcj-KKR_PbzYgPtEIl-N6jOkSIWsN04h4v/s640/eua1.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">Após
a sua </span><b style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">Independência</b><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;"> face à Reino
Unido/</span><b style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">Inglaterra</b><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">, os </span><b style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">EUA</b><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;"> não se tornaram automaticamente um </span><b style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">Estado</b><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">/País </span><b style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">Unificado</b><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;"> – tratava-se de uma </span><b style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">Confederação
de 13 Estados</b><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;"> que tinham em vista a sua Independência, uns face aos outros
(bastante semelhante àquilo que é hoje a </span><b style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">União
Europeia</b><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">). Não existia nenhum </span><b style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">Presidente</b><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">
e o </span><b style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">Congresso</b><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;"> servia apenas para
resolver questões pontuais que fossem do interesse da </span><b style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">Confederação</b><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">. No entanto, quando a </span><b style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">Crise Económica</b><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;"> se acentuou, começaram a levantar-se vozes a favor
de uma </span><b style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">União</b><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;"> (Migowski, 2017).</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Face
aos problemas sentidos, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">George
Washington</b> convocou uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Convenção</b>
para criar uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Constituição</b> – nesta <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Convenção</b> estavam, de um lado, os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federalistas</b> (como George <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Washington</b>, Benjamin <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Franklin</b>, James <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Madison</b> e Alexander <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Hamilton</b>),
que defendiam a criação de um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Poder
Central</b> mais <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estruturado</b> que
defendesse os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cidadãos</b> dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Abusos</b> de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Poder</b>; do outro lado, estavam os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Anti-Federalistas</b> (como Samuel <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Adams</b>,
Richard <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Henry</b> e, mais tarde, Thomas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Jefferson</b>), que se opunham à criação dos
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estados Unidos</b> e defendiam a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Liberdade</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Independência</b> dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Estados</b>,
com receio de vir a enfrentar uma nova <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Tirania</b>.
Os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Anti-Federalistas</b> desconfiavam
quer da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Centralização Governamental</b>
quer da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Acumulação</b> sem limites da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Riqueza Privada</b> à custa de um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mercado</b> também sem limites, por que
temiam que o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Governo e o Mercado</b>,
uma vez aliados, acabassem por destruir os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Fundamentos
da República</b> (Keane, 2009: 290, 306-311).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Estas
Duas Facções deram origem, mais tarde ao <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Bipartidarismo
‘Bipolarizado’</b> Americano. Os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federalistas</b>
venceram e os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">EUA</b> foram criados, com
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Duas Câmaras</b> que garantiam a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Representação dos Estados</b>, sem eliminar
as suas diferenças: a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Câmara dos </b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Representantes</b> seria
proporcional à <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">População dos Estados</b>
e a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Câmara do </b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Senado</b> seria formada por <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Dois Membros</b> de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cada Estado</b>, indicados pelos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Deputados</b>.
As divisões entre <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federalistas</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Anti-Federalistas</b> estendiam-se ao <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Campo</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Económico</b> – os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federalistas</b>
defendiam um ‘<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Modelo mais Industrial</b>’,
baseado no investimento em Obras Públicas e Infraestruturas, enquanto os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Anti-Federalistas</b> pretendiam um ‘<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Modelo mais Liberal</b>’, assente no Agronegócio
e no Trabalho de Escravo. “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O Choque
entre Hamilton e Jefferson</b> (…) simbolizou não apenas questões que
preocupavam Americanos na <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Primeira
República</b>, mas as divisões de longo prazo que a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Nação</b> precisou sanear no <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">século
XIX</b>: entre <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Aristocracia</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Democracia</b>, Industrialização e
Agrarianismo, e Poder Centralizado e Direito dos Estados. Todas tinham
potencial para dividir a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Nação</b> que acabara
de ser <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Unificada</b>” (Susan Grant,
citada por Migowski, 2017; Keane, 2009: 307).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Política Partidária Americana</b>
consolidou-se neste embate em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">1795</b>,
depois de se ter criado o cargo de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Presidente</b>
através da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Constituição</b>,
realizaram-se as <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Primeiras Eleições</b>.
Venceu <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">John Adams</b>, candidato <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federalista</b>, apoiado por Alexander <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Hamilton</b>. Thomas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Jefferson</b>, que se candidatou pelo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partido Republicano-Democrata</b>, que tinha sido fundado [<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">nos inícios da década de 1790</b>] para
disputar as <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Eleições perdeu</b>, mas o
seu <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Modelo Económico</b> não foi
perdido. Os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">EUA</b> passaram a
implementar o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Modelo</b> de<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b>Alexander<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> Hamilton</b> [Modelo mais Industrial] no seu País, mas o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Modelo</b> de<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b>Thomas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Jefferson</b> [Modelo
mais Liberal] em outros Países, usufruindo assim dos benefícios que o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Livre Comércio</b> tinha em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">quintal alheio</b> – estavam a concretizar,
assim, a ideia de “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">fazer como os Ingleses
fizeram</b>” (Keane, 2009: 307-310; Migowski, 2017).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">1800</b>, Thomas<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> Jefferson</b> acabou mesmo por se tornar <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Presidente</b>, após um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">empate</b>
contra Aaron <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Burr</b>, que foi resolvido
pela <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Câmara dos Representantes</b> e
pelo apoio explícito/claro de Alexander <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Hamilton</b><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span><!--[endif]--></span></span>,
que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">influenciou a última votação da
Câmara a favor de </b><span style="mso-bidi-font-weight: normal;">Thomas </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Jefferson</b>. De uma forma surpreendente, os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">EUA</b> resolveram este <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Impasse Político</b> de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">forma exemplar</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">pacífica</b>, deixando o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mundo
admirado</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">abrindo espaço</b> para
uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Democracia</b> onde se <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">respeitassem</b> sempre os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">resultados eleitorais</b> (Keane, 2009: 306-311;
Migowski, 2017).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partidos Políticos</b> hoje existentes
resultam das <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Constantes Polarizações</b>
desde a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Independência</b>. O facto de
ser um <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">País de Imigrantes</b>, implicava
que nenhum grupo tinha <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Poder</b> para
implementar a sua agenda, o que poderia levar a fragmentações, se não houvesse
esta aglutinação em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Dois Grandes Blocos</b>.
Assim, as diferenças <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Étnicas</b>, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Culturais</b> e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Raciais</b> foram aos poucos perdendo espaço diante da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Crescente Polarização</b>. Com a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">União</b>, os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Federalistas</b> e os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Republicanos</b>-<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Democratas</b> (nascidos nas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Primeiras Eleições</b>), acabaram por se
dissolver, sendo substituídos por <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Duas
Novas Forças</b>: os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Democratas</b>
(herdeiros de Thomas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Jefferson</b>, mais
próximos dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Esclavagismos Sulistas</b>
e dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Anti-Federalistas</b>) e os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Whigs</i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>(herdeiros de Alexander <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Hamilton</b>, mais próximos dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Antigos Federalistas</b>, dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Industriais do Norte</b> e das <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ideias Abolicionistas</b>). Em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">1854<span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[2]</span></span></b></span><!--[endif]--></span></span></b>, com as ideias do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Fim da Escravidão</b>, do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Governo Forte</b> e da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Intervenção Económica</b>, os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Whigs</i></b> mudaram o seu nome para <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partido Republicano</b> (Keane, 2009:
306-311; Migowski, 2017).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Surpreendentemente,
podemos concluir que:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Os
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Republicanos</b>, portanto, eram
herdeiros de Alexander <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Hamilton</b> e
defendiam a Industrialização e a Intervenção do Estado na Economia. Como
podemos perceber, a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Divisão Ideológica</b>
no século XIX era bem diferente da atual. O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partido Democrata</b> (herdeiros de Thomas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Jefferson)</b>, por outro lado, tinha as suas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Bases Eleitorais</b> no Sul e sua <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Plataforma
Política</b> era a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Defesa da Economia Agrária</b>,
da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Escravidão</b> e do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Livre-Comércio</b>.” A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Abolição da Escravatura</b> constitui um marco na perda da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Identidade dos Democratas</b>. Os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Republicanos</b>, por sua vez, aproveitaram
o avanço da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Industrialização</b> para se
aproximarem do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Liberalismo Político</b>
e das <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ideias</b> de Thomas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Jefferson</b>, usadas para justificar o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Imperialismo Americano</b>. Isto acabou por
levar <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Antigos Conservadores Esclavagistas</b>
a ingressar no <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partido Republicano</b>,
abrindo espaço para <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Lideranças</b> mais <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Progressistas</b> dentro dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Democratas</b>. A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Crise de 1929</b> consolidou a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Posição
Ideológica</b> actual dos dois Partidos – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Democratas</b>
& <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Republicanos</b> – nos EUA (Keane,
2009: 291-389; Migowski, 2017).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mais importante neste Duelo</b> foi o que
marcou para sempre <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">as Crises que se seguiram
nos EUA</b>. Ficou famoso, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">em primeiro
lugar</b>, o juramento de Thomas Jefferson que, em Público, insistia dizer que
não era nem Federalista nem Anti-Federalista. E no entanto, ele e o seu amigo James
Madison trataram (em 1790) de Conquistar o apoio dos jornais para as suas Posições
Políticas. Era uma jogada arrojada que ia de encontro ao Consenso Dominante e
era também um passo gigante no sentido da Institucionalização de uma vida
Política feita de Partidos, tal a conhecemos. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Em segundo lugar</b>, foi o Discurso Inaugural de Thomas Jefferson em
1801 como Presidente recém-eleito, em que disse: «venho pedir a vossa
indulgência para os meus próprios erros, os quais jamais serão intencionais, e
o vosso apoio contra os erros dos outros […]; conquanto a vontade da maioria
deva prevalecer em todos os casos […] a minoria é titular dos mesmos direitos,
que uma mesma lei deverá proteger». No fim afiançou que «todos nós somos
Republicanos, todos nós somos Federalistas». <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Em terceiro lugar</b>, em toda a História da Democracia Representativa,
esta foi pela Primeira Vez em que se viu passar o Poder Governamental de um
Partido Eleito para outro Partido também Eleito sem que houvesse, além disso,
qualquer sublevação violenta (Keane, 2009: 307, 310).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">Espero
que os leitores tenham ficado </span><b style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">mais
esclarecidos</b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;"> sobre este episódio da <b>História dos EUA</b>. Podemos aproveitar
este exemplo para analisar a nossa própria realidade e </span><b style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">fazer propostas</b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">. Por aqui se pode verificar que </span><b style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">muitas crises podem ter um lado positivo</b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">,
</span><b style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">se forem bem aproveitadas</b><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2018/08/a-construcao-de-um-mito-na-guine-bissau.html" target="_blank"><span style="color: blue;">Ainda não chegaram os meus últimos Dragões por causa da chuva, mas os dois primeiros já dão sinais de estarem a intervir</span></a>.
No próximo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">post</i>, em princípio, já
terei a equipa completa. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Fiquem à
espera!</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHoSoIi9jroNhX8CWlsv6420_hNhv52ciofOTbXrerXUGo5k3tg1uilPeSp3rb1g_sz-f7i1gKTtfqoXk6IbW_0vtZv5vkttD4LO4uinVW1NHJr4H1zlwMmCpyCzJk7q8UDa5Zd-_HTsJ1/s1600/eua2.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="481" data-original-width="1600" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHoSoIi9jroNhX8CWlsv6420_hNhv52ciofOTbXrerXUGo5k3tg1uilPeSp3rb1g_sz-f7i1gKTtfqoXk6IbW_0vtZv5vkttD4LO4uinVW1NHJr4H1zlwMmCpyCzJk7q8UDa5Zd-_HTsJ1/s640/eua2.png" width="640" /></a></div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span><!--[endif]--></span></span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> Infelizmente, </span><span style="font-family: "times new roman", serif; font-size: 16px; text-indent: 47.2px;"><b>Aaron </b></span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Burr</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">nunca perdoou </b></span><span style="font-family: "times new roman", serif; font-size: 16px; text-indent: 47.2px;"><b>Alexander </b></span><b style="font-family: "times new roman", serif;">Hamilton</b><span style="font-family: "times new roman", serif;">
por esta tomada de posição que </span><b style="font-family: "times new roman", serif;">considerou
uma facada nas costas</b><span style="font-family: "times new roman", serif;">, acabando mesmo por </span><b style="font-family: "times new roman", serif;">matar Hamilton</b><span style="font-family: "times new roman", serif;"> num Duelo provado, </span><b style="font-family: "times new roman", serif;">três anos mais tarde</b><span style="font-family: "times new roman", serif;"> (Keane, 2009: 309). Tomara que este </span><b style="font-family: "times new roman", serif;">Duelo não venha repetir-se na Guiné-Bissau</b><span style="font-family: "times new roman", serif;">
entre as Duas Alas de que irei falar-vos.</span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[2]</span></span></span><!--[endif]--></span></span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> Daí darmos ‘alguma’ razão a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Maurice Duverger</b> quando afirma: «de
facto, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">os Verdadeiros Partidos datam de
apenas há dois séculos</b>. Em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">1850
nenhum País do Mundo</b>, com a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">excepção
dos EUA</b>, conhecia os <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partidos Políticos</b>
no sentido moderno da palavra. Havia <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Tendências</b>
de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Opiniões</b>, Clubes <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Particulares</b>, Associações de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Pensamento</b>, Grupos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Parlamentares</b>, mas não <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partidos
Políticos</b> propriamente ditos». Ainda de acordo com <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Duverger</b>, «o desenvolvimento dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Partidos Políticos</b> aparece ligado ao desenvolvimento da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Democracia</b>, isto é, à extensão do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sufrágio Popular</b> e das <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Prerrogativas Parlamentares»</b> [favorecidos
supostamente pelo surgimento/funcionamento da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sociologia</b>] (Duverger, 1970, citado por Fernandes, 2010: 188; 2004:
110-114; Mendes, 2015: 360).<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<br />Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-55240722159043152642018-08-27T22:52:00.001+01:002018-08-27T23:25:12.235+01:00A Construção de um Mito na Guiné-Bissau: A Socialização & Politização do Mito Construído Socialmente<div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Caros leitores, um especial cumprimento a todos. Trago-vos, na manga, <b>a
notícia da chegada</b> à Guiné-Bissau de <b>dois Dragões</b> meus na madrugada de hoje.
Mas antes, gostaria de <b>chamar a vossa atenção pela importância que este <i>post</i></b> <b>pode
representar para a nossa reflexão</b>. A respeito disso, irei formular algumas
questões que <b>nos ajudam a compreender a Construção de um Mito</b>: <b>1.</b> Quem são os
meus antepassados? <b>2.</b> O que é um Dragão? <b>3.</b> O que entendo por Mito? <b>4.</b> Qual é
importância do Mito para a Política e para a Ciência Política? <b>5.</b> Porquê do
Dragão de <i>Beowulf</i>, de <i>Hobbit</i> e da <i>Guerra
dos Tronos</i>? <b>6.</b> Quem são os alvos e as características destes Dragões? <b>7.</b>
Tudo é verdade ou mentira?</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3-1x_uX_8TzpHhU-tPIAq9w1EKOUWVrsK6z8q5KNjfS6JkD58aFeWLUkHG8PYv-fMZW_EKiIvqZbZH_QhPHB8idC6aIxyliKKUIqa0DbmpELmhoJfiTfZcN6kjur5EdAn0kgJEaquWFEm/s1600/Imagem12.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="883" data-original-width="1600" height="352" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3-1x_uX_8TzpHhU-tPIAq9w1EKOUWVrsK6z8q5KNjfS6JkD58aFeWLUkHG8PYv-fMZW_EKiIvqZbZH_QhPHB8idC6aIxyliKKUIqa0DbmpELmhoJfiTfZcN6kjur5EdAn0kgJEaquWFEm/s640/Imagem12.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">Antes de mais, gostaria
de chamar a vossa atenção para a importância que este post pode representar para
a nossa reflexão – <b>‘Sociológica da História Política Africana/Europeia’</b> –, ou
seja, a <b>História</b> pode servir da <b>Ponte</b> entre a <b>Sociologia</b> e a <b>Ciência Política</b>
(a <b>prova científica</b> da nossa <b>realidade social</b> remete-nos, muitas vezes, <b>aos
estudos clássicos</b>, etc.).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">De acordo com a nossa Oralidade, <b>os meus antepassados</b> (muitos anos antes da chegada dos Europeus à
Guiné) <b>foram Poderosos Chefes Tradicionais</b> que – durante a <b>Guerra de Resistência</b>
para proteger o <b>Grande Reino do Norte</b> pertencente aos <b>Manjacos</b>, <b>Papéis</b> e
<b>Mancanhas</b> –, cavalgavam <b>Aves Gigantes</b> com <b>Caudas</b> enormes que cuspiam <b>Fogo</b>, para
uns, ou cavalgavam <b>Animais de Quatro Pés</b> com <b>Asas</b>, <b>Rabos Cumpridos</b> e vomitavam
Fogo, para outros. Hoje em dia, alguns <b>Manjacos de Caió</b><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><b>[1]</b></span></span><!--[endif]--></span></span>, ao recordarem aquelas
<b>Aves Gigantes</b> e <b>Animais Voadores</b>, dizem que os meus antepassados “<b>usavam Avião
de Guerra de Feitiço</b>”. Os <b>Guineenses</b> dessas épocas não tinham <b>Escolas</b>, a <b>Escrita,</b> e não documentavam nada, para além da Oralidade.<s><span style="color: #00b0f0;"><o:p></o:p></span></s></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com base nesta narrativa,
torna-se compreensível que os <b>Dragões fizeram e ainda fazem fúrias na Guiné-Bissau</b>
e também se compreende <b>a minha ligação com estas figuras</b>. Um <b>Dragão</b><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><b>[2]</b></span></span><!--[endif]--></span></span> é uma <b>criatura mitológica</b>
presente por <b>todo o mundo</b> em <b>inúmeras culturas</b> e <b>civilizações</b>, apresentada
geralmente como um <b>Réptil Grande</b>, parecido com uma <b>Serpente</b> ou um <b>Lagarto</b>,
muitas vezes com Asas, <b>Poderes Mágicos</b> e capacidade de produzir Fogo. O seu
nome deriva do grego <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b>Drákon</b></i> que
<b>significa Grande Serpente</b>. Embora tenham funções diferentes em função do
contexto, os <b>Dragões</b> aparecem geralmente como figuras de <b>Grande Poder</b>, seja
como <b>Adversários</b> ou <b>Aliados</b> de <b>Grandes Heróis</b> ou <b>Deuses</b>. Algumas <b>Teorias</b>
defendem que o <b>Mito</b> do Dragão poderá ter surgido da observação, pelos <b>Povos Antigos</b>, de fósseis provenientes de dinossauros e outros <b>Grandes Animais</b>. Mas por
todo o lado o Dragão faz parte da Mitologia nos Povos. É neste quadro de raciocínio
que os <b>Mitos são narrativas utilizadas pelos Povos Antigos</b> para explicar os
fenómenos da natureza que não compreendiam. Os <b>Mitos</b> utilizam <b>Símbolos</b>,
<b>Personagens</b> Sobrenaturais, <b>Deuses</b> e <b>Heróis</b> com objectivo de transmitir <b>Conhecimento</b> e explicar <b>Factos</b> que a <b>Ciência</b> ainda não era capaz de esclarecer<span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><b>[3]</b></span></span><!--[endif]--></span></span>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nesta linha de
pensamento, <b>Karl Popper</b> revela-nos, a <b>importância do Mito para a Ciência</b>, ao
dizer-nos que os <b>Mitos Pré-Científicos</b> podem conter importantes antecipações de <b>Teorias Científicas</b> que poderão só se desenvolver muito mais tarde (Popper,
2006: 62; 2009: 69-70, 250 citado por <a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank"><span style="color: blue;">Mendes, 2015: 273</span></a>).
É neste aspecto que o <b>Mito revela</b> também a <b>sua importância</b> para a <b>Ciência
Política</b> e para a <b>Política</b>, isto é, uma vez que a Ciência Política é a Ciência
que estuda a Política, e o próprio objecto da Ciência Política é o Poder, então
o <b>objectivo da Política</b> não podia ser outra coisa, senão a Conquista, o Exercício
e a Manutenção no Poder (Fernandes, 2010). Também <b>Paul </b></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; text-indent: 35.4pt;"><b>Feyerabend</b> reconhece que existem diferentes tipos de <b>C</b></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; text-indent: 35.4pt;"><b>iência além da Ciência Ocidental</b> que, em muitos casos, em nome </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; text-indent: 35.4pt;">do “<b>Progresso</b>”, destruiu, em muitos locais, <b>Conhecimento Valioso</b> e <b>S</b></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; text-indent: 35.4pt;"><b>ignificativo</b>. Indo mais longe, <b>Feyerabend</b> <b>defende que não existe </b></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; text-indent: 35.4pt;"><b>uma fronteira entre Ciência e não Ciência ou entre Ciência e História</b>. </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; text-indent: 35.4pt;">Ao contrário, a <b>Ciência</b> deve olhar para tudo o que está ao seu dispor </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; text-indent: 35.4pt;">(<b>Mitos</b>, <b>Preconceitos</b>, <b>Fantasias</b>, etc.), para melhorar. Deste modo, a C</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; text-indent: 35.4pt;">iência seria posta no seu lugar, enquanto uma forma interessante </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; text-indent: 35.4pt;">de Conhecimento, possuidora de muitas vantagens mas também de </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; text-indent: 35.4pt;">muitos inconvenientes (Feyerabend, 1993: 13, 51-55, 214; </span><span style="color: blue; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 16px; text-indent: 47.2px;"><a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank"><span style="text-indent: 47.2px;">Mendes, 2015: </span>57-58</a></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; text-indent: 35.4pt;">).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Dos <b>cinco Dragões</b> (e mais
uma <b>Gárgula</b>) que eu quero incorporar <b>no meu Mito Político</b>, <b>dois Dragões já
chegaram à Guiné-Bissau</b>. O <span style="background: #C45911; mso-shading-themecolor: accent2; mso-shading-themeshade: 191;">primeiro</span> está pousado na <b>Estátua da
Maria da Fonte</b>, em plena <b>Praça do Império</b>, de frente para a Avenida principal.
Chegou na madrugada de hoje e a sua <b>Cauda</b> fica a abanar entre a <b>Sede do PAIGC</b> e
a <b>Presidência</b>. Este é<b> o Dragão de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Beowulf</i></b>,
e é o irmão mais novo de <i><b>Grendel </b></i>(para mais
esclarecimentos sobre <i>Beowulf</i>, <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2015/11/beowulfizacao-politica-perpetuacao-no.html" target="_blank"><span style="color: blue;">leiam este <i>post</i></span></a>).
<b>Este Dragão é Especialista na Corrupção</b> que nasce dos <b>Pactos</b>, e isto inclui um
tipo de Corrupção, <b>muito frequente</b> no país, que <b>não se encontra na ordem
jurídica guineense </b>e <b>nem tampouco está ao alcance de muitos dos Juristas
</b>guineenses. Este Dragão também nos remete para as nossas <b>Tradições Africanas/Guineenses</b>
que falam de <b>Pactos</b> com <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b>Mouros</b></i>, <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b>Irãs</b></i>, <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b>Serpentes</b></i>, <b>Potências Diabólicas</b>, etc. Quando o Pacto não é
cumprido, há consequências graves e a ‘<b>Pessoa</b>’ é castigada, correndo o risco de
<b>ser carbonizada por este tipo de Dragão</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNxXnjj40oiIA2YviLC4z6aWDRW_fhB78K2oq5siMurIy1vQsapAW2JbRGCjs5Db9Lm5dDg_5ChfLSV0Bb5xzwoISr5kE7Zd4WzugH8c4e9hnk0q-R5KtDk_ku7pVNCr6tIFbxPF4SkHos/s1600/Imagem2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="922" data-original-width="1600" height="368" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNxXnjj40oiIA2YviLC4z6aWDRW_fhB78K2oq5siMurIy1vQsapAW2JbRGCjs5Db9Lm5dDg_5ChfLSV0Bb5xzwoISr5kE7Zd4WzugH8c4e9hnk0q-R5KtDk_ku7pVNCr6tIFbxPF4SkHos/s640/Imagem2.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: -.05pt; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em relação à Corrupção, <b>Cícero usa o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">slogan</i> de que:</b> «<i style="mso-bidi-font-style: normal;">a Corrupção
destrói um país</i>». A ganância, o suborno e a fraude minam um país a partir
do seu interior, deixando-o fraco e vulnerável. A <b>Corrupção não é apenas um mal
moral:</b> é uma ameaça prática que deixa os Cidadãos, na melhor das hipóteses, sem
ânimo, e, na pior das hipóteses, a ferver de raiva e prontos para a revolução
(Cícero, 2013: 17-18 citado por <a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank"><span style="color: blue;">Mendes, 2015: 494</span></a>).
As <b>Pessoas Sérias</b>, como <b>Cícero</b>, entendiam que a <b>Corrupção era um Cancro</b> que
corroía o Estado até à medula (Cícero, 2013: 64). <b>Segundo ‘um Clássico da
Política’</b>, quem Corrompe um Juiz com o <b>Discurso</b>, faz um <b>mal maior</b> do que quem o
Corrompe com uma determinada Quantia [<b>Dinheiro</b>], porque ninguém consegue Corromper
um <b>Homem Honrado</b> com <b>Dinheiro</b>, mas consegue-o pela <b>Oratória </b>[pelo Discurso] (excerto
de um trabalho em curso). <b>Vejam lá se alguém consegue escapar destes tipos de Corrupção
na Guiné-Bissau</b>, caso contrário o meu Dragão terá muito trabalho para fazer!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O <span style="background: #C45911; mso-shading-themecolor: accent2; mso-shading-themeshade: 191;">segundo</span>
Dragão que chegou esta noite e está pousado na <b>Mãe de Água</b> ao lado da <b>Assembleia
da República</b>. Por isso mesmo, está com a <b>Cabeça </b>pousada em cima da <b>Assembleia</b>,
pronto a libertar o seu <b>Fogo</b>, e a <b>Cauda </b>está a abanar entre as <b>Sedes dos
Partidos Políticos</b> que se encontram ali à volta, até ao <b>Aeroporto</b>. Este <b>Dragão
é o do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Hobbit</i></b>, só gosta de <b>Ouro </b>e de
outros <b>Metais Preciosos</b>. A <b>mensagem da história deste Dragão</b> é que, por maior
que seja o <b>Poder</b>, ninguém fica no lugar eternamente.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGmbUpkOr0tJ74gcOyLKDvp-ReZstNRQUVmX_n-BBi9kKAmQvpfepwDzxirIev-CFKf1nQ4r-T01k1lMZpe-fbgjgjMVyxzqewHFZKstdlDpEA7-pGzeIFk8vIQKv38tKhNAz_iWsndWyg/s1600/3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1142" data-original-width="1363" height="536" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGmbUpkOr0tJ74gcOyLKDvp-ReZstNRQUVmX_n-BBi9kKAmQvpfepwDzxirIev-CFKf1nQ4r-T01k1lMZpe-fbgjgjMVyxzqewHFZKstdlDpEA7-pGzeIFk8vIQKv38tKhNAz_iWsndWyg/s640/3.png" width="640" /></a></div>
<o:p></o:p><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">É nesta <b>trilogia </b>da
relação – do <b>Dragão</b>, da <b>Política </b>e do <b>Poder </b>– que faz sentido acautelar com a
<b>Visão Sociológica da Política de Max Weber</b> quando diz que a <b>Política </b>é um <b>Pacto
</b>com o <b>Diabo</b>/<b>Demónio </b>para quem se <b>mete na Política</b>, ou <b>aceita utilizar</b> como
meios o <b>Poder</b> e a <b>Violência</b>, e diz ainda que o <b>Diabo/Demónio é Velho,</b> e que
devemos fazer-nos de <b>Velhos </b>se quisermos entender o <b>Diabo/Demónio</b>. Esta “<b>Velhice</b>”
não tem a ver com a <b>Idade</b>, mas sim com a <b>Atenção Educada</b> do olhar perante as
realidades da vida e a capacidade de as superar e de estar à sua altura. A <b>Política</b>,
na verdade, faz-se com a <b>Cabeça</b>, mas <b>não apenas</b> com a <b>Cabeça</b></span><span style="text-indent: 35.4pt;"><b> </b>(</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Weber,
1979: 89, 94-99; 2005: 100-115 citado por <a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank"><span style="color: blue;">Mendes, 2015:86</span></a>).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os <span style="background: #C45911; mso-shading-themecolor: accent2; mso-shading-themeshade: 191;">três Dragões que faltam</span> são da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Guerra
dos Tronos</i> – <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b>Drogon</b></i>, <b><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Viserion</i> </b>e <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b>Rhaegal</b></i>. A sua <b>chegada está prevista para o fim do mês</b> e será uma
oportunidade para escrever o meu <i style="mso-bidi-font-style: normal;">post</i>
sobre o <b>paralelismo </b>entre a <b>Crise Política</b> do <b>PAIGC </b>e a <b>Crise Política Americana</b>
que resultou na <b>Bipolarização </b>e <b>Bipartidarização</b> do <b>Sistema Político Americano</b>.
Entre estes três Dragões, <b>um irá morrer </b>e será transformado numa <b>Arma Poderosa</b>
a favor do <b>Inimigo</b>. Vou conjugar este Dragão que estará na <b>posse do Inimigo</b> com
uma <b>Teoria da Geopolítica/Geoestratégica Americana </b>que defende que o<b> problema
não é perder uma Arma</b>, mas sim é de <b>quem fica com essa Arma</b> (do filme “<b>Operação
Flecha</b>”). Em princípio, estes Dragões virão acompanhados com uma <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b>Gárgula</b></i><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><b>[4]</b></span></span><!--[endif]--></span></span> que será a <b>minha Guardiã</b>.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig-TfUv5m731xK14ya-0ZemElPZrPwcSxSUSc9S537al0QX9ASLnfLkVMuYKH_n9Snlt5ZX6pJSbicTunpLdMFlTa7pFMtOSQb3zGnUF51Z1g2np2wYIjnG6vdieqyg8DyfiQQg7x8lI4h/s1600/Imagem1.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="593" data-original-width="1600" height="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig-TfUv5m731xK14ya-0ZemElPZrPwcSxSUSc9S537al0QX9ASLnfLkVMuYKH_n9Snlt5ZX6pJSbicTunpLdMFlTa7pFMtOSQb3zGnUF51Z1g2np2wYIjnG6vdieqyg8DyfiQQg7x8lI4h/s640/Imagem1.png" width="640" /></a><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como vimos, <b>a dimensão
destes Dragões</b> é tão grande, que as suas <b>Caudas </b>estão a vigiar todas as <b>Sedes
dos Partidos Políticos</b>. Hoje em dia é <b>preciso ter muito cuidado</b> em todo o lado
por <b>onde andamos</b> e com <b>quem estamos a lidar</b>. Porque sem saber, <b>muitas Pessoas</b>
podem ser <b>queimadas</b> por <b>um destes Dragões</b>, como <b>diz Weber (2005:113):</b> há Pessoas
[<b>Políticos</b>, <b>Governantes</b>, <b>Intelectuais</b> <b>Partidarizados</b>, etc.] a quem falta a Responsabilidade “pelas
Consequências dos seus Actos. Quem assim Age não tem Consciência das Potências
Diabólicas que estão em Jogo”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Espero que os meus Leitores tenham compreendido as minhas analogias com o Mito dos Dragões, para
tornar a Política Guineense mais interessante e dinâmica. Conto convosco no
próximo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">post</i>, que sairá muito em
breve.<o:p></o:p></span></div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/livon/Desktop/A%20Constru%C3%A7%C3%A3o%20do%20Mito_rev.docx#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> Caió é a terra do meu Pai. Caió,
pela sua origem e diversidade dos subgrupos étnicos dos Manjacos, pode ser
considerado os ‘Estados Unidos dos Manjacos’, mas muito anterior à própria chegada
dos Europeus à <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>América. Comparativamente
aos Estados Unidos da América «EUA», o povoamento de Caió começou de forma
pacífica com base na concorrência, competência e mérito dos que iam lá
trabalhar sem, contudo, tentar eliminar o anterior ocupante, porque não era
habitado inicialmente. Diferentes Subgrupos dos Manjacos iam explorar a
palmeira [daí advém o nome <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ba-Iú</i> que
mais tarde ficou conhecido por Caió. Ou seja, ‘<i style="mso-bidi-font-style: normal;">terra di furaduris di palmera</i>’] temporariamente, e depois fixaram-se.
Houve uma Guerra em defesa do Estado/Reino de Caió. A Paz foi estabelecida e
nunca mais se voltou a falar de Guerra [mesmo durante a Luta Armada]. Este é
apenas um pequeno relato da história de Caió que poderá vir a ser desvendada
mais tarde.<span style="color: #00b0f0;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/livon/Desktop/A%20Constru%C3%A7%C3%A3o%20do%20Mito_rev.docx#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> Informação retirada de </span><a href="http://www.wikipedia.org/wiki/Drag%C3%A3o"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="color: blue;">www.wikipedia.org/wiki/Dragão</span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/livon/Desktop/A%20Constru%C3%A7%C3%A3o%20do%20Mito_rev.docx#_ftnref3" name="_ftn3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> </span><span style="font-family: "times new roman" , serif;">Informação retirada de </span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><u><span style="color: blue;">www.infoescola.com/redacao/mito-ou-lenda/</span></u></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
</div>
<div id="ftn4" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/livon/Desktop/A%20Constru%C3%A7%C3%A3o%20do%20Mito_rev.docx#_ftnref4" name="_ftn4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a><span style="font-family: "times new roman" , serif;"> As Gárgulas tinham a importante
função de afastar a água das paredes dos edifícios (Templos ou Igrejas), o que
os protegia da erosão e da humidade causada pelo escorrer e pelo gotejar e,
consequentemente, também afastava a água das fundações. A palavra Gárgula
deriva do Latim – Gurgulio – que quer dizer garganta e da palavra francesa Gargouille,
que também significa “garganta” ou “tubo”. Mas, devido à influência gótica na
Idade Média, essas calhas ficaram, muitas vezes, escondidas dentro de Figuras Monstruosas e Animalescas. Acredita-se que originalmente as Figuras Monstruosas, e por vezes Assustadoras, tenham sido criadas para proteger os Fiéis do Mal, prevenindo-os, simultaneamente, que o Mal nunca Dorme (Barreira, 2010: 80-81, 86; <a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015: 493</a>).<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<br />Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-35402580679008390362018-08-11T21:36:00.000+01:002018-08-17T10:15:32.906+01:00Ponto de Situação da Minha Estada na Guiné-Bissau<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Magníficos leitores, sejam bem-vindos. Estou na
Guiné-Bissau há dois anos. Este será o primeiro dos quatro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">posts</i> do meu blogue que irei facultar-vos durante este mês de
Agosto de 2018. Isto é, se Deus me permitir!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No <i style="mso-bidi-font-style: normal;">post</i> de hoje, <span style="background: #8EAADB; mso-shading-themecolor: accent1; mso-shading-themetint: 153;">primeiro</span>, falar-vos-ei da minha
estada na Guiné-Bissau e de alguns mal-entendidos em relação aos meus
comentários e análises neste blogue; <span style="background: #8EAADB; mso-shading-themecolor: accent1; mso-shading-themetint: 153;">segundo</span>, numa
nota mais descontraída, volto a recordar e partilhar algumas brincadeiras de
infância com siglas/abreviaturas e seus possíveis significados irónicos, como
SAGRES, DONALD TRUMP, UMM, HUMMER, GMC, PAIGC, MADEM G-15, PAMPA, etc. Espero
que dê para matarmos as saudades que resultam destes dois anos de paragem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRthVv7AvF04I5OPQ3sVB78fymT4K6cucVTpSAX0BP5Zpp3lTEi5dBosvduyXcZeBQnCPaK262mXbJcZarAk2bgCD7v5XgKZl5iog8vFXwbSoOuFtrMNWOwAInUVGgleH7YUEJayXiyjRv/s1600/Sem+T%25C3%25ADtulo1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="673" data-original-width="1227" height="348" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRthVv7AvF04I5OPQ3sVB78fymT4K6cucVTpSAX0BP5Zpp3lTEi5dBosvduyXcZeBQnCPaK262mXbJcZarAk2bgCD7v5XgKZl5iog8vFXwbSoOuFtrMNWOwAInUVGgleH7YUEJayXiyjRv/s640/Sem+T%25C3%25ADtulo1.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Antes de mais, gostaria
de agradecer e prestar grande homenagem à minha falecida irmã – Sónia Francisco
Mendes –, Professora e alguém de carácter exemplar, que durante a minha
ausência do país, fez o meu papel como Pai e como a Mãe dos meus dois filhos, que
são frutos da minha anterior relação. Ou seja, aceitou de educar os meus filhos
durante muitos anos. E em todos os anos – 2005/2006, 2010/2011, 2013, 2016 e 2017 – quando
eu vinha à Guiné-Bissau, hospedava em casa dela, apesar do trabalho difícil e do
salário miserável dos Professores, conseguia suportar as despesas da Casa. Depois
da perda da nossa Mãe em 2008 & do nosso Pai em 2012, sendo a 3ª filha,
seguida de mim, o 2º filho, a Sónia era para nós – os seis</span> <span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">irmãos
da mesma Mãe – a nossa própria Mãe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em relação à minha estada
na Guiné-Bissau, há duas fases. A <span style="background: #00B050;">primeira
fase</span> começou com a minha chegada à Bissau no dia 19 de Agosto de 2016.
Na ausência da minha falecida irmã, fui viver a casa de um amigo – na Ponta
Rocha/Safim –, alguém que eu considero um irmão e de quem o meu filho herdou o
seu nome. Em Novembro, quando a minha irmã regressou do Senegal, passei a viver
em casa dela em Bôr – Bairro de Camará Cunda. Fiquei em Bôr até 14 de Abril de
2017, altura em que voltei para Portugal para tentar cumprir os prazos da
Universidade do Minho relativos ao meu Pós-Doutoramento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A 19 de Agosto de 2016,
pensava ter chegado à Guiné-Bissau com sorte, visto que, dois dias depois [21
de Agosto de 2016], alguém com um cargo importante, <span style="background-color: #999999;">num dos órgãos de Soberania</span>,
passou em casa, almoçamos, trocamos copos e por último disse-me que precisava
de trabalhar comigo como Conselheiro ou Assessor Técnico. Eu disse-lhe que não
havia problema, mas eu tinha de formular, oficialmente, uma carta para dar
entrada com o seu conhecimento e com o conhecimento de outra pessoa importante
da mesma instituição. Disseram-me que a Carta foi despachada favoravelmente,
mas que, por falta de Orçamento, uma vez que um Doutor deve receber cerca de 3.000.000
fcfa, teria de esperar. Se não fosse por via deste convite, nunca teria
depositado esta Carta de candidatura!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Entre os meses de Agosto
e Setembro, depositei mais de duas dezenas de Cartas nas diferentes
Instituições/Repartições Públicas e Privadas do País. Só tive resposta
favorável da Universidade Lusófona da Guiné «ULG» e da Universidade Jean-Piaget
«UJP». Tinha duas turmas em cada uma das Universidades, onde leccionava as
cadeiras de Introdução à Ciência Política durante o Primeiro Semestre. Em todas
as Instituições/Repartições desculpavam-se com a falta do Orçamento Geral do
Estado «OGE». <span style="background: gray; mso-highlight: gray;">Noutro órgão de
Soberania</span>, também nunca teria depositado a carta de pedido de emprego,
se não fossem por convite e insistência de alguns colegas habilitados. Neste
órgão de Soberania, dei entrada dos documentos no dia 19 de Setembro de 2016. Logo
no dia 21 de Setembro alguém despachou a carta negativamente sem conhecimento
do seu superior hierárquico (segundo um dos funcionários de Segurança mais
próximo do Chefe) com falsos fundamentos, porque depois disso houve muitas
nomeações. Mas no mesmo órgão, repescaram-me de maneira diferente para um
Gabinete Auxiliar, com as mesmas insistências de colegas de confiança. A mulher
que falou comigo, encontrava-se comigo em casa de um amigo meu num dos bairros
de Bissau. O meu trabalho de dois meses nesse Gabinete coincidiu com um grande
evento em 2017. Gostei do trabalho, mas por incoerência da palavra dada pela
mulher, optei por despedir-me o trabalho, recusei categoricamente o salário do
segundo mês, mantendo a minha dignidade intacta e as minhas amizades. Assim, decidi
partir para Portugal no dia 14 de Abril de 2017.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em relação à <span style="background: #00B050;">segunda fase</span> da minha estada na Guiné-Bissau,
começou com a minha chegada à Bissau no dia 6 de Outubro de 2017. Fui
contactado para vir trabalhar para um cargo para o qual me tinha candidatado. A
minha esposa e a minha falecida irmã incentivaram-me a voltar o mais depressa
possível, sob pena de perder o mesmo emprego devido à pressão do próprio
serviço. Infelizmente, mais uma vez, as coisas não correram como esperava.
Desde essa altura, e até hoje, estou sem contrato, com vários salários em
atraso e com as minhas expectativas frustradas. No local onde trabalho (e onde
ainda estou à espera da nomeação e do contrato), sou o único que não tem outro
emprego para acumular dois salários completos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No dia 16 de Junho de
2018 a minha querida irmã faleceu e no dia 1 de Julho acabei por mudar para uma
casa arrendada, com muita dificuldade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Após todo este tempo, as
únicas organizações que se mantiveram fiéis e com quem mantenho o meu vínculo
seguro são a UJP e a ULG, onde voltei a leccionar no meu regresso. Embora o
salário não seja compatível com as minhas habilitações, e não seja o
suficiente, com apenas duas turmas em cada lado, para assegurar a minha estada,
acaba por ser uma grande ajuda. A grande desvantagem é que, durante as férias
escolares, acabamos por ficar quase três meses sem nenhum salário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Todos estes factores explicam
a minha ausência deste blogue, que resulta, em grande medida, da situação
precária em que me encontro. Penso que este pequeno relato da minha história
ajuda a compreender melhor a situação actual da Guiné-Bissau, onde muitas
pessoas, tanto com poucas como com muitas habilitações, passam por grandes
dificuldades. No caso de ser uma pessoa que não aceita de alinhar-se com os
Partidos Políticos no Poder (como é o meu caso), é quase garantido que ninguém
aceita dar-lhe trabalho. Como já disse antes, não sou do PAIGC (nem de nenhum
outro Partido), nem sou Cabralista, e quero conseguir sucesso graças ao meu
trabalho e à minha competência. Se outros preferem enveredar por esse caminho,
essa é a sua escolha, não a minha, por enquanto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Aproveito este primeiro
post depois da longa pausa para esclarecer alguns leitores que dizem que eu não
conheço bem a política e a realidade guineense. Do meu ponto de vista, essas
pessoas estão totalmente enganadas ou são arrogantes, porque aquilo que coloco
(ou colocava) no blogue não ultrapassa uns 5% daquilo que eu sei e investigo
sobre a política da Guiné-Bissau. São apenas pequenas sínteses ou comentários
que faço para levantar debate. Mesmo assim, todos os meus textos assentam no
rigor científico e na pesquisa de informação o mais fidedigna possível. Aconselho
a estes leitores que não sejam precipitados: leiam com atenção os meus textos,
não só no blogue, mas também no meu livro e na minha dissertação, e pensem pela
sua própria cabeça, sem serem meros caprichos de marionetas do Sistema.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ilustres leitores,
continuarei a fazer os meus contactos para tentar melhorar a minha situação e,
quem sabe, ocupar uma posição mais favorável. Sempre que possível, manterei o
meu público informado. No próximo post irei falar sobre a Construção do Mito;
no terceiro post, falarei da via mais segura para Igualdade de Género e a Lei
das Cotas. No quarto post, farei uma ponte entre as Crises do PAIGC
e a Crise Política Norte-Americana que resultou da Bipolarização e Bipartidarização
do Sistema Político dos Estados Unidos da América.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Termino com uma nota mais
positiva e humorística, deixando-vos, mais uma vez, com uma lista de siglas e o
seu possível significado:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">SAGRES – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">S</b>ó <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A</b>gora
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">G</b>alvão <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">R</b>esolveu <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">E</b>nganar <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">S</b>alazar<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">UMM – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">U</b>ma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">M</b>erd** <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">M</b>aior<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">HUMMER – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">H</b>á <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">U</b>ma
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">M</b>elhor <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">M</b>aneira de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">E</b>stragar uma <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">R</b>epública <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">GMC(<sup>2</sup>) – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">G</b>overno <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">M</b>anda <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">C</b>ircular <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">G</b>overnantes <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">M</b>ais <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">C</b>orruptos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">PAIGC – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">P</b>articularizar <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A</b>fricanos/<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A</b>gentes <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">I</b>slamizados dos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">G</b>rupos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">C</b>ristãos/<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">C</b>atólicos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">MADEM G-15 – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">M</b>assacrar a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A</b>la <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">D</b>ominguista de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">E</b>ntrave a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">M</b>uçulmanos do <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">G</b>rupo dos
15<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">MADEM – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">M</b>anter <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A</b>liança de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">D</b>esafiar/<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">D</b>errotar a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">E</b>stratégia de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">M</i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;">atchú</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">PAMPA (em crioulo) – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">P</i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;">apé di <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A</b>mílcar
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">M</b>urri <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">P</b>abia di <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A</b>manhã<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">DONALD – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">D</b>irigente <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O</b>rtodoxo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">N</b>acionalista <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A</b>ntagónico à <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">L</b>iberdade <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">D</b>emocrática<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">TRUMP – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">T</b>erminar <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">R</b>adicalmente e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">U</b>nilateralmente
com <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">M</b>uçulmanos/<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">M</b>igrantes <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">P</b>acíficos <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">NOTA FINAL: obrigado aos
inúmeros leitores que passaram por este blogue ao longo do seu funcionamento e
deixaram, não só a sua visita, mas também, o seu comentário. O post mais
popular deste blogue é “<a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2016/01/origem-da-lingua-crioula-falada-na.html" target="_blank">Origem da língua crioula falada na Guiné-Bissau e em Cabo Verde</a>”. Ainda terei oportunidade, no futuro de trazer mais informações
sobre Cabo Verde e sobre a sua relação com a Guiné-Bissau e Portugal. Deixo um “cheirinho”:
visto que Cabo Verde era, antes do fenómeno dos “Descobrimentos”, parte
integrante do Reino/Império de Baceâral, não é por acaso que ainda os
caboverdianos consideram os guineenses/africanos de Manjacos.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieOQ_FSydjF9dIali7PqkxrCzZwn2ceZ3H6RzjrcKO5On3jJC2QvG5q8OBREq2uYEoILyDH7ohf2hEhXvLweIgAZJC9Uix-9AHG_8PZhRczThatx_2FbKlXU0BqsDdp0wOrNF-vGYVpxpM/s1600/Sem+T%25C3%25ADtulo2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="388" data-original-width="1029" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieOQ_FSydjF9dIali7PqkxrCzZwn2ceZ3H6RzjrcKO5On3jJC2QvG5q8OBREq2uYEoILyDH7ohf2hEhXvLweIgAZJC9Uix-9AHG_8PZhRczThatx_2FbKlXU0BqsDdp0wOrNF-vGYVpxpM/s640/Sem+T%25C3%25ADtulo2.png" width="640" /></a></div>
Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-91231995097730913982016-08-11T21:34:00.002+01:002016-08-13T19:35:52.784+01:00Despedida deste blogue<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ilustres leitores, este será o
<b>último post do meu blogue</b> durante um
bom período de tempo. Estou <b>de partida</b>
para a <b>Guiné-Bissau</b>. Se o <b>melhor segredo</b> é <b>aquele que todos sabem</b>, a verdade é esta: vou mesmo <b>regressar de vez</b> para recomeçar a árdua
tarefa de <b>dar o meu contributo no
terreno</b>. Uma vez que <b>não terei</b>
casa própria, <b>energia eléctrica</b> nem <b>internet</b>, pelo menos nos primeiros
tempos, <b>não poderei</b> dar <b>continuidade</b> às publicações deste
blogue. Sendo assim, neste último post, deixo-vos com alguns <b>pensamentos</b> sobre o processo de <b>construção deste</b> blogue e, também, numa
nota mais descontraída, recordo e partilho algumas <b>brincadeiras de infância</b> com siglas/abreviaturas e seus possíveis
significados, como DSP, JOMAV, BUBO, SAGRES, LADA, NIVA 1600, BUSH, OBAMA, etc.
Espero que gostem e <b>aproveitem a minha
ausência</b> para <b><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">ler o meu livro</a></b> e <b>reler os posts</b> publicados ao longo dos <b>dez meses do blogue</b>.</span><s><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></s></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioTuJHdPSKuPANlQsuL0PZezY56lqYYyJ78KQr_d64O_7BpcBoIb9T7J1V6aotboScfKN0Xa36tH79qqm4IbjE5wrb5qOIpfOeA5HBEerNf2dnOFuo_XrSMO4PU1tRM-CQihXm3ol1_K8K/s1600/inicio.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="94" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioTuJHdPSKuPANlQsuL0PZezY56lqYYyJ78KQr_d64O_7BpcBoIb9T7J1V6aotboScfKN0Xa36tH79qqm4IbjE5wrb5qOIpfOeA5HBEerNf2dnOFuo_XrSMO4PU1tRM-CQihXm3ol1_K8K/s640/inicio.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Que
fique registado que não é por <b>qualquer
tipo de condicionamento ou pressão</b> que faço esta paragem: faço-a porque as <b>circunstâncias da minha vida pessoal</b>
neste momento o exigem. Aproveito para avisar que <b>estarei também muito mais ausente do facebook</b>, deixando de <b>comentar</b> e de <b>felicitar</b> diariamente os <b>aniversariantes</b>. Mas esta paragem do blogue e regresso à Guiné-Bissau
tem, entre outras <b>vantagens</b>, a
vantagem de me possibilitar <b>compensar os
meus dois filhos</b> pela minha <b>ausência
ao longo destes treze anos</b> de estudo em Portugal. Espero que <b>o meu exemplo sirva</b>, apesar da
ausência, para lhes transmitir os <b>valores</b>
da <b>persistência</b>, do <b>esforço</b> e do <b>trabalho árduo</b>. A eles, e a <b>todos
os pais que estão longe dos seus filhos</b>, dedico o vídeo que se segue, que
trata precisamente do tema da ausência de um pai.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/oiKj0Z_Xnjc/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/oiKj0Z_Xnjc?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Suspender o trabalho temporariamente <b>não significa que estou a pôr um ponto
final</b> neste blogue. Depois da minha instalação, <b>se tiver condições</b>, espero conseguir <b>voltar às publicações</b>, no <b>mesmo
estilo de sempre</b>. Entretanto, deixo-vos com alguns <b>pensamentos</b> sobre o processo de <b>construção deste blogue</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<b><span style="background-color: orange; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em primeiro lugar</span></b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">, gostaria de <b>agradecer</b>
a todos <b>os que acompanharam</b> o
blogue, fizeram <b>sugestões</b>, <b>comentários</b> e <b>críticas construtivas</b>, contribuindo assim para um <b>debate enriquecedor</b> sobre os vários
assuntos da <b>política guineense e
africana</b>. Muitas vezes, fiquei mais satisfeito por <b>receber críticas</b> do que elogios, porque são as críticas que realmente
nos <b>permitem melhorar</b>. Claro que os <b>elogios também foram muitos e bem recebidos</b>
e por isso reforço o meu <b>agradecimento a
todos</b>, pelos comentários públicos e privados, pelos simples “gostos” e até
por terem lido sem deixar a sua reacção. Ultrapassar as <b>30 mil visualizações</b> em <b>menos
de dez meses</b> [o primeiro post foi a 23 de Outubro de 2015] é uma <b>grande conquista</b> para alguém como eu,
que <b>não tem qualquer tipo de apoio</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b style="background-color: orange;">Em
segundo lugar</b>, e na sequência da ideia anterior, gostaria de <b>esclarecer alguns aspectos</b> em relação
ao que significa gerir este blogue. Embora de forma muito simplificada, <b>fui dando sequência</b> nesta página
pessoal ao <b>trabalho desenvolvido ao
longo dos meus anos de estudo em Portugal</b> e <b>experiências trazidas da Guiné-Bissau</b>, que culminaram na <a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">publicação do meu livro em 2015</a>. Há pessoas que pensam que <b>escrever num blogue dá dinheiro</b> ou alguma <b>outra vantagem</b> – no meu caso, isso <b>é absolutamente falso</b>. Nunca recebi <b>qualquer compensação</b> por aquilo que escrevi nestes quase dez meses
e tenho a <b>consciência plenamente
tranquila</b> em relação a isto. Fiz este trabalho <b>porque gosto</b> e <b>porque acho
que é importante</b> para a Guiné-Bissau, para os guineenses e amigos deste
país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<b><span style="background-color: orange; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em terceiro lugar</span></b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">, espero que tenha ficado claro que <b>não apoio nenhuma parte ou “ala”</b> [nomeadamente pró-Jomav ou pró-DSP],
que <b>não tenho filiação nem inclinação
partidária</b> e que procurei, desde sempre, fazer <b>análises sérias e rigorosas</b>, tentando fornecer aos interessados na
matéria, <b>bases para a reflexão e
eventual realização de trabalhos científicos</b>. Aos amigos e colegas que se <b>afastaram por considerarem as minhas análises
ofensivas e inadequadas</b>, gostaria de recordar que <b>continuarei a ser o que sempre fui</b> – uma pessoa <b>honesta</b>, <b>directa</b> e
de <b>carácter</b> – e não deixarei de considerar essas <b>pessoas importantes</b>,
independentemente das suas <b>inclinações</b> ou <b>filiações partidárias</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para
terminar, quero deixar uma <b>nota mais
descontraída</b>, recordando e partilhando com <b>os leitores</b> algumas <b>brincadeiras
de infância</b> (e outras nem tanto) com <b>siglas</b> que talvez não conheçam:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: #6fa8dc;">1.</span>
Porque é que George Bush (pai) e George W. Bush (filho) tinham em comum o
interesse de invadir o Iraque de Saddam Hussein?<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKcbl-MFyYPSh46QAI6FaqPIv31lB7vmt1mXbgxxnBIfOJ6wYFyWTkW5oyTpAKuWhsE4L72bCx680grVMluvLAxS2BnqXyNFueoxRPeAU19T_laivof2uwIipBTqUwGoqVdy_rKc6ezIPG/s1600/1.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="252" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKcbl-MFyYPSh46QAI6FaqPIv31lB7vmt1mXbgxxnBIfOJ6wYFyWTkW5oyTpAKuWhsE4L72bCx680grVMluvLAxS2BnqXyNFueoxRPeAU19T_laivof2uwIipBTqUwGoqVdy_rKc6ezIPG/s640/1.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Porque
o apelido <b>BUSH</b> significa <b>B</b>ombardear <b>U</b>nicamente <b>S</b>addam <b>H</b>ussein…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: #6fa8dc;">2.</span> E
porque razão Barack Obama, que tanto criticava a política de George W. Bush,
acabou por seguir uma política de “guerra legítima/justa”?<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-UVlkQ0Re-XqxV5tvMwbjlDI_eAzSwov-1gX5KeTdZn1eeLaMEmpXP5RXKNy6oZNTdtAAYGh32SZ0Uda-JIU-HQDbkEpuNNv_3cqkyGkTlmt0-nx2saAnzkC2iDffqEOOW6NbbHiz2b5p/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-UVlkQ0Re-XqxV5tvMwbjlDI_eAzSwov-1gX5KeTdZn1eeLaMEmpXP5RXKNy6oZNTdtAAYGh32SZ0Uda-JIU-HQDbkEpuNNv_3cqkyGkTlmt0-nx2saAnzkC2iDffqEOOW6NbbHiz2b5p/s320/3.jpg" width="256" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Porque
<b>OBAMA</b> significa <b>O</b>rdenar <b>B</b>ombardeamentos
e <b>A</b>taques aos <b>M</b>uçulmanos e <b>A</b>fricanos…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: #6fa8dc;">3.</span>
Isto leva-me a reflectir sobre outros problemas entre os dois grandes
protagonistas do actual panorama político guineense (DSP e Jomav).
<b>Independentemente das causas reais</b>, entendo que as abreviaturas das suas siglas
podem dizer-nos alguma coisa…<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqXA_YPyDeD7i6Lug0rLzrDRYrRDbgOrevvk9GZKUKEJL-ZF5ESUvGnUlhOwEHt7c4b2H6EQLXEBj1AefYocW_3ruFyESWbRSVRH66bJIHbhI0oTikwznm9PEzmkS4hRKMQBJBmlDFmkZz/s1600/2.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqXA_YPyDeD7i6Lug0rLzrDRYrRDbgOrevvk9GZKUKEJL-ZF5ESUvGnUlhOwEHt7c4b2H6EQLXEBj1AefYocW_3ruFyESWbRSVRH66bJIHbhI0oTikwznm9PEzmkS4hRKMQBJBmlDFmkZz/s640/2.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="color: white;">S</span>Se atendermos ao senso comum, que coloca DSP contra os Muçulmanos e Jomav a favor
dos Muçulmanos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">- DSP, cuja alcunha é “Matchu”, pode significar <b>DSP/M</b>, ou seja <b>D</b>esafiar <b>S</b>istematicamente <b>P</b>artidários <b>M</b>uçulmanos; <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">- E <b>JOMAV</b> pode ser <b>J</b>untar e <b>O</b>rganizar os <b>M</b>uçulmanos <b>A</b>tacados e <b>V</b>itimizados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Vale
a pena chamar a atenção dos políticos e intelectuais guineenses para que tenham
cuidado com as abreviaturas…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: #6fa8dc;">4.</span> Até
porque isto das abreviaturas pode aplicar-se em muitas outras situações. Em
Portugal, por exemplo, há dois casos que se aplicam a Salazar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZAqWP5ynFzTN5Q8TkwlxN6PAVqUgn3FAGkq9X5yS4X6I92fp27dEd91DJ_UwQ49hMsA6WkJ1-BCFtxx7W2VA_tUUKZ546VPzowV0Jxs9K5JUfHAZpNq4_ffJJDopZmaNS44S-qK2EAZ-u/s1600/3.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZAqWP5ynFzTN5Q8TkwlxN6PAVqUgn3FAGkq9X5yS4X6I92fp27dEd91DJ_UwQ49hMsA6WkJ1-BCFtxx7W2VA_tUUKZ546VPzowV0Jxs9K5JUfHAZpNq4_ffJJDopZmaNS44S-qK2EAZ-u/s640/3.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="color: white;">S</span>Se conhecermos alguém que admira muito Salazar, devemos perguntar se gosta de
cerveja Sagres, porque <b>SAGRES</b> pode significar
<b>S</b>alazar <b>A</b>ntes de <b>G</b>overnar a <b>R</b>epública <b>E</b>ra <b>S</b>apateiro…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Também
o caderno Sebenta remete para esta figura, uma vez que <b>SEBENTA</b> pode significar <b>S</b>alazar
<b>E</b>ra <b>B</b>om <b>E</b>studante, <b>N</b>ão <b>T</b>omava <b>A</b>pontamentos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: #6fa8dc;">5.</span>
Passando agora ao tema dos automóveis, temos dois grandes exemplos que remetem
para a realidade africana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsAE4UpyLvTNPiC2apVq3xeUonErYncQ4EwZ1tRU8bKGl6PYTIPzg-8R-_csv1EJY1FI4D4WF2I9NyKBtFQKwnIrErwQfTZzu4zzpqUzpbWNXHpAtKfeTpllt-7p610O3hmCCfDnHRqt_A/s1600/4.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="136" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsAE4UpyLvTNPiC2apVq3xeUonErYncQ4EwZ1tRU8bKGl6PYTIPzg-8R-_csv1EJY1FI4D4WF2I9NyKBtFQKwnIrErwQfTZzu4zzpqUzpbWNXHpAtKfeTpllt-7p610O3hmCCfDnHRqt_A/s640/4.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
clássico automóvel de fabrico soviético <b>LADA</b> pode ser <b>L</b>eva <b>A</b>trás <b>D</b>irigente <b>A</b>fricano ou <b>L</b>eva <b>A</b>trás <b>D</b>irigente <b>A</b>utoritário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Um
dos modelos desta marca, o <b>NIVA 1600</b>,
pode significar <b>N</b>ão <b>I</b>mporta <b>V</b>ender <b>Á</b>frica por <b>1600</b>…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: #6fa8dc;">6.</span> O
sinal de trânsito <b>STOP</b> também um
caso engraçado que pode ter muitos significados, nomeadamente, <b>S</b>omos <b>T</b>odos <b>O</b>brigados a <b>P</b>arar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ou
então, da esquerda para a direita [STOP] e depois da direita para a esquerda
[POTS]: <b>S</b>e <b>T</b>ens <b>O</b>lhos <b>P</b>ára - <b>P</b>araste, <b>O</b>lhaste, <b>T</b>iveste <b>S</b>orte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVH_OUafY8EGAdlTxv7QS-cJttdlktoUo5CCYgmAQ6_OPqVg4jeAh0GBTtLdGBf9WsxKsSSyLCfs9xvLcR3j0Ah82OUyWzla8TB2ZgVjoqrwiulJcb7P6DKrNWC2kRntlcCTIk_vylYQLz/s1600/5.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="169" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVH_OUafY8EGAdlTxv7QS-cJttdlktoUo5CCYgmAQ6_OPqVg4jeAh0GBTtLdGBf9WsxKsSSyLCfs9xvLcR3j0Ah82OUyWzla8TB2ZgVjoqrwiulJcb7P6DKrNWC2kRntlcCTIk_vylYQLz/s320/5.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: #6fa8dc;">7.</span> Para
terminar, pego na metáfora do nome do antigo Chefe da Armada, Bubo, já que <b>BUBO</b>
pode significar <b>B</b>ombardear <b>U</b>nicamente o <b>B</b>logue dos <b>O</b>utros, e
deixo um conselho aos blogues que andam a atacar-se uns aos outros – sugiro que
todos pensemos no contributo que o seu blogue pode trazer ao bem-estar e ao
desenvolvimento da Guiné-Bissau.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Àqueles
que <b>querem contribuir com mais siglas/abreviaturas</b>
para esta brincadeira, estejam à vontade, <b>deixem
os vossos comentários</b> no <b>blogue</b> ou no <b>facebook</b>. Pegando e transformando um
pouco <a href="http://www.joraga.net/bart2838/pags/01ccs04jornal07osL04visitaC.htm" target="_blank">as palavras de <b>Marcello Caetano</b></a>, depois de <b>regressar de uma viagem de uma
semana a África</b>, digo-vos o seguinte: «foram [treze anos, desde
Novembro de 2002 até Agosto de 2016], de trabalhos, [estudo] e emoções. Mas não
de fadiga. Não [volto] fatigado. [Volto] com a alma em festa, [volto] mais
animoso do que nunca, [volto], se é possível, mais [Guineense/Africano] do que
parti,<b> [vou] com a certeza de que vale a
pena sofrer, de que vale a pena lutar, de que vale a pena insistir</b> ao serviço
[daquele] <b>povo admirável</b>, do qual se [destaca] uma <b>juventude generosa em busca do
seu futuro</b>».</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Um grande abraço a todos e até breve</span></b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0mCBcCiNWx-3ydgc2ZpEy08N91a_P7iZTvTA3qM4PkfpMuqo0tj7upWW25KVrML2r18V4MdH7uBC9vOSzJeFl1S6v0qf9cQE_7nXadADosmuAtndI5x-H-cFoqz-UnQUbIvSXWS-eK-Qv/s1600/fim.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="310" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0mCBcCiNWx-3ydgc2ZpEy08N91a_P7iZTvTA3qM4PkfpMuqo0tj7upWW25KVrML2r18V4MdH7uBC9vOSzJeFl1S6v0qf9cQE_7nXadADosmuAtndI5x-H-cFoqz-UnQUbIvSXWS-eK-Qv/s640/fim.png" width="640" /></a></div>
Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-90989636590372960752016-08-05T19:27:00.002+01:002016-08-13T19:31:19.431+01:00Entre a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe: histórias de condecorações, ingerências e as lições da Cobra da Montanha<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"><span style="line-height: 150%;">Prezados
leitores</span></b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, este é o meu <b>penúltimo
post</b> antes do meu<b> regresso</b> à Guiné-Bissau – a partir daí, este vosso blog
estará <b>parado</b> durante algum
tempo…Este post divide-se em <b>três partes</b>:
na <b>primeira parte</b>, faço uma análise
da <b>condecoração</b> do Presidente da
República «PR» <b>José Mário Vaz</b>
«Jomav» pela Associação Portuguesa de Autarcas Monárquicos «APAM»; na <b>segunda parte</b>, recordo as últimas
viagens de <b>Baciro Djá</b> e também as
suas palavras sobre a <b>ingerência</b> nos
assuntos internos da Guiné-Bissau; na <b>terceira parte</b>, volto a colocar o PR
são-tomense, <b>Pinto da Costa</b>, na “<b>churrasqueira</b>” para comentar a sua
desistência da segunda volta das eleições presidenciais. Esta terceira parte
deve ser lida <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/07/o-kumba-yala-sao-tomense-e-as.html" target="_blank">em <b>articulação</b> com o post anterior</a></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, no
qual fiz uma análise global das eleições em São Tomé e Príncipe. <b>Boa leitura!</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzrLTftmICYZ0wIwJGNUxWUNp8cUPe-oPlhnKE8Fk2FWRjmKxGZTSFpkal-A68kW2kWbOqHqG1T2LCCBxQ5cTTgf-LNnYrLWdU-eHJPjeZdzY1ZP_YDh52inYKYa4PKPQmZYTQrF0ibAYa/s1600/Imagem2.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="328" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzrLTftmICYZ0wIwJGNUxWUNp8cUPe-oPlhnKE8Fk2FWRjmKxGZTSFpkal-A68kW2kWbOqHqG1T2LCCBxQ5cTTgf-LNnYrLWdU-eHJPjeZdzY1ZP_YDh52inYKYa4PKPQmZYTQrF0ibAYa/s640/Imagem2.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="background-color: #6fa8dc; line-height: 150%;">Primeira
parte</span></b><span style="line-height: 150%;"><span style="background-color: #6fa8dc;">.</span> A Associação Portuguesa de Autarcas Monárquicos «APAM»
homenageou o PR Jomav com uma <b>medalha de
honra</b>, naquela que é a mais <b>alta
distinção</b> da organização, disse o seu presidente, <strong>Manuel</strong> <strong>Beninguer</strong>. Uma
delegação da APAM esteve em Bissau, acompanhada de empresários que pretendem
investir na Guiné-Bissau e que foram <b>recebidos
por Jomav</b>, aproveitando o encontro para homenagear o Chefe de Estado
guineense. Manuel Beninguer declarou que “a Guiné-Bissau merece-nos todo o
respeito. Um <b>país fantástico</b>, <b>acolhedor</b> e que nos abraçou desde que
aqui chegámos, que tem abraçado não só a comunidade portuguesa, mas toda a
comunidade lusófona”. O presidente da APAM enfatizou que a distinção ao Chefe
de Estado guineense é a <b>demonstração de
afecto</b> entre os povos de Portugal e da Guiné-Bissau (<a href="http://angnoticias.blogspot.pt/2016/07/medalha-de-honra.html" target="_blank">ANG, 28-07-2016</a>; RTP África, 28-07-2016</span><span style="line-height: 150%;">). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/v5x9uFIJT80/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/v5x9uFIJT80?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Esta condecoração levanta <b>muitas dúvidas</b> sobre as ligações entre
Jomav e os <b>monárquicos portugueses</b>. À
partida, sou <b>favorável</b> à <b>cooperação</b> com qualquer país,
especialmente <b>Portugal</b>, mas alguns
contornos deste acontecimento merecem ser questionados. Sendo Portugal uma <b>República</b><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span><!--[endif]--></span>, tal como a Guiné-Bissau,
as organizações monárquicas <b>carecem de
legitimidade</b> no Aparelho do Poder do Estado, pelo que é difícil compreender
quem é que eles <b>representam</b> e porque
é que <b>estão a condecorar</b> o PR da
Guiné-Bissau. Se não têm Poder efectivo, podemos supor que têm outros <b>poderes ocultos</b> – Poder <b>económico/financeiro</b>, ligações à <b>Maçonaria</b> e outras organizações do
mesmo tipo, etc. Daquilo que me foi dado a perceber, a APAM não ofereceu esta
homenagem a <b>outros PR</b>, nomeadamente dos
PALOP, por isso, <b>porque escolheram Jomav</b>?
Será que no seu tempo de estudante em Portugal Jomav <b>teve ligações</b> com grupos monárquicos? <b>Recebeu</b> ou <b>deu</b> algum <b>financiamento</b>?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">As condecorações raramente são
feitas <b>de forma inocente</b>, servindo,
muitas vezes, para retribuir “<b>favores</b>”
ou “<b>ajudas</b>” <b>encapotadas/mascaradas</b>. Por exemplo, <b>Obama</b> recebeu o <b>Prémio Nobel
da Paz</b> (uma das mais altas condecorações mundiais) em 2009, apesar de ter <b>defendido claramente a guerra</b> “justa”
(<a href="http://www.jn.pt/mundo/interior/barack-obama-recebeu-nobel-da-paz-e-justificou-o-uso-da-forca-1443711.html" target="_blank">Jornal de Notícias, 10-12-2009</a></span><span style="line-height: 150%;">). Obama,
mesmo sendo <b>afro-americano</b>, persiste
na ideia de um <b>Ocidente “modelo”</b>,
detentor da Educação, da Liberdade e todos os valores Democráticos, esquecendo
que a <b>civilização nasceu em África</b>,
e que o Ocidente (e particularmente os EUA), contribuíram e contribuem para a <b>fragmentação e destruição do continente
africano</b>, por <b>razões</b> muito mais <b>obscuras</b> do que as que apresentam
publicamente (petróleo, venda de armas, eliminação de opositores, etc.).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">Um outro exemplo é o de <b>Domingos Simões Pereira</b> «DSP»,
ex-Secretário Executivo da CPLP, que foi <b>condecorado</b>
em 2012 pelo ex-PR de Portugal, <b>Cavaco
Silva</b>, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (<a href="http://observalinguaportuguesa.org/domingos-simoes-pereira-condecorado-pelo-presidente-da-republica/" target="_blank">Observatório da Língua Portuguesa, 21-09-2016</a></span><span style="line-height: 150%;">).
Vimos que DSP <b>fez o esforço</b> de levar
diversos membros do <b>Governo português</b>,
entre os quais o ex-PM e a ex-presidente da Assembleia da República, sem contar
com a ida do ex-PM de Cabo Verde.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">Retomando a questão de Jomav,
importa recordar que há cerca de um ano (26-06-2015 a 03-07-2015), <b>D. Duarte Pio</b>, que reclama o seu
direito ao trono português, esteve na Guiné-Bissau (<a href="http://realbeiralitoral.blogspot.pt/2015/07/sar-o-senhor-dom-duarte-de-braganca.html" target="_blank">Real Associação da Beira Litoral, 03-07-2015</a></span><span style="line-height: 150%;">). O
mesmo D. Duarte Pio <b>defendeu</b> em 2010
que o regresso de Portugal à <b>Monarquia
teria grandes vantagens</b>, argumentando que um Rei em Portugal é <b>cinco vezes mais barato</b> que um
Presidente da República (Diário as Beiras, 17-04-2010: 2; <a href="https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/14471" target="_blank">Mendes, 2010: 23-25</a></span><span style="line-height: 150%;">). Se
os monárquicos defendem que um Rei é melhor e mais barato que um PR, <b>para quê condecorar Jomav</b>? Sendo Jomav
de <b>Calequisse</b>, próximo de <b>Baceâral</b>, será que pretende restaurar o
antigo império/reino?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="background-color: #6fa8dc; line-height: 150%;">Segunda
parte.</span></b><span style="line-height: 150%;"> O PM <b>Baciro Djá</b>,
anunciou ter ratificado "<strong>vários</strong> <b>acordos
de cooperação</b>" com a <b>Guiné Equatorial</b>,
país onde efectuou uma visita de trabalho de uma semana, permitindo a <b>efectivação da cooperação</b> nos domínios
<strong>económico</strong>, <strong>científico</strong>, <strong>cultural</strong>, <strong>desportivo</strong> e <strong>técnico</strong>. Da Guiné Equatorial,
Baciro Djá viajou para a <b>Nigéria</b>,
onde também assinou acordos de cooperação e disse ter obtido <b>promessas de apoio</b> para o Orçamento
Geral do Estado (<a href="http://24.sapo.pt/article/lusa-sapo-pt_2016_07_29_1433209369_guine-bissau-ratifica-varios-acordos-de-cooperacao-com-a-guine-equatorial" target="_blank">Sapo Notícias, 29-07-2016</a></span><span style="line-height: 150%;">).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">Na passada terça-feira, o PM
Baciro Djá, <b>exortou a comunidade
internacional</b> a <b>não interferir nos
assuntos internos</b> do país, ainda que possa ajudar no processo de
estabilização. Estas declarações foram proferidas por ocasião da abertura de um
curso de línguas para os soldados em que se encontravam <b>vários oficiais/generais</b>, entre os quais o chefe das forças armadas
guineenses, o general <b>Biaguê Nan Tan</b>
(<a href="http://www.odemocratagb.com/baciro-dja-exorta-a-comunidade-internacional-a-nao-interferir-nos-assuntos-internos-da-guine-bissau/" target="_blank">O Democrata, 02-08-2016</a>; RTP África, 02-08-2016</span><span style="line-height: 150%;">).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/KCrpg_es60k/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/KCrpg_es60k?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">A aproximação à Guiné
Equatorial <b>não é um problema em si</b> –
é um país membro da CPLP, por isso o PM Baciro Djá fez bem por <b>reforçar essa cooperação</b>. No entanto, é
<b>preciso ter cuidado</b>, porque o <b>regime de Teodoro Obiang</b> é alvo de
muitas <b>acusações</b>, desde a <b>violação dos direitos humanos</b> à não
existência de uma <b>Democracia</b>. Se
Baciro Djá defende a não ingerência de forma tão convicta, deve ter <b>cuidado com as relações que estabelece</b>
com alguns países que não são bem vistos, porque, se o orçamento do Estado e outras
ajudas recebidas pela Guiné-Bissau <b>dependem
da comunidade internacional</b>, é porque a Guiné-Bissau <b>não está livre</b> das ingerências. Prova disso são as próprias <b>movimentações de Baciro Djá</b> na busca de
apoio, que mostram que a Guiné-Bissau <b>não
é auto-suficiente</b>. Além disso, não se pode recusar a ingerência dos que são
<b>críticos</b> ao seu Governo e aceitar a
ingerência daqueles que <b>apoiam</b> o seu
Governo – <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.com/2016/07/regresso-as-noticias-da-guine-bissau-o_63.html" target="_blank">foi o próprio PM que afirmou</a> que o seu Governo estava <b>aberto às críticas</b> e <b>não iria perseguir ninguém</b> por causa
disso (RTP África, 24-06-2016).</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/f8AYCgy3ihs/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/f8AYCgy3ihs?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">A <b>exaltação de Baciro Djá</b> contra a comunidade internacional revela
que está a ser <b>mal aconselhado</b>, ou
que o <b>Poder está a subir-lhe à cabeça</b>.
Se quiser continuar a governar, terá de <b>moderar
o seu discurso</b>, abraçando as suas afirmações anteriores, de que o seu
Governo é <b>pragmático</b>, fala pouco e
faz muito (RTP África, 24-06-2016). Além disso, o facto de Baciro Djá dizer que <strong>não</strong> <strong>cabe</strong> <strong>à</strong> <strong>comunidade</strong>
<strong>internacional</strong> <strong>indicar</strong> <strong>o</strong> <strong>nome</strong> <strong>do</strong> <strong>PM</strong> que deve governar na Guiné-Bissau, mostra o
seu ponto fraco: o <b>ciúme e a insegurança</b>
relativamente à <strong>popularidade</strong> <strong>de</strong> <strong>DSP</strong>. Se DSP explorar muito bem este ponto,
Baciro Djá <b>poderá cair antes do esperado</b>.
<a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/da-tourada-politica-nomeacao-de-baciro.html" target="_blank">Tal como eu disse anteriormente</a></span><span style="line-height: 150%;">, Baciro
Djá (como muitos outros governantes guineenses) <b><span style="background: white;">dificilmente</span></b><span style="background: white;"> será<span class="apple-converted-space"> </span><b>aceite</b><span class="apple-converted-space"> </span>e muito menos <b>respeitado</b><span class="apple-converted-space"> </span>pela forma como ascendeu ao Poder e
como está a exercê-lo.<span class="apple-converted-space"> <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/12/impactos-da-tradicao-africanaguineense_29.html" target="_blank">Se tivermos em conta a
frase de </a></span><b><a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/12/impactos-da-tradicao-africanaguineense_29.html" target="_blank">Frantz Fanon</a></b></span></span><span class="apple-converted-space"><span style="background: white; line-height: 150%;"> </span></span><span style="background: white; line-height: 150%;">– «muitas vezes, o<span class="apple-converted-space"> </span><b>inimigo</b><span class="apple-converted-space"> </span>do<span class="apple-converted-space"> </span><b>negro/africano</b><span class="apple-converted-space"> </span>não é o <b>branco/europeu</b>, mas o
seu<span class="apple-converted-space"> </span><b>congénere</b>»<span class="apple-converted-space"> </span><b>negro/africano</b>, percebemos que, às vezes, o <b>problema</b>
não está na comunidade internacional, mas em<b> nós mesmos, guineenses</b>
(Fanon, 1980: 21). Enquanto não conseguirmos construir o <b>mínimo de respeito
entre nós</b>, dificilmente seremos <b>respeitados pelos outros</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/fFookpYzc_U/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/fFookpYzc_U?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background: white; line-height: 150%;">As afirmações do </span><span style="line-height: 150%;">Secretário-Geral da União Nacional dos
Trabalhadores da Guiné, <b>Estevão Gomes Có</b>,
por ocasião da cerimónia comemorativa dos 57 anos do <b>Massacre de Pindjiquiti</b>, confirmam esta ideia. Estevão Gomes Có
informou que é urgente e necessário que o Estado ofereça <b>melhores condições aos trabalhadores</b> e explicou que o <b>baixo nível salarial</b> torna impossível a
<b>sobrevivência digna</b> dos trabalhadores
com o salário mínimo (<a href="http://www.odemocratagb.com/baciro-dja-afirma-ser-a-missao-do-governo-resgatar-valores-ideologicas/" target="_blank">O Democrata, 04-08-2016</a>; RTP África, 03-08-2016</span><span style="line-height: 150%;">).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/yTC0xqf6C68/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/yTC0xqf6C68?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="background-color: #6fa8dc; line-height: 150%;">Terceira
parte.</span></b><span style="line-height: 150%;"> O PR cessante <b>Manuel
Pinto da Costa</b> <b>formalizou</b> a sua <b>desistência</b> da segunda volta das
presidenciais, depois de <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/07/o-kumba-yala-sao-tomense-e-as.html" target="_blank">já <b>ter anunciado</b> no passado dia 25 de Julho</a> que não tencionava participar na segunda volta</span><span style="line-height: 150%;">. O
pedido está a ser <b>analisado de acordo
com a lei eleitoral</b> em vigor no país. Enquanto isso, o candidato <b>Evaristo Carvalho</b>, apoiado pelo partido
ADI no Poder, prossegue a sua campanha na caça a votos para o escrutínio do
próximo domingo, <b>7 de Agosto</b> (<a href="http://pt.rfi.fr/sao-tome-e-principe/20160802-pinto-da-costa-desiste-da-2-volta-das-presidenciais-sao-tomenses" target="_blank">RFI, 02-08-2016</a>; RTP África, 26-07-2016; 02-08-2016; 04-08-2016</span><span style="line-height: 150%;">).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/YpO2-20rvqs/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/YpO2-20rvqs?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">Esta <b>oficialização da desistência</b> de Pinto da Costa ensina-nos <b>quatro lições negativas sobre a segunda
volta</b>. <span style="background-color: #e69138;">Em <b>primeiro lugar</b></span>, Pinto
da Costa fica mesmo colado à imagem de “<b>Kumba
Yalá são-tomense</b>”, pelo facto de ter dito que não participaria na segunda
volta como candidato presidencial e muito menos como PR, tal como Kumba Yalá
(in memoriam) afirmou que não participaria numa segunda e muito menos numa
terceira volta <span style="background: white; color: #333333;">(</span></span><a href="http://novasdaguinebissau.blogspot.pt/2012/03/eleicoes-presidenciais-carlos-gomes.html" target="_blank"><span style="background: white; line-height: 150%;">Novas da Guiné-Bissau, 23-03-2016</span></a><span style="background: white; color: #333333; line-height: 150%;">; </span><a href="http://www.rtp.pt/noticias/mundo/pr-cessante-alerta-para-risco-de-ruturas-fratricidas-em-sao-tome-e-principe_n936745" target="_blank"><span style="background: white; line-height: 150%;">RTP, 27-07-2016</span></a><span style="background: white; color: #333333; line-height: 150%;">)</span><span style="line-height: 150%;">.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;"><span style="background-color: #e69138;">Em <b>segundo lugar</b></span>, a <b>insistência</b>
de Pinto da Costa em candidatar-se nesta eleição presidencial <b>contra a escolha do seu partido</b>, o
MLSTP, que deu o seu total apoio a <b>Maria
das Neves</b>, leva-me a compará-lo com a teimosia de <b>Mário Soares</b>, quando insistiu em candidatar-se contra Cavaco Silva em
2005, tendo o PS ficado dividido entre Mário Soares e <b>Manuel Alegre</b> (<a href="http://www.dn.pt/arquivo/2005/interior/manuel-alegre-rompe-silencio-sobre-as-eleicoes-presidenciais-620925.html" target="_blank">Diário de Notícias, 30-08-2005</a></span><span style="line-height: 150%;">).
Neste exemplo português, <b>teria sido mais
benéfico</b> para Mário Soares <strong>se</strong> <strong>desse</strong> <strong>preferência</strong> a Manuel Alegre, tal como, <b>analogamente</b>, teria sido <strong>mais</strong> <strong>benéfico</strong>
<strong>se</strong> Pinto da Costa <strong>tivesse</strong> <strong>deixado</strong> Maria das Neves concorrer sozinha. O <b>egoísmo</b> <b>não ajuda</b> ninguém a manter o protagonismo e nestas situações as <b>perdas</b> acabam por ser <b>maiores</b> que os <b>ganhos</b>. No meu <b>Modelo
Político de Governação</b> subscrevi algumas das vantagens do <b>Modelo Político Americano</b>, no qual
devem existir <b>dois partidos</b>
<strong>políticos</strong> responsáveis pelas eleições <b>primárias</b>
dos candidatos. Depois, esses dois partidos – <strong>Republicano</strong> e <strong>Democrata</strong> – são
responsáveis pelo <b>embate final</b> dos
dois candidatos que concorrem às eleições presidenciais. Este tipo de modelo <b>eliminaria</b> muitos dos <b>aspectos negativos</b> que ocorrem no
actual sistema eleitoral (Fernandes, 2010: 226).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: #e69138;">Em <b>terceiro lugar</b></span>, a <b>estratégia</b>
de <b>anunciar os resultados</b> eleitorais
da <strong>primeira</strong> <strong>volta</strong> com uma <strong>elevada</strong> <strong>diferença</strong> entre os <strong>dois</strong> <strong>primeiros</strong> <strong>candidatos</strong>
mais votados está a <strong>transformar-se</strong> <strong>paulatinamente</strong> numa «<b>cláusula-travão</b>»
ou numa <b>cultura democrática</b>, cujo
objectivo central consiste em <b>fazer
desistir ou piorar o ânimo</b> do <strong>segundo</strong> <strong>candidato</strong> para a <strong>segunda</strong> <strong>volta</strong>, tal
como ocorreu com <b>Kumba Yalá</b> na
Guiné-Bissau e também com o <b>Pinto da
Costa</b> em São Tomé e Príncipe. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: #e69138;">Em <b>quarto lugar</b></span>, fica patente que <b>“o
velho”</b> Pinto da Costa <b>caiu na
armadilha</b> montada pelos <b>“garotos”</b>
- PM e presidente do partido ADI, <b>Patrice
Trovoada</b>, pelo presidente da Comissão Eleitoral Nacional «CEN», <b>Alberto Pereira</b>, e pelo presidente do
Supremo Tribunal de Justiça «STJ», <b>José
Bandeira</b>. Estas entidades conhecem o <b>ponto
fraco</b> de Pinto da Costa e resolveram utilizar as técnicas de <b>Sun Tzu</b> contra ele: <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;"><a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/sobre-as-implicacoes-do-discurso-de.html" target="_blank">1.ª técnica</a></span></b></span><span style="background: white; color: #333333; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">– «<span style="background: white;">se o teu<span class="apple-converted-space"> </span><b>opositor for
de temperamento colérico </b>[com os nervos à flor da pele],<span class="apple-converted-space"> </span><b>procura irritá-lo</b><span class="apple-converted-space"> </span>[ou provocá-lo].<span class="apple-converted-space"> </span><b>Finge ser fraco </b>[oculta as tuas
intenções]<span class="apple-converted-space"> </span><b>para que ele se
possa tornar arrogante</b>!». Esta táctica consiste em “<b>torturar</b>” o<span class="apple-converted-space"> </span><b>adversário</b><span class="apple-converted-space"> </span>de<span class="apple-converted-space"> </span><b>forma
subtil</b>, ou seja, «<b>atacar o equilíbrio mental do inimigo</b>»<span class="apple-converted-space"> </span>(Tzu,<span class="apple-converted-space"> </span>2007: 69, 118)</span>. Neste caso, Patrice Trovoada, Alberto Pereira
e José Bandeira conhecem o temperamento de Pinto da Costa e <b>souberam utilizá-lo contra ele</b>,
fazendo-o perder o controlo. O anúncio antecipado dos resultados foi
propositado, levando Pinto da Costa a <b>reagir
exactamente como previam</b> e acabando mesmo por <b>desistir</b>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;"><a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/sobre-as-eleicoes-antecipadas-e.html" target="_blank">2.ª técnica</a></span></b><span style="background: white; color: #333333; line-height: 150%;"> </span><span style="line-height: 150%;">- <span style="background: white;">«quando <b>cercares um exército</b>,
deixa uma <b>saída livre</b>». Isto não
quer dizer que deixes o inimigo escapar, ou seja, «<b>não pressiones demasiado um inimigo desesperado</b>», pois «quando <b>encurralados</b>, os animais usam as suas
garras e dentes para <b>lutar até a morte</b>».<span class="apple-converted-space"> </span><b>O objectivo é</b><span class="apple-converted-space"> </span>«fazê-lo crer que <b>existe um caminho para a segurança</b>, assim evitando que ele lute com
a <b>coragem do desespero</b>». Se quiseres
«depois, podes esmagá-lo» (Sun Tzu, 2007: 120)</span>. Depois de <b>encurralar Pinto da Costa</b>, os seus
opositores <b>deram-lhe uma saída</b>, ao
afirmar que a sua desistência ainda não tinha sido formalizada, pelo que <b>contavam ainda com ele</b> como candidato à
segunda volta. <strong>Ao</strong> <strong>formalizar</strong> <strong>a</strong> <strong>sua</strong> <strong>desistência</strong>, Pinto da Costa <strong>pensou</strong> que
escapou, mas <b>poderá ainda ser esmagado
pela aliança</b> PM-CEN-STJ.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">3.ª
técnica</span></b><span style="line-height: 150%;"> – as três entidades em coerência PM-CEN-STJ conjugaram-se
para formar a <b>Cobra da Montanha de Sun
Tzu</b>. Esta <strong>filosofia</strong> <strong>teórico-prática</strong> <strong>repousa</strong> <strong>no</strong> <strong>seguinte</strong>: «O táctico hábil
pode ser comparado à <i><strong>shuai-jan</strong></i>. A <i>shuai-jan</i> é uma cobra que vive nas
montanhas Ch’ang. Se <b>atacares a sua
cabeça</b> [PM], serás <b>atacado pela
cauda</b> [STJ]; se atacares a sua <strong>cauda</strong> [STJ], serás atacado pela <strong>cabeça</strong> [PM];
se <b>atacares no meio</b> [CEN], serás
atacado pela <strong>cabeça</strong> [PM] e pela <strong>cauda</strong> [STJ]» A <b>entreajuda</b> entre PM, CEN e STJ é fundamental – se forem <b>tenazes</b>, tiverem <strong>sentido</strong> <strong>de</strong> <strong>missão</strong> e
acima de tudo, um espírito de <b>cooperação
amigável</b>, aplicarão as lições da <i>shuai-jan</i>
e terão maior possibilidade de <b>alcançar
o êxito</b>, como já se pode verificar (Tzu, 2007: 171-172). Agora <b>resta saber</b> se o “velho” Pinto da Costa
tem algum <b>truque escondido na manga</b>
para <b>tramar os “garotos”</b> políticos <b>são-tomenses</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Prezados leitores, <b>aproveitem</b> de ler e tirem as vossas <b>conclusões</b>…Conto sempre com os vossos <b>comentários e sugestões</b>, porque são as <b>críticas construtivas</b> que realmente
importam e ajudam a avançar.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background: white; line-height: 150%;">Para mais
informações, consultar o meu livro: Mendes, Livonildo Francisco (2015).<span class="apple-converted-space"> </span></span><span style="color: #333333;"><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank"><i>Modelo Político Unificador – Novo Paradigma de Governação
na Guiné-Bissau</i></a><span class="apple-converted-space"> </span></span><span class="apple-converted-space">(</span></span><span class="apple-converted-space"><span style="background: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">242,
412-413, 469, 487-488</span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="apple-converted-space">). Lisboa: Chiado Editora.</span></span></div>
<div>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><a href="file:///C:/Users/Asus/Desktop/Jomav%20condecorado%20pelos%20mon%C3%83%C2%A1rquicos%20(Recuperado).docx" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="line-height: 107%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"> No entanto, na eleição do PR, <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/12/impactos-da-tradicao-africanaguineense.html" target="_blank">a raiz da tradição africana/europeia ainda permanece</a></span></span><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">: a Constituição da República da
Guiné-Bissau «CRGB», define como critério de elegibilidade para o lugar de
Presidente da República «PR» o facto de se ter <b>quatro avós</b> guineenses (CRGB, 1996, artigo 63º; Kosta, 2007: 221,
712-718; Silva, 2010: 9, 221). A CRGB é uma cópia da Constituição da República
Portuguesa «CRP» (2003: 55 art.-122º), que também importou este <b>princípio da monarquia portuguesa</b>.
Sendo assim, não tem razão quem fundamenta que, na realidade, a tradição não
tem um <b>papel activo</b> no Estado
pós-colonial guineense (ou na República portuguesa), porque a tradição <b>enquadrou-se na democracia</b> ao mais alto
nível da hierarquia do Poder (Kosta, 2004: 62-79).</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWxMwjr2WJEYJiyi7fr26VY2YMymxOc6P-LnXbLRZPeBIA-sYj42uzCWJDoBmJuzQzG2Wiu93xdXE1zixF6azzpDQH5nDFk3ML1IuU-28T6fVW9uaJ9fZcgFMzlRoitipXFj1QyN1RMg2D/s1600/Imagem1.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="202" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWxMwjr2WJEYJiyi7fr26VY2YMymxOc6P-LnXbLRZPeBIA-sYj42uzCWJDoBmJuzQzG2Wiu93xdXE1zixF6azzpDQH5nDFk3ML1IuU-28T6fVW9uaJ9fZcgFMzlRoitipXFj1QyN1RMg2D/s640/Imagem1.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></span></div>
</div>
</div>
Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-48244614577931202532016-07-25T00:59:00.001+01:002016-07-30T16:28:13.068+01:00Do Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça aos papéis do Panamá/Wikileaks guineenses<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Excelentíssimos leitores, <b>como prometido</b>, o post de hoje
debruça-se sobre declarações de Domingos Simões Pereira «DSP» acerca do <b>acórdão</b> n.º 4/2016 do <b>Supremo Tribunal de Justiça</b> «STJ», da
propriedade intelectual do programa «<b>Terra
Ranka</b>» e das <b>invasões de privacidade</b>
(a que chamarei os papéis do Panamá/Wikileaks guineenses). Tentarei demonstrar
que é possível <b>desvendar ligações e
segredos</b> de líderes políticos sem recorrer à invasão da sua privacidade.<o:p></o:p></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJOhyD4pX5P3lxMqYN2GUqnD7qsNlKCE0Gxa8ndj0UoCDaiwaBtF-SnPDzoOKDXAI-XYGvbUNpaw7CS3tAAT-i2jc7sVeYRrLKTkI0W7fsrNm2TInCX6PmSKyoDf6dBt_kngvECaCXpbxd/s1600/wiki+panama.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="182" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJOhyD4pX5P3lxMqYN2GUqnD7qsNlKCE0Gxa8ndj0UoCDaiwaBtF-SnPDzoOKDXAI-XYGvbUNpaw7CS3tAAT-i2jc7sVeYRrLKTkI0W7fsrNm2TInCX6PmSKyoDf6dBt_kngvECaCXpbxd/s640/wiki+panama.png" width="640" /></a></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;"><span style="background-color: #ffe599;">Primeira
parte</span>.</span></b><span style="line-height: 150%;"> A propósito do “<b>avião-fantasma</b>”
que discuti <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/07/amine-saad-o-memorial-da-escravatura-e.html" target="_blank">no post anterior</a>,
o Primeiro-Ministro «PM» <b>Baciro Djá</b>
já veio a público desmentir as palavras de DSP, confirmando a aterragem de um
avião no aeroporto internacional do país na semana passada, onde seguia um
emissário do <strong>Rei da Arábia Saudita</strong>.
O PM disse ainda que o emissário do Monarca saudita foi recebido pelo <b>chefe da casa civil da presidência
guineense</b>, Marciano Barbeiro, uma vez que o Presidente da República «PR» <b>José Mário Vaz</b> «Jomav» se encontrava em
<b>visita privada a Portugal</b> (<a href="http://pt.rfi.fr/guine-bissau/20160722-aviao-fantasma-explicado-por-baciro-dja" target="_blank">RFI, 22-07-2016</a>).
Parece que as autoridades guineenses <b><a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/07/amine-saad-o-memorial-da-escravatura-e.html" target="_blank">ouviram o meu apelo</a></b> para que esta situação fosse rapidamente
esclarecida...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/Wmkn7qEWiN4/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/Wmkn7qEWiN4?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;"><span style="background-color: #ffe599;">Segunda
parte</span>.</span></b><span style="line-height: 150%;"> Nos últimos dias, DSP tem feito <b>várias declarações públicas</b> – entre elas, a de que o programa “<b>Terra Ranka</b>” é uma propriedade intelectual do
PAIGC, e que não deve ser utilizado por outras instituições. Tal como <b><a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/sobre-as-implicacoes-do-discurso-de.html" target="_blank">eu já tinha aconselhado num post anterior, caso não houvesse reconciliação e cedências entre as facções em conflito no PAIGC, a ala pró-Jomav poderia facilmente descartar DSP e a sua ala política, utilizando os seus planos de um Governo de Inclusão</a></b><span class="apple-converted-space"><span style="background: white;"> e o seu
programa «Terra Ranka» (</span></span><span style="background: white;">que DSP
tinha proposto inicialmente e Jomav tinha recusado).<span class="apple-converted-space"> </span><b>Mesmo estando contra a ideia de
Inclusão e de «Terra Ranka»</b>, Jomav e o Governo de Baciro Djá<span class="apple-converted-space"> </span><b>poderiam aproveitá-la tal como Lula
da Silva materializou o plano de Fernando Henrique Cardoso no Brasil</b>. E é
isso que está a acontecer: o <b>Governo de
Baciro Djá</b> está a implementar diversas <b>medidas
previstas no plano de DSP</b>. Isto prova que a ala pró-DSP deve <b>estar atenta</b> e <b>ler os meus trabalhos com atenção</b> (em especial o meu livro), em vez
de andar a defender a implementação do <b>modelo
caboverdiano</b> na Guiné-Bissau (<a href="http://24.sapo.pt/article/lusa-sapo-pt_2015_07_16_1909198427_pm-da-guine-bissau-quer-inspirar-se-no-modelo-cabo-verdiano-para-desenvolver-o-pais" target="_blank">Sapo Notícias, 16-07-2015</a></span></span><span style="background: white; line-height: 150%;">).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/utynJpwttaw/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/utynJpwttaw?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Fonte: </span><a href="https://www.facebook.com/ARQUECO?fref=ts"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">https://www.facebook.com/ARQUECO?fref=ts</span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background: white; line-height: 150%;">Além disso,
será que <b>faz sentido reclamar a
propriedade intelectual</b> de um plano que foi apresentado como sendo de <b>todos os guineenses</b>? Para quem conhece
bem os guineenses, põe-se a questão de saber se os slogans «<b>Terra Ranka</b>» e «<b>Mon na Lama</b>» não constituem o <b>centro
dos problemas</b> entre DSP e Jomav?</span><span style="line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="background-color: #ffe599; line-height: 150%;">Terceira
parte</span></b><span style="line-height: 150%;">. <span style="background: white;">O STJ da Guiné-Bissau
declarou que <b>é constitucional</b> o
decreto presidencial que nomeou o Governo liderado por Baciro Djá. Os juízes
consideraram que o PR Jomav <b>cumpriu as
formalidades constitucionais</b> ao nomear o Governo liderado por Baciro Djá,
uma vez que não recebeu garantias de <b>estabilidade
parlamentar</b> por parte do PAIGC, partido <b>vencedor das eleições</b> de 2014 (<a href="http://24.sapo.pt/article/lusa-sapo-pt_2016_07_15_319712643_supremo-tribunal-de-justica-da-guine-bissau-considera-constitucional-nomeacao-do-governo" target="_blank">Sapo Notícias, 15-07-2016</a></span></span><span style="background: white; line-height: 150%;">). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/0L154xjfKgQ/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/0L154xjfKgQ?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">Tal como tenho vindo a
argumentar, eu <strong>não estou a favor do
modelo político de governação em vigor </strong>na Guiné-Bissau, nem com o <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/mais-uma-cambalhota-politica-na-guine.html" target="_blank">Governo de Iniciativa Presidencial ou o Governo de Incidência Parlamentar «GIP»</a></span><span style="line-height: 150%;">, no
entanto, estes acontecimentos <b>não
constituem uma surpresa</b> para mim. Faço uma <strong>análise</strong> com base no <strong>rigor</strong> <strong>científico</strong> e na <strong>imparcialidade</strong>. Os <b>leitores</b>
que têm acompanhado este blogue <b>saberão
disso</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/sobre-as-implicacoes-do-discurso-de.html" target="_blank"><b><span style="line-height: 150%;">No seu discurso na ANP</span></b></a><b><span style="line-height: 150%;">,
Jomav afirmou</span></b><span class="apple-converted-space"><span style="background: white; line-height: 150%;"> </span></span><span style="background: white; line-height: 150%;">que «caso não houvesse
disponibilidade política, séria e urgente por parte do partido formalmente
maioritário [<strong>PAIGC</strong> com <strong>57</strong> <strong>Deputados</strong>], para uma “solução abrangente”<span class="apple-converted-space"> </span></span><b><span style="line-height: 150%;">poderia ser forçado</span></b><span style="background: white; line-height: 150%;">, dentro do quadro parlamentar,<span class="apple-converted-space"> </span></span><span style="line-height: 150%;">a <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/mais-uma-cambalhota-politica-na-guine.html" target="_blank"><strong>considerar outras opções governativas</strong></a><span class="apple-converted-space"><strong> </strong></span></span><span style="background: white; line-height: 150%;">[GIP] que assegurassem a estabilidade até ao fim da legislatura»</span><span style="background: white; line-height: 150%;">. Assim, Jomav “puxou” </span><b><span style="line-height: 150%;">temporariamente</span></b><span style="background: white; line-height: 150%;"> os Deputados eleitos (tanto do PRS como do PAIGC) e o
Supremo Tribunal de Justiça «STJ», </span><a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/sobre-as-implicacoes-do-discurso-de.html" target="_blank"><b><span style="line-height: 150%;">piscando-lhes o olho</span></b><span style="background: white; line-height: 150%;"> e </span><b><span style="line-height: 150%;">transformando-os em aliados</span></b></a><span style="background: white; line-height: 150%;">. Ao mesmo tempo, “empurrou” Carlos Correia e DSP para fora,</span><b><span style="line-height: 150%;"> ao
admitir a possibilidade de criar um GIP</span></b><span style="background: white; line-height: 150%;">. E poderia
fazê-lo com o fundamento da<span class="apple-converted-space"> </span><b>perda
da maioria absoluta</b><span class="apple-converted-space"> </span>da parte
do PAIGC. Esta perda de<span class="apple-converted-space"> </span><b>15
Deputados</b><span class="apple-converted-space"> </span>expulsos/retornados
dá uma nova maioria ao <strong>PRS</strong>, que tem<span class="apple-converted-space"> </span><b>41
Deputados</b>, tal como frisaram DSP e o Conselho de Ministros. Este Governo de
Incidência Parlamentar «GIP»<span class="apple-converted-space"> </span><b>é
Constitucional tanto em Portugal como na Guiné-Bissau</b>, tendo em conta que
cabe ao PR apenas proporcionar as condições de aproximação entre os partidos
políticos,<span class="apple-converted-space"> </span><b>favorecer
eventualmente acordos parlamentares</b>, mas nunca patrocinar soluções
governativas à margem do Parlamento e sem o aval dos partidos representados no
Parlamento. De acordo com o modelo em vigor,<span class="apple-converted-space"> </span><b>não
basta vencer as eleições legislativas</b>, mas é preciso garantir os votos
adequados no Parlamento, para que se possa governar</span><span class="apple-converted-space"><span style="line-height: 150%;"> </span></span><span style="line-height: 150%;">(CRGB, 1996: arts.
62.º-104.º; Jornal de Notícias, 25-11-2015;<span class="apple-converted-space"> </span><span style="background: white;">Novais, 2010: 73-121, 461-</span><span class="apple-converted-space"> </span><span style="background: white;">463). <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/mais-uma-cambalhota-politica-na-guine.html" target="_blank">Aqueles que são contra a criação de um GIP</a>
na Guiné-Bissau,
devem apresentar <b>um modelo alternativo</b>,
já que a CRGB prevê claramente esta modalidade, como demonstra a própria
História do <strong>sistema</strong> <strong>político de</strong> <strong>Governo</strong> <strong>misto</strong> <strong>semipresidencialista</strong>.</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">É claro que o PAIGC <b>venceu as eleições</b>, no entanto, é
preciso que essa vitória seja traduzida por uma <b>maioria na Assembleia Nacional Popular</b> «ANP». Neste momento, devido
aos acontecimentos ocorridos, o PAIGC não consegue <b>concretizar esta maioria</b>, por isso é preciso arranjar uma
alternativa. Veja-se por exemplo o <b>caso
português</b> (embora seja diferente): o PSD/CDS ganhou as eleições, mas não
tinha uma maioria parlamentar. Por isso, um acordo entre todos os outros
partidos permitiu formar um <b>Governo
alternativo</b>. E a <strong>Espanha</strong> está viver a mesma <strong>lengalenga.</strong> A <b><a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/da-tourada-politica-nomeacao-de-baciro.html" target="_blank">perda da maioria absoluta do PAIGC</a></b></span><span style="background: white; line-height: 150%;"> </span><span style="line-height: 150%;">(pela perda de confiança de voto dos 15
Deputados expulsos/retornados), fez com que ficasse apenas com uma <b>maioria relativa</b> (ou seja, os votos do
PAIGC estão abaixo de 50%, por isso se todos os restantes Deputados se unirem,
ficam em maioria). Isto <b>não significa</b>
que aqueles 15 Deputados <b>deixaram de ser
do PAIGC</b>, mas apenas que o seu sentido (confiança) de voto mudou, <b>mudando assim a dinâmica</b> de maioria na
ANP.<span style="background: white;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">O ex-PM e líder do PAIGC, DSP,
afirmou que o partido <b>vai aceitar</b> a
decisão do STJ da Guiné-Bissau em relação à nomeação do novo PM. Em <b>conferência de imprensa</b> na sede do
partido, DSP questionou <b>como é possível</b>
o mesmo Tribunal que, há cerca de um ano foi contundente e pedagógico na sua
deliberação, <b>voltar atrás</b> e, desta
feita, <b>seguir outro caminho</b>, <b>ignorar</b> e até <b>ridicularizar</b> a sua <b>decisão
anterior</b>. DSP assinalou que todos os políticos devem <b>respeitar as decisões judiciais</b>, pelo que o seu partido também irá <b>aceitar o veredicto do STJ</b>, contudo,
exigiu também o <b>cumprimento do acórdão
1/2015</b>, que considera inconstitucional a primeira nomeação de Baciro Djá
por Jomav (<a href="http://www.abola.pt/africa/ver.aspx?id=622236" target="_blank">A Bola, 18-07-2016</a></span><span style="line-height: 150%;">).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/k6oY87nwXDU/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/k6oY87nwXDU?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">É bom saber que DSP decidiu </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">acatar as decisões</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> do STJ, contudo,
resta saber se esta decisão terá </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">repercussão
na prática</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">. Se realmente DSP pretende acatar a decisão, porque remeteu para
o acórdão 1/2015? Estas declarações são </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">paradoxais</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
– como podem cumprir-se ao mesmo tempo os </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">dois
acórdãos</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, com </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">decisões diferentes</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
tomadas em </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">momentos diferentes</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">?
Parece-me que deste modo </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">nada vai ser
cumprido</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">. Se DSP pensa que as duas situações são iguais (primeira e segunda
nomeação de Baciro Djá), é porque a Guiné-Bissau não pode sair da </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">inconstitucionalidade</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">. Recuando um
pouco na história, tomemos o caso da </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">nomeação
de Carlos Correia</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> como PM, </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">pelo PR
Nino Vieira</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">: esta nomeação foi considerada, na altura, inconstitucional, por
</span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">não cumprir os requisitos estabelecidos</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
na Constituição da República. Nino Vieira </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">exonerou</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
Carlos Correia, </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">tal como Jomav</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
exonerou Baciro Djá após a sua primeira nomeação. Depois disto, Nino Vieira </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">cumpriu os requisitos necessários</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> e </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">voltou a nomear</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> Carlos Correia como PM
(</span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">tal como Jomav</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> fez na segunda
nomeação de Baciro Djá). Se os partidos da oposição na Guiné-Bissau utilizassem
a lógica de que DSP está a usar, </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">o STJ
teria que voltar atrás na história</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, para considerar a segunda nomeação de
Carlos Correia como inconstitucional (aplicando-se o mesmo a outras decisões
tomadas no passado). Mesmo tratando-se das mesmas pessoas, isso </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">não implica que os factos são os mesmos nas
duas decisões</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> – uma pessoa pode produzir factos diferentes tal como vários
factos podem recair sobre a mesma pessoa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">Assim, tanto <b>a primeira nomeação</b> de Carlos Correia
como a de Baciro Djá <b>diferem das suas
segundas nomeações</b>, porque as <b>circunstâncias</b>
se <b>alteraram</b>. O que recomenda o <b>princípio da igualdade</b> deve ser
ponderado com as circunstâncias práticas. Senão, olhemos para o princípio da
igualdade, segundo o qual <b>todos os
cidadãos têm a mesma dignidade social</b> e <b>são iguais perante a lei</b>. Subentende-se que não podemos tratar ou
julgar todas as pessoas de igual maneira, admitindo-se que as <b>situações iguais sejam tratadas de maneiras
iguais</b> e as <b>situações diferentes de
maneiras diferentes</b> (<a href="https://estudogeral.sib.uc.pt/jspui/handle/10316/14471" target="_blank">Mendes, 2010: 72</a></span><span style="line-height: 150%;">).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">Tal
como <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/o-prometido-churrasco-dos-politicos.html" target="_blank">argumentei no passado mês de Maio</a></span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">, na<span class="apple-converted-space"> </span><b>posição
de desvantagem de DSP</b>, ele<span class="apple-converted-space"> </span>deveria<span class="apple-converted-space"> </span>começar por acatar a decisão do STJ, e
fazer as cedências<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/sobre-as-implicacoes-do-discurso-de.html" target="_blank"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">de que já falei</span></a><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">,<span style="color: #333333;"> </span>nomeadamente,<span class="apple-converted-space"> </span><b>pedir desculpas</b><span class="apple-converted-space"> </span>aos 15 Deputados expulsos/retornados, procurando<span class="apple-converted-space"> </span><b>reconciliar-se</b><span class="apple-converted-space"> </span>com eles, com Jomav, com o PRS, e com
os<span class="apple-converted-space"> </span><b>Veteranos de Guerra da ala
pró-Jomav</b>,<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/a-anulacao-da-expulsao-dos-15-deputados.html" target="_blank"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">como eu já tinha referido anteriormente</span></a><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">. Defendi que, se DSP não negociasse com os 15 Deputados expulsos/retornados, em
paralelo com o PRS, as coisas poderiam correr-lhe mal, e eles<span class="apple-converted-space"> </span><b>poderiam dificultar-lhe a vida</b><span class="apple-converted-space"> </span>(não entrando no Governo, ficando no
Parlamento para desequilibrar a maioria absoluta do PAIGC).<span class="apple-converted-space"> </span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="background-color: #ffe599; line-height: 150%;">Quarta
parte</span></b><span style="line-height: 150%;">. Nas suas declarações recentes, DSP referiu também os <b>casos de invasão de privacidade</b>,
queixando-se de terem sido violadas as suas correspondências electrónicas
pessoais. Uma <b>questão central</b> neste
caso prende-se com uma troca de emails <b>entre
DSP</b> e o seu <b>cunhado</b>, o Professor
Doutor Emílio <b>Kafft Kosta</b>, nos quais
se depreende que DSP estaria a receber <b>conselhos
e instruções daquele</b>. Encaro este caso de violação de blogs, contas de
email e perfis de Facebook, como os «<b><a href="http://www.dn.pt/tag/papeis-do-panama.html" target="_blank">papéis do Panamá</a></b>/<b><a href="https://wikileaks.org/" target="_blank">Wikileaks </a>guineenses</b>». Perante estes
factos, cabe-me formular as seguintes questões: como é que esta <b>guerra começou</b>? Quem foi o <b>primeiro a atacar</b>? Uma coisa que é <b>juridicamente condenável</b> é também <b>politicamente</b> ou <b>eticamente</b> condenável? Quem é o <b>alvo central</b> dos ataques? E quem sofreu <b>danos colaterais</b>? Deveria DSP ter nomeado o seu cunhado como <b>conselheiro</b>? Como poderia Kafft Kosta <b>proteger a sua integridade</b>? Porque
considero isto de <a href="http://www.dn.pt/tag/papeis-do-panama.html" target="_blank">papéis do Panamá</a>/<a href="https://wikileaks.org/" target="_blank">Wikileaks</a>
</span><span style="line-height: 150%;">guineenses?</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/cnJ0-RJYllM/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/cnJ0-RJYllM?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Fonte: </span><a href="https://www.facebook.com/ARQUECO?fref=ts"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">https://www.facebook.com/ARQUECO?fref=ts</span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">No meu entender, <b>por um lado</b>, DSP tem razão suficiente
em considerar que a violação de privacidade constitui um <b>crime grave</b> que deve ser punido pela lei. Por outro lado, DSP foi
bastante <b>ingénuo ou negligente</b>, por
deixar estas correspondências <b>desprotegidas</b>.
Aquilo que é condenável juridicamente, pode ser aceitável ética e
politicamente, porque <b>ajuda a sociedade
a conhecer as facetas ocultas</b> daqueles que procuram conquistar a nossa
confiança. Numa <b>guerra aberta</b> como a
que estamos a viver, e face ao <b>líder
reformador</b> que DSP pretende ser, DSP deveria ter o <b>máximo dos máximos dos cuidados</b> com tudo o que pode pôr em causa a
sua credibilidade. Sendo doutorando em Ciência Política, deveria ter em conta
as palavras de <b>Plutarco</b> (46 a.C –
120 a. C.): o <b>homem político</b> pode
não conseguir afastar todo o mal da sua alma, mas deve <b>suprimir os defeitos mais salientes da sua personalidade</b>. Porque os
<b>cidadãos</b> <b>examinam todas as acções dos políticos</b>, mesmo aquelas que parecem
mais pequenas e insignificantes. Nos assuntos públicos, <b>o crédito que inspira o carácter tem um peso tão grande como o seu
contrário</b> (Plutarco, 2009: 12-18).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Do meu ponto de vista, neste
caso, <b>teria sido melhor</b> se DSP fosse
transparente e abrisse o jogo, <b>nomeando
o seu cunhado como conselheiro</b>, em vez de deixar que as notícias viessem a
público desta forma, denegrindo a imagem de ambos. <b>Kennedy</b>, ex-presidente dos EUA, <b>nomeou o seu irmão</b> como <b>Procurador-Geral
da República</b>, marcando uma posição. Claro que isso não impediu o seu
assassinato, tal como a nomeação de Kafft Kosta como conselheiro <b>poderia não impedir a queda da DSP</b>, mas
enquadrar-se-ia na máxima de que “<b>o
melhor segredo é aquele que toda a gente conhece</b>”. Torna-se hoje mais fácil
perceber porque Kafft Kosta <b>não
criticava DSP</b>, proferindo <b>vários
discursos</b> que o posicionavam até contra Jomav. Deste modo, a sua <b>imparcialidade</b> estava já <b>comprometida</b> e esta divulgação de
emails vem apenas <b>confirmar aquilo que
já sabíamos</b>. Teria sido mais útil a Kafft Kosta se, antes das suas
intervenções, fizesse uma <b>declaração do
seu conflito de interesses</b>, esclarecendo a sua ligação pessoal com DSP.
Deste modo, o seu discurso tornar-se-ia <b>mais
transparente</b> e a plateia olharia para ele com uma <b>maior confiança</b>. Assim, DSP teria também oportunidade de <b>fundamentar publicamente o seu discurso</b>,
invocando o parecer de um <b>grande
especialista na matéria</b>. Caberá aos dois, em conjunto, <b>esclarecer a opinião pública</b> sobre todas estas situações
comprometedoras. Apesar de ser o <b>alvo
central</b> dos ataques, DSP <b>já estava
“queimado” politicamente</b> e não sofreu grandes consequências. Já Kafft
Kosta, sofreu fortemente com os <b>danos
colaterais</b> e ficou pior na fotografia, pela <b>imagem de grande respeitabilidade e profissionalismo</b> a que sempre
nos habituou (e que agora, de certa forma, se desmoronou).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">É difícil perceber <b>quem começou esta guerra</b>, uma vez que
se têm sucedido <b>ataques de um lado e de
outro</b>, expondo diversas conversas com altas figuras da política guineense
de ambos os lados. Mas <b>a guerra e a
política são faces da mesma moeda</b>. Ou seja, se entendemos a guerra como a
continuação da política por outros meios, então devemos perceber também que <b>a política é a continuação de guerra com
outros meios</b> (Arendt, 2007: 125; Foucault, 2002: 283; Kosta, 2007: 646;
Lara, 2000: 22). A divulgação destes documentos pode, no meu entender, ser
comparada com os <b>fenómenos do <a href="https://wikileaks.org/" target="_blank">Wikileaks</a></b></span><span style="line-height: 150%;"> e
dos <a href="http://www.dn.pt/tag/papeis-do-panama.html" target="_blank">papéis do Panamá</a>, que
trouxeram a público um grande número de <b>documentos
comprometedores e indiciadores de crimes/infracções</b>, envolvendo
governantes, empresários, figuras públicas, líderes mundiais, etc. Tal como com
os documentos do Wikileaks e com os papéis do Panamá, <b>haverá ainda muita coisa por revelar</b> no caso guineense, mas deixo
um aviso: <b>todo o cuidado é pouco</b>
para evitar consequências imprevisíveis, que mudem a maré de azar de DSP para
se enquadrar na metáfora de que “<b>há
males que vêm por bem</b>”. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para terminar, vou dar um <b>exemplo</b> de como é possível <b>desvendar os segredos de alguém pelos seus
actos</b>, sem, contudo, invadir a sua privacidade – do ponto de vista da <b>Sociologia</b> e da <b>Ciência Política</b>. O exemplo que vos trago diz respeito à <b>teia complexa de relações</b> que se podem
estabelecer entre DSP, o Doutor <b>Carlos
Lopes</b> «CL» e o Professor Doutor <b>Boaventura
de Sousa Santos</b> «BSS». Em <b>primeiro
lugar</b>, CL trabalhou durante algum tempo com BSS, assim como o irmão de DSP,
<b>Bartolomeu Simões Pereira</b> (<i>in memoriam</i>). Em <b>segundo lugar</b>, CL escreveu um livro intitulado “<b>Compasso de Espera</b>”, (com o subtítulo
“O Fundamental e o Acessório na Crise Africana”), dedicado a <b>Mário de Andrade</b> e Bartolomeu Simões
Pereira (seu <b>pai intelectual</b> e seu <b>irmão espiritual</b>), cujo <b>prefácio</b> foi
escrito por BSS (Lopes, 1997: 5). A ligação a estas duas pessoas, a quem <b>dedicou o livro</b>, indiciam já uma <b>proximidade entre CL e o PAIGC.</b> <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em <b>terceiro lugar</b>, DSP <b>homenageou</b>
CL com um <b>passaporte diplomático</b> do
Estado da Guiné-Bissau (<a href="http://www.gebapress.com/2014/10/carlos-lopes-orgulha-africanos-e-guineenses-em-particular/" target="_blank">Geba Press, 20-10-2014</a>). Esta homenagem com entrega do passaporte diplomático
que DSP fez a CL, por um lado, pode ser interpretada como uma <b>retribuição pela admiração/respeito</b> que
CL revela para com Bartolomeu Simões Pereira, <b>irmão mais velho de DSP</b>. Por outro lado, este gesto de DSP pode ser
enquadrado na leitura sociológica de que «<b>algumas
ajudas acabam muitas vezes por revelar-se compensatórias</b>, se avaliadas a
longo prazo, porque têm implicações que só se revelam posteriormente: <b>uma ajuda nunca é só uma ajuda</b>, implica
a retribuição daquele que é ajudado, seja de forma directa ou indirecta com
proveitos esperados no mercado». Deste ponto de vista analítico <b>o mercado pode ser económico, político ou
de trabalho</b> (Lin, 2001: 19 citado por Portugal, 2007: 15). Em <b>quarto lugar</b>, DSP e BSS têm-se cruzado,
nomeadamente, em Cabo Verde, por ocasião do <b>lançamento do livro</b> da Doutora <b>Eurídice
Monteiro</b> e do próprio BSS (RTP África, 15-05-2015). Este encontro terá sido
apenas uma <b>coincidência</b>?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/KEkO9TBvXPE/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/KEkO9TBvXPE?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">Todos estes factos podem ser
analisados em conjunto, para <b>retirar
conclusões sobre as relações entre estas personalidades</b>, sem ser necessário
recorrer a métodos ilícitos. <span style="background: white;">Em síntese, posso
dizer que, apesar de<span class="apple-converted-space"> </span><b>não
existirem partidos políticos propriamente ditos na Guiné-Bissau</b>, do ponto de
vista da Ciência Política, existe <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/12/sera-que-existem-partidos-politicos-na.html" target="_blank">um <b>partido Conde-Drácula</b> que <b>morde e transforma</b> toda a gente em <b>Vampiros políticos</b></a>, ou seja, que vai<span class="apple-converted-space"> </span><b>procurando perpetuar a sua
influência</b><span class="apple-converted-space"> </span>na sociedade
guineense de todas as formas possíveis ao seu alcance.</span></span><span style="background: white; line-height: 150%;"> E quando alguém é <b>mordido
pelo vampiro</b>, transforma-se também em vampiro e <b>já não pode atacar os outros</b> da sua espécie, como vemos no filme «<a href="http://www.imdb.com/title/tt1611224/" target="_blank">Diário Secreto de um Caçador De Vampiros</a>» (Abraham Lincoln: Vampire Hunter). <b>Todos estamos sujeitos</b> a ser mordidos
se formos apanhados desprevenidos…<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">Excelentíssimos leitores,
termino com uma <b>palavra de ânimo</b>
para o Professor Doutor <b>Kafft Kosta</b>,
a quem prestei a devida homenagem na minha <a href="https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/14471" target="_blank"><b>dissertação </b>de mestrado</a>, <b>tese</b> de doutoramento e <b><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">livro</a></b></span><span style="line-height: 150%;"><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank"> </a>(especialmente entre as páginas 203-282). O seu <b>contributo é inestimável</b> e os devidos esclarecimentos poderão
facilmente <b>repor a verdade dos factos</b>
e preservar sua <b>reputação</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background: white; line-height: 150%;">Para mais
informações, consultar o meu livro: Mendes, Livonildo Francisco (2015).<span class="apple-converted-space"> </span></span><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank"><i><span style="background: white; line-height: 150%;"><span style="color: blue;">Modelo Político
Unificador – Novo Paradigma de Governação na Guiné-Bissau</span></span></i></a><span class="MsoHyperlink"><span style="background: white; color: windowtext; line-height: 150%;"> (pp. 93, </span></span><span style="background: white; line-height: 150%;">111-117, 163-164, 185, 199-200, 536, 544). Lisboa: Chiado
Editora.</span></span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikakzncfqFjHLPBg3HScvwTDX_D9nhNw9vtHtLIc4rw7IJeWvhzD_PcO-yaAqLJyPWcmTDcF4kx6K1gHVaTvZvn-busRFjSuItMS4X8y_j8s4Jqp8cq5MoY3EckN_FyHhXuIbfnrnzskwZ/s1600/compasso+de+espera.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="336" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikakzncfqFjHLPBg3HScvwTDX_D9nhNw9vtHtLIc4rw7IJeWvhzD_PcO-yaAqLJyPWcmTDcF4kx6K1gHVaTvZvn-busRFjSuItMS4X8y_j8s4Jqp8cq5MoY3EckN_FyHhXuIbfnrnzskwZ/s640/compasso+de+espera.png" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background: white; line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-72727489809557640002016-07-20T14:30:00.003+01:002016-07-20T20:02:10.610+01:00Amine Saad, o memorial da escravatura e as toupeiras guineenses<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Caríssimos leitores, no post
de hoje trago-vos algumas <b>reflexões</b>
sobre a ida de <b>Amine Saad</b> para o <b>Tribunal Penal Internacional</b> «TPI»; o
novo <b>Memorial</b> dedicado à <b>escravatura e tráfico negreiro</b> em <b>Cacheu</b>; e a chegada de um «<b>avião-fantasma</b>» denunciada por <b>Domingos Simões Pereira</b> «DSP». No <b>Domingo</b> voltarei com um <b>novo post</b> sobre as recentes declarações
de DSP a propósito do <b>acórdão</b> n.º 4/2016
do <b>Supremo Tribunal de Justiça</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTrOYkGoVN8TIEZg4o0fnkxxl2HyHZV1HHKdOk_35zXsLUefx9agHK6Wi6BmA0f9AwTltUeKocZNScBBKw61KQB_ruNc1tFtAn7DYHA4cEaUwH2UKN2Vlw4Iw1-MOOMywCA7nWA5Avx_BH/s1600/toupeira.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="146" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTrOYkGoVN8TIEZg4o0fnkxxl2HyHZV1HHKdOk_35zXsLUefx9agHK6Wi6BmA0f9AwTltUeKocZNScBBKw61KQB_ruNc1tFtAn7DYHA4cEaUwH2UKN2Vlw4Iw1-MOOMywCA7nWA5Avx_BH/s640/toupeira.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="background-color: #ffd966; line-height: 150%;">Primeira
parte</span></b><span style="line-height: 150%;">. Amine Saad, de 61 anos, natural de Mansoa, vai figurar
numa <b>lista de advogados</b> cuja missão
será a de assistir <b>suspeitos</b>, <b>acusados</b> ou <b>vítimas</b> que estejam em processo no TPI (<a href="http://24.sapo.pt/article/lusa-sapo-pt_2016_07_13_144642052_antigo-pgr-da-guine-bissau-junta-se-a-advogados-do-tribunal-penal-internacional" target="_blank">Sapo Notícias, 13-07-2016</a>).
Os meus <b>parabéns</b> a Amine Saad por
esta <b>oportunidade</b> de ocupar mais um <b>lugar de destaque</b>, que <b>dignifica os quadros guineenses</b>.
Perante esta nomeação, tenho também outras <b>três
considerações</b> a fazer.</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/Xs4JuaJQ8vg/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/Xs4JuaJQ8vg?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="background-color: #e06666; line-height: 150%;">Em
primeiro lugar</span></b><span style="line-height: 150%;">, o facto de as <b>diplomacias</b> da <b>França</b> e
do <b>Reino Unido</b> serem diplomacias
muito vigorosas, acaba muitas vezes por <b>capturar
as elites africanas</b>, por vezes através de meios pouco positivos. Se olharmos para a realidade da Guiné-Bissau
com base nesta linha do pensamento, podemos verificar que os <b>intelectuais guineenses com mais
visibilidade/influência pública</b>, em termos académicos e de impacto
mediático, estudaram, na sua maioria, em países <b>francófonos</b> e <b>anglófonos</b>.
É possível que estas <b>diplomacias tenham
contribuído</b> para a sua <b>ascensão</b> no
país, na sub-região africana e nos organismos internacionais – e Amine Saad é
um <b>exemplo disto</b>. E <b>Portugal</b>, o que tem feito pelos <b>quadros lusófonos</b>? Esta é uma questão
que <b>merece reflexão</b>. Por mais que as
forças externas tentem dividir-nos, deveríamos <b>aproveitar o potencial de cada um</b> para investir no desenvolvimento
da Guiné-Bissau. <b style="background-color: #e06666;">Em segundo lugar</b>,
devemos questionar <b>o que terá levado o
TPI</b> a convidar Amine Saad. Será que se <b>prepara
o julgamento</b> de algum guineense por parte do TPI? Amine Saad, por ter sido <b>Procurador-Geral da República</b> da
Guiné-Bissau duas vezes, pode estar na posse de <b>informação relevante e comprometedora</b>. Este é um caso que <b>continuarei a acompanhar</b> com toda a
atenção.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="background-color: #e06666; line-height: 150%;">Em
terceiro lugar</span></b><span style="line-height: 150%;">, não sou apologista ou defensor do <b>TPI</b>, assim como de outras ideias como o
termo <b>Estado Falhado</b>, ou os <b>Objectivos do Desenvolvimento</b> do
<strong>Milénio</strong>/Objectivos de Desenvolvimento <strong>Sustentável</strong> «ODM/ODS», que apresentam
algumas <b>características</b> próximas dos
princípios básicos da <b>Conferência de
Berlim</b>, que <b>não se aplicam</b> ao
Ocidente. Ou seja, parecem ser critérios específicos que se aplicam, <b>preferencialmente aos países africanos e do Médio Oriente</b>.
O TPI seguramente <b>não julgará</b> e <b>nem tão pouco condenará</b>, por exemplo,
os EUA e alguns países da União Europeia pela <b>invasão</b> ao <b>Iraque</b>, <b>Afeganistão</b>, <b>Líbia</b>, <b>Síria</b>, etc. O nosso ponto de vista é partilhado
pelo Presidente da República do Senegal, <b>Macky
Sall</b>, que apontou críticas ao TPI, dizendo que <b>apenas os líderes africanos são visados</b>: «quando há uma obstinação
em acusar apenas os africanos, há um problema porque dá a impressão que <b>há uma justiça a duas velocidades</b>. Não
é normal que o TPI <b>vise apenas os presidentes africanos</b>. Não conheço outros
casos oriundos da Europa. Não podemos dizer que não há crimes na Europa central
ou ocidental. E depois, os <b>Estados Unidos</b>, a <b>Rússia</b>, a <b>China</b> não reconhecem o
TPI. <b>Pelo menos os africanos aceitaram</b>,
na sua maioria, fazer parte do TPI». O mesmo se passa em relação ao termo <b>Estado Falhado</b>: há alguns países da
Europa (<b>Espanha</b>, <b>Chipre</b>, <b>Grécia</b>, <b>Irlanda</b>, <b>Itália</b>, <b>Portugal</b>, etc.) que <b>perderam
</b>“supostamente” as suas <b>soberanias</b>
(Política, Económica, etc.), mas dificilmente são referidos como Estados Falhados.
É <b>difícil defender a África</b> e os
africanos destes vocábulos, na medida em que, muitas vezes, são os <b>próprios intelectuais africanos</b> que os <b>defendem</b> (<a href="http://pt.euronews.com/2014/04/03/cimeira-ue-africa-as-promessas-e-as-criticas/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:%20euronews/pt/news%20(euronews%20-%20news%20-%20pt" target="_blank">Euronews, 03-04-2014</a>;
Gentili, 1998; Obenga, 2003).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Perante estas ideias, caberá
aos quadros africanos <b>ponderar muito bem</b>
os <b>convites</b> que recebem para ocupar
cargos onde <b>poderão ser usados contra</b>
os seus <b>irmãos africanos</b> e contra os
interesses de África. Por vezes só se apercebem das <b>consequências</b> depois de deixarem estes mesmos cargos, sendo já <b>tarde demais</b> para lavar a sua imagem.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b style="line-height: 150%;"><span style="background-color: #ffd966; line-height: 150%;">Segunda
parte</span></b><span style="line-height: 150%;">. A cidade de </span><b style="line-height: 150%;">Cacheu</b><span style="line-height: 150%;">,
no norte da <b>Guiné-Bissau</b>, tem um novo </span><a href="http://cacheu.adbissau.org/?page_id=79" style="line-height: 150%;" target="_blank">memorial dedicado à escravatura e tráfico negreiro</a><span style="line-height: 150%;">, <b>erguido num edifício em </b></span><span style="line-height: 24px;"><b>ruínas</b></span><span style="line-height: 150%;"> cujas obras de reabilitação foram
<b>custeadas pela União Europeia</b>. O memorial foi apresentado como sendo um espaço
que visa "</span><b style="line-height: 150%;">valorizar a memória </b><span style="line-height: 150%;">de
uma realidade que marcou profundamente os países africanos e ainda hoje </span><b style="line-height: 150%;">permanece</b><span style="line-height: 150%;"> com grande acuidade nas
<strong>sociedades</strong> <strong>dilaceradas</strong> pelo <strong>tráfico</strong> <strong>negreiro</strong>" (</span><a href="http://24.sapo.pt/article/lusa-sapo-pt_2016_07_08_1399753364_inaugurado-primeiro-memorial-de-escravatura-em-cacheu--norte-da-guine-bissau" style="line-height: 150%;" target="_blank">Sapo Notícias, 08-07-2016</a><span style="line-height: 150%;">).
</span><b style="line-height: 150%;">Elogio</b><span style="line-height: 150%;"> esta iniciativa, que </span><a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/11/respeitar-o-passado-para-construir-o.html" style="line-height: 150%;" target="_blank">vai ao encontro do que eu já defendi neste blogue</a><span style="line-height: 150%;">,
mas também na minha </span><b style="line-height: 150%;"><a href="https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/14471" target="_blank">dissertação</a></b><span style="line-height: 150%;"> e no meu </span><b style="line-height: 150%;"><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">livro</a></b><span style="line-height: 150%;"> a propósito
das <strong>estátuas</strong> <strong>derrubadas</strong> na Guiné-Bissau. </span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">Visto que a <b>preservação
da herança cultural<span class="apple-converted-space"> </span></b>com todas
as memórias vivas através dos seus monumentos constitui o <b>orgulho </b>e <b>respeito </b>de
um povo, os guineenses devem saber <b>distinguir o passado, valorizar o
presente e projectar um futuro melhor.</b><span class="apple-converted-space"> </span>Também
é importante <b>pressionar Portugal</b>
para a <b>manutenção</b> dos patrimónios
culturais erguidos na Guiné-Bissau (<a href="https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/14471" target="_blank">Mendes, 2010: 97</a>). Além disso, como se pode
ouvir no vídeo, este memorial remete-nos para as <b>origens do crioulo</b>, tal como <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/01/origem-da-lingua-crioula-falada-na.html" target="_blank">também já discuti num outro post</a></span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;"> (<a href="https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/14471" target="_blank">Mendes, 2010: 19-21</a>).</span><span style="line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/Ci-zvQyNV48/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/Ci-zvQyNV48?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: #ffd966; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">Terceira parte</span></b><span style="background: white; line-height: 150%;">. O
ex-Primeiro Ministro «PM» e líder do PAIGC <b>DSP</b>
alertou para a entrada no país de um "<b>avião
fantasma</b>" com <b>carga desconhecida</b> e que foi recebido pelo chefe da <b>casa civil da Presidência</b> guineense
(<a href="http://24.sapo.pt/article/lusa-sapo-pt_2016_07_18_1739272994_ex-primeiro-ministro-da-guine-bissau-denuncia-entrada-no-pais-de--aviao-fantasma" target="_blank">Sapo Notícias, 18-07-2016</a>).</span><span style="line-height: 150%;"> Esta
notícia <b>não é surpresa</b> para ninguém,
porque, com o PAIGC, <b>tudo é fantasma na
Guiné-Bissau</b> - submarinos, aviões, carros blindados, madeiras, areias,
drogas, dinheiros, políticos, conselheiros, casas, esposas...etc. No entanto, <b>não deixa de ser importante que estes acontecimentos sejam esclarecidos</b>.</span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/pQOvmXnNzAo/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/pQOvmXnNzAo?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background: white; line-height: 150%;">As pessoas
esclarecidas <b>não põem em causa</b> os
factos invocados por DSP: <b>compreendem
perfeitamente</b> a situação e até os que não gostam dele, dar-lhe-ão <b>razão nesta matéria</b>. No entanto, essa <b>não é a questão central</b>. O povo está <b>habituado</b> a estas acusações constantes
e já não presta atenção, porque está <b>cansado</b> de tantas <b>polémicas dos políticos</b>, e
principalmente da governação do PAIGC. Assim, chega-se à conclusão de que <b>todos mentem e escondem</b>. Quando um
político <b>chega ao Poder</b> (por
exemplo, o PM Baciro Djá), diz que encontrou o país numa <b>situação difícil</b>, de <b>rastos</b>
e <b>cheio de buracos</b>…assim, basta-lhe <b>aproveitar</b> para “<b>alargar</b>” ainda mais o “buraco”, retirando <b>benefícios da sua situação privilegiada</b> e deixando o país <b>cada vez pior</b>. </span><span style="line-height: 150%;">O país
está <b>cheio de buracos</b>: o PAIGC governou sempre como <b>toupeiras</b> (uma vez que vive de baixo do chão) que <b>não param</b> de
fazer buracos. Um dia <b>seremos engolidos
pela terra</b>…<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">Caríssimos leitores, este post
já vai longo, pelo que decidi deixar a <b>parte
mais “quente”</b> para o <b>próximo Domingo</b>.
Nessa altura, falarei das recentes declarações de DSP acerca do <b>acórdão n.º 4/2016</b> do Supremo Tribunal
de Justiça, da <b>propriedade intelectual</b>
do programa «<b>Terra Ranka</b>» e das <b>invasões de privacidade</b> (a que chamarei
os papéis do <b>Panamá</b>/<b>Wikileaks </b>guineenses). Tentarei demonstrar que <b>é possível</b> desvendar <b>ligações e segredos de líderes políticos</b>
sem recorrer à invasão da sua privacidade. Para estarem preparados, aconselho-vos
a lerem os posts “<a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/o-prometido-churrasco-dos-politicos.html" target="_blank">O prometido churrasco dos políticos guineenses: análise dos acontecimentos recentes na Guiné-Bissau</a>”</span><span class="MsoHyperlink"><span style="background: white; color: windowtext; line-height: 150%;">,</span></span><span class="MsoHyperlink"><span style="background: white; color: windowtext; line-height: 150%;"> “</span></span><span style="line-height: 150%;"><a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/mais-uma-cambalhota-politica-na-guine.html" target="_blank">Mais uma cambalhota política na Guiné-Bissau:discursos de DSP e Jomav e a queda de Carlos Correia</a>”,
“<a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/da-tourada-politica-nomeacao-de-baciro.html" target="_blank">Da tourada política à nomeação de Baciro Djá, passando pela barricada do Governo demitido</a>”,
e “<a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/sobre-as-implicacoes-do-discurso-de.html" target="_blank">Sobre as implicações do discurso de Jomav e a reacção de DSP</a>”.
<b>Não percam!</b></span><span style="line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="background: white; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para mais
informações, consultar o meu livro: Mendes, Livonildo Francisco (2015).<span class="apple-converted-space"> </span></span></span><span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank"><i><span style="background: white;"><span style="color: blue;">Modelo
Político Unificador – Novo Paradigma de Governação na Guiné-Bissau</span></span></i></a><span class="MsoHyperlink"><span style="background: white; color: windowtext;"> (pp. </span></span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">176, 195). Lisboa: Chiado Editora.</span></span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIykxNgLwJ7XhAXNrJks3SoGdjhsL6AagwnxbtXI7jJSexRslwKKiuLwKFL0T2TkSJbskQuoXkGdTMrBGru6B5gKi4acsWm9JHrEhv-8kFmll81kcuB4YN6R3ga3H51KzumU2QSnWHF5y2/s1600/saad++cacheu.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="138" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIykxNgLwJ7XhAXNrJks3SoGdjhsL6AagwnxbtXI7jJSexRslwKKiuLwKFL0T2TkSJbskQuoXkGdTMrBGru6B5gKi4acsWm9JHrEhv-8kFmll81kcuB4YN6R3ga3H51KzumU2QSnWHF5y2/s640/saad++cacheu.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><br /></span></span></span></div>
Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-46695293871537597012016-07-14T19:44:00.000+01:002016-07-14T22:41:30.036+01:00Quem diz a verdade na política guineense? <div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Meus saudosos leitores, o post
de hoje é composto por <b>três partes</b>: na
<b>primeira</b> parte analiso as <b>contradições</b> entre os discursos e
acções do Primeiro-Ministro «PM» <b>Baciro
Djá</b>; a <b>segunda</b> parte diz
respeito à <b>situação dos bancos</b>, com
confronto entre as afirmações do ex-PM <b>Domingos
Simões Pereira</b> «DSP», o <b>Fundo
Monetário Internacional</b> «FMI», o <b>Governo</b>,
o <b>Banco Central dos Estados da África
Ocidental</b> «BCEAO» e o <b>Banco da
África Ocidental</b> «BAO»; na <b>terceira </b>parte, deixo <b>avisos</b> a DSP e ao Presidente da República «PR» <b>José Mário Vaz</b> «Jomav», face ao suposto <i>triunvirato</i> composto por Baciro Djá, Cipriano Cassamá e Botche
Candé. Termino ainda com um <b>aviso</b> a
Jomav e um <b>elogio</b> ao jogador Éder.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSK2iUiaeLWmW92b58cxYlQRKRHecOAXgwqD7bG3o8Ts8u8pyakNtEPnUzTk9YJXqTp316lnsagX1ehC1ds9RRNxRCUv9cBV0yGGFcJ598OFNntV82lN4QbAteWjKcCJfShxfZJfRd-bBU/s1600/puxa+corda.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="334" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSK2iUiaeLWmW92b58cxYlQRKRHecOAXgwqD7bG3o8Ts8u8pyakNtEPnUzTk9YJXqTp316lnsagX1ehC1ds9RRNxRCUv9cBV0yGGFcJ598OFNntV82lN4QbAteWjKcCJfShxfZJfRd-bBU/s640/puxa+corda.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="background-color: #f9cb9c; line-height: 150%;">Primeira
parte</span></b><span style="line-height: 150%;">. O PM Baciro Djá diz que <b>herdou um país de rastos</b>, numa situação muito complicada (RTP África,
24-06-2016). Estes <b>lamentos</b> de
Baciro Djá são <b>surpreendentes</b> –
depois da grave crise política que se deu, deveria estar <b>à espera</b> destas dificuldades ou ainda pior. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/6fCeMV1SnDg/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/6fCeMV1SnDg?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Substituir</span></b><span style="line-height: 150%;"> um
Governo supostamente credível perante os credores internacionais (caso dos Governos de DSP e
de Carlos Correia), não pode ser uma tarefa fácil. O PM deve estar <b>preparado</b> para ser sujeito a <b>diferentes tipos de condicionamentos e
sanções</b>, pelo que precisa de revelar a sua <b>competência</b> através de <b>acções
práticas e visíveis</b>. Em relação às <b>obras</b>
que estão a ser executadas, têm de ser alargadas a <b>todo o país</b> e não apenas aplicadas a <b>casos pontuais</b>, abrindo o <b>debate</b>
às populações locais para ponderação dos futuros impactos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/kiIWRThBkTs/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/kiIWRThBkTs?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Na mesma ocasião, Baciro Djá fez
uma <b>doação</b> de cerca de <b>dez toneladas de açúcar</b> à <b>comunidade muçulmana</b> guineense para
assinalar o fim do <b>Ramadão</b> (RTP África,
24-06-2016). É muito <b>bom fazer ofertas</b>
neste tipo de celebrações, mas parece-me um pouco <b>paradoxal</b> que uma pessoa que se lamenta pela forma como “herdou” o
país, faça ofertas desta dimensão. Até porque estas ofertas <b>abrem desigualdades</b> entre as <b>diferentes comunidades religiosas</b> –
oferecer aos muçulmanos e não aos católicos ou animistas, por exemplo, pode
criar uma <b>tensão</b> que <b>fica latente</b> e pode vir a <b>explodir mais tarde</b>. O melhor a fazer é
<b>criar um critério</b> de <b>justiça</b> e <b>equilíbrio</b> entre todos os grupos. Espero que os governantes
guineenses <b>tenham isto em atenção</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/JUEAI8SErlM/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/JUEAI8SErlM?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ainda, é de recordar que o PM
aproveitou este momento para dizer também que <b>o seu Governo não irá perseguir ninguém</b> nem recorrer a vinganças (RTP
África, 24-06-2016), tal como referi no <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/07/regresso-as-noticias-da-guine-bissau-o_63.html" target="_blank">post anterior</a>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/f8AYCgy3ihs/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/f8AYCgy3ihs?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em <b>contradição</b> com estas afirmações do PM, a <b>Liga Guineense dos Direitos Humanos</b> «LGDH» acusa o Governo de
Baciro Djá de <b>censura</b>, pela <b>exoneração</b> da direcção de informação da
<b>Rádio Nacional</b> (<a href="http://pt.rfi.fr/guine-bissau/20160708-exoneracoes-na-radio-nacional-da-guine-bissau" target="_blank">RFI, 08-07-2016</a>).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/fdAUKqnGu74/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/fdAUKqnGu74?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">Parece que, na </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">prática</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, o Governo </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">está a perseguir</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> aqueles que têm </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">opiniões diferentes</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> ou que dão espaço de </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">palavra à oposição</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">. Se Baciro Djá não deseja </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">ser perseguido no futuro</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, deve governar de forma aberta e
transparente, respeitando os </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">pilares
básicos da Democracia</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, e tendo consciência de que </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">não ficará no Poder eternamente</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">. Tudo o que fazemos tem um preço.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="background-color: #f9cb9c; line-height: 150%;">Segunda
parte</span></b><span style="line-height: 150%;">. O <b>FMI</b> decidiu <b>suspender os empréstimos</b> à Guiné-Bissau
por causa do resgate à banca privada. Este órgão avisou que <b>não vai dar mais dinheiro à Guiné-Bissau</b>
se as medidas acordadas no âmbito do programa de ajuda não forem aplicadas, nomeadamente
no sector bancário e no Orçamento (<a href="http://www.rtp.pt/noticias/economia/fmi-suspende-emprestimos-a-guine-bissau-por-causa-de-resgate-a-banca-privada_n924911" target="_blank">RTP, 09-06-2016</a>).
<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/ojCNwV1nB7g/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/ojCNwV1nB7g?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">A respeito do resgate à banca,
o ex-PM e líder do PAIGC, </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">DSP</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">refutou as acusações</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> de que o seu
Governo teria criado um </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">buraco
injustificável</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> nas contas públicas para saldar o crédito malparado dos
bancos privados do país. DSP </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">acusou o PR
Jomav</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> de ser </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">um dos responsáveis
pelo resgate</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> a dois bancos privados da Guiné-Bissau realizado em 2015 no
valor de 52 milhões de euros, </span><b style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">para
evitar o seu fecho </b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">(</span><a href="https://www.noticiasaominuto.com/mundo/618839/paigc-corresponsabiliza-presidente-da-guine-bissau-pelo-resgate-a-banca" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;" target="_blank">Notícias ao Minuto, 07-07-2016</a><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">; </span><a href="http://pt.rfi.fr/guine-bissau/20160707-guine-bissau-paigc-esclarece-caso-dos-bancos" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;" target="_blank">RFI, 07-07-2016</a><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">).</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/n_D-z3ECC0s/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/n_D-z3ECC0s?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ainda relativamente à situação
dos bancos, <b>João Aladje Fadia</b>, director
nacional do <b>BCEAO</b>, garante que os
bancos comerciais em actividade na Guiné-Bissau estão sujeitos a uma <b>supervisão rigorosa</b>, visando a salvaguarda dos interesses dos depositantes. De acordo com
a decisão do BCEAO, os bancos comerciais estão num processo de <b>recapitalização</b> que será concluído em Junho
de 2017, em que o capital social será aumentado para 10 biliões de FCFA, o que
contribuirá para solidez dos mesmos (<a href="http://www.odemocratagb.com/bceao-adverte-que-o-crescimento-economico-do-pais-sera-atingido-com-boa-campanha-agricola/" target="_blank">O Democrata, 08-07-2016</a>).
<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Na mesma linha de pensamento, <b>Rómulo Pires</b>, director-geral do <b>BAO </b>disse que são <b>falsas as informações</b> sobre o alegado “resgate financeiro” de que
se tem falado, tendo assegurado que “<b>não
houve resgate nenhum</b>”, uma vez que <b>não
houve injecção de dinheiro</b> nos bancos por parte do Estado, que apenas
cooperaram com o Governo no sentido de criar condições para que os bancos
pudessem voltar a financiar a economia. De acordo com Rómulo Pires, “<b>foram os bancos que financiaram o Estado</b>
e que com esse dinheiro <b>comprou a carteira
de crédito que estava em dificuldade</b>, para que de facto se possa criar condições
para nós [bancos] voltarmos a financiar. É tão simples quanto isso. Agora <b>rescindir ou não o contrato</b>, não traz
dificuldade nenhuma a nenhum banco” (<a href="http://www.odemocratagb.com/diretordobaobancosnaoreceberamdinheirodeninguem/" target="_blank">O Democrata, 08-07-2016</a>).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/alt9nUbkAG4/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/alt9nUbkAG4?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Por aqui percebemos que DSP e
o FMI <b>estão em sintonia</b> quanto à
situação dos bancos. Pelo contrário, o Governo, o BCEAO e o BAO apresentam uma <b>outra versão dos factos</b>, que <b>protege o PR</b> e <b>complica ainda mais a situação de DSP</b> e dos seus apoiantes. Como
dizia <b>Tucídides</b>, a verdadeira
aliança consiste na <b>união dos interesses
das partes</b>, ou seja, pode ser enquadrada, em parte, na <b>teoria da balança do Poder</b>, na qual a missão do estadista «PR» é <b>identificar e dar primazia aos interesses
nacionais</b> de acordo com as circunstâncias (Tucídides, 2008: 20).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">DSP, por mais que <b>esteja a dizer a verdade</b>, está <b>encurralado</b> por esta forte aliança, e
dificilmente conseguirá <b>contornar a força</b>
dos países da sub-região, devido aos seus <b>interesses
instalados</b> na Guiné-Bissau. O que prevalece sempre é a <b>versão dos mais poderosos</b> e não necessariamente dos mais honestos, ou
seja, são os que estão no Poder que <b>escrevem
a história</b>. Volto a insistir na ideia de uma <b>retirada estratégica</b>, como <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/06/falhas-e-avisos-serios-primeiras.html" target="_blank">tenho vindo a argumentar</a>.
Até porque, pelo menos, <b>quatro questões</b>
estão ainda <b>por responder</b> por parte
de DSP: porque razão o <b>Governo de Carlos
Correia</b> protagonizou aquela <b>barricada</b>,
apoiada pela sua ala do PAIGC? Quando é que DSP e Carlos Correia <b>reconhecerão o Governo de Baciro Djá</b>?
Quando cumprirá o PAIGC as <b>decisões do
STJ sobre os 15 Deputados</b> expulsos/retornados? Quem teria imparcialidade
suficiente para fazer uma <b>auditoria
externa</b> no caso dos bancos (e aos anteriores Governos)? <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Tal como defendi anteriormente,
este assunto poderá merecer um debate público dos prós & contras, nos
órgãos de comunicação social, por parte de especialistas na matéria, para que
os guineenses, tanto no país como na diáspora, possam estar bem informados.
Esta é uma <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/06/falhas-e-avisos-serios-primeiras.html" target="_blank">oportunidade para o Governo</a> do PM Baciro Djá assumir uma postura de
honestidade e transparência, dando oportunidade aos seus opositores para
argumentar, e conquistando a confiança dos guineenses. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b style="background-color: #f9cb9c;">Terceira parte</b>. O PM <b>Baciro Djá</b>, o presidente da Assembleia
Nacional Popular <b>Cipriano Cassamá</b> e
o ministro de Estado e do Interior <b>Botche
Candé</b> apareceram juntos em público no cumprimento da <b>festa do Ramadão</b> pela comunidade muçulmana da Guiné-Bissau (RTP
África, 06-07-2016).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/rkA6mVHkMyo/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/rkA6mVHkMyo?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Perante isto, volto ao famoso <b><a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/07/regresso-as-noticias-da-guine-bissau-o_63.html" target="_blank">Princípio da Objectividade</a></b> da Ciência
Política (Fernandes, 2010: 57), segundo o qual as coisas não são na realidade
tal como nos aparecem, por isso se diz que "<b>por dentro das coisas é que as coisas são</b>". A <b>presença conjunta</b> de Baciro Djá,
Cipriano Cassamá e Botche Candé pode revelar um verdadeiro <strong><em>triunvirato </em></strong>(aliança entre três poderosos), que poderá
pôr em causa tanto a <b>sobrevivência
política de DSP</b> como <b>de Jomav</b>. Esta
<b>união de interesses</b> destes três
elementos pode significar que, após derrotarem o seu inimigo comum «DSP»,
poderão <b>virar-se para um novo alvo</b>
que desejam descartar «Jomav». Deste modo, o seu <b>Poder seria consolidado</b> e teriam o <b>caminho livre</b> para a concretização dos seus objectivos. Creio que
as imagens do vídeo anterior falam por si.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="line-height: 150%;">Conclusão</span></b><span style="line-height: 150%;">. Para
concluir, deixo um <b>aviso</b> e um <b>elogio</b>. O meu <b>aviso</b> vai <b>para Jomav</b>, ainda
repisando nas <a href="https://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/07/regresso-as-noticias-da-guine-bissau-o_63.html" target="_blank">ideias do post anterior</a>:
da próxima vez que quiser <b>oferecer uma
estatueta</b>, que não seja uma <b>mulher
nua da região de Cacheu</b>, como símbolo da mulher guineense. Há <b>formas melhores e mais dignas de
representar a mulher guineense</b> tanto no país como no estrangeiro. Ainda sobre
este tema, deixo ficar mais uma questão: será que esta estatueta de mulher de
Cacheu não é também mais uma <b>provocação
a DSP</b>, uma vez que é originário desta cidade (apesar de ter nascido em
Farim)? Cuidado [Jomav] com as segundas e terceiras interpretações, porque
assim <b>poderá perder muitos apoios</b>,
nomeadamente dos filhos e mulheres de Cacheu.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Finalmente, o meu <b>elogio</b> vai para a <b>selecção portuguesa de futebol</b>, em particular para o <b>luso-guineense Éder</b>, que marcou o golo
mais importante da história do futebol português. Desejo-lhe <b>as maiores felicidades</b> no seu percurso
futebolístico. Recomendo que acompanhem as entrevistas que deu aos vários meios
de comunicação portugueses, nomeadamente, a <a href="http://www.rtp.pt/noticias/desporto/eder-entrevistado-no-telejornal_v933489" target="_blank">RTP 1</a>,
a <a href="https://www.youtube.com/watch?v=kf3bY08wesQ" target="_blank">SIC</a> e a <a href="http://www.tvi24.iol.pt/videos/desporto/cristina-ferreira-entrevista-eder-o-pai-preso-e-a-historia-da-luva-branca/578695340cf2edf5f6b59d59" target="_blank">TVI</a>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Meus saudosos leitores, <b>espero que tenham gostado</b> deste post e
conto com os vossos <b>comentários</b> e <b>partilhas</b>. No próximo post, falarei da
ida de <b>Amine Saad</b> para o <b>Tribunal Penal Internacional</b> e do <b>Memorial da escravatura em Cacheu</b> –
dois temas muito presentes no meu livro.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> </span></span><span style="background: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">Para mais
informações, consultar o meu livro: Mendes, Livonildo Francisco (2015).<span class="apple-converted-space"> </span></span><i style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"><span style="color: #333333;"><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank"><span style="text-decoration: none; text-underline: none;">Modelo
Político Unificador – Novo Paradigma de Governação na</span> <span style="text-decoration: none; text-underline: none;">Guiné-Bissau</span></a></span></i><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">. Lisboa: Chiado Editora.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLpuzLUp75pzuKmfLV-0MrJhCSxl1y7xSB_vrUeMi4HWev3_z0lFC6q5SRR04rlsOvh0_kzeYc_blpXB9Rf14Sq1-_rdqxxgitiPa8ZIxC-iHuFF41PqyuN2a84X6HFZAffsvE8pc0Tddj/s1600/eder+portugal.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="164" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLpuzLUp75pzuKmfLV-0MrJhCSxl1y7xSB_vrUeMi4HWev3_z0lFC6q5SRR04rlsOvh0_kzeYc_blpXB9Rf14Sq1-_rdqxxgitiPa8ZIxC-iHuFF41PqyuN2a84X6HFZAffsvE8pc0Tddj/s640/eder+portugal.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"><br /></span></div>
Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-29345256332451265322016-07-03T22:35:00.004+01:002017-05-06T12:41:33.089+01:00Regresso às notícias da Guiné-Bissau: o confronto entre Manelinho e Inum, a oferta de Jomav e o silêncio de DSP<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Admiráveis leitores, como
prometido <b>regresso aos temas da Guiné-Bissau</b>, num <i>post </i>dividido em três partes:
na <b>primeira parte</b> analiso o conflito na Federação de Futebol da Guiné-Bissau
«FFGB» entre “Manelinho” e Inum Embaló; na <b>segunda parte</b>, interpreto a presumível
<i>gaffe</i> (deslize) do Presidente da
República «PR» José Mário Vaz «Jomav» na oferta de uma estatueta a Ramalho
Eanes; e na <b>terceira parte</b> analiso a estratégia de silêncio do ex-Primeiro-Ministro
«PM» Domingos Simões Pereira «DSP» face à retoma dos problemas no Parlamento guineense.<o:p></o:p></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYj7pqx9oFVltwIMbk8G3C768orfHp7Oad704zgD5Q356W167nLCAAzNdmUtlUbDZW9BzoqLRQGoNxpM7k3viK3EwA2-ZXspy150xPR3qtvHE_USTXZL58ru3ULjji3FDYS_a5dNtqmDxX/s1600/estatueta.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="166" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYj7pqx9oFVltwIMbk8G3C768orfHp7Oad704zgD5Q356W167nLCAAzNdmUtlUbDZW9BzoqLRQGoNxpM7k3viK3EwA2-ZXspy150xPR3qtvHE_USTXZL58ru3ULjji3FDYS_a5dNtqmDxX/s640/estatueta.png" width="640" /></a></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"><b style="background-color: #6fa8dc;">Primeira parte.</b> <b>Inum Embaló</b>,</span><span style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
</span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">um
dos cinco candidatos à presidência da <b>Federação de Futebol da Guiné-Bissau</b> «FFGB» <b>impugnou </b>as eleições realizadas a 18 de junho, alegando <b>fraude</b>. Segundo Inum
Embaló, vice-Presidente da Direcção cessante, a reeleição de</span><span style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"><b>Manuel
Nascimento Lopes</b> «Manelinho» "é ilegal e <b>fraudulenta</b>, porque o vencedor
apresentou documentos falsos e contou com o apoio expresso do Poder político, </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">nomeadamente o "<b>favorecimento
da presidência da República</b>", através de meios logísticos, financeiros e
com elementos de segurança.</span><span style="line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">Acusou ainda o Presidente da FFGB de
não ter apresentado as <b>contas da sua gestão</b> durante dois anos e ainda de ter
contraído um empréstimo num banco comercial no valor de cerca de 600 milhões de
francos CFA (915 mil euros). Embaló diz ter apresentado todos os factos junto
da Comissão Eleitoral, Polícia Judiciária, FIFA e Confederação Africana de Futebol «CAF», mas adiantou haver indícios de "<b>pressão política</b>" sobre a
polícia guineense para que o caso seja abafado (<a href="http://desporto.sapo.pt/futebol/internacional/artigo/2016/06/28/candidatoimpugnaeleicoesnafederacaodefuteboldaguinebissau" target="_blank">Sapo Notícias, 28-06-2016</a>;
RTP África, 28-06-2016).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/_2SpFJUHSNg/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/_2SpFJUHSNg?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Perante estas acusações, <b>Manelinho</b>,</span> <span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">o reeleito Presidente da FFGB, reagiu, afirmando
que até ao momento <b>não foi notificado</b> da existência de uma impugnação contra a sua
reeleição. Garantiu que vai
<b>erradicar </b>Inum Embaló da FFGB, porque considera que Inum é um “<b>vírus</b>” que deve
ser combatido e banido do seio da FFGB. Neste sentido, reafirma
que, durante a sua presidência, o candidato derrotado <b>nunca mais pisará o chão da Federação</b>. Manelinho considera que enquanto <b>Deputado da Nação</b>, merece
respeito e perante a escandalosa falta de respeito e tentativa de denegrir a
sua imagem, vai fazer de tudo para que o cidadão Inum Embaló <b>seja detido</b>.
Também o vice-Presidente da FFGB, <b>Joãozinho Mendes</b>, negou todas as acusações de
Inum Embaló, convidando-o a deixar os membros da FFGB trabalhar. Quanto à
alegada interferência do PR Jomav, no processo eleitoral, o
vice-Presidente da FFGB afirmou que o Chefe de Estado apenas <b>pagou as despesas
dos jogadores </b>da selecção no momento em que "não havia Governo" no
país (<a href="http://desporto.sapo.pt/futebol/internacional/artigo/2016/06/28/candidatoimpugnaeleicoesnafederacaodefuteboldaguinebissau" target="_blank">Sapo Notícias, 28-06-2016</a>;
RTP África, 28/29-06-2016).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/-LPP_R8EeQ8/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/-LPP_R8EeQ8?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Estes <b>conflitos </b>no seio da
FFGB levam-me a recordar as <b>declarações recentes</b> do PM <b>Baciro Djá</b>. O PM afirma que
o seu Governo <b>não irá perseguir ninguém</b> nem recorrer a vinganças, devendo
recorrer-se às entidades competentes para resolver os problemas (RTP África, 24-06-2016). </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/f8AYCgy3ihs/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/f8AYCgy3ihs?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Tanto Baciro
Djá como Manelinho Lopes fazem parte dos <b>15 Deputados expulsos/retornados</b> e da
<b>ala pró-Jomav</b>. Agora, Manelinho Lopes invoca o seu estatuto de Deputado e a sua
total autoridade para “<b>castigar</b>” <b>o seu opositor</b> Inum Embaló. Isto leva-me a
levantar várias hipóteses:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em <span style="background-color: #cfe2f3;">primeiro lugar</span>, <b>talvez </b>Inum
Embaló <b>tenha razão</b> nos factos que invocou, de que Manelinho conta com o <b>Poder
político</b> e que a <b>justiça não é independente</b>. Sendo <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/03/a-proposito-da-decisao-judicial-sobe.html" target="_blank">Manelinho Deputado da Nação, empresário</a>, etc., e Presidente da FFGB, deveria resolver o seu problema no foro da FFGB, <b>sem usar
a sua vantagem</b> enquanto Deputado para mandar deter uma pessoa que o acusa de
forma legítima (recorrendo às autoridades). Manelinho Lopes deveria <b>recorrer à Justiça</b>, às entidades competentes, tal como fizeram os 15 Deputados,
acabando por ganhar a causa. A <b>falta de resposta</b> por parte da Justiça e do
Ministério do Interior e o apoio de Jomav levantam <b>sérias dúvidas sobre a
isenção</b> de Manelinho Lopes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em <span style="background-color: #cfe2f3;">segundo lugar</span>, esta atitude
do Presidente da FFGB revela que, afinal, <b>o ex-PM DSP talvez tivesse razão</b> ao
<b>expulsar </b>estes 15 Deputados, impedindo-os de regressar ao Parlamento. Se
Manelinho <b>não admite oposição interna</b> na FFGB, então DSP também podia recusar
qualquer oposição dentro do PAIGC e no Parlamento. Além disso, DSP <b>não ameaçou
deter</b> estes 15 Deputados (ao contrário do que fez Manelinho), embora pudesse
tê-lo feito, para fazer valer os seus <b>Poderes enquanto PM</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em <span style="background-color: #cfe2f3;">terceiro lugar</span>, a atitude
de Manelinho dá razão a <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/03/a-proposito-da-decisao-judicial-sobe.html" target="_blank"><b>Conduto de Pina</b></a>,
que foi duramente criticado por ter ameaçado <b>cortar o financiamento à FFGB</b> sob
o pretexto de que Manelinho fazia <b>despesas exorbitantes</b>. As palavras de Inum
Embaló <b>não são novas</b>, mas repisam naquilo que Conduto de Pina já afirmava sobre
Manelinho Lopes. Sendo assim, porque Manelinho <b>não reagiu da mesma forma</b>
perante as acusações de Conduto de Pina? Isto é <b>paradoxal</b>: perante duas
acusações iguais, Manelinho tem duas <b>posições diferentes</b> – perante Conduto de
Pina, apresentou-se como <b>vítima</b>, perante Inum Embaló, mostra-se <b>super-poderoso</b>.
Mais um motivo para acreditar que o Poder político fala mais alto – se Manelinho
<b>não tivesse apoio político</b>, teria agido da mesma forma como agiu com Conduto de
Pina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em <span style="background-color: #cfe2f3;">quarto lugar</span>, posso supor
que, se Manelinho Lopes <b>pretende usar o seu Poder</b> como Deputado para fazer
valer os seus direitos enquanto Presidente da FFGB, seguramente utilizará esse
mesmo estatuto <b>para fazer valer os seus direitos</b> enquanto empresário, dos seus
amigos, familiares, funcionários, etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Tenho defendido</a> a <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/da-chanfana-politica-danca-do-fandango.html" target="_blank"><b>despartidarização </b>e <b>despolitização</b></a><b> </b>do <b>sector privado</b> e da <b>administração pública</b> guineenses, ou seja, é necessário terminar com <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/03/a-proposito-da-decisao-judicial-sobe.html" target="_blank">acumulações de cargos</a>. A este propósito,
recordo a classificação de Fernandes (2010: 107-118), que distingue entre
<b>funções políticas</b> e <b>funções técnicas</b>. As funções políticas incluem a função
<b>governativa </b>e a função <b>legislativa</b>. As funções técnicas incluem a função <b>administrativa
</b>e a função <b>jurisdicional </b>(para mais informações, ver o <a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">meu livro</a>,
páginas 298-302).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: #cfe2f3;">Finalmente</span>, se Manelinho
utilizar o seu <b>estatuto </b>de Deputado <b>para prejudicar</b> Inum Embaló, deve
preparar-se para o pior, porque, <b>quando fazemos justiça com as próprias mãos</b>,
ficamos <b>vulneráveis </b>para que façam o mesmo connosco. Ou seja, de forma mais
simples, fazer mal a alguém, abre caminho para que nos façam mal a nós. Isto
tem sido <b>constante ao longo da história da Guiné-Bissau</b>, pelo que a lição já
deveria ter sido aprendida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/02/significado-de-amigo-na-politica.html" target="_blank">Recordo a Manelinho</a> Lopes que são <b>os críticos que devem ser encarados como os seus
verdadeiros amigos</b> e não como <b>inimigos</b>. Tal como a <b>dor funciona no corpo
</b>humano, é assim que a <b>crítica </b>nos <b>alerta que algo de errado se passa</b> connosco.
Tudo isso porque é na base destas críticas que ele <b>pode esforçar-se para
melhorar </b>o que está mal. Porque é precisamente quando sabemos que os outros não
querem o nosso bem, que devemos <b>esforçar-nos ainda mais</b> para superar os
obstáculos (<a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015: 319</a>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: #6fa8dc;">Segunda parte.</span> O <b>PR Jomav</b> está
em <b>visita privada a Portugal</b> por duas semanas, tendo sido convidado para a
cerimónia de <b>condecoração do ex-PR português Ramalho Eanes</b> com o <b>Grande Colar
da Ordem </b>do <b>Infante D. Henrique</b>. Jomav afirmou nessa ocasião que vê António
Ramalho Eanes como uma “<b>pessoa especial</b>”, com quem se <b>aconselha sempre</b> que vem
a Portugal. "<strong>Desde
que ganhei as eleições</strong>, a minha preocupação realmente é <b>estar muito próximo do
Presidente Ramalho Eanes</b> para poder <b>aproveitar a experiência dele </b>para o meu
dia-a-dia enquanto PR”. Jomav <b>aproveitou a ocasião para oferecer</b> a Ramalho Eanes
uma <b>estatueta de madeira</b>, simbolizando a <b>mulher guineense</b>: "mulher</span> <span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">trabalhadora e sobretudo uma
<b>mulher da região de Cacheu</b>, onde esteve quando <b>era militar</b>”, durante o <b>conflito
colonial </b>em <b>1961/75</b>. Nesta cerimónia estiveram também presentes antigos PR de
Portugal e o PR de Cabo Verde <b>Jorge Carlos Fonseca</b> (<a href="http://www.odemocratagb.com/jose-mario-vaz-participa-nas-comemoracoes-de-40-anos-da-democracia-em-portugal/" target="_blank">O Democrata, 27-06-2016</a>;
RTP África, 27-06-2016; <a href="http://24.sapo.pt/article/lusa-sapo-pt_2016_06_27_900799957_pr-da-guine-bissau-ve-ramalho-eanes-como--pessoa-especial--e-com-quem-se-aconselha" target="_blank">Sapo Notícias, 27-06-2016</a>).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/fHrPcS9u8Z0/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/fHrPcS9u8Z0?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A presença simultânea de <b>Jomav
</b>e do <b>PR de Cabo Verde</b> nesta cerimónia, e não de outros representantes dos
PALOP/CPLP, pode ser uma <b>lição indirecta</b>, para que Jomav siga o <b>exemplo de Cabo
Verde</b> no que diz respeito ao cumprimento dos mandatos. Sendo dois países <b>unidos
na luta</b> contra o Portugal colonial, se calhar também deveriam estar <b>unidos na
Democracia</b>, para partilhar os ideais da <b>estabilidade política</b> e do
<b>desenvolvimento</b>. Jomav <b>deve decidir</b> se prefere governar ao <b>estilo dos PR de
Cabo Verde</b> (cumprindo os mandatos como o estabelecido na lei) <b>ou </b>ao <b>estilo de
Ramalho Eanes</b>, que, em <b>dez anos como PR </b>(em dois mandatos seguidos de 1976 a
1986) <b>coabitou com dez Governos </b>(Novais, 2010: 461-462). Já <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/11/proximidade-ou-diferenca-entre-anibal.html" target="_blank">avisei Jomav</a> para <b>não ser igual ao ex-PR Cavaco Silva</b>, mas acabou por ser, <b>coabitando </b>já com
<b>quatro Governos</b>. Desta vez, <b>aconselho-o a não seguir o caminho de Ramalho
Eanes</b>, porque estamos <b>fartos </b>na <b>Guiné-Bissau</b>, desta “<b>dança de cadeiras</b>” – que
<b>ele não venha </b>a <b>coabitar </b>com <b>dez Governos</b>, sem que nenhum cumpra o seu mandato.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Passo agora para a análise do
<b>gesto de oferta de Jomav a Ramalho Eanes</b>, que pode ter <b>muitas interpretações</b>, atendendo
ao <b>Princípio da Objectividade da Ciência Política</b> (Fernandes, 2010: 57),
segundo o qual <b>as coisas não são na realidade tal como nos aparecem</b>, por isso
se diz que "por dentro das coisas é que as coisas são". Por um lado,
a oferta de uma estatueta de mulher de Cacheu, pode ser considerada uma <b>grande <i>gaffe</i></b>, porque pode ser uma recordação
dos <b>boatos </b>de que portugueses teriam tido <b>filhos com mulheres guineenses</b>,
durante a sua permanência na Guiné. Isto pode ser <b>mal-interpretado</b> por um
sector <b>mais conservador</b> da sociedade portuguesa e levar ao questionamento dos
opositores de Jomav: por que razão não ofereceu a estatueta <b>em privado</b>? Não estará
apenas a procurar <b>protagonismo</b>? Não seria melhor <b>convidar </b>Ramalho Eanes para <b>ir
à Guiné-Bissau</b>, oferecendo-lhe algumas recordações lá? Faz sentido fazer uma
oferta que <b>particulariza a região de Cacheu</b> e não representa o Estado da
Guiné-Bissau? Jomav estará a favorecer a <b>região de onde é proveniente</b>? Também podemos
especular que <b>pode ter sido o próprio Ramalho Eanes </b>que sugeriu a Jomav que trouxesse a
estatueta, até porque <b>Otelo Saraiva</b>, também presente, iria gostar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A oferta de uma estatueta
feminina, levanta também a questão de que Jomav poderá estar a servir de “<b>porta-voz</b>”
das mulheres/viúvas e filhos <b>deixados para trás</b> pelos soldados portugueses. Numa
altura em que têm surgido várias notícias sobre <b>filhos que procuram os seus
pais portugueses</b>, e também sobre a <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/06/dos-avisos-da-uniao-africana-ao.html" target="_blank">criação da Associação</a> de viúvas e filhos de
ex-combatentes guineenses que lutaram por Portugal na Guerra Colonial na
Guiné-Bissau,
esta atitude de Jomav <b>pode levantar dúvidas </b>(<a href="http://www.esquerda.net/artigo/os-filhos-proibidos-da-guerra-colonial/41446" target="_blank">Esquerda.net, 01-03-2016</a>; <a href="https://www.publico.pt/multimedia/video/os-filhos-que-os-portugueses-deixaram-para-tras-20130711-142901" target="_blank">Público, 11-07-2013</a>; <a href="https://www.publico.pt/sociedade/noticia/filhos-de-excombatentes-portugueses-na-guine-deixaram-hoje-coroa-de-flores-ao-pai-desconhecido-1611072" target="_blank">Público, 01-11-2013</a>; <a href="https://www.publico.pt/sociedade/noticia/publico-conta-a-viagem-de-um-pai-que-foi-a-procurado-filho-que-deixou-um-filho-na-guerra-1699276" target="_blank">Público, 17-06-2016</a>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Social e culturalmente, Jomav
poderia ter como objectivo <b>recordar saudavelmente</b> a Ramalho Eanes a <b>simpatia do
povo guineense</b> e da região de Cacheu em particular, até porque o antigo PR
português <b>visitou a Guiné-Bissau</b> durante o seu mandato (1979) no entanto, o PR
não pode deixar de <b>ponderar seriamente cada um dos seus actos</b> e as suas
implicações. Além disso, deixo um <b>conselho muito importante</b> a Jomav: à
semelhança do que habitualmente fazem os <b>dirigentes caboverdianos</b>, é imprescindível
aproveitar a presença em Portugal (ainda mais durante um período tão longo)
para <b>passar algumas horas com a comunidade guineense</b>. Mesmo sabendo que a
<b>diáspora</b> apoia maioritariamente DSP, Jomav deve seguir o conselho de Cícero, de
que “n<b>ão se deve recear a aproximação àqueles que se nos opõem</b>” (Cícero, 2013:
15). Jomav deve usar a técnica do “<b>afecto</b>”, do PR português <b>Marcelo Rebelo de
Sousa</b>, para que os guineenses se sintam <b>valorizados</b> e <b>reconhecidos</b> dentro e
fora do país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: #6fa8dc;">Terceira parte.</span> O <b>Parlamento
da Guiné-Bissau</b> voltou a reunir-se hoje em sessão plenária, mas esta terminou
cerca de uma hora depois, <b>sem que se tenham definido os lugares para os Deputados</b>
dissidentes do PAIGC. Os 15 Deputados expulsos/retornados compareceram no
hemiciclo, <b>tendo tomado assento</b>, enquanto os Deputados que os iam substituir ficaram
nas galerias do Parlamento. O <b>PAIGC voltou a exigir</b>, na reunião preparatória da
sessão plenária, uma <b>resposta ao seu requerimento</b> sobre que lugares irão ocupar
os Deputados que perderam a militância no partido. A sessão tinha como único
ponto a discussão do<b> orçamento de funcionamento do próprio Parlamento</b>, mas o
líder do Parlamento, Cipriano Cassamá, apoiado pelas bancadas parlamentares,
entendeu que devia ser <b>suspensa</b>, uma vez que o Governo ainda não apresentou o
seu programa de acção e o Orçamento Geral do Estado para 2016 (<a href="http://www.odemocratagb.com/parlamento-guineense-volta-a-reunir-se-sem-que-se-defina-lugares-dos-deputados-dissidentes/" target="_blank">O Democrata,30-06-2016</a></span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Neste momento, <b>DSP</b> está já a
<b>colher os frutos do seu silêncio</b>, tal <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/manobras-militares-o-regresso-de.html" target="_blank">como eu recomendei</a>,
à semelhança do que fez o ex-PM e ex-Presidente do PAIGC Carlos Domingos Gomes
Júnior «Cadogo Jr.». Se for resolvido o problema dos 15 Deputados
expulsos/retornados, DSP poderá <b>recuperar a sua credibilidade</b> através de
comentários regulares na <b>comunicação social</b> (de preferência rádio e televisão),
para não ser esquecido. Contudo, deverá <b>ter sempre cautela</b>, para não ser
silenciado como foi o ex-PM <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/a-anulacao-da-expulsao-dos-15-deputados.html" target="_blank">José Sócrates</a> em Portugal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Espero que os meus conselhos
possam ajudar a compreender estes acontecimentos recentes e cheguem aos seus
principais destinatários. Lembro os leitores que, apesar de, por vezes fazer
<b>duras críticas</b>, inclusive a <b>amigos</b> ou <b>pessoas próximas</b>, sigo o caminho de
<b>Aristóteles</b> que, quando questionado sobre a sua ruptura com Platão disse “<b>Sou
amigo de Platão, mas ainda mais da verdade</b>” (Aristóteles, 2000). Da mesma forma
sou um grande <b>amigo de infância</b> dos irmãos de Manelinho Lopes (em particular,
Nando e Chico, meus vizinhos em Farim), mas parece-me <b>mais útil ser honesto e
sincero</b>, apresentando críticas que contribuam para a sua evolução, do que
<b>tentar apenas agradar</b>. No <b>próximo <em>post</em></b> vou desmistificar as <b>lamentações de
Baciro Djá</b> e analisar os condicionamentos do <b>Fundo Monetário Internacional</b>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Para mais informações,
consultar o meu livro: Mendes, Livonildo Francisco (2015). <i><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Modelo Político Unificador – Novo Paradigma de Governação naGuiné-Bissau</a></i> (pp. 186-187, 298-302, 319). Lisboa: Chiado Editora.<o:p></o:p></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSCOdiMgY0H_17FfdcEeLcjKJrL5kly7iaZyLCwfTTNEqIwjBX5yYL_DQ2-KQMrPiIp7HO_SX6KEba4MUlhabuFcNjP5rEFKn2Zm1EaglwOtfQRWrJZVcQqMtKtNva3PMt2YM-g2DpBvz6/s1600/manelinho+inum.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSCOdiMgY0H_17FfdcEeLcjKJrL5kly7iaZyLCwfTTNEqIwjBX5yYL_DQ2-KQMrPiIp7HO_SX6KEba4MUlhabuFcNjP5rEFKn2Zm1EaglwOtfQRWrJZVcQqMtKtNva3PMt2YM-g2DpBvz6/s640/manelinho+inum.png" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-42678247734525623532016-07-01T22:22:00.000+01:002016-07-17T09:52:18.483+01:00Sobre a saída do Reino Unido da União Europeia<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Magníficos leitores, no <i>post</i> de hoje faço uma <b>síntese</b> sobre o impacto da <b>saída do Reino Unido</b><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span><!--[endif]--></span> «RU» da <b>União Europeia</b> «UE». No <b>Domingo</b> avançarei com <b>novos temas</b> sobre a Guiné-Bissau,
nomeadamente a declaração de Baciro Djá, a ameaça de “Manelinho” a Inum Embalô;
a estadia do Presidente da República José Mário Vaz em Portugal; a estratégia do silêncio do
ex-Primeiro-Ministro e presidente do PAIGC Domingos Simões Pereira e a retoma
dos problemas no Parlamento guineense.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCt3OjGTCakDPMg0SL0espYvK_Xus91Q4H06XP6ywnUtUpeHcVO0peB7WS2TaavuHJaDcBjTTNzSgXNyX0pWK6px4zVd_tXCsSEW0KqmIgmOT-dnD0wvyGfUQvQfQ4ZddJ7ll8sr_poMTt/s1600/ru.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="264" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCt3OjGTCakDPMg0SL0espYvK_Xus91Q4H06XP6ywnUtUpeHcVO0peB7WS2TaavuHJaDcBjTTNzSgXNyX0pWK6px4zVd_tXCsSEW0KqmIgmOT-dnD0wvyGfUQvQfQ4ZddJ7ll8sr_poMTt/s640/ru.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O termo “<b><em>brexit</em></b><a href="file:///C:/Users/Asus/Dropbox/Amor/post%20sobre%20Reino%20Unido,%20FMI,%20Baciro%20Djá%20e%20Jomav/SaÃÂda%20do%20Reino%20Unido%20da%20União%20Europeia.docx" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>”
é uma fusão de duas palavras inglesas: “<b><i>britain</i></b>”, é o diminutivo para <b>Grã-Bretanha</b> (ou, para ser mais correcto
em termos políticos, para Reino Unido), e “<b><i>exit</i></b>” significa “<b>saída</b>”. Na tradução literal para o
português, significa, então, “saída Britânica”. A decisão sobre a saída do RU
da UE foi tomada a partir de um <b>referendo
popular</b><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[3]</span></span></span><!--[endif]--></span>, realizado a 23 de junho de 2016. Com <strong>51,9%</strong> dos <strong>votos</strong> <strong>a</strong> <strong>favor</strong> <strong>da</strong> <strong>saída</strong>, <b>a maioria</b> dos cidadãos britânicos optou
pelo <em>brexit</em>, <strong>contra</strong> <strong>os</strong> <strong>48,1%</strong> dos <strong>votos</strong> <strong>que</strong> <strong>apoiavam</strong> <strong>a</strong> <strong>permanência</strong> <strong>do</strong> <strong>Estado</strong> <strong>na</strong> <strong>UE</strong> (para uma análise mais detalhada, recomendo a entrevista a Paulo Portas cujo vídeo se encontra no final deste <i>post</i>, TVI24, 24-06-2016). O RU é
formado por <b>quatro países</b>
constituintes: <strong>Inglaterra</strong>, <strong>Escócia</strong>, <strong>Irlanda</strong> <strong>do</strong> <strong>Norte</strong> e <strong>País</strong> <strong>de</strong> <strong>Gales</strong>
(politicamente, os quatro países estão unidos, mas mantêm a sua autonomia em
relação a alguns aspectos como o desporto, por exemplo). A maioria dos
eleitores da <b>Inglaterra</b> e <b>País de Gales</b> votaram a <strong>favor</strong> <strong>da</strong> <strong>saída</strong>,
enquanto grande parte dos cidadãos da <b>Escócia</b>
e <b>Irlanda do Norte</b> se manifestaram
por <strong>permanecer</strong> <strong>na</strong> <strong>UE</strong>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/t_MQYpxG57k/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/t_MQYpxG57k?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O principal discurso dos defensores do <em>brexit</em> assenta na
ideia do <b>nacionalismo tradicional</b>,
apoiado por ideais <b>anti-imigração</b>. O
Reino Unido <strong>aderiu</strong> <strong>à</strong> <strong>Comunidade</strong> <strong>Europeia</strong> <strong>em</strong> <strong>1973</strong>, mas, suportado <strong>pela</strong> <strong>força</strong> da sua <strong>moeda</strong> <b>libra</b>, sempre se recusou a adoptar a
<strong>moeda</strong> <strong>única</strong> europeia, o <b>euro</b>, e não
aceitou integrar o <b>Acordo de <em>Schengen</em></b>
(relativo à livre circulação). <strong>Londres</strong> (Inglaterra) tem mantido um <b>braço de ferro</b> com <strong>Bruxelas</strong> em relação ao <strong>tratado</strong> <strong>orçamental</strong>
<strong>europeu</strong> e ameaçou vetar o documento. Além disso, a <b>crise de refugiados</b> e a gestão europeia da mesma não ajudaram (<a href="http://pt.euronews.com/2016/02/16/brexit-sabe-o-que-e-nos-explicamos-lhe-para-que-saiba-o-que-esta-em-jogo/" target="_blank">Euronews,16-02-2016</a>).
Para a saída foi invocado o <b>artigo 50</b>
do <b>Tratado de Lisboa</b>, que prevê que
qualquer Estado-membro da UE tem a liberdade para sair da UE de modo <b>voluntário e unilateral</b>. Também fica
determinado que o prazo máximo para as <b>negociações</b>
de saída é de <b>dois anos</b>, caso não
haja uma decisão unânime que prorrogue este tempo. Com o <em>Brexit</em>, o RU entra
para a história como o <b>primeiro
Estado-membro a sair</b> da UE<span style="color: blue;"><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">[4]</span></span><!--[endif]--></span>
</span>(<a href="http://www.significados.com.br/brexit/" target="_blank">Significados, 01-07-2016</a>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A <b>vontade do
eleitorado</b> do RU deve ser <b>respeitada</b>,
mas também devemos recordar que o RU, apesar de ser uma potência que lutou
contra a <b>hegemonia</b> de <b>Napoleão</b>, de <b>Bismarck</b>, de <b>Hitler</b>,
etc., nas últimas décadas tem contribuído para a <b>queda de muitos países africanos</b> e do <strong>Médio</strong> <strong>Oriente</strong> – Líbia,
Egipto, Síria, Iraque, Afeganistão, Líbano, etc., <b>contribuindo</b> para o grande <b>fluxo
migratório</b> que hoje se verifica (desses países para a Europa/Ocidente). O
<em>Brexit</em> <strong>causou</strong> <strong>alguma</strong> <strong>ansiedade</strong> junto dos países cujos <strong>cidadãos</strong> se encontram a
<strong>viver</strong> e a <strong>trabalhar</strong> no RU. O <strong>Governo</strong> <strong>português</strong>, por exemplo, <strong>aconselhou</strong> aos <strong>imigrantes</strong>
<strong>portugueses</strong> que pedissem <strong>autorizações</strong> de <strong>residência</strong>, de forma a <strong>garantirem</strong> uma
<strong>situação</strong> mais <strong>estável</strong> e <strong>segura</strong> (RTP1, 24-06-2016) – <strong>dou</strong> <strong>o</strong> <strong>mesmo</strong> <strong>conselho</strong> <strong>aos</strong>
<strong>imigrantes</strong> <strong>africanos/guineenses</strong>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Muitos <strong>países</strong> <strong>ocidentais</strong> <strong>não</strong> vêem esta <strong>imigração</strong> com <strong>bons</strong>
<strong>olhos</strong>, esquecendo o <b>seu papel na ruína
desses países</b>, desde a <b>colonização</b>,
<b>escravatura</b>, <b>pilhagem</b> de recursos, <b>divisão</b>
de África, sucessivas <b>invasões</b> e <b>ataques</b> até aos dias de hoje. Retomando
a ideia de <b>Deng Xião-Ping</b>, de que «a
cor do gato não interessa, desde que apanhe o rato»<span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[5]</span></span></span><!--[endif]--></span>, volto a <strong>reiterar/reforçar</strong> a minha <b>posição favorável</b> relativamente à
emigração/imigração<span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[6]</span></span></span><!--[endif]--></span>,
na medida em que todos devem ter o <b>direito
de procurar uma vida melhor</b> e devem ser aceites no local que escolhem para
viver. Até porque os <strong>cidadãos</strong> <strong>estrangeiros</strong> que são acolhidos podem trazer um
grande <b>contributo</b> ao <strong>país</strong> de
<strong>chegada</strong>. Temos, <b>por exemplo</b>, o caso
de <b>Calouste Sarkis Gulbenkian</b>, um
cidadão de <strong>origem</strong> <strong>Arménia</strong>, mas de <strong>nacionalidade</strong> <strong>britânica</strong>, que <strong>nasceu</strong> <strong>em</strong>
<strong>Istambul</strong> (Turquia) e <strong>viveu</strong> <strong>em</strong> <strong>Lisboa</strong> (Portugal) de <strong>1942</strong> a <strong>1955</strong> (ano da sua
morte). Doou a sua <b>fortuna ao Estado
português</b>, a qual deu origem à <strong>Fundação</strong> <strong>Calouste</strong> <strong>Gulbenkian</strong> que tem um
papel de destaque no desenvolvimento da Ciência, em Portugal e no mundo
(<a href="http://www.cmjornal.xl.pt/domingo/detalhe/a-vasta-heranca-de-calouste-gulbenkian.html" target="_blank">Correio da Manhã, 16-06-2006</a>; <a href="https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/14471" target="_blank">Mendes, 2010: 88</a>).
Ressalvo, obviamente, que a imigração gera <b>situações
complexas</b> e por vezes, tensas, que devem ser resolvidas de forma o mais <b>pacífica</b> possível pelos Estados,
salvaguardando sempre o <b>respeito pelos
direitos humanos</b>. Tudo isto <b>não
desresponsabiliza</b> os <strong>Estados</strong> e <strong>dirigentes</strong> <strong>africanos/guineenses</strong>, que devem fazer tudo o
que está ao seu alcance para dar as <b>melhores
condições de vida possíveis</b> aos seus cidadãos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Não se
esqueçam de voltar no Do</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">mingo, para mais um <em>post</em> “quente” sobre a política
guineense…</span></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/fFJqMWjn540/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/fFJqMWjn540?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background: white; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Para
mais informações, consultar o meu livro: Mendes, Livonildo Francisco (2015).<span class="apple-converted-space"> </span></span><i><span style="color: #333333;"><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Modelo Político Unificador – Novo Paradigma de Governação na Guiné-Bissau</a></span></i><span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333;"> </span></span>(pp. 119-131, 386,
529). Lisboa: Chiado Editora.</span></div>
<div>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span><!--[endif]--></span></span><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"> Os interessados em conhecer o papel do
Reino Unido contra a hegemonia Franco-Alemã (França e Alemanha), ao longo da
história até aos dias de hoje, recomendo ler o “Subcapítulo – II: Conferência
de Berlim – Causas e Efeitos da Conferência para a Guiné-Bissau/África” e também as páginas 243-244 do meu livro (<a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Mendes, 2015: 119-131, 243-244</a>).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[2]</span></span></span><!--[endif]--></span></span><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"> O termo remonta à discussão sobre uma
possível saída da Grécia do euro, em 2012. À época, estava em voga a palavra
<em>Grexit</em>, que veio a originar, posteriormente, o termo <em>brexit</em> (<a href="http://www.bbc.com/portuguese/internacional-36555376" target="_blank">BBC, 17-07-2016</a>).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[3]</span></span></span><!--[endif]--></span></span><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"> Recomendo aos interessados que leiam a
página 386 do meu livro para se informarem sobre o que é uma eleição, o voto, o
referendo e o plebiscito (Fernandes, 2010: 210-213; Pasquino, 2010: 142-143).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[4]</span></span></span><!--[endif]--></span></span><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"> Alguns analistas dizem que esta será a
decisão mais importante para os britânicos desde 1975, quando o voto de dois
terços do eleitorado determinou o ingresso na então Comunidade Económica
Europeia (<a href="http://www.bbc.com/portuguese/internacional-36555376" target="_blank">BBC, 17-07-2016</a>).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText" style="margin-bottom: 12pt; text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[5]</span></span></span><!--[endif]--></span></span><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"> Tal como <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/11/a-cor-do-gato-nao-importa-desde-que.html" target="_blank">já defendi anteriormente</a> não importa a nacionalidade, raça, sexo, grupo étnico, cor da pele, ideologia
partidária, deficiência, desde o momento que a pessoa partilhe o espírito do
patriotismo guineense e seja competente para contribuir no processo de
desenvolvimento da Guiné-Bissau (<a href="https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/14471" target="_blank">Mendes, 2010</a>: 88;
<a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">2015</a>: 529).<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[6]</span></span></span><!--[endif]--></span></span><span style="font-family: "arial" , sans-serif;"> <strong>Emigração</strong> diz respeito à saída de
alguém do seu país para se fixar noutro país, do modo temporário ou definitivo;
<strong>Imigração</strong> significa entrar e fixar-se num país estrangeiro, de modo temporário
ou definitivo, em geral para assegurar trabalho e melhorar as condições de vida
(Dicionário Verbo, 2006: 401, 595).</span></div>
</div>
</div>
Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-62539489758871431792016-06-20T23:00:00.000+01:002016-07-01T23:48:06.217+01:00Dos avisos da União Africana ao surgimento do “Paulo Portas guineense”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-iCSBNm3AeH7I5kklJVIROe-UfykzmxVaZLwH-4LG1ZcoD4JbZRPm7CrJ0kEDrDrFtg6vcAYxuH3E5UnS3m19bNIGjYmMkS2iNcO3P1pGGsV_Y9FTQjJAuKZ8HYfQk5lLa-4UeOmmV-is/s1600/Plat%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-iCSBNm3AeH7I5kklJVIROe-UfykzmxVaZLwH-4LG1ZcoD4JbZRPm7CrJ0kEDrDrFtg6vcAYxuH3E5UnS3m19bNIGjYmMkS2iNcO3P1pGGsV_Y9FTQjJAuKZ8HYfQk5lLa-4UeOmmV-is/s640/Plat%25C3%25A3o.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Distintos leitores, desta vez, não trago <b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/da-chanfana-politica-danca-do-fandango.html" target="_blank">chanfanas</a></b></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">,
nem <b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/o-prometido-churrasco-dos-politicos.html" target="_blank">churrascos</a></b></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">,
nem <b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/da-tourada-politica-nomeacao-de-baciro.html" target="_blank">touradas</a></b></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">,
porque parece que algumas pessoas <b>comeram
tanto</b> que conseguiram resistir <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/06/por-de-lado-o-machado-de-guerra.html" target="_blank">durante 15 dias barricadas</a></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O post de hoje é <b>um pouco extenso</b>, com diversos tópicos relevantes da actualidade da
Guiné-Bissau. Na <b>primeira parte</b>,
falo sobre os avisos da União Africana «UA» ao Presidente da República «PR»
José Mário Vaz «Jomav». Na <b>segunda parte</b>,
sobre o relatório relativo à justiça guineense da relatora para as Nações
Unidas «NU» Mónica Pinto. Na <b>terceira
parte</b>, abordo as declarações do embaixador dos EUA na Guiné-Bissau sobre as
relações entre os dois países. Na <b>quarta
parte</b>, louvo a criação de uma Associação dos filhos de antigos combatentes
guineenses que lutaram por Portugal na Guerra Colonial (Comandos Africanos) na
Guiné-Bissau. Na <b>quinta parte</b>, faço
uma análise sobre a criação de um novo partido político na Guiné-Bissau. Na <b>sexta parte</b>, toco na questão da
rescisão de contratos entre o Governo e os bancos comerciais. Finalmente, na <b>sétima parte</b>, apresento Botche Candé
como o “Paulo Portas guineense”, pela sua irrevogável declaração de que não
tomaria posse neste Governo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background-color: #76a5af; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Primeira
parte.</span></b><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> A <b>União
Africana</b> «UA» pediu ao PR da Guiné-Bissau que promova o <b>respeito pela Constituição</b> como uma das
medidas para resolver a prolongada <b>crise</b>
política no país, apelando também aos actores sociais para que coloquem “os melhores
<b>interesses do país</b> acima de
quaisquer considerações pessoais ou partidárias". A UA lamentou que,
apesar de inúmeros esforços de <b>mediação
da comunidade internacional</b>, as divergências se tenham aprofundado, em
particular entre o PR e a liderança do PAIGC. O comunicado da UA avisou ainda
que a Guiné-Bissau se <b>arrisca a perder</b>
os mil milhões de euros prometidos por <b>doadores</b>
em 2015 (<a href="http://www.voaportugues.com/a/uniao-africana-guine-bissau-constituicao/3379070.html" target="_blank">Voz da América, 16-06-2016</a></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Estas declarações da UA parecem ser só
“para inglês ver”, ou seja, sabendo que a UA é <b>claramente pró-Jomav</b>, estas afirmações têm como objectivo causar <b>agitação</b> e “<b>alergia</b>” na ala pró-Domingos Simões Pereira «DSP». Se a UA quisesse
mesmo ajudar, teria tido um <b>peso forte</b>
ao longo da crise na Guiné-Bissau – e não emitiria apenas <b>pareceres</b> e <b>recomendações</b>,
enviando emissários que em <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/manobras-militares-o-regresso-de.html" target="_blank">nada contribuem para a resolução do problema</a></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">. Até porque o financiamento principal não provém da UA, pelo que estas "ameaças" não passam de palavras vazias de "corta-fitas". Aconselho os responsáveis guineenses a dar mais atenção, por exemplo, ao
trabalho que está a ser feito pela <b>Comissão
para a Conferência Nacional de Reconciliação</b>, liderada pelo Padre Domingos
Fonseca, e às posições assumidas por Filomena Mascarenhas Tipote, enquanto
representante da <b>Voz di Paz</b> (<a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/da-chanfana-politica-danca-do-fandango.html" target="_blank">RDP África, 23-05-2016</a></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">).
O Governo poderá e deverá <b>trabalhar em parceria com estes agentes</b>
para evitar eventuais erros que possam minar a credibilidade do país.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background-color: #76a5af; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Segunda parte.</span></b><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> Segundo a argentina <b>Mónica Pinto</b>, relatora independente para as <b>Nações Unidas</b>, a situação do <b>sector
da justiça</b> na Guiné-Bissau é assustadora e reformá-lo é uma tarefa
monumental. Segundo a relatora, "Apesar das descobertas assustadoras,
parece que o sistema de justiça tem tido dificuldades em obter a <b>atenção das autoridades</b>" com vista
à <b>reforma necessária</b>. Embora a
tarefa seja monumental, há "uma <b>nova
geração de profissionais</b> dispostos e capazes de melhorar" o sector,
acrescenta. O relatório inclui <b>37
recomendações</b> importantes que abrangem várias áreas, desde a investigação criminal
à instrução de processos (<a href="http://24.sapo.pt/article/lusa-sapo-pt_2016_06_15_30174685_situacao-do-setor-da-justica-na-guine-bissau-e-assustadora----relatora-para-a-onu" target="_blank">Sapo Notícias, 15-06-2016</a></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Este
relatório baseia-se numa visita da relatora à Guiné-Bissau em <b>Outubro de 2015</b>, pelo que será legítimo
questionar a sua <b>actualidade</b>, pondo
em causa a análise do contexto realizada. Há prazeres que devem ser servidos
quentes, e este relatório <b>já está
completamente frio</b>. Contudo, tenho de reconhecer que os conteúdos deste
relatório parecem assentar nos <b>problemas
reais</b>, que <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/02/a-democracia-esta-de-tanga-e-o-sistema.html" target="_blank">já tinham sido identificados</a> pelo intelectual guineense <b>Basílio Sanca</b>. O Bastonário da Ordem
dos Advogados da Guiné-Bissau defende uma «<b>reforma
integral a nível nacional</b> na área da justiça» e da advocacia. Basílio Sanca
reconhece a existência da <b>corrupção</b>
na Guiné-Bissau, em especial no campo da justiça, afirmando que esta se deve
essencialmente ao “Sistema”, que está mal montado e <b>deve ser revisto</b> porque <b>não
corresponde à realidade</b> do país (<a href="http://www.radiosolmansi.net/index.php/News/bastonario-da-ordem-dos-advogados-defende-reforma-na-justica.html" target="_blank">Rádio Sol Mansi, 08-02-2016</a></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background-color: #76a5af; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Terceira parte.</span></b><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> O embaixador dos EUA na Guiné-Bissau, James
Peter, declarou que os EUA continuam determinados em <b>apoiar a Guiné-Bissau no seu processo de desenvolvimento</b>, apesar da
crise política vigente no país. O diplomata elogiou o papel do <b>Supremo Tribunal de Justiça</b> «STJ» no
actual processo da crise política e destacou que em qualquer sistema político a
existência de <b>instituições judiciais e
judiciárias fortes e independentes</b> são cruciais para a estabilidade
democrática. Segundo o embaixador, os EUA <b>não
se posicionam a favor de um partido A ou B</b> e continuarão a apoiar os esforços
dos oficiais das Forças Armadas através de criação de <b>novas parcerias</b> na capacitação e na profissionalização dos
militares” (<a href="http://www.radiosolmansi.net/index.php/News/eua-continuam-a-apoiar-a-guine-bissau.html" target="_blank">Rádio Sol Mansi, 09-06-2016</a></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/IFyCmKHVkww/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/IFyCmKHVkww?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt;"> Finalmente,
depois dos meus <b>múltiplos “ataques”</b>
aos EUA (por exemplo, <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/06/sobre-o-apuramento-dos-djurtus-e-os.html" target="_blank">neste post</a> </span><span lang="PT" style="font-size: 12pt;">e <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/manobras-militares-o-regresso-de.html" target="_blank">também neste</a></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt;"> e <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/propostas-manobras-e-atitudes-de-miguel.html" target="_blank">neste</a></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt;">), o embaixador decidiu prestar <b>declarações</b> <b>apaziguadoras</b>.
Não pretendo acusar directamente os EUA – o que pretendo é que haja uma <b>política equilibrada em termos de
cooperação</b>. Os EUA estão, aliás, contemplados na minha proposta de mudança,
como uma das principais potências com preferência para instalar uma base
militar numa das ilhas da Guiné-Bissau (além do Alemanha, Reino Unido, Rússia,
etc.).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background-color: #76a5af; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Quarta parte.</span></b><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> Foi legalizada a Associação de <b>viúvas e filhos de ex-combatentes</b>
guineenses que <b>lutaram por Portugal</b>
na Guerra Colonial na Guiné-Bissau. <b>Elogio</b>
esta iniciativa, mas sugiro que incluam também nesta associação outras vítimas
daquele conflito como, por exemplo, filhos dos antigos <b>funcionários da Administração Colonial</b>, ou dos régulos que foram
perseguidos por apoiarem Portugal. Este tipo de movimentos pode contribuir para
uma maior <b>solidariedade e coesão</b>,
favorecendo a <b>reconciliação</b> que
<a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/11/respeitar-o-passado-para-construir-o.html" target="_blank">tenho vindo também a defender</a></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">. Tanto o <b>Estado português</b> como o <b>Estado
guineense</b> devem cumprir as suas obrigações para com as famílias das <b>vítimas deste conflito</b> (incluindo os
soldados), para que não haja desequilíbrios entre os filhos dos antigos <b>combatentes do PAIGC</b> e os filhos dos
antigos <b>Comandos Africanos</b> e outros
aliados de Portugal. Todas estas propostas estão bem detalhadas <b>no<a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank"> meu livro</a></b></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> e também na minha <b>dissertação de Mestrado</b> (<span style="background: white;"><a href="https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/14471" target="_blank">Mendes, 2010: 97</a></span></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/EwiYJCsW2Fo/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/EwiYJCsW2Fo?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background-color: #76a5af; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Quinta parte.</span></b><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> O Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau
aprovou o processo de legalização do <b>Partido
para a Justiça, Reconciliação e Trabalho – Plataforma das Forças Democráticas</b>
(PJRT-FD). O PJRT-FD é liderado por <b>Malam
Nanco</b>, empresário guineense, atualmente presidente da associação comercial
do país (<a href="http://24.sapo.pt/article/lusa-sapo-pt_2016_06_14_1803995680_supremo-tribunal-da-guine-bissau-legaliza-38---partido-politico-do-pais" target="_blank">Sapo Notícias, 14-06-2016</a></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">).</span><span lang="PT"> </span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Com a legalização do PJRT-FD, de acordo com o
meu estudo, a Guiné-Bissau passa a contar com <b>42 partidos</b> políticos legalizados, para um universo eleitoral de
cerca de <b>700 mil eleitores</b>, num país
com <b>1,5 milhões de habitantes</b>
(Mendes, 2015: 382, 440). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Verifica-se
claramente que esta <b>multiplicidade
excessiva</b> de partidos políticos <b>não
é a solução ideal</b> para a Democracia. Qual será então? Segundo o Cientista Político britânico <b>Anthony Giddens</b>
(2006), o grande envolvimento dos cidadãos na política está mais relacionado
com o <b>associativismo</b> do que com o
facto de ter uma <b>filiação partidária</b>.
Sendo para isso necessário apostar na <b>sociedade
civil</b> que inclui a família e outras instituições de natureza não económica.
A sociedade civil é um fórum onde as atitudes democráticas, incluindo a <b>tolerância</b>, têm de ser cultivadas
(Giddens, 2006: 76-77; Rudebeck, 1997: 44-47; Teixeira, 2008). Seria importante
que a democratização da Democracia dependesse também do fomento de uma profunda
<b>cultura cívica</b>. Para que isso aconteça
é imperativo <b>investir na Educação</b>
para depois trabalhar a <b>mudança de
mentalidades</b>. A aposta na sociedade civil é um dos <b>potenciais para o desenvolvimento do país</b>, pois expressa o verdadeiro
sintoma dos cidadãos numa Democracia que não está fortemente estruturada
(<a href="https://estudogeral.sib.uc.pt/jspui/handle/10316/14471" target="_blank">Mendes, 2010: 79</a></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">No meu
livro, defendi que, rigorosamente, <b>não
existem partidos políticos na Guiné-Bissau</b>, do ponto de vista dos
pressupostos da Ciência Política pura e dura. Neste sentido, apresentei uma
proposta que se enquadra na “<b>lipoaspiração</b>”/emagrecimento
<b>partidária</b>, em que a Guiné-Bissau
terá <b>dois partidos políticos principais</b> para
concorrer às eleições legislativas e presidenciais. Um <b>terceiro partido</b> servirá de <b>pêndulo
da balança</b>, isto é, para evitar aquilo que designo por “<b>excesso de velocidade governativa</b>” ou
de “<b>velocidade excessiva da governação</b>”.
Este terceiro partido – Governo de Manutenção e Coordenação - entrará em funções para <b>substituir os órgãos superiores</b> do Aparelho do Poder do Estado –
PR, Primeiro-Ministro «PM», Governo, Assembleia Nacional Popular «ANP»,
Ministros, Secretários de Estado, Procurador-Geral da República «PGR», Presidente de STJ, Presidente de Tribunal de Contas, Chefe
de Estado-Maior General das Forças Armadas «CEMGFA», etc., – <b>que tenham terminado o seu mandato</b>,
impedindo estes órgãos de continuar a ocupar, manter e exercer o cargo/Poder <b>até ao empossamento dos novos corpos</b> do
Aparelho do Poder do Estado recém-eleitos<span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span><!--[endif]--></span>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A
existência de <b>muitos partidos políticos</b>
na Guiné-Bissau não põe em causa a existência dos <b>dois/três pilares partidários</b> que proponho. Isto é,
independentemente destes dois/três pilares partidários, que têm o direito de <b>concorrer às eleições primárias para a
escolha dos seus candidatos</b> nas eleições presidenciais, legislativas, etc.,
os restantes partidos políticos guineenses poderão, em função dos seus
estatutos ou ideologias, <b>associar-se a
um dos dois pilares</b> ou investir numa acção mais focada <b>a nível local ou regional</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background-color: #76a5af; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Sexta
parte.</span></b><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> O <b>Conselho
de Ministros</b> da Guiné-Bissau decidiu <b>rescindir</b>
o acordo com os <b>bancos comerciais
privados</b> a operar no país, que tinha sido assinado pelo Governo anterior, do ex-PM <b>Carlos Correia</b> (RDP África,
20-06-2016).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/5P1iu_xTXVU/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/5P1iu_xTXVU?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Os detalhes desta notícia ainda não foram
divulgados, mas recomendo que esta seja uma <b>decisão bem estudada e ponderada</b>. O peso dos bancos na economia é <b>indiscutível</b>, tanto <b>positiva</b> como <b>negativamente</b>, pelo que decisões deste tipo têm sempre grandes <b>repercussões</b>. Chamo apenas atenção para uma
questão importante: <b>substituir alguém
não é sinónimo de invalidar</b> tudo o que essa pessoa tinha feito antes de
nós. É necessário <b>descartar os aspectos
negativos </b>e <b>aceitar os aspectos
positivos</b>, assumindo um compromisso entre as ideias pessoais e a
prossecução do interesse público. <b>A
concertação entre o actual e os anteriores Governos</b>, além de todas as
partes interessadas, é fundamental para concretizar estes objectivos. Neste
sentido, este assunto poderá merecer um <b>debate
público dos prós & contras</b>, nos órgãos de comunicação social, por parte
de <b>especialistas na matéria</b>, para
que os guineenses, tanto no país como na diáspora, possam estar <b>bem informados</b>. Esta é uma oportunidade
para o Governo do PM Baciro Djá <b>assumir
uma postura de honestidade e transparência</b>, conquistando a <b>confiança</b> dos guineenses.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background-color: #76a5af; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Sétima
parte.</span></b><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> O PR Jomav conferiu no passado dia 17, posse
aos quatro <b>membros do Governo em falta</b>
no elenco governamental. A equipa empossada inclui o Ministro dos Negócios
Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades, o Ministro de
Estado e do Interior, o Ministro dos Recursos Naturais e o Secretário de Estado
do Orçamento e Assuntos Fiscais (<a href="http://www.odemocratagb.com/jomav-confere-posse-aos-quatro-membros-do-governo-de-baciro-dja/" target="_blank">O Democrata, 17-06-2016</a></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">).
O cargo de <b>Ministro de Estado e do
Interior</b> ficou à responsabilidade de <b>Botche
Candé</b>, <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/06/falhas-e-avisos-serios-primeiras.html" target="_blank">tal como se previa</a></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">.
Anteriormente, Botche Candé disse ter sido convidado para o cargo pelo PR
através de telefone, tendo respondido que <b>não
podia aceitar antes de consultar o seu partido</b>. Apesar disso, afirmou que <b>jamais trairia</b> o seu partido, o PAIGC
(<a href="http://angnoticias.blogspot.pt/2016/06/novo-governo_3.html" target="_blank">ANG, 03-06-2016</a></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">).
O facto de o PR Jomav e o PM Baciro Djá <b>não
desmentirem as alegações</b> de Botche Candé, e de ele ter tomado posse, sugere
que Botche Candé foi obrigado a engolir as suas palavras. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Isto leva-me a <b>comparar</b> a atitude de <b>Botche
Candé</b> com <b>Paulo Portas</b>, que fez
um pedido de demissão do cargo de Ministro de Negócios Estrangeiros de Portugal, nas suas
palavras, “<b>irrevogável</b>”, mas acabou
por revogar o que tinha dito, <b>regressando
ao Governo</b> com o cargo de Vice-Primeiro Ministro (<a href="http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/paulo_portas_de_ministro_demissionario_irrevogavel_a_vice_de_pedro_passos_coelho.html" target="_blank">Jornal de Negócios, 23-07-2013</a></span><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">).
Na minha opinião, a transformação de Botche Candé no “<b>Paulo Portas guineenese</b>” foi uma estratégia para tentar <b>iludir a ala pró-DSP</b> do PAIGC
relativamente à sua colaboração com Jomav. Além disso, esta sua nomeação é um <b>grande paradoxo</b>, já que o próprio PR o <b>tinha demitido anteriormente</b> das mesmas
funções. Resta saber <b>por conta de quem
está</b> Botche Candé no Governo – pela ala pró-DSP do PAIGC? Pelo PRS? Pelo
PR? Se for da parte do PR Jomav, e resistir até às próximas eleições, <b>poderá contribuir para manter o PR, o
Governo e o PRS nas suas actuais posições de vantagem</b>. Se estiver por conta
da <b>ala pró-DSP</b>, é porque <b>pode virar o
jogo ao contrário</b>, acabando por favorecer <b>DSP </b>na sua tentativa de
recuperação do Poder. Neste momento, Botche Candé é <b>uma das peças mais importantes do xadrez político</b> guineense (para
além do PR, do PRS e dos 15 Deputados expulsos/retornados). Jomav poderá estar <b>encurralado</b>, sem se aperceber, como o <b>Rei de Baceâral</b> ficou, depois da
Batalha de Kansala – entre a <b>aliança
Mandinga</b> (Biafadas, Balantas, etc.) e a <b>aliança Fula</b> (portugueses, cabo-verdianos, etc.).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para terminar, quero deixar algumas <b>reflexões</b> sobre a <b>actual situação de DSP</b> e da sua ala. Perante o facto, cada vez mais
evidente, de que DSP está quase <b>isolado
dentro do partido</b>, as opções disponíveis parecem cada vez mais restritas.
Questiono-me se não seria uma <b>jogada
inteligente</b> se <b>DSP</b> e <b>Carlos Domingos Gomes</b> Junior «Cadogo Jr.» “apanhassem
boleia” [ou barriga de aluguer] de um outro partido político para se candidatarem às <b>próximas eleições</b> legislativas e
presidenciais, já que o <b>PAIGC parece
ter-lhes virado as costas</b>. E é aqui que o papel de Botche Candé se revelará
realmente <b>decisivo</b>. Se acontecer
algo deste género, a Guiné-Bissau sofrerá uma <b>reviravolta completa</b> na sua organização política.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<b><span lang="PT" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Resta
ver como a situação evoluirá até às eleições.<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="background: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Para
mais informações, consultar o meu livro: Mendes, Livonildo Francisco (2015).<span class="apple-converted-space"> </span></span><i><span lang="PT" style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank"><span style="text-decoration: none; text-underline: none;">Modelo
Político Unificador – Novo Paradigma de Governação na Guiné-Bissau</span></a></span></i><span class="apple-converted-space"><span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span></span><span lang="PT" style="background: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">(pp. 93,
109-116, 144-145, 164, 382, 440, 467, 487, 490-493, 544). Lisboa: Chiado
Editora.</span></div>
<br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<span class="MsoFootnoteReference" style="text-align: justify;"><span lang="PT"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT" style="font-size: 10pt; line-height: 107%;"><span style="color: blue;">[1]</span></span></span></span></span></span><span lang="PT" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> Tal como todos os seres
animados e inanimados necessitam de um período de descanso ou de intervalo para
funcionarem melhor, é assim que a Ciência Política precisa de colmatar uma das grandes
lacunas que nenhum sistema de governo, sistema de partido, sistema eleitoral e
regime político preencheu ao longo da História.</span></span><br />
<div>
<div id="ftn1">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO5-mnQEFVtYEOIIAAp7Kc9EPZOxDyC5cpTWblD_vH6rZZtzQ3W7U_4YcOXPOPNbC1ETaYw5XS21lJXNTKwjq7-YMO_9zuEFyZvoYTjqefYBqu85Suy-CvKsxcc-89NddAE8jtTfzE1iT_/s1600/Arist%25C3%25B3teles.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO5-mnQEFVtYEOIIAAp7Kc9EPZOxDyC5cpTWblD_vH6rZZtzQ3W7U_4YcOXPOPNbC1ETaYw5XS21lJXNTKwjq7-YMO_9zuEFyZvoYTjqefYBqu85Suy-CvKsxcc-89NddAE8jtTfzE1iT_/s640/Arist%25C3%25B3teles.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span lang="PT"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
</div>
</div>
Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-29893878814877131772016-06-10T23:55:00.000+01:002016-06-11T00:22:05.767+01:00Sobre o apuramento dos djurtus e os perigos das ajudas internacionais<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Prezados leitores, no
post de hoje debruço-me apenas sobre <b>dois
temas</b>: o <b>apuramento da selecção</b>
nacional guineense «<b><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Mabeco" target="_blank">djurtus</a></b>» para o Campeonato Africano das Nações «<b>CAN</b>»,
em relação com a importância de <b>investir
no desporto</b> (primeira parte); e uma <b>reflexão
sobre as ajudas internacionais</b>, a partir do <b>donativo recebido</b> recentemente dos EUA para as <b>cantinas escolares</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiitkYtleUc8MYICHSN3PMmfppiV89dhyphenhyphena4BEItfpHsq6iFnLakqrUyUWr_VcaLS9Wmg15Kf6fQNByoLtuDzvV-vB8UD_VtTYpktMn1BqkVOpxMYqTTf4NeTBAO3oy6l6IcIChjVUNjmajz/s1600/djurtus.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="390" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiitkYtleUc8MYICHSN3PMmfppiV89dhyphenhyphena4BEItfpHsq6iFnLakqrUyUWr_VcaLS9Wmg15Kf6fQNByoLtuDzvV-vB8UD_VtTYpktMn1BqkVOpxMYqTTf4NeTBAO3oy6l6IcIChjVUNjmajz/s640/djurtus.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<b><span lang="PT" style="background-color: #ffd966; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Primeira parte.</span></b><span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: white;"> </span>A selecção nacional da
Guiné-Bissau conseguiu, pela <b>primeira
vez na sua história, </b>desde a independência, o apuramento para o CAN. Trata-se de uma <b>grande vitória</b>, que deve ser fortemente
elogiada (<a href="http://www.ojogo.pt/internacional/noticias/interior/guine-bissau-apurada-para-a-can-5212149.html" target="_blank">O Jogo, 05-06-2016</a>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/OaLf7dmK6c4/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/OaLf7dmK6c4?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A propósito disto, <b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/12/repor-justica-para-estabilidade.html" target="_blank">retomo algumas ideias</a></b> sobre a <b>importância do desporto</b>. Do
meu ponto de vista, é importante investir fortemente no desenvolvimento do
desporto, em paralelo com as outras áreas. O desporto é um <b>instrumento de coesão social</b> e a concorrência para a <b>liderança dos clubes</b> pode reduzir o
grande conflito para alcançar cargos políticos. Olhamos para o Ocidente, onde
esta área constitui <b>fonte de afirmação</b>
(Poder, dinheiro, reconhecimento, etc.), e verificamos que há pessoas que
preferem ser <b>presidentes de um clube de
futebol</b> ou um grande <b>futebolista/desportista</b>
do que ser membros do governo. A mesma lógica se <b>aplica a outras áreas</b>, como, por exemplo, ser empresário, autarca,
agricultor, artista, e, na melhor das hipóteses, ir para a Universidade. Há
quem prefira ser académico ou universitário, ser reitor, investigador,
conselheiro, assessor, gozar de sabedoria, respeito, Poder, do que ter uma
tarefa política ou desportiva etc. No fundo, devemos <b>valorizar os méritos de cada um</b>, com base na <b>diversificação das escolhas disponíveis</b> (<a href="https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/14471" target="_blank">Mendes, 2010: 95</a>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<b><span lang="PT" style="background-color: #ffd966; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Segunda parte.</span></b><span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Chegaram ao porto de
Bissau <b>4 mil toneladas de arroz</b> para
a alimentação escolar doados pelo Ministério da Agricultura dos <b>EUA</b> através do <b>Programa Mundial de Alimentos</b> «PAM». Este donativo permitirá
assegurar <b>refeições quentes para 173 mil
crianças</b> em <b>mil escolas</b> do país,
pretendendo-se também o <b>incentivo às
famílias</b> para que as meninas da 4ª à 6ª classe frequentem mais de 80% das
aulas, lutando assim <b>contra o abandono
escolar</b>. Dentro de alguns dias <b>chegarão
ao país novos produtos</b> entre os quais óleo vegetal, feijão e sardinhas, com
o mesmo fim (<a href="http://www.radiosolmansi.net/index.php/Nacional/mil-escolas-do-pais-beneficiam-de-generos-alimenticios.html" target="_blank">RadioSolMansi, 03-06-2016</a>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/-D5Vs3U9mRA/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/-D5Vs3U9mRA?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sem querer desvalorizar
o <b>contributo destes donativos</b> para o
bem-estar das crianças e das famílias, importa <b>analisar esta questão</b> também numa outra perspectiva (até porque
este papel deveria ser desempenhado pelas autoridades guineenses e não pelos
EUA). Num <b>relatório secreto da CIA</b>,
de Agosto de 1974, a cientista americana <b>Susan
George</b>, revelou que no futuro haveria falta de alimentos e que isso poderia
vir a dar <b>aos EUA um Poder inimaginável</b>.
O mesmo havia já sido referido alguns anos antes pelo <b>senador americano Hubert Humphrey</b> que, discursando sobre a
importância da <b>ajuda alimentar</b>,
dizia «e se pretendermos que eles <b>cooperem
efectivamente connosco</b> parece-me que a <b>dependência
alimentar será uma arma formidável</b>» (Santos, 2003: 29-34) – não há frase
mais clara que esta declaração do senador americano. Bem analisados o relatório
e o discurso, encontramos <b>provas</b> de
que há <b>armadilhas por toda África e para
todos os africanos</b>. São provas claras que nos levam a perceber como é que <b>líderes</b> [governantes ou intelectuais] <b>africanos</b> são <b>manipulados</b>, <b>corrompidos</b>,
<b>denunciados</b>, <b>descartados</b>, <b>prejudicam o
povo</b> e acabam por perder os seus bens que posteriormente são reconvertidos
como empréstimos para África. Estas são boas razões para a <b>mudança de mentalidades, do discurso e dos procedimentos</b> (Kosta,
2007: 467, 654; <a href="https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/14471" target="_blank">Mendes, 2010: 77-78</a>).
Para colmatar estes défices é urgente <b>reduzir
as ajudas externas</b> e ter <b>menos
intervenientes</b> no processo de distribuição destas ajudas com maior <b>controlo do destino</b> dos apoios
concedidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Algumas ajudas acabam
muitas vezes por revelar-se <b>muito
prejudiciais</b>, se forem avaliadas a <b>longo
prazo</b>, porque têm <b>implicações</b>
que só se revelam posteriormente: uma ajuda nunca é só uma ajuda, implica a <b>retribuição daquele que é ajudado</b>, seja
de forma directa ou indirecta. Por estas razões os dois fenómenos – ajudas
internacionais e investimentos estrangeiros – devem ser <b>repensados num quadro de capital social</b> como “investimentos nas
relações entre os Estados com proveitos esperados no mercado” (Lin, 2001: 19
citado por Portugal, 2007: 15).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Seguindo <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/12/o-primeiro-ministro-de-cabo-verde-esta.html" target="_blank">a </a><b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/12/o-primeiro-ministro-de-cabo-verde-esta.html" target="_blank">mesma linha</a> de raciocínio</b> da <a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">minha obra</a>,
defendo que se a Guiné-Bissau quer <b>escapar
dos efeitos negativos</b> das ajudas internacionais e investimentos
estrangeiros, a sua política de <b>cooperação
para o desenvolvimento</b> do país deve deixar de centrar-se só no envio de
dinheiro, géneros e técnicos [ou tecnologias], que actuam de forma pontual, que
<b>acabam por desaparecer e não oferecem
assistência nem manutenção</b>. O objectivo desta cooperação deve passar a ser,
pelo contrário, a <b>formação de técnicos
locais na agricultura e indústria</b>; o incentivo ao <b>desenvolvimento de universidades</b> e pontos de investigação na
Guiné-Bissau, para que os guineenses possam criar as suas próprias tecnologias,
e formar os seus próprios técnicos. Nas palavras de Confúcio: “<b>é mais importante ensinar a pescar do que
oferecer o peixe</b>” (551 a.C. – 479 a.C.). E isto tem também o seu
enquadramento nas palavras de <b><a href="http://www.adur-rj.org.br/5com/pop-up/ajuda_atrapalha.htm" target="_blank">James Shikwati</a></b>: “quando damos a esmola a um mendigo e voltamos a vê-lo na rua no
dia seguinte, <b>não podemos dizer que o
ajudámos</b>. Ele continua a mendigar […]. Precisamos de tirar o mendigo da rua
[…]. Temos de descobrir as potencialidades desse mendigo […], pois, isso sim estaremos
a melhorar a sua vida”. O que implica que a Guiné-Bissau necessita é de uma <b>chance para ser capaz de administrar e
canalizar a sua própria riqueza</b>. Mas isto não significa que a Guiné-Bissau
deve deixar de cooperar com outros Estados, bem pelo contrário, <b>deve cooperar</b>, mas <b>de forma inteligente </b>(<a href="https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/14471" target="_blank">Mendes, 2010: 93</a>; Schelp, 10-08-2005). <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqFLCasDLYnoY2ua72LwyqA22q43rkY2ERCWhFZiEVdf4EmsanQTDOd138tBm2uO1fLy-0iH_YPZPPIV72OBhUui9qKZzIme_iXwz-wTSvB9iVc1euhoxayx9cqBrdBBSxvMCQZu2YoQHj/s1600/peixe.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqFLCasDLYnoY2ua72LwyqA22q43rkY2ERCWhFZiEVdf4EmsanQTDOd138tBm2uO1fLy-0iH_YPZPPIV72OBhUui9qKZzIme_iXwz-wTSvB9iVc1euhoxayx9cqBrdBBSxvMCQZu2YoQHj/s640/peixe.png" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="background: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para
mais informações, consultar o meu livro: Mendes, Livonildo Francisco (2015). <i><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Modelo Político Unificador – Novo Paradigma de Governação na Guiné-Bissau</a></i><span class="apple-converted-space"> </span>(pp. 191-192, 199-201, 464). Lisboa:
Chiado Editora.</span></div>
Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-18868801269765825652016-06-06T23:09:00.000+01:002016-06-06T23:10:04.880+01:00Pôr de lado o machado de guerra: homenagem a Carmen Pereira, aproveitamento político da situação e cerco ao Palácio do Governo<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Prezados leitores, no
post de hoje abordo <b>três pontos da
actualidade</b>: o falecimento de Carmen Pereira, a quem presto homenagem (<b>primeiro</b> ponto); o possível
aproveitamento político desta situação (<b>segundo</b>
ponto) e o perigo do actual cerco ao Governo demitido/barricado (<b>terceiro</b> ponto).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtI7vm7RWUsPIzWyWkprcU6eznNYMLRHl7EIb72Sntn1ewacd7gXNNS47OTlEwTdpfHx0KcbcIswJ56Djflgk7hfBCM5a4lARhls3SjsuAj5-uZLahWMh8e2F6ztC6y1SzNDVzGM1qnnUY/s1600/Carmen_Ali.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="370" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtI7vm7RWUsPIzWyWkprcU6eznNYMLRHl7EIb72Sntn1ewacd7gXNNS47OTlEwTdpfHx0KcbcIswJ56Djflgk7hfBCM5a4lARhls3SjsuAj5-uZLahWMh8e2F6ztC6y1SzNDVzGM1qnnUY/s640/Carmen_Ali.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background-color: #a64d79; line-height: 150%;">Primeiro ponto.</span></b><span lang="PT" style="line-height: 150%;"> Começo este post
prestando <b>homenagem a Carmen Pereira </b>(1937-2016),
que faleceu <b>inesperadamente</b> no
passado sábado (<a href="https://www.publico.pt/mundo/noticia/morreu-carmen-pereira-combatente-pela-independencia-de-guinebissau-1734149?frm=ult" target="_blank">Público, 05-06-2016</a>).
Espero que descanse em paz e envio <b>sentidas
condolências</b> para a família. Num <b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/03/sobre-notificacao-da-ex-combatente.html" target="_blank">post anterior</a>, </b>tive a oportunidade de lhe desejar as melhoras e foi um <b>choque</b> receber esta
notícia. Morreu numa altura de <b>grande
turbulência no país e no PAIGC</b>, no entanto, considero que as <b>divergências devem ser postas de lado</b> –
não importa estar a favor da luta armada ou não, ser do PAIGC ou não, ser
pró-José Mário Vaz «Jomav» ou pró-Domingos Simões Pereira «DSP». O que importa
agora é <b>pôr de lado o machado de guerra</b>,
unindo-se para lhe prestar uma <b>homenagem
condigna</b>, que <b>dignifique o
contributo</b> que deu ao país. Na minha opinião, deve evitar-se a todo o custo
que se repita o que aconteceu no <b>dia dos
Heróis Nacionais</b>, em que houve uma alternância entre a Fortaleza de Amura e
o Cemitério Municipal de Bissau e não uma <b>cerimónia
conjunta</b> de todos os guineenses.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/eDYNGxGI9kQ/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/eDYNGxGI9kQ?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para além de Carmen Pereira,
o mundo perdeu também <b>Muhammed Ali</b> «Cassius Marcellus Clay Jr.» (1942-2016), o maior pugilista de todos os tempos, um dos maiores desportistas do século XX, um defensor dos direitos humanos e <b>homem
de grande força e coragem</b>, cujo slogan <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/mais-uma-cambalhota-politica-na-guine.html" target="_blank">também gosto de usar</a> ("<b>flutuar/voar como uma borboleta e picar
como uma abelha</b>").
Estas duas perdas justificaram a minha decisão de <b>abrir um precedente neste blogue</b> – não costumo fazer estas homenagens
e não voltarei a fazê-lo de ânimo leve, mas os dois dias em que partiram Carmen
Pereira e Muhammed Ali [3 e 4 de Junho] coincidem com a perda das duas
primeiras mulheres do meu pai (entre elas, a minha mãe). <b>Que a alma de todos eles descanse em paz</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background-color: #a64d79; line-height: 150%;">Segundo ponto.</span></b><span lang="PT" style="line-height: 150%;"> O <b>Governo demitido/barricado</b> do ex-Primeiro–Ministro «PM» <b>Carlos Correia</b> emitiu um comunicado
decretando <b>três dias de luto</b> devido
ao falecimento de Carmen Pereira (RDP África, 05-06-2016). O <b>Presidente da República</b> «PR» declarou
também através de um comunicado que deveria ser organizado um <b>funeral com honras de Estado</b> e
decretado o luto nacional (Comunicado da Presidência da República, 05-06-2016).
O <b>Governo do PM em exercício, Baciro Djá</b>,
emitiu também um comunicado sobre este assunto, prevendo igualmente um funeral
com honras de Estado (RTP África, 06-06-2016).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/5K3RfXSqHrc/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/5K3RfXSqHrc?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">À partida, as <b>três partes estão coincidentes</b>, no
entanto, o que não deve acontecer em momento algum é o <b>aproveitamento político</b> da morte de Carmen Pereira para tentar <b>legitimar os seus interesses</b>. Neste caso,
o Governo demitido/barricado de Carlos Correia, não estando em funções, <b>deve pôr termo</b> à emissão de comunicados
do Conselho de Ministros, respeitando o Governo em funções de Baciro Djá. Embora
a sua posição seja compreensível moralmente, em termos de <b>respeito pela lei</b>, estes comunicados <b>não têm validade</b> porque este Governo já <b>não se encontra em funções</b>. Além disso, seria muito <b>indelicado</b> se não participassem
presencialmente na despedida a Carmen Pereira, principalmente <b>Carlos Correia</b> e Manuel<b> «Manecas» dos Santos</b>, seus <b>camaradas de luta</b>. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background-color: #a64d79; line-height: 150%;">Terceiro ponto.</span></b><span lang="PT" style="line-height: 150%;"> Neste momento,
continuamos a assistir a um <b>“cerco” do Palácio
do Governo</b>, sendo que o <b>Ministério Público</b>
deu, na sexta-feira [04-06-2016], <b>48
horas</b> para a <b>desocupação</b> das
instalações (<a href="http://www.voaportugues.com/a/ministerio-publico-governo-demitido-guine-bissau/3361512.html" target="_blank">Voz da América, 04-06-2016</a>).
A <b>Guarda Nacional</b> encontra-se do
lado de fora do Palácio, <b>impedindo a
entrada</b> de qualquer pessoa ou objecto (incluindo comida e bebida), mas
deixando o <b>caminho livre para a saída</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Perante isto, importa
chamar a atenção para os <b>prós &
contras do cerco</b> como estratégia. Tal como eu <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/sobre-as-eleicoes-antecipadas-e.html" target="_blank">já tinha dito anteriormente</a>,
<b>na política tal como na guerra</b>, “quando
cercares um exército [Governo demitido/barricado de Carlos Correia], deixa uma <b>saída livre</b>”. Isto não quer dizer que
deixe o <b>inimigo escapar</b> – o
objectivo é “fazê-lo crer que existe um caminho para a segurança, assim <b>evitando que ele lute</b> com a coragem do
desespero”. Se quiseres «depois, podes esmagá-lo». Segundo os ensinamentos de <b>Sun Tzu</b>, devem acautelar-se <b>três questões</b>: evitar a <b>junção das forças</b> inimigas num mesmo
local; <b>atacar o exército inimigo</b> no
campo de batalha; e <b>prevenir o cerco</b>
de cidades fortificadas. Um <b>cerco
prolongado</b> acarreta <b>grandes perigos</b>
para quem está a cercar, podendo <b>inverter
a vantagem</b> para os que estão cercados (veja-se o exemplo de <b>Hitler</b> quando o seu exército cercou o
exército russo de <b>Estaline</b> durante o
inverno soviético. Estaline <b>dilatou o tempo</b>
até que os alemães ficassem <b>suficientemente
fracos</b> por causa do frio, da fome e da saturação para serem vencidos). Neste
caso, se o Ministério Público, o Governo de Baciro Djá e a Presidência da
República prolongarem o “cerco”, o <b>tiro
pode sair-lhes pela culatra</b>. As pessoas que estão cercadas, além de serem <b>apoiadas por alguns veteranos de guerra</b>, têm
apoiantes em diversos sectores, nomeadamente nas <b>forças de defesa e segurança</b>, além de estarem numa <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.com/2016/05/da-tourada-politica-nomeacao-de-baciro.html" target="_blank">posição estratégica</a> muito perto de um <b>grande
quartel</b>.
Por isso, <b>é urgente pôr fim a esta situação
de “cerco”</b>. Não podemos tolerar um novo <b>7 de Junho</b> (como em 1998), em que a Junta Militar se barricou no referido quartel, acabando
por sair vitoriosa (Sun Tzu, 2007: 72, 78, 120).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJwzBpytHnjY9kvU5vmtm2nM8-tFoGx5iv31sBlIixXo6jWIJ_0HkNUBWHHcEjaxFWXNVi4bx1m67DMmbT1gZMwTMUTY-droLAZUFPyp2zPsu8sgI9HIAS3LJ4x2MHztVY7de0wWOtBjRc/s1600/cerco.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="350" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJwzBpytHnjY9kvU5vmtm2nM8-tFoGx5iv31sBlIixXo6jWIJ_0HkNUBWHHcEjaxFWXNVi4bx1m67DMmbT1gZMwTMUTY-droLAZUFPyp2zPsu8sgI9HIAS3LJ4x2MHztVY7de0wWOtBjRc/s640/cerco.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="line-height: 150%;">Para terminar</span></b><span lang="PT" style="line-height: 150%;">, e perante as
incertezas que ainda vivemos, deixo uma interrogação no ar: <b>quantos falsos amigos de DSP & Jomav
ainda estão por revelar?</b><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;">Para
mais informações, consultar o meu livro: Mendes, Livonildo Francisco (2015). </span><span style="color: #333333;"><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank"><i>Modelo
Político Unificador - Novo Paradigma de Governação na Guiné-Bissau</i></a></span>.
Lisboa: Chiado Editora.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E também alguns dos
grandes clássicos da estratégia: Sun Tzu (“A Arte da Guerra”), Tucídides (“História
da Guerra do Peloponeso”) e Maquiavel (“O Príncipe”).</span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-52685242992676160282016-06-03T23:44:00.001+01:002016-07-16T22:04:34.959+01:00Falhas e avisos sérios: primeiras considerações sobre o Governo de Baciro Djá<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Caros leitores, hoje
trago-vos as minhas <b>primeiras considerações</b>
sobre o novo <b>elenco governamental</b> liderado
por <b>Baciro Djá</b>. No <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/da-tourada-politica-nomeacao-de-baciro.html" target="_blank">último post</a>,
disse que era cedo para me pronunciar, mas agora já há alguns comentários a
fazer. Apenas um dia depois da tomada de posse, posso já apontar <b>cinco falhas</b> a este executivo: <b>quatro
delas</b> são <b>habituais</b> e já não
constituem novidade; <b>a quinta</b> é extremamente <b>perigosa</b> e pode constituir um <b>mau
presságio</b> para este <b>novo Governo</b> (e para o próprio <b>Presidente da República</b>
«PR»). Aproveito também neste post, e face a este cenário, volto a apresentar <b>algumas das propostas do meu Modelo Político de Governação</b> relativamente ao número de elementos e à igualdade de género.<o:p></o:p></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5OP4EDpsoROX0AZRjzdJna8kBqmDy9FeRoc0idsZ31k6_kZuISdp76hTWUqUkGOiHQ1UoYbPpOxOUwCURMJOE4NN4TkcnhUoMnkKr1jHq9onYfSJ8RnkfuJWvfNpw-G-qSrRa0XD0zx0J/s1600/governo+baciro+2.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5OP4EDpsoROX0AZRjzdJna8kBqmDy9FeRoc0idsZ31k6_kZuISdp76hTWUqUkGOiHQ1UoYbPpOxOUwCURMJOE4NN4TkcnhUoMnkKr1jHq9onYfSJ8RnkfuJWvfNpw-G-qSrRa0XD0zx0J/s640/governo+baciro+2.png" width="640" /></a></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background-color: #76a5af; line-height: 150%;">Primeira falha</span></b><span lang="PT" style="line-height: 150%;"> – O novo Governo é
formado por <b>32 membros</b>, entre <b>20 ministros</b> e <b>12 secretários de Estado</b> (<a href="http://pt.rfi.fr/guine-bissau/20160602-novo-governo-guineense-tem-31-membros" target="_blank">RFI, 02-06-2016</a>).
Na situação em que a Guiné-Bissau se encontra, não faz sentido ter um Governo
com esta <b>dimensão</b>, que implica <b>gastos enormes</b> e uma <b>maior dispersão</b> de recursos e tempo. Numa
situação destas, <b>quando se procura
contentar a todos</b>, é muito difícil evitar que se instale o sentimento de
alguma frustração, sendo <b>obrigatória a criação</b> de um <b>órgão</b> que funcione como <b>cláusula-travão</b>
para <b>filtrar as propostas</b> antes da
sua <b>chegada</b> junto dos <b>órgãos competentes</b> (Keane, 2009: 39-41; Leão, 2001: 270).
Se <b>José Mário Vaz</b> «Jomav»<b> já se queixava
do elevado número</b> de membros do Governo, <b>é difícil acreditar</b> que esteja de
<b>acordo</b> com este figurino. As <b>áreas-chave</b>
que ele enumerou (salvação da campanha do cajú, a produção de arroz e o
fornecimento de peixe às populações, água potável, energia eléctrica, melhor
educação, serviços de saúde e infraestruturas sociais) parecem <b>não bater certo</b> com este <b>enorme elenco
Governativo</b> (<a href="http://www.voaportugues.com/a/pr-medidas-urgentes-guine-bissau/3359948.html" target="_blank">Voz da América, 03-06-2016</a>).
Este é um ponto do qual os seus <b>opositores</b>
podem fazer um <b>forte aproveitamento
político</b>. <o:p></o:p></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/zRgLXJf1XQw/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/zRgLXJf1XQw?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;">No meu
<a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">Modelo Político de Governação</a>,
os </span><b>ministérios</b> devem <b>corresponder e articular-se</b> com as <b>Áreas de Especialistas</b> que compõem o órgão consultivo das <b>Áreas de Estudos – Órgão Consultivo Multidisciplinar Imparcial</b> «AE-OCMI», tal como eu <span lang="PT" style="line-height: 150%;"><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/10/pedro-passos-coelho-anunciou-hoje.html" target="_blank"><span style="background: white; text-decoration: none;"><span style="color: blue;">já referi de forma muito superficial num post
anterior</span></span></a><span style="background: white;">. No </span><b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/semelhancas-e-diferencas-entre-o.html" target="_blank">primeiro bloco do Modelo Político Unificador</a></b><span style="background: white;">, o Governo
guineense passará a funcionar com </span><b>8 ministérios</b>, na expectativa de terem no máximo <b>10 secretarias de Estado</b> que serão
subdivididas em <b>outras categorias administrativas</b>. N<b>o
segundo e terceiro bloco</b> há uma “<b>lipoaspiração
governamental</b>”, para ficarmos só com um dos órgãos – <b>ou</b> os ministérios <b>ou</b> as secretarias (<b>entre 8 e 10</b>). De
preferência, <b>com aqueles</b> que apresentem <b>menores custos</b> e <b>maior viabilidade</b> para a <b>estabilidade política</b> da Guiné-Bissau.<o:p></o:p></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/nYt9Oh2QFg4/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/nYt9Oh2QFg4?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background-color: #76a5af; line-height: 150%;">Segunda falha</span></b><span lang="PT" style="line-height: 150%;"> – Dos <b>32 membros do
Governo</b>, apenas <b>quatro</b> são <b>mulheres</b> (uma ministra e três
secretárias de Estado). Aliás, o único ministério liderado por uma mulher diz
respeito à <b>Mulher, Família e Coesão
Social</b>. Esta <b>situação reflecte </b>a grande<b> desigualdade de género</b> patente na
<b>sociedade guineense</b>, profundamente <b>desrespeitadora
</b>dos <b>direitos das mulheres</b> – tanto na <b>Assembleia Nacional Popular</b> «ANP», nos
<b>tribunais</b>, nas <b>Forças Armadas</b>, etc. Colocar <b>uma ministra apenas</b>, e naquele
lugar em particular, <b>transmite</b> a ideia de um <b>preconceito latente</b> que encara as mulheres como <b>domésticas</b>, quando, na <b>realidade</b>, há
<b>quadros femininos</b> com <b>grande potencial</b>
tanto na Guiné-Bissau como na diáspora.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">No <b><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">meu modelo</a></b>,
as <b>mulheres deverão</b> ocupar, preferencialmente, <b>50% dos lugares</b> <b>de topo</b>, seja no <b>Governo</b>, na <b>Administração Pública</b>,
ou em <b>qualquer organismo</b>, incluindo os <b>privados</b>. É necessária uma <b>profunda mudança de mentalidades</b>, em <b>coerência</b> com a <b>mudança de discursos</b> e de <b>procedimentos
práticos exemplares</b>, para que a Guiné-Bissau possa alcançar o sucesso.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background-color: #76a5af; line-height: 150%;">Terceira falha</span></b><span lang="PT" style="line-height: 150%;"> – Está a <b>faltar ainda</b> a escolha do nome para
ocupar a pasta dos <b>Negócios Estrangeiros,</b> e a tomada de posse dos ministros dos <b>Recursos Naturais</b> e do <b>Interior</b>, que são áreas-chave. Espero que Baciro Djá não repita o mesmo <b>erro de Carlos Correia</b>, que tomou para
si a pasta dos Recursos Naturais, sem nunca ter chegado a escolher um ministro.
Baciro Djá, que está a ser nomeado Primeiro-Ministro «PM» <b>pela segunda vez</b>, e já estaria preparado para esta segunda
nomeação, <b>deveria ter uma lista pronta</b>
muito mais rapidamente.<o:p></o:p></span></span><br />
<b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"><span lang="PT" style="background-color: white; line-height: 150%;"> </span><span lang="PT" style="background-color: #76a5af; line-height: 150%;">Quarta falha</span></b><span lang="PT" style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> – O nome de <b>Botche Candé</b> foi apresentado como <b>Ministro de Estado e do Interior</b>, no
entanto, este não <b>chegou a tomar posse</b>. Numa conferência de imprensa, Botche
Candé disse ter sido <b>convidado</b> para
o cargo pelo <b>PR</b> através de telefone, tendo respondido que <b>não
podia aceitar antes de consultar o seu partido</b>. Apesar disso, afirmou que <b>jamais trairia o seu partido</b>, o PAIGC
(<a href="http://angnoticias.blogspot.pt/2016/06/novo-governo_3.html" target="_blank">ANG, 03-06-2016</a>).
Este <b>caso levanta muitas dúvidas</b>. Porque razão o PR José Mário Vaz «Jomav»
contactou Botche Candé e <b>não outra
pessoa da confiança</b> de Domingos Simões Pereira «DSP»? Porque razão <b>não recusou</b>, deixando que o seu nome
constasse na lista para depois <b>tornar o
caso público</b>? Será que Botche Candé não é uma das “<b>toupeiras</b>” de Jomav? <b>De que
lado está</b> Botche Candé? Até quando DSP <b>fechará
os olhos e ouvidos</b> ao facto de <b>não
ter verdadeiros aliados</b> dentro do PAIGC? Será que Botche Candé também <b>esteve barricado</b>? Recomendo a todos a
leitura da <b><i>Arte da Guerra</i> de Sun Tzu</b> (em especial “A utilização de Espiões”)
e, de <b>Plutarco</b>, <i>Como tirar partido/proveito dos seus inimigos</i> e <i>Como distinguir um bajulador de um amigo</i>.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/VJMBIzUStQc/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/VJMBIzUStQc?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">Penso que Botche Candé </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">não está a contar toda a verdade</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">. É provável
que tenha uma </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">relação muito mais próxima</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
com Jomav do que </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">está a querer transmitir</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">. Este convite e integração na lista,
para um </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">posto de alta responsabilidade</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">,
por parte de </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">alguém</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> que já </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">o demitiu</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, revela uma forte </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">confiança</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> da parte de Jomav. A </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">conferência de imprensa</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> de Botche
Candé poderá ser uma </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">manobra de
populismo</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> para tentar </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">enganar</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> a ala pró-DSP, de forma a que </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">não desconfiem</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
do seu </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">papel duplo</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> no PAIGC. O maior
</span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">gesto de solidariedade para com DSP</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
seria barricar-se com o Governo demitido, </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">e não andar em conversações</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> com Jomav
para integrar o Governo de Baciro Djá. Estou convencido que DSP deveria </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">ponderar seriamente uma retirada estratégica</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">,
tal </span><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/a-anulacao-da-expulsao-dos-15-deputados.html" style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;" target="_blank">como já aconselhei</a><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background-color: #76a5af; line-height: 150%;">Quinta falha</span></b><span lang="PT" style="line-height: 150%;"> e <b>mais preocupante de todas</b> - O PR entregou ontem <b>um cheque</b> da Agência
de Cooperação Guiné-Bissau/Senegal no valor de <b>500 milhões de francos CFA</b> ao PM Baciro Djá, para a construção de
uma avenida com o nome do <b>ex-PR João
Bernardo Vieira</b> «<b>Nino Vieira</b>», que ligará a Praça do Império à zona
industrial de Bolola (<a href="http://angnoticias.blogspot.pt/2016/06/homenagem.html" target="_blank">ANG, 02-06-2016</a>).
<o:p></o:p></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/cCIpAXL6lKk/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/cCIpAXL6lKk?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> Esta </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">ideia de homenagear</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">
o ex-PR Nino Vieira </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">não é nova</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">: em
Abril do ano passado, o actual presidente da ANP, </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">Cipriano Cassamá</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, apresentou a proposta de construção de uma </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">estátua do antigo dirigente</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> [Nino Vieira] em Bissau,
com o apoio de Cuba (</span><a href="http://www.gbissau.com/?p=14055" style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;" target="_blank">GBissau, 30-04-2015</a><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">). Estes
dois factos </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">reforçam a minha tese</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> de
que Cipriano Cassamá e Jomav </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">estão em sintonia</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Tudo indica que Nino Vieira
terá uma estátua e uma avenida em homenagem ao seu contributo para a pátria. Contudo,
a <b>sua morte, ainda por esclarecer</b>, e
o seu passado, que deixou <b>feridas
abertas</b>, revelam que a sua figura provoca <b>tensão na sociedade guineense</b>, em especial pela forma como <b>estes
gestos</b> podem ser <b>recebidos</b> por um <b>certo sector da classe castrense</b> e da
sociedade em geral. É claro que Nino Vieira merece ser homenageado,
no entanto, é necessário um <b>consenso
político-militar</b> para ponderar as <b>outras
figuras</b> que também <b>deveriam ser homenageadas</b> desta forma, para <b>criar um
ambiente mais pacífico e equilibrado</b>. Neste momento, isto não é prioritário – <b>há questões muito mais urgentes</b> para
resolver e esta iniciativa passa uma imagem muito duvidosa sobre as prioridades
deste novo Governo. </span></span><span lang="PT" style="line-height: 150%; text-indent: 37.79px;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>Desde quando</b> o cheque se encontrava <b>na posse de Jomav</b>? É <b>correcto </b>entregar um cheque <o:p></o:p></span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.79px;">destes para iniciar a obra num <b>período chuvoso</b> da Guiné-Bissau? </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">Parece que esta será uma tentativa de </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">“puxar” os apoiantes do ex-PR Nino Vieira</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> que </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">ainda estão</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> na ala
pró-DSP. </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">Receber apoio</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> é muito bom, mas é preciso </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">ser realista</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">: não seria este </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">dinheiro</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> muito mais bem aproveitado
numa </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">escola</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, num </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">hospital</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, nos </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">quartéis</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, etc.? Além disso, </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">há dúvida</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> sobre o
posicionamento de </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">Macky Sall</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, este cheque </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">pode
ser um presente envenenado</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, tal como </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">muitos outros</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> que são “</span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">oferecidos</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">” aos
países em dificuldades. Este acto deve ser </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">ponderado
e corrigido</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, sob pena de ser utilizado para </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">gerar ainda mais confusão</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, levando à </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">queda do Governo e do próprio Jomav</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b style="background-color: #76a5af;">Conclusão</b>. Este Governo
deve pautar-se pela <b>moderação</b>, <b>reconciliação</b>, <b>diálogo</b> e, na medida do possível, pela <b>transparência</b> junto da <b>sociedade</b>, da <b>comunidade internacional</b> e da
<b>comunicação social</b>. Em relação ao <b>Governo demitido</b>, ainda barricado, sugiro que
procure um <b>entendimento</b>, resolvendo
a situação <b>sem o recurso à força</b>.
Vou ponderar, <b>num próximo post</b>, apresentar um <b>tipo de Governo</b> que poderá vir a criar <b>estruturas para uma verdadeira modernização política</b> da
Guiné-Bissau.</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/Edb40fxjESw/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/Edb40fxjESw?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;">Para mais informações, consultar o meu livro: Mendes,
Livonildo Francisco (2015). </span><span style="color: #333333;"><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank"><i><span style="text-decoration: none; text-underline: none;">Modelo
Político Unificador - Novo Paradigma de Governação na Guiné-Bissau</span></i></a>
</span>(pp. 81, 86, 263, 434, 456-457, 462-463, 550). Lisboa: Chiado Editora.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_ngAtz-vFo1xY2dvkpSrP5TyqZ58wPdUM1bp3YMxmBelAfwy49uqziBHYS3mS3RnXKHKGFPMTG1389R6yCPRtB1ogNJFGRYpX8PPLKCcoCPWZnZnhKjoz4tsK1rAzi-Ps5e_3Tp3h02Kh/s1600/weber.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_ngAtz-vFo1xY2dvkpSrP5TyqZ58wPdUM1bp3YMxmBelAfwy49uqziBHYS3mS3RnXKHKGFPMTG1389R6yCPRtB1ogNJFGRYpX8PPLKCcoCPWZnZnhKjoz4tsK1rAzi-Ps5e_3Tp3h02Kh/s640/weber.png" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-37569904268993321042016-05-31T23:44:00.000+01:002016-06-02T14:25:18.910+01:00Da tourada política à nomeação de Baciro Djá, passando pela barricada do Governo demitido<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ilustres leitores, neste
post começo por esclarecer o significado do conceito de <b>tourada política</b>, que tem marcado a sociedade guineense ao longo da
sua história (<b style="background-color: #bf9000;">primeiro</b> ponto). Em
seguida, abordo cinco pontos que marcam a actualidade política na Guiné-Bissau:
a tomada de posse de Baciro Djá (<b style="background-color: #bf9000;">segundo</b>
ponto); a barricada dos membros do Governo demitido (<b style="background-color: #bf9000;">terceiro</b> ponto); a viagem e declarações de Domingos Simões Pereira «DSP»
(<b style="background-color: #bf9000;">quarto</b> ponto); a posição delicada
de Biaguê Nan Tan, Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas «CEMGFA» (<b style="background-color: #bf9000;">quinto</b> ponto); e a geoestratégia/realpolitik entre
os países da sub-região e as Nações Unidas «NU» (<b style="background-color: #bf9000;">sexto</b> ponto). Termino com alguns <b>conselhos aos principais actores</b> deste xadrez político.<o:p></o:p></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivq_ur3NZ-oEkrDgHHqE1Rs1bxqGyQuCOBkrhWhgDppFe5CqUs0aopWqMCdqwp-ng73LqOnYqrJ8SDkvkRmiJR9FdM36O79m8SiwrwPMs-B2QECwQIJhPWOAfLTEu9vO8IOA0wMQBtFdA7/s1600/Sem+T%25C3%25ADtulo.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivq_ur3NZ-oEkrDgHHqE1Rs1bxqGyQuCOBkrhWhgDppFe5CqUs0aopWqMCdqwp-ng73LqOnYqrJ8SDkvkRmiJR9FdM36O79m8SiwrwPMs-B2QECwQIJhPWOAfLTEu9vO8IOA0wMQBtFdA7/s640/Sem+T%25C3%25ADtulo.jpg" width="640" /></a><br />
<br />
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> <b style="background-color: #bf9000;">Primeiro
ponto.</b> Tourada política é um termo utilizado na minha <b>tese de doutoramento</b> e na minha <b><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">obra</a></b> a partir da semelhança com as <b>práticas
ancestrais</b> em que o animal «<b>touro</b>» é castigado e torturado <b>até ao limite</b>. Na política, este termo
pode ser importado e adaptado, significando a prática de <b>actos pouco adequado</b> aos princípios democráticos contra uma pessoa
«político». Isto envolve <b>diversos tipos
de ataque</b>, nomeadamente, humilhações, injúrias e até violência física
(perseguição, espancamento, prisão/detenção, tortura, expulsão do país e morte).
Infelizmente, este <b>não é um problema de
hoje</b> – ao longo da história da Guiné-Bissau, quase todos os guineenses <b>sofreram</b> directa ou indirectamente <b>com a tourada política</b>. Este é um <b>problema muito sério</b> que deve ser <b>combatido urgentemente</b>, de todas as
formas possíveis. Mas <b>há esperança</b> porque,
de acordo com <a href="http://videos.sapo.pt/9Z4qgQfejvJvpAheywMu" target="_blank"><b>alguns estudos</b></a>, o touro poderá até ser um <b>animal pacífico</b>, se não for incomodado.<o:p></o:p></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/aI1HLJ_5Hes/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/aI1HLJ_5Hes?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"><span lang="PT" style="background-color: white; line-height: 150%;"> </span><span lang="PT" style="background-color: #bf9000; line-height: 150%;">Segundo ponto.</span></b><span lang="PT" style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> O Presidente da
República «PR» José Mário Vaz «Jomav» deu <b>posse
a Baciro Dja</b> como novo Primeiro-Ministro «PM», <b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/03/sobre-os-pontos-fracos-acumulados-entre.html" target="_blank">nove meses depois</a></b> de o mesmo ter sido obrigado a renunciar ao cargo por imposição do <b>Supremo Tribunal de Justiça</b> «STJ». Ao
intervir, o novo Chefe do Executivo guineense reiterou que “a <b>legitimidade do Governo</b> decorre de uma <b>maioria parlamentar</b> e da
responsabilidade perante o PR. <b>Sem estas duas condições não há </b>o regular
funcionamento das instituições". Jomav considerou o dia "<b>inesquecível</b>" e justificou a sua
decisão com o facto de que "só a <b>segunda
força mais votada</b> no âmbito da dinâmica parlamentar" conseguiu
ultrapassar o "bloqueio" na Assembleia Nacional Popular «ANP» (<a href="http://www.voaportugues.com/a/baciro-dja-empossado-/3348991.html" target="_blank">Voz daAmérica, 27-05-2016</a>).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/54hD4iaQDk4/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/54hD4iaQDk4?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"><span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="background: white; font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 37.7953px;"><span style="background-color: transparent; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;"> Tal como está patente no </span><b style="background-color: transparent; font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;">discurso de Baciro Djá</b><span style="background-color: transparent; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;">, </span>Jomav tomou a sua decisão com o <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/mais-uma-cambalhota-politica-na-guine.html" target="_blank">fundamento da <b>perda da maioria absoluta</b></a> da parte do PAIGC. Esta perda de <b>15 Deputados</b> expulsos/retornados dá uma nova maioria ao PRS, que tem <b>41 Deputados</b>. Este Governo de Incidência Parlamentar «GIP» <b>é Constitucional tanto em Portugal como na Guiné-Bissau</b>, tendo em conta que cabe ao PR apenas proporcionar as condições de aproximação entre os partidos políticos, <b>favorecer eventualmente acordos parlamentares</b>, mas nunca patrocinar soluções governativas à margem do Parlamento e sem o aval dos partidos representados no Parlamento. </span></span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;">No </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;">caso português</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;">, embora de contornos diferentes, o </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;">partido vencedor </b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;">das eleições (PSD/CDS) </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;">não tinha uma maioria</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;"> parlamentar. Por isso, um acordo entre todos os outros partidos permitiu formar um </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;">Governo alternativo</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;">. </span><span style="background: white; font-family: "arial" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;">De acordo com o modelo em vigor, <b>não basta vencer as eleições legislativas</b>, mas é preciso garantir os votos adequados no Parlamento, para que se possa governar</span><span style="background-color: white; font-family: "arial" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;"> (CRGB, 1996: arts. 62.º-104.º; Jornal de Notícias, 25-11-2015; </span><span style="background: white; font-family: "arial" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;">Novais, 2010: 73-121, 461-</span><span style="background-color: white; font-family: "arial" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;"> </span><span style="background: white; font-family: "arial" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;">463).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Como eu <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/03/sobre-os-pontos-fracos-acumulados-entre.html" target="_blank">tinha anunciado anteriormente</a>,
a nomeação de Baciro Djá parece estar relacionada com uma <b>retribuição<span style="background: white;"> pelos serviços</span></b><span style="background: white;"> que prestou a Jomav e para o <b>compensar<span class="apple-converted-space"> </span></b>face aos seus<span class="apple-converted-space"> </span><b>problemas com DSP</b><span class="apple-converted-space">. Se DSP tivesse reagido da mesma forma que <b>Cadogo Jr</b>. reagiu após a nomeação do seu
grande rival, <b>Aristides Gomes pelo ex-PR
Nino Vieira</b>, talvez estivesse numa melhor situação. O <b>tempo </b>que o <b>Governo
</b>de <b>Carlos Correia </b>durou, poderia corresponder à <b>duração </b>da <b>primeira nomeação </b>de
<b>Baciro Djá</b>. Findo este período, <b>poderia
ser substituído de forma mais pacífica</b> por alguém da confiança de <b>DSP </b>ou
ficar em <b>gestão </b>até à realização de <b>novas eleições </b>(que seriam, eventualmente,
antecipadas). <b>Nessa altura</b>, Cadogo Jr. foi <b>muito
inteligente</b> na sua forma de <b>lidar </b>com as <b>pressões </b>de Nino Vieira, acabando
por <b>colher os frutos desta moderação</b>.<o:p></o:p></span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span class="apple-converted-space"><span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Independentemente de tudo, dou as <b>boas vindas</b> a Baciro Djá enquanto PM empossado, porque <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/11/a-cor-do-gato-nao-importa-desde-que.html" target="_blank">defendo, como sempre</a>, que “<b>a cor do gato não
importa</b>, <b>desde que apanhe o rato</b>”.
Ainda <b>é cedo</b> para falar do seu Governo, mas os guineenses <b>ficarão </b>à
<b>espera para avaliar</b> a sua actuação.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="apple-converted-space"><b><span lang="PT" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: #bf9000; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">Terceiro ponto.</span></b></span><span lang="PT" style="line-height: 150%;">
Entretanto, os <b>membros do Executivo
demitido</b> <b>barricaram-se</b> no
Palácio do Governo, em <b>protesto</b>
contra a nomeação pelo PR do novo PM. <b>Agnelo Regalla</b>, ex-ministro da Comunicação Social, afirmou que
"foi uma decisão assumida colegialmente e todos estão aqui para salvar a
democracia: na última das circunstâncias haverá <b>dois Governos, um legítimo e outro ilegítimo</b>", referiu. Agnelo
Regalla acusa o PR de querer dar posse a um Governo que sabe não ter suporte
político para depois "dissolver o parlamento" e manter em gestão um
executivo "<b>à sua imagem</b>",
em vez da equipa de Carlos Correia (<a href="http://www.dn.pt/mundo/interior/governo-demitido-da-guine-bissau-protesta-no-palacio-do-executivo-5195014.html" target="_blank">Diário de Notícias, 27-05-2016</a>).<o:p></o:p></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/d8MNurbwqHI/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/d8MNurbwqHI?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> A decisão de Jomav é </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">compreensível</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> mas </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">não convence as pessoas</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> de que Baciro Djá seja uma </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">figura de equilíbrio</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, razão pela qual
estamos a assistir a um agravamento do </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">clima
de tensão no PAIGC</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> e na sociedade guineense. Do meu ponto de vista, Jomav
prefere ter um Governo de </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">alguém da sua
confiança em gestão</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> do que ter um Governo da confiança de DSP.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Esta barricada levanta <b>duas questões</b>: porque razão os
ex-membros de Governo <b>não se barricaram</b>
quando <b>Carlos Correia foi demitido</b>?
Por que razão escolheram precisamente o <b>Palácio
do Governo</b> para se barricarem? Na minha opinião, este protesto <b>teria mais impacto</b> se tivesse ocorrido
imediatamente <b>após </b>a <b>demissão </b>do <b>Governo</b>. Esta forma de barricar depois da
nomeação de Baciro Djá <b>levanta suspeitas</b>,
tal como foi avançado por outros blogues, que o objectivo é a <b>destruição de provas antes da chegada de um
novo Governo ao Palácio</b>. E, <b>não podemos esquecer </b>que o Governo demitido, assim como a ala pró-DSP, <b>beneficiam do apoio </b>de parte dos <b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/o-prometido-churrasco-dos-politicos.html" target="_blank">veteranos de guerra</a></b>, entre os quais <b>Carlos Correia </b>e Manuel "<b>Manecas</b>" <b>dos Santos</b>. O Palácio do Governo <b>está localizado </b>num <b>ponto
estratégico</b>, junto a um <b>importante
quartel militar</b> (desde a época colonial até hoje) que foi ocupado pela
<b>Junta Militar de 7 de Junho de 1998</b>. Nesta linha de pensamento, para evitar
problemas ainda maiores, <b>quanto mais rápido
terminar</b> esta barricada, melhor será. Já foram veiculadas informações sobre uma
possível <b>tentativa de Golpe de Estado</b>,
o que <b>causa </b>grande <b>preocupação</b>. É a <b>primeira </b>vez que <b>algo </b>deste género
<b>acontece</b>, passando uma <b>má imagem dentro
do país e para o exterior</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background-color: #bf9000; line-height: 150%;">Quarto
ponto.</span></b><span lang="PT" style="line-height: 150%;"> <b>DSP
regressou</b> a Bissau depois de ter estado em <b>Dakar</b> com o presidente em exercício da CEDEAO, o <b>PR senegalês Macky Sall</b>. DSP fez um
périplo pela <b>sub-região africana</b>,
durante o qual abordou a situação política à luz da decisão do PR Jomav de nomear
pela segunda vez Baciro Djá como PM.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">DSP <b>reiterou
sem rodeios</b>, que <b>Jomav violou a Constituição</b> por não ter auscultado os partidos com assento parlamentar nem o
Conselho de Estado, deixando clara
a sua intenção quanto a um eventual recurso ao tribunal. Ainda, <b>elogiou a atitude dos membros do Governo</b>
demitido que se encontram barricados, considerando-a um acto de resistência
(<a href="http://pt.rfi.fr/guine-bissau/20160529-presidente-paigc-acusa-jose-mario-vaz-violacao-constituicao" target="_blank">RFI, 29-05-2016</a>).<o:p></o:p></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/Z-moO0NpQOo/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/Z-moO0NpQOo?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> Embora os elementos da </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">polícia anti-motim</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> tenham entrado no Palácio do Governo, os membros
do Governo de Carlos Correia </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">mantêm-se
irredutíveis</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, e dizem que </span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">só
abandonam o local à força</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> (</span><a href="http://pt.rfi.fr/guine-bissau/20160530-guine-bissau-continua-tensao-entre-o-paigc-e-o-presidente" style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;" target="_blank">RFI, 30-05-2016</a><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Os <b>argumentos</b> de DSP parecem <b>bastante
válidos</b>, contudo, há um ponto que <b>mina
a sua credibilidade</b>: <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/da-chanfana-politica-danca-do-fandango.html" target="_blank">o facto de não ter cumprido a decisão do STJ</a> sobre a
readmissão dos 15 Deputados expulsos/retornados, faz com que ele tenha <b>pouca moralidade</b> para dizer que o PR
não cumpre a Lei. O elogio feito ao Governo barricado também não é adequado – DSP deve assumir
uma <b>postura de demarcação face àqueles
actos</b>, porque o Governo de Carlos Correia também foi nomeado e não
assistimos a este tipo de contestação. <b>Quantos
Governos</b> já foram nomeados na Guiné-Bissau <b>à revelia do PAIGC ou do PRS</b>? DSP deve recordar a <b>Carlos Correia</b> que ele também foi <b>nomeado pelo ex-PR Nino Vieira</b>, tendo
sido demitido por inconstitucionalidade, tal como aconteceu com a <b>primeira nomeação</b> de Baciro Djá. <b>E
pior</b>: Carlos Correia voltou a ser nomeado pelo PR sem ter havido qualquer outra
nomeação antes. <b>Pela quarta vez</b>,
Carlos Correia foi nomeado (sem nunca ter ido a eleições e sem ter sido
indigitado pelo partido), e ninguém se barricou. No caso do PRS, quantas vezes
o <b>ex-PR Kumba Yalá</b> nomeou PM sem ter
passado por um <b>processo de auscultação</b>
dos partidos políticos? Quatro. E <b>quem é
que se barricou</b> naquela altura? Esta forma de <b>desrespeitar</b> a nomeação de Baciro Djá pode trazer <b>consequências indesejadas</b>. As <b>atitudes
</b>de <b>desrespeito </b>que têm vindo a ser manifestadas durante o mandato de Jomav
mostram um <b>desprezo pela sua figura</b>.
No meu entender, Jomav deve <b>assumir uma
postura</b> que ponha fim a este desrespeito. Se o PAIGC quer mesmo assumir uma
postura democrática, <b>ainda há tempo</b>
de termos uma Constituição e uma profunda <b>mudança
de mentalidades</b>, que correspondam a uma verdadeira <b>cultura democrática</b>, articulando com a mudança do <b>sistema eleitoral</b>, sistema de <b>partidos políticos</b> e sistema<b> político</b> <b>de Governo</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">É preciso ter em conta,
neste contencioso, que <b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/03/sobre-os-pontos-fracos-acumulados-entre.html" target="_blank">se algo de errado acontecer</a></b> à ala pró-Jomav, a ala pró-DSP será responsabilizada; tal como se
algo acontecer à ala pró-DSP, a ala pró-Jomav será responsabilizada. Além disso, não posso deixar de perguntar onde anda <b>Cipriano Cassamá</b>. <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/sobre-as-implicacoes-do-discurso-de.html" target="_blank">Voltam as dúvidas</a> se realmente está <b>solidário com DSP</b>
e com o Governo demitido. Também está <b>barricado</b>?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background-color: #bf9000; line-height: 150%;">Quinto ponto.</span></b><span lang="PT" style="line-height: 150%;"> <span style="background: white;">O Conselho de Ministros do Governo demitido <b>responsabilizou<span class="apple-converted-space"> </span>o PR e o CEMGFA</b>
pela <b>violência</b> contra cidadãos e pelo
eventual agravamento da crise política no país e pelas <b>consequências</b> que daí poderão advir (<a href="http://angnoticias.blogspot.pt/2016/05/crise-politica_34.html" target="_blank">ANG, 30-05-2016</a>).</span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="PT" style="line-height: 150%;">Num <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/03/analise-da-crise-politica-na-guine.html" target="_blank">post anterior</a>,
eu já tinha sugerido ao CEMGFA <b>Biaguê
Nan Tan</b> que os seus discursos </span><span lang="PT" style="line-height: 150%;">abrem
espaço à <b>distorção</b> e <b>especulação</b>, criando ainda
mais <b>incerteza</b> e <b>instabilidade. </b>Tal como aconteceu com o <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/o-prometido-churrasco-dos-politicos.html" target="_blank">caso em que os </a></span><span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;"><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/o-prometido-churrasco-dos-politicos.html" target="_blank">membros do executivo</a><span class="apple-converted-space"> </span>foram<span class="apple-converted-space"> </span><b>impedidos</b><span class="apple-converted-space"> </span>por membros de forças de segurança<span class="apple-converted-space"> </span><b>de entrar nos respectivos gabinetes</b>, a situação actual permite ao PAIGC<span class="apple-converted-space"> </span><b>conotar o CEMGFA</b>, Biaguê Nan
Tan, com a <b>ala pró-Jomav</b>. Tal como<span class="apple-converted-space"> </span></span><span lang="PT" style="line-height: 150%;"><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/03/analise-da-crise-politica-na-guine.html" target="_blank"><span style="background: white;">eu já tinha avisado</span></a><span style="background: white;">, as declarações do CEMGFA sobre o destino a dar aos
golpistas, se não fossem esclarecidas, abriam espaço a<span class="apple-converted-space"> </span><b>interpretações</b><span class="apple-converted-space"> </span>das duas alas (<b>ala pró-Jomav e ala
pró-DSP)</b>. Uma vez que o STJ deu razão aos 15 Deputados expulsos/retornados<span class="apple-converted-space">, o <b>PAIGC ficou em desvantagem</b>. Por
isso, <b>aproveitou</b> as várias intervenções do CEMGFA, <b>para
se posicionar contra Biaguê Nan Tan</b>.</span></span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: #bf9000; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%;">Sexto ponto.</span></b><span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;"> DSP <b>exigiu</b> que o
PR apresente o <b>conteúdo da proposta</b>
de Governo feita pelo PRS. Ora, se DSP não esclareceu ao fundo as razões que o
levaram ao Senegal nos últimos dias, <b>como
pode fazer</b> este tipo de <b>exigência</b>?
Antes das últimas <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/esclarecimento-sobre-rabos-de-palha-e-o.html" target="_blank">declarações de <b>Murade Murargy</b></a>,
DSP era um <b>aliado natural</b> dos <b>PALOP</b> e da <b>CPLP</b>. A aproximação de DSP ao Senegal e a outros países da
sub-região, que não faziam parte dos seus aliados, deve <b>levantar suspeitas</b>. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;"><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/manobras-militares-o-regresso-de.html" target="_blank">Já alertei</a> para a <b>forte presença dos EUA na
sub-região</b> através do <b>quarteto</b>
EUA–Cabo-Verde–Senegal–Guiné-Conakri (</span><span lang="PT" style="line-height: 150%;"><a href="http://www.rtp.pt/noticias/mundo/senegal-e-eua-assinam-acordo-sobre-presenca-militar-norte-americana_n915639" target="_blank"><span style="background: white;"><span style="color: blue;">RTP, 02-05-2016</span></span></a><span style="background: white;">), e também para o <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.com/2016/04/propostas-manobras-e-atitudes-de-miguel.html" target="_blank"><b>domínio das NU</b> </a>na Guiné-Bissau. <b>Angola</b>, que marcou presença na
Guiné-Bissau através das suas tropas, parece também querer <b>aproximar-se dos países da sub-região</b>, como revela o <b>empréstimo</b> de </span>150 milhões de
dólares (113,7 milhões de euros) à <b>Guiné-Conacri</b> (<a href="http://expresso.sapo.pt/feeds/lusa/lusaactualidade/angola-governo-aprovou-emprestimo-de-1137-meuro-a-guine-conacri=f693883" target="_blank">Expresso, 12-12-2011</a>).
Ainda, a <b>visita de Obama</b> e do seu <i>staff</i> ao <b>Senegal</b>, a <b>Cabo-Verde</b> e
a <b>Angola</b>, revela também um esforço
de <b>aproximação</b> entre estes países
com fortes interesses na Guiné-Bissau<span style="background: white;"> (<a href="http://pt.euronews.com/2013/06/28/obama-parte-do-senegal-com-mandela-no-coracao/" target="_blank">Euronews, 28-06-2013</a><span style="color: #333333;">).
<o:p></o:p></span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;">A <b>presença das NU</b> através de vários tipos
de <b>representantes</b> também <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/manobras-militares-o-regresso-de.html" target="_blank">não tem sido marcada pelo sucesso</a>.
Espero que</span><span lang="PT" style="line-height: 150%;"> <b>Modibo
Touré</b> não traga consigo o rasto de “<b>azar</b>”
que ficou atrás dele em todos os países <b>por
onde passou</b>.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;">Finalmente,
para encerrar este conjunto de evidências, importa assinalar que o</span><b><span lang="PT" style="line-height: 150%;">
Conselho de Segurança</span></b><span lang="PT" style="line-height: 150%;"> das
NU foi informado sobre a situação na Guiné-Bissau, numa <b>reunião à porta
fechada</b> em Nova Iorque, a pedido do Senegal.<b> </b></span><span lang="PT" style="line-height: 150%;">Os
membros do conselho pretendiam saber mais sobre a crise no país, sendo uma das suas
<b>preocupações </b>a possibilidade de uma <b>intervenção militar</b> caso a crise
política não seja resolvida (<a href="http://observador.pt/2016/05/26/conselho-de-seguranca-da-onu-informado-sobre-guine-bissau-a-porta-fechada/" target="_blank">Observador, 26-05-2016</a>).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background-color: #bf9000; line-height: 150%;">Conclusão.</span></b><span lang="PT" style="line-height: 150%;"> De acordo com <b>Maquiavel</b>, <b>dificilmente</b> Baciro Djá será <b>aceite</b>
e muito menos será <b>respeitado</b> pela
ala pró-DSP. <b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/12/mudanca-na-continuidade-da.html" target="_blank">Por um lado</a></b>,
porque <span style="background: white;">«aquele [Baciro Djá] que chega ao Principado [PM] <b>com a ajuda dos Grandes</b> [PR & PRS] mantém-se com <b>mais</b> <b>dificuldade</b> do que aquele que o atinge com a ajuda do Povo»
(Maquiavel, 2007: 49-52; <a href="https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/14471" target="_blank">Mendes, 2010: 31</a>). <b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/01/os-classicos-plutarco-maquiavel-e-john.html" target="_blank">Por outro lado</a></b>,
a sua nomeação revela que <b>não permaneceu
neutro</b>, tomando a posição mais vantajosa para ele e seguindo um dos
conselhos de Maquiavel: </span> <span style="background: white;">«<b>num confronto</b><span class="apple-converted-space"> </span>entre as<span class="apple-converted-space"> </span><b>duas partes </b>[entre Jomav & DSP], é preciso<span class="apple-converted-space"> </span><b>saber posicionar</b>, na melhor das
hipóteses, do lado do<b> amigo</b><span class="apple-converted-space"> [Jomav] </span>e<span class="apple-converted-space"> </span><b>não do inimigo</b>» [DSP] (Maquiavel,
2007: 95-96).<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Perante
isto, se Baciro Djá quer <b>terminar o seu
mandato</b>, terá de recorrer a <b>duas
estratégias</b>: em primeiro lugar, o método daquele <b>árbitro</b> que participa numa partida entre duas equipas com uma <b>rivalidade muito intensa</b>. Nesta
situação, o árbitro opta por dar um <b>cartão
amarelo</b> a todos os jogadores, incluindo aos que estão no banco, deitando
depois o cartão fora. Isto significa que, a partir daquele momento, <b>qualquer passo em falso significa uma
expulsão</b> (<b>cartão vermelho</b>). Em segundo lugar, deve rodear-se de <b>membros de Governo e </b></span></span><b style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;">conselheiros </b><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"><b> competentes </b>(embora eu não seja a favor de conselheiros)</span><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">, adoptando a técnica do “</span><b style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">lobo
esfomeado</b><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">” que, ao correr em plena velocidade, mantém a boca aberta para
apanhar qualquer </span><b style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">passarinho</b><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> que voe </span><b style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">distraído</b><span style="background-color: white; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Uma
vez que <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/11/proximidade-ou-diferenca-entre-anibal.html" target="_blank">Jomav já apanhou o seu antigo homólogo <b>Cavaco Silva</b></a> no número de Governos (quatro),
resta esperar que <b>não ultrapasse muito
mais</b>, porque a Guiné-Bissau já conta com <b>19 Governos</b>, em que <b>nenhum
cumpriu o seu mandato</b> na forma prevista na Lei (sendo que em Portugal são
21, com 5 que chegaram ao fim).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">DSP e
o elenco de Governo demitido <b>terão ainda
outras oportunidades</b> para dar o seu contributo ao país (até porque alguns deles são <b>jovens quadros</b> com
potencial), por isso, devem <b>deixar a
barricada</b> e tentar <b>resolver os
problemas</b> <b>dentro do PAIGC</b>. Na
situação em que a Guiné-Bissau se encontra, o recurso à violência e às touradas
políticas deve ser liminarmente afastado. <b>O
povo</b> está <b>cansado</b>, <b>pobre</b> e <b>sem a esperança</b> de uma solução à vista. <b>Até quando?</b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;">Para
mais informações, consultar o meu livro: Mendes, Livonildo Francisco (2015). </span><span style="color: #333333;"><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank"><i><span style="text-decoration: none; text-underline: none;">Modelo
Político Unificador - Novo Paradigma de Governação na Guiné-Bissau</span></i></a><span class="apple-converted-space"> </span></span>(pp. 162-164, 179, 187,
470-471, 529). Lisboa: Chiado Editora.</span><o:p></o:p><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuF3ec-3SZqSgL4VR89UZQZhcw6_WhiY-ItFciS4JNf5HA3QQl5cBp6toHUIoPD6Vt3NDJJ8ARsj3SpnXvyzi7-z-_VkjZjJJmL9PtVXA61uXMbIY9_CAELlEMweNP9v2Wp432HCTly73m/s1600/nm.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuF3ec-3SZqSgL4VR89UZQZhcw6_WhiY-ItFciS4JNf5HA3QQl5cBp6toHUIoPD6Vt3NDJJ8ARsj3SpnXvyzi7-z-_VkjZjJJmL9PtVXA61uXMbIY9_CAELlEMweNP9v2Wp432HCTly73m/s640/nm.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-77086263982101435042016-05-20T09:56:00.000+01:002016-05-20T23:17:04.389+01:00Esclarecimento sobre rabos de palha e o balde de água fria de Miguel Trovoada<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Caros
leitores, o tema que me traz hoje prende-se com alguns <b>comentários menos positivos</b> que tenho recebido relativamente aos
meus posts, que me obrigam a <b>prestar um
esclarecimento</b>. Tenho vindo a <b>partilhar</b>
os meus posts no <b>facebook</b> - nas
minhas páginas e também em muitos <b>grupos
de guineenses e amigos</b> da Guiné-Bissau. Por vezes, estes posts originam <b>comentários</b> que me levam a crer que o
facebook é um <b>campo minado</b>, cheio de
<b>pessoas desejosas</b> por dar a sua opinião, <b>nem
sempre</b> da forma mais <b>educada e
cordial</b>. Aproveito também a oportunidade para voltar a falar de <b>Miguel Trovoada</b> e das suas recentes declarações.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTIaYCRatwK4nQhDZzNsuSpzvIh4_40IJ1x7-jccuBbQsBUP7IMOEBV8JcTlTKaoC7qDPVgNWybcMrkQE-NeJqIZGPwSV8bPoSFXl1tmgaZqVRGCVcGij6Mkhl9_MHPRJaXHjXDRk6P59w/s1600/mandela.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="185" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTIaYCRatwK4nQhDZzNsuSpzvIh4_40IJ1x7-jccuBbQsBUP7IMOEBV8JcTlTKaoC7qDPVgNWybcMrkQE-NeJqIZGPwSV8bPoSFXl1tmgaZqVRGCVcGij6Mkhl9_MHPRJaXHjXDRk6P59w/s640/mandela.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;">Por exemplo</span></b><span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;">, sobre o post “<a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/11/sobre-exoneracoes-e-nomeacoes-na-guine.html" target="_blank">Sobre exonerações e nomeações na Guiné-Bissau</a>” (23-11-2015), uma pessoa acusou-me de ser defensor de José Mário Vaz «Jomav». Mais recentemente, sobre o post </span><span lang="PT" style="line-height: 150%;">"<a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/o-prometido-churrasco-dos-politicos.html" target="_blank">O prometido "churrasco" dos políticos guineenses: análise dos acontecimentos recentes na Guiné-Bissau</a>" (17-05-2016), fui acusado de <b>falta de coerência</b>. Mas são apenas dois
exemplos no meio de muitos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Sobre a questão da
coerência, <b>não tenho conhecimento</b> de
qualquer outro <b>autor guineense que tenha
desenvolvido este tema</b> como eu, desde 2010 até hoje (com a minha
<a href="https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/14471" target="_blank">dissertação de mestrado</a>, tese de doutoramento e <a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">livro</a>). E mais,
chamo a atenção: o facto de eu ter criticado José Maria<b> <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/01/nao-facas-aos-outros-o-que-nao-queres.html" target="_blank">Neves</a></b>, Joaquim<b> <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/01/quando-joaquim-chissano-apontou-um-dedo.html" target="_blank">Chissano</a></b>,
Miguel<b> <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/propostas-manobras-e-atitudes-de-miguel.html" target="_blank">Trovoada</a>, </b>Patrice<b> <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/01/aproveitar-o-caso-de-patrice-trovoada.html" target="_blank">Trovoada</a> </b>e Murade <b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/o-prometido-churrasco-dos-politicos.html" target="_blank">Murargy</a></b> pelos seus comentários sobre a
Guiné-Bissau <b>não significa</b> que <b>tenho de criticar</b> <b>todos</b> os não guineenses que emitem uma opinião sobre a
Guiné-Bissau. Critico aquilo que <b>acho
que deve ser criticado</b> e elogio o que <b>acho
que deve ser elogiado</b>, independentemente da posição, partido político, nacionalidade, sexo, cor da pele ou etnia.<span style="background: white;"><o:p></o:p></span></span></span><br />
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> Aliás, importa assinalar que, já de regresso a S. Tomé e Príncipe, Miguel <b>Trovoada </b>reconheceu <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/05/as-propostas-de-cipriano-cassama.html" target="_blank">a minha proposta</a> da necessidade de <b>fazer cedências</b> e de procurar a <b>reconciliação dentro do PAIGC</b>, com os <b>restantes partidos</b> e também com os <b>15 Deputados</b> expulsos/retornados (RTP África, 19-05-2016). A <b>declaração </b>de Miguel Trovoada é, por um lado, um <b>balde de água fria</b> para Domingos Simões Pereira «DSP», por já nem sequer equacionar a possibilidade de <b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/sobre-as-eleicoes-antecipadas-e.html" target="_blank">realização de eleições</a></b> (nem legislativas nem presidenciais). Por outro lado, revela que ainda há <b>sinais do pacto</b> entre eles (Trovoada e DSP), pelo persistente apoio ao tão elogiado <b>Governo de inclusão</b> de DSP. Será que Miguel Trovoada está a <b>sacudir a água do capote</b>, tentando <b>livrar-se das críticas</b> de que foi alvo, e aproveitando a distância para <b>lançar farpas</b> a DSP? Tanto a entrevista de Miguel Trovoada, como as declarações de Murade Murargy e a atitude de Cipriano Cassamá mostram que DSP <b>não estava rodeado de verdadeiros amigos</b> - e, neste momento, já nenhum deles defende a hipótese de eleições antecipadas. Assim, DSP acabou por ver-se abandonado, tornando-se uma presa fácil de "<b>apanhar com a mão</b>".</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/QrfzrmJcW0A/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/QrfzrmJcW0A?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> Enquanto <b>Politicólogo</b> e <b>Sociólogo </b>africano/guineense,
o que escrevo baseia-se na <b>análise
cuidadosa e crítica</b> dos <b>fenómenos
políticos</b>. </span><span lang="PT" style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">Apesar do respeito que tenho por todos eles, eu
<b>não apoio</b> nem o PAIGC, nem Jomav, nem
DSP <b>nem nenhum</b> dos outros partidos e
agentes políticos. <b>Não tenho partido</b>
nem sou apoiante de ninguém. Comento os acontecimentos com base numa <b>lógica de imparcialidade</b>, <b>rigor</b> e <b>humildade científica</b>, aplicando os meus conhecimentos da matéria.
Compreendo que <b>a maioria das pessoas</b>
que comenta <b>não tem esta postura</b>,
pois vêem <b>comprometidos</b> desde tenra
idade e acabam por <b>não Poder exprimir-se
livremente</b>. Não é o meu caso. <b>Critico DSP,</b> o <b>PAIGC</b>, o <b>PRS</b>, tal como já <b>critiquei
Jomav</b> (fui das primeiras pessoas a criticá-lo depois da sua tomada de posse,
tanto na minha tese de doutoramento em 2014, como no meu <a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">livro</a>) e muitos outros. Eu sei que <b>há pessoas que
pensam</b> que devemos apoiar alguém só porque somos da mesma etnia, por
exemplo, mas <b>eu discordo completamente</b> disso.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/01/desmistificar-os-paradoxos-neo.html" target="_blank">Como já disse anteriormente</a>, <span style="background: white;">temas sérios não podem ser
abordados com<b> </b>um<span class="apple-converted-space"> </span><b><i>cocktail</i><span class="apple-converted-space"> </span>gratuito</b><span class="apple-converted-space"> </span>de<span class="apple-converted-space"> </span><b>insultos</b><span class="apple-converted-space"> </span>de pessoas que usam o nome de Amílcar<span class="apple-converted-space"> </span><b>Cabral</b><span class="apple-converted-space"> </span>e do<span class="apple-converted-space"> </span><b>PAIGC</b><span class="apple-converted-space"> </span>para garantirem <b>a sua sobrevivência</b>.
Embora eu tenha estudado em Portugal, <b>não faço</b> parte daqueles
<b>africanos/guineenses</b> que passam toda a sua vida nas <b>Universidades estrangeiras</b>
(europeias) – «licenciatura, mestrado, doutoramento, etc.», – sem terem estudado
a<span class="apple-converted-space"> </span><b>realidade </b>do seu<b>
continente/país</b>.<span class="apple-converted-space"> </span>O<span class="apple-converted-space"> </span><b>insulto</b>, a<span class="apple-converted-space"> </span><b>inveja</b>, a<span class="apple-converted-space"> </span><b>incompetência<span class="apple-converted-space"> </span></b>e a<span class="apple-converted-space"> </span><b>violência<span class="apple-converted-space"> </span></b>não podem nunca ser confundidos
com<span class="apple-converted-space"> </span><b>mérito</b>. Não sou
<b>neo-cabralista</b> e nem tão pouco<span class="apple-converted-space"> </span><b>o
meu sucesso</b><span class="apple-converted-space"> </span>depende do
<b>cabralismo</b> ou do <b>PAIGC</b>. Isto<span class="apple-converted-space"> </span><b>não
quer dizer que sou contra Cabra</b>l ou contra o <b>PAIGC</b> – significa que<span class="apple-converted-space"> </span><b>defendo uma posição construtiva e
imparcial</b>, livre de “<b>rabos-de-palha</b>” (ou seja, cunhas, filiações
partidárias, favores, etc.). Prova disso é que fiz o meu Mestrado e Doutoramento sem qualquer apoio e ainda trabalho num computador portátil de 2004/2005!</span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Percebo que <b>há uma divisão enorme</b>, e que a maioria
dos guineenses apoia <b>ou DSP ou Jomav</b>
(falando genericamente), <b>mas é difícil perceber</b> de que lado está a razão. <b>Não sei qual é a solução</b> para esta
crise, mas <b>apresentei as minhas
propostas</b> de acordo com o <b>modelo político de governação em vigor</b>. Como aqueles que leram o meu
livro saberão, <b>eu defendo um modelo
completamente diferente dos modelos existentes até hoje</b> e não escrevo para
agradar a este ou àquele.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span lang="PT" style="line-height: 150%;">Não me arrependo</span></b><span lang="PT" style="line-height: 150%;"> das coisas que escrevo,
mas <b>estou sempre aberto</b> a todos os
comentários e sugestões, até porque, muitas vezes, as críticas ou questões <b>são muito mais úteis do que os elogios</b>.
Por isso, quero deixar um <b>aviso a todos os leitores:</b> se estão contentes comigo
porque, aparentemente, “apoiei o vosso lado”, <b>desenganem-se</b>! Mais tarde ou mais cedo vão perceber que eu <b>ataco todos os flancos</b> e não gosto de
ter amigos que só concordam comigo porque escrevo aquilo que vai ao encontro
das suas expectativas. Mas fiquem descansados, porque ainda tenho alguns <b>amigos de confiança</b>!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;">Termino
<b>invocando quatro figuras</b> que <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/12/repor-justica-para-estabilidade.html" target="_blank">têm inspirado o meu trabalho e a minha vida</a>, e que
<b>servem de modelos</b> para mim:<span class="apple-converted-space"> </span></span>Mahatma<b> Gandhi</b>,<span class="apple-converted-space"> </span>Martin<b> Luther King, </b>Cheikh<b>
Anta Diop</b><span class="apple-converted-space"> </span>e<span class="apple-converted-space"> </span>Nelson<b> Mandela</b>. São modelos que,
sendo sujeitos a críticas, servem como orientação – neste sentido,<span class="apple-converted-space"> </span><b>se alguém tiver de
conotar-me</b><span class="apple-converted-space"> como
“seguidor, defensor ou porta-voz” de alguém, por favor, <b>tenha isto em conta</b>.
Para mim, as<span class="apple-converted-space"> </span></span><b>pessoas de grande valor</b><span class="apple-converted-space"> <b>devem cumprir dois critérios:</b> em primeiro lugar,
não podem estar associadas à<span class="apple-converted-space"> </span></span><b>violência ou derramamento de sangue</b>; em
segundo lugar, devem ser<span class="apple-converted-space"> </span><b>coerentes<span class="apple-converted-space"> </span></b>nas suas<span class="apple-converted-space"> </span><b>palavras</b>, nas suas<span class="apple-converted-space"> </span><b>acções<span class="apple-converted-space"> </span></b>e nos seus<span class="apple-converted-space"> </span><b>pensamentos</b>. São estas pessoas, a meu ver, que<span class="apple-converted-space"> </span><b>merecem ser
seguidas, defendidas e recordadas.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;">Recomendo a leitura do meu livro, especialmente as
páginas da página 211 (nota 74), 534 (nota 180), 478, 548 e 551: </span><span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;">Mendes, Livonildo Francisco (2015). <i><span style="color: blue;"><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank"><span style="text-decoration: none; text-underline: none;">Modelo Político Unificador - Novo Paradigma de Governação na Guiné-Bissau</span></a></span></i><span style="color: #333333;">.</span> Lisboa: Chiado Editora.</span></span><o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilNnl32fFQ0zueCYs7mWvISbItXTL6C4IK72slD7ZBB74ifVX8IwB9aQGzUCMTklHKjN5hJ0Ry4WsfaFoJzaVl_8u1oA0lQ4of-gTIgUxmJgoajOLhviOi8dy2W62YuSTWBxFpE5znExnr/s1600/grandes+exemplos.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="254" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilNnl32fFQ0zueCYs7mWvISbItXTL6C4IK72slD7ZBB74ifVX8IwB9aQGzUCMTklHKjN5hJ0Ry4WsfaFoJzaVl_8u1oA0lQ4of-gTIgUxmJgoajOLhviOi8dy2W62YuSTWBxFpE5znExnr/s640/grandes+exemplos.png" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="PT" style="background: white; line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5695682801461734337.post-23996549912478200192016-05-12T20:36:00.000+01:002016-05-12T21:51:25.657+01:00Mais uma cambalhota política na Guiné-Bissau: discursos de DSP e Jomav e a queda de Carlos Correia<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Caros leitores, o <b>tema
de hoje é ainda mais sensível</b> que o habitual, mas mantenho a minha postura de
<b>imparcialidade </b>e <b>coerência </b>perante os factos ocorridos. No <b>primeiro bloco</b>,
sintetizo as declarações de Domingos Simões Pereira «DSP» do dia 9 de Maio, em nome de um grupo de partidos
pertencentes ao "Espaço de Concertação Política dos Partidos Defensores de
Valores Democráticos". No <b>segundo bloco</b>, apresento os temas centrais do
comunicado do Conselho de Ministros emitido ontem. No <b>terceiro bloco,</b> faço uma
desconstrução do conceito de Governo de Iniciativa Presidencial/Governo de
Incidência Parlamentar. No <b>quarto bloco</b>, faço uma reflexão sobre a queda do
Governo de Carlos Correia. Termino com alguns <b>conselhos para o líder do PAIGC</b> e
com <b>mais perguntas</b> para deixar no ar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj46RQ2s9pCSVd9Padmz8MOBSx9cHb2RfHCTqSHI-u7jK_0nqb_3siA76CGGVhpGmgIEjUPF9p97Q5yDdgyp4VCpL66tSIu07FkoaQDcUVp_qUY-5OIw8lBl7y66kei_GwYtJG9mp_4_t2t/s1600/queijo.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="262" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj46RQ2s9pCSVd9Padmz8MOBSx9cHb2RfHCTqSHI-u7jK_0nqb_3siA76CGGVhpGmgIEjUPF9p97Q5yDdgyp4VCpL66tSIu07FkoaQDcUVp_qUY-5OIw8lBl7y66kei_GwYtJG9mp_4_t2t/s640/queijo.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: #9fc5e8;">Primeiro Bloco.</span> Nas suas
declarações de <b>9 de Maio</b>, o presidente do PAIGC e ex-Primeiro-Ministro «PM», DSP, acusou repetidamente o Presidente da República «PR», <b>José
Mário Vaz</b> «Jomav» de não ter qualquer solução para a Guiné-Bissau, defendendo a
<b>realização de eleições gerais</b>. DSP afirma que “a grande maioria dos cidadãos
reconhece o PR como o maior <b>promotor da crise</b> que se agudiza no país, com
<b>graves riscos políticos e sociais</b>” (<a href="http://www.voaportugues.com/a/pr-nao-tem-solucao-guine-bissau-domingos-simoes-pereira/3321978.html" target="_blank">Voz da América, 09-05-2016</a>). Estas
declarações foram proferidas no âmbito do <b>Espaço de Concertação Política dos
Partidos</b> Defensores de Valores Democráticos que congrega PAIGC, PCD, UM, PUN,
MP e PST, e que denuncia uma <b>tentativa de consumação de golpe de Estado Institucional</b> por
parte do <b>PR</b>,<b> do
PRS e do grupo dos 15 Deputados </b>expulsos/retornados do PAIGC (<a href="http://pt.rfi.fr/guine-bissau/20160509-guine-bissau-tentativa-de-golpe-de-estado-institucional" target="_blank">RFI, 09-05-2016</a>). <span style="background: white;">Nesta linha de pensamento, defende-se que o actual executivo passe a
funcionar como "<b>Governo de Gestão</b>" e que sejam convocadas <b>eleições
gerais antecipadas</b> - para PR e Assembleia Nacional Popular «ANP». O PAIGC e
partidos políticos aliados referem que o PR Jomav "<b>está refém do grupo criado por
ele próprio</b>", movido por "<b>interesses pessoais</b>, impondo ao Chefe de
Estado a assinatura do decreto de demissão do Governo e entrega do Poder ao PRS
e aos 15 [Deputados]" (</span><a href="https://www.noticiasaominuto.com/mundo/585424/partido-no-poder-na-guine-bissau-quer-eleicoes-gerais-antecipadas" target="_blank">Notícias ao Minuto, 09-05-2016</a>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: #9fc5e8;">Segundo Bloco.</span><span style="background-color: white;"> </span>Depois
do PR Jomav se ter encontrado com os partidos políticos e ter convocado o <b>Conselho de
Estado</b> para analisar a situação política do país, o <b>Conselho de Ministros</b> reuniu-se
com emergência, emitindo um <b>comunicado </b>com os seguintes tópicos: 1. <b>responsabilizar
Jomav</b> pelas imprevisíveis consequências na <b>queda de mais um Governo</b> constitucional
do PAIGC; 2. <b>acusar Jomav</b> pelo <b>mau relacionamento</b> da Guiné-Bissau com os seus
<b>parceiros de cooperação</b> pela intenção de criar um <b>Governo inconstitucional</b>; 3. <b>responsabilizar
Jomav</b> de ser <b>parte do problema</b> e do <b>mau clima na ANP</b> devido à sua aliança com os
15 Deputados expulsos/retornados que alinharam com a oposição com o objectivo
de criar uma nova maioria parlamentar para derrubar o Governo; 4. as acções de
Jomav visam <b>bloquear e fragilizar a acção governativa</b>; 5. <b>caberá ao PAIGC
indicar um novo executivo</b>, mantendo várias figuras e com Carlos Correia como PM
(<a href="http://www.rtp.pt/noticias/mundo/governo-guineense-alerta-pr-para-imprevisiveis-consequencias-se-demitir-executivo_n917985" target="_blank">RTP Notícias, 11-05-2016</a>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Estes dois primeiros blocos
não trazem <b>nada de novo</b> para além das habituais <b>retóricas de acusação e de
responsabilização de Jomav</b> pela instabilidade política que se vive no país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: #9fc5e8;">Terceiro Bloco.</span> Será
que têm razão os que defendem que a <b>Constituição da República da Guiné-Bissau</b> «CRGB»
não consagra a criação de um <b>GIP</b>? Quantos <b>tipos de GIP</b> existem e a qual deles
se referem? Se até os <b>Constitucionalistas </b>defendem um GIP, onde está o
problema?</span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">Na Guiné-Bissau, <b>nenhum Governo chegou ao fim
do seu mandato</b> da forma prevista na lei, e existiram <b>vários Governos</b> de
<b>Iniciativa Presidencial</b> “GIP” ou Governos de <b>Alianças Partidárias</b> do PR,
Governos de <b>Iniciativa Militar</b> “GIM”, Governos de <b>Vigilância Militar</b> “GVM” e
<b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/11/curso-livre-intensivo-sobre-o-governo.html" target="_blank">Governos de Gestão</a></b>. Os conflitos entre os PR, PM e Parlamentares/ANP têm sido
constantes em todas as fases do processo de democratização guineense, sobretudo
perante um <b>sistema de partidos políticos fragmentado e fraco</b> (Amaral, 2002:
7-15; Azevedo, 2009: 159-170; CRGB, 1996: arts.: 62º-104º; Fernandes, 2010:
97-102, 143-158; Kosta, 2007: 459-481; Mendes, 2010: 92; Miranda, 1996:
136-137; Novais, 2010: 73-121, 461-463). <b>Aqueles que são contra </b>a <b>criação </b>de um
<b>GIP </b>na Guiné-Bissau, <b>devem </b>apresentar um <b>modelo alternativo</b>, já que a CRGB
prevê claramente esta modalidade, como demonstra a própria História.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="background: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">De
acordo com a sigla, GIP pode ter uma <b>dupla conotação</b> do ponto de vista da Sociologia
do Poder e da Política, da Ciência Política e do Direito Constitucional. Por um lado, pode
significar um “<b>Governo de Iniciativa Presidencial</b> «GIP»”; por outro lado, pode
significar um “<b>Governo de Incidência Parlamentar</b> «GIP»”. O Governo de
Iniciativa Presidencial<span style="color: blue;"><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt; line-height: 107%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span> </span>«GIP»,
em Portugal foi baptizado pelo PR <b>Ramalho Eanes</b> durante os seus dois mandatos entre
1976-1986, onde optou por ensaiar um conjunto de experiências governativas que
ficariam conhecidas como os “Governos de Iniciativa Presidencial”, sendo que
nenhum dos 10 Governos terminou o seu mandato pela forma prevista na lei. No
que diz respeito ao Governo de Incidência Parlamentar, é o tipo de Governo do
PM <b>António Costa</b>, formado no Parlamento, no diálogo e na negociação
interpartidárias (Novais, 2010: 73-121, 461-463).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/sobre-as-implicacoes-do-discurso-de.html" target="_blank">No seu discurso na ANP</a>, Jomav afirmou</b><span style="background: white;"> que «caso
não haja disponibilidade política, séria e urgente por parte do partido
formalmente maioritário [PAIGC], para uma “solução abrangente”<span class="apple-converted-space"> </span></span><b>poderia ser forçado</b><span style="background: white;">, dentro do quadro parlamentar,<span class="apple-converted-space"> </span></span><b>a considerar outras opções
governativas </b><span style="background: white;">[GIP] que assegurem a
estabilidade até ao fim da legislatura». E poderia fazê-lo com o fundamento da
<b>perda da maioria absoluta</b> da parte do PAIGC. Esta perda de <b>15 Deputados</b>
expulsos/retornados dá uma nova maioria ao PRS, que tem <b>41 Deputados</b>, tal como
frisaram DSP e o Conselho de Ministros. Este Governo de Incidência Parlamentar
«GIP» <b>é Constitucional tanto em Portugal como na Guiné-Bissau</b>, tendo em conta
que cabe ao PR apenas proporcionar as condições de aproximação entre os
partidos políticos, <b>favorecer eventualmente acordos parlamentares</b>, mas nunca
patrocinar soluções governativas à margem do Parlamento e sem o aval dos partidos
representados no Parlamento. De acordo com o modelo em vigor, <b>não basta vencer
as eleições legislativas</b>, mas é preciso garantir os votos adequados no
Parlamento, para que se possa governar</span> (CRGB, 1996: arts. 62.º-104.º; Jornal
de Notícias, 25-11-2015; <span style="background: white;">Novais, 2010: 73-121,
461-</span> <span style="background: white;">463).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><span style="background-color: #9fc5e8;">Quarto bloco.</span> Faz
sentido que o <a href="https://www.facebook.com/notes/domingos-sim%C3%B5es-pereira/espa%C3%A7o-de-concerta%C3%A7%C3%A3o-pol%C3%ADtica-dos-partidos-defensores-dos-valores-democr%C3%A1ticos/523591421157317" target="_blank"><b>PRS </b>não se <b>imiscua </b>nos assuntos internos do PAIGC</a>? Com uma nova
maioria parlamentar, até que ponto <b>Cipriano Cassamá</b> é "<b>irremovível</b>"? Será
que Jomav tem <b>a faca e o queijo na mão</b>? Será que <b>é melhor afastar-se do que ser
afastado</b>? Será que <b>quem ri por último ri melhor</b>? </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">Se o PRS faz parte da
solução, de acordo com o modelo em vigor, <b>tem uma palavra a dizer</b> sobre as
declarações e acções do PAIGC, sem sombra de dúvida. Até porque já fez parte de
um Governo de <b>inclusão liderado </b>pelo ex-PM <b>DSP</b>, a <b>convite do próprio </b>PAIGC.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O <b>Presidente da
República da Guiné-Bissau</b> afirmou hoje que "demitir o Governo e iniciar um
processo de audição às forças políticas" é a única solução para a crise
institucional no país (<a href="https://www.noticiasaominuto.com/mundo/587228/presidente-da-guine-bissau-diz-que-demitir-o-governo-e-a-solucao" target="_blank">Notícias ao Minuto, 12-05-2016</a>; RDP África, 12-05-2015).
A <b>queda do Governo</b>, anunciada por decreto presidencial, prova que Jomav tem de
facto a <b>faca </b>como o <b>queijo </b>na <b>mão</b>, e acabou por “<b>cortar</b>” onde quis. O <b>decreto
presidencial</b> saiu logo a seguir ao seu <b>comunicado à Nação</b>, enquadrando-se na técnica
de <b>M</b></span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><b>uhammad Ali</b>: "flutuar como uma <b>borboleta </b>e picar
como uma <b>abelha</b>" (</span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><a href="https://www.opendemocracy.net/democracy-americanpower/morgenthau_2522.jsp" target="_blank">Mearsheimer, 1995</a>).</span><span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Jomav <b>obriga </b>os seus
<b>opositores </b>a <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/sobre-as-implicacoes-do-discurso-de.html" target="_blank">engolir o “<b>violentíssimo sapo</b>” </a>de que já falei. <b>Quem aceita
</b>governar dentro do <b>modelo em vigor</b>, tem de <b>reconhecer o papel do <a href="https://www.facebook.com/notes/domingos-sim%C3%B5es-pereira/espa%C3%A7o-de-concerta%C3%A7%C3%A3o-pol%C3%ADtica-dos-partidos-defensores-dos-valores-democr%C3%A1ticos/523591421157317" target="_blank">PR </a></b><a href="https://www.facebook.com/notes/domingos-sim%C3%B5es-pereira/espa%C3%A7o-de-concerta%C3%A7%C3%A3o-pol%C3%ADtica-dos-partidos-defensores-dos-valores-democr%C3%A1ticos/523591421157317" target="_blank">como </a></span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><a href="https://www.facebook.com/notes/domingos-sim%C3%B5es-pereira/espa%C3%A7o-de-concerta%C3%A7%C3%A3o-pol%C3%ADtica-dos-partidos-defensores-dos-valores-democr%C3%A1ticos/523591421157317" target="_blank"><b>moderador</b>, <b>facilitador </b>e <b>árbitro</b></a>, pois é esse o <b>papel </b>que
lhe está <b>destinado</b>. </span><span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Aqui fica demonstrado que seria
preferível retirar-se do que ser retirado – tanto para o ex-PM DSP, como para o
agora ex-PM Carlos Correia. No caso de <b>Cipriano Cassamá</b>, a sua <b>posição só
poderá ser esclarecida depois da formação do GIP</b> – aí veremos <b>se é ou não
irremovível</b>. Um aspecto é <b>indiscutível</b>: se Cipriano Cassamá estiver, realmente,
do lado de DSP e de Carlos Correia, deverá <b>pôr o seu lugar à disposição</b> no caso
de o GIP não ser do agrado da liderança do PAIGC.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com a queda de <b>Carlos
Correia</b>, podemos apelidar Carlos Correia de “<b>PM <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/sobre-as-implicacoes-do-discurso-de.html" target="_blank">habituado às quedas</a></b>” (porque é
a quarta vez que “cai” sem chegar nunca ao fim do mandato) ou “<b>bombeiro
que não consegue apagar as chamas</b>” (porque foi várias vezes chamado para “tapar
o buraco” ou “apagar o fogo”, mas as coisas nunca correram bem). Infelizmente,
os Governos suportados por Carlos Correia <b>correram sempre mal</b>, uma vez que ele
nunca ascendeu pela <b>via mais legítima</b>, que são as <b>eleições</b>, mas entrou a “meio
do jogo”. Isto <b>ensina uma lição</b> aos seus sucessores, que devem <b>evitar
colocar-se nesta posição</b> delicada, de ser chamado e afastado sem conseguir
concretizar nada de facto. Jomav “<b>rebentou</b>” o “<b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/01/balao-de-oxigenio-para-o-primeiro.html" target="_blank">balão de oxigénio</a></b>” oferecido a
Carlos Correia em Janeiro, mostrando que, tal como eu previa, este era
um “<b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/12/governo-de-carlos-correia-e-ou-nao-sol.html" target="_blank">sol de pouca dura</a></b>”. Jomav terá agora de <a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2015/11/proximidade-ou-diferenca-entre-anibal.html" target="_blank">coabitar com o quarto Governo</a> durante o seu mandato – o <b>19.º Governo</b> da Guiné-Bissau. Esperemos
que seja encontrada uma <b>solução coerente e credível</b> entre os partidos políticos (incluindo <b>mulheres </b>e <b>jovens competentes</b>), para restabelecer um mínimo de
<b>equilíbrio na política guineense</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Termino, mais uma vez,
com <b>uma palavra para DSP e para o PAIGC</b>. Volto a frisar que o mais conveniente
seria que DSP fizesse uma <b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/a-anulacao-da-expulsao-dos-15-deputados.html" target="_blank">retirada estratégica</a></b> da liderança do partido, para
preservar a sua <b>sobrevivência política</b>. Claro que venceu as eleições como líder
do partido (apesar da <b>desilusão </b>na <b>formação </b>do seu Governo), mas as <b>circunstâncias
não são favoráveis</b>, neste momento, para a sua permanência. Como já referi
anteriormente, e também <a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">no meu livro</a>, às vezes é melhor fazer um
<b>Compasso de Espera Político</b> «CEP», como os políticos experientes sabem e fazem.
DSP tem todo o <b>tempo e oportunidade</b> para terminar o seu doutoramento e
apresentar um <b>projecto sólido </b>para a Guiné-Bissau, num contexto mais favorável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Face à situação em que
nos encontramos, importa saber: <b>quem será o próximo</b> PM? Irá o PAIGC “lançar” <b>Raimundo
Pereira</b>? ou <b>Aristides Ocante</b>? Ou <b>Aladje João Fadia</b>? </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">Será o lugar de vice-PM </span><b style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">partilhado com o PRS </b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">ou
com uma </span><b style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">figura carismática</b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> de reconhecido valor? Como ficou o projecto saído do
<b><a href="http://cienciapoliticagb.blogspot.pt/2016/04/propostas-manobras-e-atitudes-de-miguel.html" target="_blank">debate organizado por Miguel Trovoada</a> </b>antes da sua saída? Já não haverá
nenhuma proposta? Será que podemos ficar à espera de algum guineense que esteja a
desempenhar funções nas <b>altas instâncias internacionais</b> (já que todos são do
partido)? Será desta vez que veremos um <b>verdadeiro independente a assumir
funções</b>? E que tal pensarem num <b>Governo de Meritocratas e Tecnocratas</b> (falarei
deste tema num dos próximos posts)? Quanto a mim, <a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" target="_blank">a minha obra</a> está à
disposição de todos para discutir o futuro da Guiné-Bissau.</span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;">Para mais informações, consultar o meu livro: Mendes, Livonildo Francisco (2015). </span><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;"><i style="color: blue; text-decoration: none;"><a href="https://www.chiadoeditora.com/livraria/modelo-politico-unificador" style="color: blue; text-decoration: none;" target="_blank">Modelo Político Unificador - Novo Paradigma de Governação na Guiné-Bissau</a> </i></span><i style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14.85px; line-height: 22.275px; text-indent: 37.7953px;"><span style="color: blue; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"></span></i><span style="text-indent: 37.7953px;"><span style="color: blue; font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">(pp. </span><span style="line-height: 24px;">351-352, 409, 440</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">)</span></span></span><span style="color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;">.</span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-indent: 37.7953px;"> Lisboa: Chiado Editora.</span></div>
<div>
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Asus/Dropbox/Amor/Blogue%20&amp;%20Facebook/An%C3%A1lise%20das%20declara%C3%A7%C3%B5es%20de%20DSP.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span lang="PT" style="font-size: 10pt; line-height: 107%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a><span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif;"> Na perspectiva do
Constitucionalista português Jorge Reis Novais (2010: 98-99, 462-464), tratava-se
de Governos constituídos exclusivamente a partir de Belém, compostos por
pessoas politicamente próximas do PR e “independentes”, e que depois se
apresentavam no Parlamento com a esperança de beneficiarem, no mínimo, da não
aprovação/rejeição activa dos partidos parlamentares.<span style="background: white;"> Os Governos de Iniciativa Presidencial «GIP» ou Governos de Alianças Partidárias
«GAP» do PR são dos mais frequentes na Guiné-Bissau, S. Tomé e Príncipe (18 Governos
eleitos nenhum cumpriu o seu mandato) e em Portugal (dos 21 Governos eleitos só
5 chegaram o fim dos seus mandatos).</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMlvLFIf6iK4xWHq3yKj_6Cqw2CG-Pldk_w80jNlBfAj8A8wz-fFG1D0DiLq6nD8-awdcbl-q7eR3TMMx2PyPa59wQmYodCuxWfpuO79X998-sQybE6rHNzXJxIxJzneTi9XpeP6G8kYcG/s1600/espa%25C3%25A7o+concerta%25C3%25A7ao.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="444" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMlvLFIf6iK4xWHq3yKj_6Cqw2CG-Pldk_w80jNlBfAj8A8wz-fFG1D0DiLq6nD8-awdcbl-q7eR3TMMx2PyPa59wQmYodCuxWfpuO79X998-sQybE6rHNzXJxIxJzneTi9XpeP6G8kYcG/s640/espa%25C3%25A7o+concerta%25C3%25A7ao.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="background: white;"><br /></span></span></div>
</div>
</div>
Livonildohttp://www.blogger.com/profile/10386883335033789480noreply@blogger.com0